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domingo, 13 de março de 2016

MAIS UMA POLÊMICA...!... A DATA DE NASCIMENTO DE LAMPIÃO.

seuhistory.com

A CERTIDÃO DE BATISMO informa que ele nasceu no dia 04 de junho de 1898, e, foi batizado no dia 03 de setembro do mesmo ano.


A CERTIDÃO DE NASCIMENTO informa que ele nasceu no dia 07 de julho de 1897, tendo sido o pai, o declarante.


Há, ainda, alguns autores que informam, outras DATAS.

Acima, fotos da certidão de batismo (Livro, Água Branca, pg 132... autor Edvaldo Feitosa) e de nascimento (Livro. Lampião.., pg 76... Anildomá Willians).

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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POVOADO ALAGADIÇO


Localizada no povoado Alagadiço no município de Frei Paulo/SE, essa casa pertenceu à Antônio de Chiquinho, líder do grupo que matou o cangaceiro Zé Baiano e seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino no ano de 1936.

Adendo - José Mendes Pereira

Clique neste link abaixo para você ler o que aconteceu com o cangaceiro Zé Baiano e seus comparsas.  

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2013/04/antonio-de-chiquinha-e-o-cangaceiro-ze.html

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço   

Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=555708077926426&set=gm.1178557798824003&type=3&theater

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CHAMADA PARA COMUNICAÇÃO DE RESUMOS E TRABALHOS COMPLETOS


O Grupo de Estudos e Pesquisa em Filosofia e Educação (GEPEFE) divulga a chamada para a submissão de resumos e apresentação de trabalhos completos no II ENCONTRO DE FILOSOFIA – Filosofia: educação, ética e arte a ser realizado entre os dias 09 e 11 de maio de 2016, no Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande (campus de Cajazeiras), que tem por objetivo congregar e divulgar trabalhos de pesquisadores (professores, demais profissionais e estudantes) da UFCG e de outras IES da região, bem como da comunidade científica e filosófica em geral.

Edital - http://gepefecfp.blogspot.com.br/

Enviado pela escritora e pesquisadora Marcella Lopez

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GLOBO REPÓRTER VIAJA PELAS ÁGUAS DE UM GIGANTE BRASILEIRO: O SÃO FRANCISCO


Clique no link abaixo:

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/03/globo-reporter-viaja-pelas-aguas-de-um-gigante-brasileiro-o-sao-francisco.html

No Globo Repórter, o retrato de um gigante brasileiro. Vamos viajar pelas águas que atravessam cinco estados - da nascente à foz.

De onde vem a primeira gota? O rio que nasce nas montanhas de Minas só encontra o mar no Nordeste.  E quantas histórias de vida contam estas margens...

Dona Francisca: 100 anos de paixão pelo São Francisco. Ela teve que deixar sua casa, que foi coberta por um grande lago.

Lourdes, a cantora. Fugindo da ditadura ela passou sete anos navegando pelo Velho Chico.

Vida de pescador: o que contam os homens que dependem do rio? Os peixes estão mesmo acabando?

O milagre da multiplicação das águas. A irrigação coloriu com frutas e grandes plantações de arroz a terra árida do sertão. Mas até quando?

Paisagens de tirar o fôlego. O misterioso brilho que seduz os viajantes.

Dona Maria dos Prazeres e sua descoberta histórica: uma ossada de preguiça gigante de milhares de anos atrás.

Sexta (11), no Globo Repórter.

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/03/globo-reporter-viaja-pelas-aguas-de-um-gigante-brasileiro-o-sao-francisco.html

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A FAZENDA COLÔNIA (Local onde nasceram Antônio Silvino e João Bezerra)



A história nos relata que por volta do século XVIII, colonos já habitavam a citada Serra. Uma fazenda, autossustentável, como tinha que serem na época, adota o nome da serra, Colônia. Na localidade, primeiro, “instalaram um engenho de cana-de-açúcar que funcionava com mão de obra escrava; - segundo dizem os antigos da região - também existia um cemitério na dependência de tal Fazenda, já em 1801”, onde, segundo relatos, está sepultado o corpo de “Batistão”, Francisco Batista de Morais, pai de Batistinha ou Nezinho, Manoel Batista de Morais, futuro “Antônio Silvino”.


Nas terras dessa fazenda nasceram duas personagens que ficaram encravadas nas pilastras da História do Cangaço, Manoel Batista de Morais e João Bezerra da Silva. Um, seguiu as veredas dos cangaceiros, e o outro foi para o Estado vizinho, Alagoas, fazer parte da Força Pública daquele Estado, aonde viria comandar, em 1938, o ataque que colocou fim à vida de Lampião e mais dez cangaceiros, no Estado de Sergipe.

Tenente João Bezerra da Silva

João Bezerra era primo de Manoel Morais, o “Rifle de Ouro”. Os dois eram esquerdos e Nezinho, Silvino, ensina o primo João como lidar com as armas.

O ex-cangaceiro Antonio Silvino

A dita fazenda fica, hoje, fincada próximo ao povoado de Ibitiranga, distrito do município da cidade de Ingazeira – PE.


No último dia 09 de março de 2016, nós, Edinaldo Leite, Jorge Veras e eu, fomos fazer uma visita pesquisa à sede da dita fazenda. 



Trouxemos para os amigos vários registros fotográficos, das casas, do antigo engenho e da Capela, que acho ser uma Igreja.





Normalmente os estudos mostram imagens externas da Capela. Nós, capturamos imagens internas inéditas para nossos amigos. Mostramos a madeira de lei, cedro, como marco secular, sustentando e protegendo a história que por suas portas adentraram.





Mostramos também, por enquanto de longe, a caverna de pedra, a “Gruta do Cangaceiro”, uma gruta na Serra, onde Antônio Silvino, ou outro procurado pela força Pública, ficava escondido quando a ‘coisa’ apertava próximo à sede. Mas, as imagens internas serão mostradas em uma futura data.





Fotos Edinaldo LeiteSálvio Siqueira e Jorge Veras
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS

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CONVITE!

Por Benedito Vasconcelos Mendes

AMIGO(A), este é um convite especial, feito somente aqueles(as) que tenho elevado apreço. Sua atenção à minha pessoa, mais uma vez será demonstrada pela sua presença no próximo dia 18 de março (sexta-feira), às 19:30 horas, no auditório da OAB-Mossoró, para assistir ao meu discurso de Elogio ao Patrono da ACJUS-Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró. Venha me proporcionar este prazer. Receba o meu muito obrigado antecipado, mas o abraço só depois da Sessão Solene, no coquetel de confraternização.

Enviado pelo autor Benedito Vasconcelos Mendes

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A VERDADE SOBRE OS CABRAS DE LAMPIÃO - MANCHETE 15 DE NOVEMBRO DE 1969

Acervo do pesquisador Raul Meneleu Mascarenhas

Cristina Mata Machado escreveu um livro a respeito do cangaço e, para provar que não mentia, trouxe do Nordeste cangaceiros, seus filhos e netos.


Aos 27 anos, Cristina Mata Machado não pode ver sangue. Em criança, morria de medo quando lhe contavam histórias de cangaço. No entanto, ela acaba de escrever um livro chamado As Táticas de Guerra dos Cangaceiros e, para lançá-lo, reuniu nove remanescentes do bando de Lampião e descendentes de seu chefe. Labareda, o velhinho sorridente de 71 anos, é um desses homens que vivia pela caatinga, lutando, fugindo ou perseguindo inimigos. Entre seus pertences, há o antigo bacamarte que data do tempo de Lampião. Hoje, ele é vigia e porteiro em Salvador. Sua aparência serena e seus hábitos tranquilos vêm em apoio à tese de Cristina: "O cangaceiro não é bom nem mau. Ele era apenas um sertanejo injustiçado, que entrava na ilegalidade por falta de qualquer outro caminho."
  
Com Cristina, na foto à esquerda, Sila, Ana e seu marido, Criança, Dadá, Labareda, Marinheiro, Pitombeira, Volta Seca e Balão. À direita, fotografia feita por Melquíades da Rocha em julho de 1938.

PARA Expedita e Verinha, o cangaço não passa de uma notícia. A filha e a neta de Lampião e Maria Bonita cumpriram o início da vida conforme determinou o Capitão Virgulino: — Cangaço não é lugar para criar filho. Expedita foi levada, ainda um bebé, para a fazenda de Manoel Severo, um amigo de seu pai. Da mãe ela não se lembra nem vagamente. Lampião a visitou algumas vezes, de raro em raro, e nessas ocasiões percebeu que Expedita o temia. Só uma vez a beijou. Expedita cresceu e casou. 


Está viajando com a filha mais nova, Verinha, que não gosta de falar sobre cangaceiros, nem considera algo importante seu avó ter sido o mais famoso deles. Suas preocupações giram todas em torno dos estudos. Quer cursar Medicina — o irmão mais velho, Djair, quer ser engenheiro — mas vê o futuro com incerteza: acha que tanto ela quanto o irmão só poderão passar pela universidade se ganharem bolsas de estudos. 

Trinta e um anos depois da morte de Lampião, os herdeiros do cangaço estão pobres. Como diz Labareda: — No cangaço a gente tinha dinheiro mas não tinha o que comprar. Agora a gente tem o que comprar mas não tem dinheiro. A grande pretensão de Cristina Mata Machado é desmitificar, em seu trabalho, a figura do cangaceiro, restituindo-lhe uma imagem humana, de defeitos e virtudes: nem um anjo, nem um demônio. 

Cristina dá a data do atestado de óbito do cangaço no Brasil: 28 de julho de 1938. Foi numa fazenda no sertão de Sergipe, a 12 quilometros da fronteira de Alagoas. Angicos aparecia encravada entre duas serrinhas, com um córrego de muitas pedras, formando grotas bem cobertas e resguardadas. No centro dessa quase-fortaleza, espalhadas entre as moitas de xique-xique, as barracas do acampamento de Lampião, armadas há vários dias. Balão. homem de confiança de Virgulino, lugar-tenente de Corisco, estava lá e conta como foi. — Já fazia cinco dias que a gente estava em Angicos, onde chegamos numa sexta-feira. O dia do mês não me lembro, porque não tinha folhinha. Quando chegou terça-feira, o Capitão resolveu partir (a intuição de perigo iminente era o grande trunfo de Lampião). Mas de manhãzinha chegou um sobrinho dele, de nome José, para se juntar ao bando. O Capitão resolveu adiar a viagem, para equipar o menino. De tardinha chegou ao coito um homem por nome Pedro de Cândido, que foi logo contando que "tem muito macaco em Piranha", um lugar lá perto. 

Noto emoção e um brilho mais profundo nos olhos de Balão, quando se refere a Pedro de Cândido. E logo percebo que nesse homem duro persiste o mesmo horror à delação e à traição. — Foi daí que o capitão disse a ele: "Pedro, volte lá e sonde para que lado vão esses macacos." Pedro foi e voltou de noitinha, coisa assim de oito horas, e contou: "Eles foram para o sertão de Pernambuco; pode ficar tranqüilo." 

Mas ele tinha trazido a volante. Todos os macacos ficaram escondidos em volta. Até às 11 da noite ficou bebendo e conversando com a gente. Aí disse que precisava ir embora. E ainda avisou: "Capitão, amanhã eu volto, lá pelas 9 horas, para me despedir do senhor." — Naquela quarta-feira, levantamos às cinco da manhã. O capitão chamou todos para rezar o ofício, como acontecia todos os dias. E, quando terminou, pediu a Amoroso que descesse até a bica e fosse buscar água para fazer o café. Amoroso não chegou a enfiar o cantil dentro do riacho. O primeiro tiro de um macaco matou Amoroso ali mesmo. Dai foi só fuzilaria. Tinha mais de cem macacos, cercando por todos os lados e quatro metralhadoras varriam o xique-xique. 

O capitão morreu com um tiro na cabeça. A vinte metros dele morreu Maria Bonita. Nós éramos 36 e cada qual cuidava de sair vivo. Luís Pedro, o homem mais chegado a Lampião, furou o cerco, mas ouviu gritarem que o capitão tinha morrido e voltou. Ele jurou que ia morrer com Lampião e veio de peito aberto. Recebeu uma rajada de metralhadora e caiu morto. O fogo cerrado durou mais de meia hora. Ficaram mortos, no chão de Angicos, Lampião, Maria Bonita, Amoroso, Nedina, Quinta-feira, Luís Pedro, Elétrico, Mergulhão, Caixa-de-Fósforos, Jítirana e Cajarana. Eram 11 cangaceiros. Mas morreu muito mais macaco. 

"Labareda" fotolito de Paulo Gil Soares. "

LABAREDA, que está do lado, ouvindo, resolve interferir na narração. — Pois está certinho. A volante diz que só morreu um macaco no ataque, Mas chega-ram em Piranha 28 fuzis sem dono (Labareda não estava em Angicos, mas numa fazenda perto de Piranha). Faça as contas: se morreram nove cangaceiros — as mulheres não usavam fuzil — o resto tinha de ser de macaco morto, e se chegaram 28 fuzis em Piranha, morreram 20 macacos, pois o fuzil de Amoroso os companheiros conseguiram levar. 

Morto Lampião, o bando se desintegrou e nunca mais se reagrupou. Alguns foram mortos em outras ocasiões e outros se entregaram. Em 1939 o cangaço acabava de vez. Um herói que arregimenta sertanejos para uma revolta popular ou um frio e sádico assassino, que saqueia e mata por prazer: essas as duas imagens extremadas que até hoje têm sido feitas dos cangaceiros. 

As Táticas de Guerra dos Cangaceiros pretende reduzir essas duas fantasias às suas verdadeiras dimensões. Por isso, para lançar seu livro em São Paulo, a historiadora Cristina Mata Machado, de 27 anos, fez questão das singulares presenças de Dadá, Sita, Zé Sereno, Labareda, Criança, Marinheiro, Volta Seca, Balão e Pitombeira, nove remanescentes do bando de Lampião. Cristina pesquisou em mais de cem lugares e pequenas cidades do sertão nordestino e chegou à conclusão de que a verdadeira imagem do cangaceiro nunca foi divulgada: — Nem herói, nem sanguinário: apenas um sertanejo comum, forçado a desligar-se de seu lugar e de sua gente, impelido a matar para poder continuar vivo, querendo a paz e não podendo obtê-la. 

Logo no primeiro parágrafo de seu trabalho, Cristina diz que Lampião foi "um homem como todos os outros do Nordeste". 

"O fato de haver entrado para a história e de ser conhecido fora das fronteiras do país não o torna único, diferente ou original. Ele apenas surgiu na hora certa, viveu um momento histórico e morreu quando já era um mito no sertão nordestino. Lampião simbolizava e simboliza o sertanejo rebelde, desconfiado, astuto, destemido, forte e livre, capaz de viver na mais dura caatinga, capaz de sobreviver lutando, capaz de amar, capaz de seguir e perseguir um objetivo, capaz de lutar contra tudo e contra todos, no momento em que julgar isso necessário.

Muitos assim existiam e existem no Nordeste. Lampião não pode ser visto como um fato isolado, mas como resultado de uma época em que se processava uma luta surda, empreendida pelo vaqueiro contra o senhor da terra. Dai se explica, talvez, porque Lampião — "uma fera humana" segundo a imprensa da época — era quase venerado pelas populações mais pobres. Ele realizava em segundos aquilo que cada um gostaria de fazer, mas tinha medo." 

Cristina Mata Machado aponta o surgimento do cangaço como um episódio marginal ao desenvolvimento sócio-econômico do Nordeste: "A palavra cangaceiro coincide com o aparecimento da palavra coronel: em fins do século XIX, quando a estrutura do coronelismo começa a enfraquecer, o coronel tenta mante-la. Sua primeira opressão é contra o vaqueiro que, apesar de trabalhar para o coronel, era quase livre (num sistema chamado de quatriação, o vaqueiro ficava com uma entre quatro crias, formando o seu próprio rebanho, dentro de alguns anos. A primeira providência do coronel foi extinguir a quatriação e passar o vaqueiro à condição de assalariado).

Maria Cristina explica porque não havia reivindicação política no cangaço: "Eles não lutavam por uma causa, mas para vingar uma afronta" 

SEGUNDO Cristina, três motivos básicos transformavam um sertanejo em cangaceiro: — Roubo de terras, desonra ou assassínio de algum parente. Atingido por um desses dramas, o sertanejo toma uma atitude, quase sempre a de matar o agressor. Feito isso, passa a ser perseguido pela polícia ou pelos jagunços do coronel atingido. Na fuga, não lhe sobram alternativas: tem de ir para o cangaço. A grande prova desse esquema é a inexistência, em qualquer época, de uma consciência de massa, de uma visualização do problema geral: cada um via o seu problema individual, lutava por causa dele. Não havia no cangaço uma causa pela qual lutar: havia uma afronta pessoal a vingar.

Anistiados por Getúlio — depois da tragédia dos Angicos — os cangaceiros remanescentes do bando de Lampião e Corisco saíram da caatinga buscando a volta à legalidade e à paz. Temerosos, desconfiados, procuraram, em maioria, sair do Nordeste, buscando os lugares onde pudessem substituir os seus nomes de guerra pelos de batismo. Hoje, reunidos em São Paulo, êles voltam a se chamar pelos apelidos pelos quais eram conhecidos no cangaço. As lembranças dos velhos tempos estão vivas, mas todos agradecem que sejam apenas lembranças, pois querem a todo custo manter a paz que conseguiram.

Labareda — Antônio Roque, o mais velho déles — deve ter a mesma idade que Lampião teria, se fosse vivo — 71 anos. Mas insiste em dizer que só tem 58. Hoje, é vigia do Hospital do Câncer e porteiro do foro, em Salvador. Tem uma vida bem diferente daquela da caatinga: — Vivia pelo mato, bebendo água de umbuzeiro, dando carreira, levando carreira, às vezes comendo só farinha molhada com água e de outras comendo até peru com arroz. Acampado, só conversava baixinho, dormia em barracas, passava dias sem brigar e às vezes tinha cinco brigas num dia só. 

Porque Labareda entrou para o cangaço? — Foi em Quixabá, numa fazenda onde eu morava. Um soldado por nome Horácio violentou minha irmã Sabina. Depois, ele desapareceu.... Eu o matei. A policia começou a me perseguir, eu me escondi na caatinga muito tempo, até que um dia me juntei com o bando do Lampião na fazenda Arrastapé. Fiquei 17 anos com o capitão. Quando ele morreu, fiquei dois anos pelo mato, sem saber da anistia. Quando soube, me entreguei. 

Balão é o mais falante de todos. Orgulha-se de ter 17 filhos. Sete ainda moram com ele em São Paulo, onde exerce a profissão de perfurador de poços artesianos, com 61 anos de idade. Nele perdura a velha desconfiança que não lhe deixa declarar o nome de batismo, nem o endereço. Qual a sua razão para unir-se a Lampião? — Naquele tempo, não tinha escolha: ou entrava para a volante ou virava cangaceiro. 

Eu morava em Riacho do Meio. Um dia Lampião passou por lá sem maltratar ninguém. Atrás dele vinha uma volante, que perguntou para onde o capitão tinha ido. Ninguém sabia. Por isso a volante espancou todo mundo. Homem que tem natureza não apanha de rêlho na cara. Um dia Corisco passou por lá com mais sete cabras. Quando saiu, tinha mais um. Era eu. 

Criança perdeu o apelido há muito tempo. Agora ele é apenas Vitor Rodrigues de Lima, vendedor ambulante de verduras em São Paulo. Era um menino de 15 anos quando entrou para o bando. Saiu quando tinha 22 e, durante todo esse tempo, com pouco mais de metro e meio de altura, era considerado o cangaceiro de melhor pontaria. — Lá em Feira do Pau, a perseguição era muita. A gente apanhava dos macacos para contar onde estavam os cangaceiros. Mas quando Lampião passava, ele agradava os moradores. Um dia eu segui com ele. 

Foi Criança quem ajudou Sila a furar o cerco de Angicos: — Vínhamos eu, Sila e Nedina, quando uma bala de fuzil acertou Nedina na cabeça. O vestido de Sila ficou vermelho com o sangue dela, que caiu aos meus pés, Pitombeira, que os colegas da Prefeitura de São Paulo só conhecem como José Soares, foi para São Paulo em 1940. 

Foi um dos primeiros a entrar para o bando, mas sua razão foi das mais fortes. — Um dia os macacos chegaram em Esperança, onde eu morava, perguntando se Lampião tinha estado por lá. De fato, tinha, mas ninguém sabia para onde tinha ido. A volante não se conformou e começou a espancar. Um macaco montou meu irmão, queria que ele pulasse como cavalo. Meu irmão acabou todo rasgado de espora. Oito dias depois, meu irmão Luís morreu, como morreu meu tio Emídio, de tanta pancada da volante. O grupo de Diferente passou e eu fui com eles. 

Sile Zé Sereno estão com um círculo sobre a cabeça

Sila e Zé Sereno conheceram-se e casaram-se no cangaço. Ambos escaparam do cerco de Angicos, ao fim de nove anos de lutas na caatinga. Desde 1942 estão em São Paulo. Ele é porteiro de um colégio e ela faz o que gosta: costura e cuida dos três filhos. Sila costurava toda a roupa do bando. José Ribeiro da Silva tem o máximo cuidado em falar do passado, para não delatar ninguém. Quando lhe pergunto quem vendia as armas para os cangaceiros, Me responde: — Não, moço, isso eu não falo. Quem vendia pode ter morrido, Mas as famílias ainda estão lá. Pode haver vingança e eu não quero complicar a vida de ninguém. 

Sila se lembra de como encontrou o marido: — Eu tinha 13 anos. Estudava num colégio de freiras e estava passando férias numa fazenda, quando os cangaceiros apareceram. José resolveu que eu ia com ele e eu fui. Um pouco por medo, um pouco por aventura. 
  

Dadá — a Sra. Sérgia da Silva Rodrigues, casada, mãe de vários filhos — perdeu uma perna no dia em que mataram o seu primeiro marido, Corisco. Ela também não gosta que se fale da origem das armas: — Não se cospe no prato em que se come. 

Marinheiro entrou para o cangaço com menos de 13 anos de idade: — Eu sou irmão de Sila. Ela havia seguido com o Zé Sereno. Por causa disso, a volante resolveu me matar. Não tinha saída. O jeito era seguir o rumo de onde estava Lampião e me juntar a ele. Menos de dois anos depois da adesão de Marinheiro, o cangaço morreu. Andou escondido durante algum tempo, e depois se entregou. Em 1942, mudou-se para São Paulo onde se iniciou na profissão de metalúrgico. Foi vivendo sua vida de operário até que um dia se apaixonou. por uma moça do Nordeste e ela por ele. Poucos dias antes do casamento ele soube que ela era filha de um macaco e ela soube que ele era um ex-cangaceiro. Nesse ponto a paz era inevitável.

Manchete 15 de Novembro de 1969 Reportagem de FERNANDO DEL CORSO Fotos atuais de HEITOR HUI

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/03/a-verdade-sobre-os-cabras-de-lampiao.html

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NOSSO FORÇA COMEÇA EM CASA... CONSELHEIROS CARIRI CANGAÇO DA REGIÃO DO MEU CARIRI DO CEARÁ !

Por Manoel Severo

Nosso Força começa em Casa... Conselheiros Cariri Cangaço da região do meu Cariri do Ceará !

Uma figura mais que especial, um homem que tem a cara e o coração de seu povo, sua terra: Missão Velha; João Bosco André, Conselheiro Cariri Cangaço !!!

Rapaz; existem destas pessoas que são marcantes. Por onde vão passando deixam o rastro de camaradagem, coleguismo, retidão, alegria, confiança, enfim. Se este "cabra" for do sertão, ainda sobram muito mais adjetivos para elencar. Assim é João Bosco André; espetacular cidadão de Missão Velha e do Mundo... Só para vocês terem uma ideia o homem é primo do Dom Pedro II e amigo pessoal do Papa.


Ir ao Cariri e não tirar um ou dois dedos de prosa com o grande "Padre Bosco"; sim, ainda esqueci, o homem foi ordenado Padre no primeiro Cariri Cangaço; é o mesmo que ir a Roma e não ver o Pontífice... Bosco André é assim, uma alma boa e um coração do tamanho do Vale do Cariri. Pesquisador atento, curioso, de uma memória fora do comum; lembra de detalhes simplesmente impressionantes. Impossível não andar pelas ruas de nossa querida Missão Velha ao lado de Bosco, sem que ele vá logo dizendo: "Ali mora fulano, que é irmão de beltrano que fez isso ou aquilo, acolá tinha um armazém que foi desse ou daquele, por aqui passou sicrano em 1923, etc, etc, etc".

Uma boa conversa com Bosco André é receita garantida de uma visita de sucesso para qualquer pesquisador das boas coisas de nosso cariri. Sem dúvidas, Bosco, ao lado de Napoleão Tavares Neves e de Huberto Cabral, são os três maiores memorialistas de nosso amado Cariri.

Coronel Santana, Serra do Mato, Fonte da Pendência, Coronel Zé Dantas, Isaias Arruda, Joca do Brejão, Engenho de Santa Teresa, Fogo do Taveira, Fazenda Padre Cícero, Torno dos Linardes, Zé Gonçalves... menino, se puxar assunto o homem vai longe e nos encanta a todos com sua atenção, disponibilidade e cordialidade. João Bosco André, é vice-presidente do GECC, Conselheiro Cariri Cangaço, um grande pai de família e um dos maiores carateres que conheço.

A você que gosta das coisas do sertão, que ama o nordeste e que se apaixonou pelo Cariri Cangaço, não deixe de vir até aqui e travar um "bom combate" com esse grande amigo e grande companheiro, grande Conselheiro de Nosso Cariri Cangaço João Bosco André, ou simplesmente "Padre Bosco".

Bosco André com seu talento próprio se configura como mais uma força do meu Ceará dentro do Conselho Cariri Cangaço !!!! Receba nosso abraço de gratidão querido amigo, conte conosco sempre, vamos em frente! Os desafios estão por vir !!!


Fonte: facebook
Página: Cangaceiros Cariri 


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100 ANOS - CYRA BRITTO BEZERRA (MINHA AVÓ).....ESPOSA DO CEL. JOÃO BEZERRA.." O MATADOR DE LAMPIÃO "..

Por: Benner Brito em 12/03/2016
Foto: Benner Brito

Nasceu no interior de Alagoas, no município de Piranhas, às margens do rio São Francisco, em 12 de março de 1915. Filha de Francisco Correa de Britto e de Emiliana Gomes de Britto prósperos fazendeiros e, também neta do chefe político da região dos dois lados do rio São Francisco: Piranhas (Alagoas) e Canindé do São Francisco (Sergipe), o Cel. Antonio José Correa de Britto (conhecido como "Antonio Menino" ou "Pai-Nosso") e de Prima Gomes de Britto ("Mãe-Nossa"). 

Foto pertencente ao acervo do pesquisador Adalto Silva

De família numerosa, dividia com seus 14 irmãos: Carlos, Célia, Ciro, Claudemiro, Clodovil, Cordélia, Guiomar, João, José, Maria José, Nair, Noélia, Raimundo e Yolanda, as brincadeiras entre a Fazenda Gerimum (no lado sergipano) e a casa grande em Piranhas.

Cyra Brito e o tenente João Bezerra da Silva

Casou-se com o então Ten. João Bezerra (Militar responsável pela morte de Lampião) em 1935 de quem já diziam ser prometida, por "Pai-Nosso", desde tenra idade. Representou nos seus quase noventa anos de existência, um exemplo de coragem, tenacidade e companheirismo da mulher nordestina e brasileira.

Vovó Cyra faleceu na cidade do Recife/PE, em 30 de março de 2003, aos 88 anos de idade! Porém, JAMAIS ESQUECEREI O SEU SORRISO!!!!!


UM POUCO DA HISTÓRIA DE QUEM FOI MEU AVÔ
https://www.youtube.com/watch?v=0XI_sxGev44

Coronel João Bezerra - O comandante da volante 

Publicado em 8 de mar de 2015
Prezados, saudações.

É com muita alegria que disponibilizamos aos amantes da cultura nordestina, o primeiro trabalho áudio-visual totalmente dedicado à figura do Coronel João Bezerra da Silva, indubitavelmente, o comandante maior da volante policial alagoana, que no famoso combate da Grota do Angico, ocorrido no dia 28 de julho de 1938, pôs fim à "Era Lampião".

Segue um pouco do histórico do documentário:

Locações: Fortaleza, Recife e São Paulo
Participações: Ângelo Osmiro e Antônio Amaury
Depoimento In Memoriam: Cyra Britto
Representando a família: Paulo Britto.
Direção: Anne Ranzan (PE) & Renata Sales (CE)
Produção e Apresentação: Charles Garrido
Duração: 01:22:25

Agradecemos a todos que colaboraram em prol da consolidação dessa obra e desde já, pedimos a compreensão do público quanto às nossas limitações, pois não somos profissionais da área televisiva ou cinematográfica, mas sim, apenas pesquisadores e estudiosos do tema.

Aceitamos críticas, sugestões e elogios. Entretanto, permitam-nos comunicar que, todo e qualquer comentário inserido será previamente analisado, caso algum fuja aos padrões, infelizmente será excluído, pois pautamos o respeito para com os componentes e personagens históricos que participam do vídeo.

Seguimos uma ordem cronológica, inserimos cinquenta e três fotografias, dentre elas, vários documentos pessoais do militar.

No final, uma surpresa, ouviremos um trecho da entrevista exclusiva (apenas em áudio) com João Bezerra, realizada pelo escritor Antônio Amaury, no ano de 1969, no município pernambucano de Garanhuns. Para um melhor aproveitamento, colocamos uma legenda sincronizada à fala do militar.

Finalizamos citando que, o intuito maior é poder colaborar de alguma forma para o engrandecimento e divulgação dos temas, cangaço e volantes.

Família Britto Bezerra & Charles Garrido
Categoria
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Música
"Conquest Of Paradise" por Vangelis ( • )

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste
Link: https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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LAMPIÃO... JULGADO E ABSOLVIDO.


LAMPIÃO... JULGADO E ABSOLVIDO.

LEIAM A REPORTAGEM ACIMA.

Matéria gentilmente cedida por Raimundo Gomes (Fortaleza/CE)
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço


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