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sábado, 15 de dezembro de 2012

Telegramma à Secretaria da Policia e Segurança Publica - 15/08/1929

Por: Rubens Antonio

Telegramma Secretaria da Policia e Segurança Publica da Bahia
De Quixabas - 68-136 - 18 de agosto de 1929

Dr. Secretario Policia - Bahia - (...) Tenho informar vossencia que Alfredo Barbosa teve em sua protecção muitos tempos os criminosos 


O cangaceiro Arvoredo

Hortencio Gomes Lima vulgo Arvoredo, Christino Gomes Lima vulgo Corisco, 

O cangaceiro Corisco

Faustino Gomes Lima conhecido ultimamente por Pae velho, irmãos Novatos, sendo que Hortencio acha-se armado fuzil (mauser) offerecido por Alfredo Barbosa, os demais eram merecidos tambem por sua valiosa protecção, tanto assim ultimamente Faustino, vulgo Pae Velho, achava-se homisiado fazenda Alfredo Barbosa. 

Foram roubados diversos animaes conduzidos para a fazenda do citado Alfredo Barbosa e alli foram vendidos por Faustino e bem assim anda grande centenas de pelles de creações furtadas e mortas pelos remettentes Curisco, Hortencio, João Ribeiro Silva, Manoel Ribeiro Silva vulgo Chileleu, Silvestre Gomes Lima, Ambrosio Gomes Lima e Manoel Gomes Lima vulgo Pé-na-meia, sendo estes tres ultimos filhos de Faustino, irmãos de Hortencio por intermedio de Pedreo Gomes Lima vulgo Judioca cujas pelles entregues a Faustino e vendidas a Pedro Borges em Bejo do Catuny tambem protector, sendo que Alfredo Barbosa sabia occorrido conforme, quando presos filhos Faustino e parentes, aqui relataram, bem assim comparsa tambem bandido Manoel Ribeiro Silva, vulgo Chilileu, conforme sciente vossencia por telegramma pt. 

Lembro vossencia que os irmãos Novatos foram presos primeira vez em Jaguarary a mando Capitão Arthur Cortes por ordem vossencia alli resistiram prisão, constando que Alfredo Barbosa naquella occasião requera habeas corpus em favor mesmo no Estado Pernambuco logar Boa Vista para onde tinham sido remettidos voltando mesmos a residir Jaguarary protecção Alfredo Barbosa, occasião Curisco e Hortencio achavam-se sobre protecção Alfredo Barbosa, tanto que deante denuncia Hortencio tambem preso em Joazeiro Alfredo trabalhou soltura voltando Hortencio residir fazenda seu patrão, onde varias vezes policia perseguiu-o juntamente Curisco e Faustino de tudo isso Alfredo era conhecedor. 

Esse Alfredo Barboza que quer defender não ser protector de bandidos muito concorreu para defender os bandidos da cadeia que hoje acham-se no grupo Lampeão. Lembro ainda vossencia que os irmãos Novatos criminosos eram reforço com toda certeza de Lampeão neste Estado e protegidos escandalosamente por Alfredo Barbosa em Jaguarary quaes ja tinham sido asseclas do grupo no Estado de Pernambuco por alcunha “os grandes” que tudo expuz a vossencia. Saudações.

(a) Tenente Waldemar Lopes Commandante Contingente


Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com

Enquanto não vem cangaço - O Castelinho da Rua Apa


Rua Apa, esquina com a Avenida São João, bairro de Santa Cecília, São Paulo. Esse é o endereço do castelinho. No dia 12 de maio de 1937 os três donos do castelinho foram encontrados mortos: Álvaro, Armando e Maria Cândida.


Álvaro tinha viajado e voltou com a ideia de transformar o antigo Cine Broadway, que pertencia a família, em um lugar pra patinação. O irmão Armando era contrário a ideia alem de ter achado algumas notas promissórias no nome de Álvaro.No dia 12 de maio de 37 os três foram encontrados mortos. Muitos deram o caso como assassinato seguido de suicídio. Álvaro teria matado o irmão por não concordar com a ideia do rinque de patinação na versão contada pela polícia.
     

Só que haviam alguns pequenos problemas: Os corpos dos irmãos estavam posicionados de forma paralela entre eles, e por que a mãe tinha sido morta? O cabo da arma usada nunca foi encontrado, e não teria como Alvaro ter suicidado com dois tiros de acordo com as perfurações.
     

Armando foi encontrado morto e com olhos abertos, quem cuida desses casos diz que a pessoa morre de olhos abertos quando são mortas de surpresa. As balas que mataram os três tinham calibres diferentes, uma das balas provinha de uma pistola Mauser alemã 9mm, que era de Álvaro, e de uma Magnum Parabello, que nunca foi encontrada. (se quiser conhecer um pouco das pistolas parabellum é só clicar AQUI ).

Segue a foto dos corpos dos irmãos tal qual foram econtrados:

A parte sobrenatural

Dizem que depois disso todas as pessoas que tentaram passar a noite dentro do castelinho disseram ouvir vozes e barulhos estranhos.

Um comediante de renome, Ankito (Anchinzes Pinto), morou no castelinho em 1944 e disse que era normal ouvir vozes, barulhos estranhos, pessoas na escada durante a noite, portas se abrindo, até encontrar torneiras abertas quando acordava, mas como dizia não ter medo, morou por um bom tempo lá. Depois uma família se mudou pra lá, e disse que também ouvia as mesmas coisas.

O número do castelinho é 236, e somando esses números temos o número 11, que é o número da magia e do sobrenatural.

O "Castelinho da rua Apa" é uma das lendas urbanas paulistanas mais conhecidas.

http://medob.blogspot.com.br

Carta de Pão de Assucar, Alagoas, ao Presidente da República - 23 de junho de 1926

Por: Rubens Antonio

PÃO DE ASSUCAR, 23 DE JUNHO DE 1926

EXMO PRESIDENTE DA REPUBLICA, COVERNADORES DOS ESTADOS, PRESIDENTES DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAES:

– Os abaixo firmados, autoridades federaes e estaduaes, commerciantes e proprietarios em Pão de Assucar, Estado de Alagoas, inspirados pelo nobre sentimento de humanidade, irmanados no soffrimento atroz dos seus irmãos, victimas indefezas das depredações, incendios, assassinios, violencias, espancamentos, estupramento, praticados pelo sinistro grupo de bandoleiros, chefiados pela féra vil e desforme por alcunha 


“Lampeão”, ainda espectadores das ruinas, cicatrizes, lamentações dos orphãos deshonrados e dos que ficaram em completa miseria, recorrem aos Governos dos Estados, ás Associações Commerciaes e aos bandos precatorios para um justo e valioso auxilio, soccorrer as miserias implantadas e para a restauração dos escombros do Commercio dospovoados de Olhos, Caboclo, Serrote da Furna e Tapera, pontos cardeaes, fadado ao campeio da horda de cannibaes.

Appellamos para a imprensa Brazileira, nossos patricios e patricias e lançamos o nosso brado de angustia e desejo para a obtenção da importancia de cento e cincoenta e oito contos quantia esta comprovada e julgada por peritos idoneaos, para a restauração do commercio sinistrado, para a expulsão da fome dos flagellados e para enxugar as lagrimas copiosas derramadas por nossos irmãos conflagrados. Para authenticar os horrores e o requinte de pervesidade demonstrado, é sufficiente indicar as photographias dos escombros estampadas nas revistas do Paiz e expor o caso do assassinato do proprietario Manoel Soares, que procurando evitar o estupramento de sua filha que pedia soccorro, foi sangrado miseravelmente, sendo apresentado o cadaver, em regosijo de tão bestial acção. Innumeros desatinos praticados, seria prolixo communicar.

A commissão agradecida pelo caridoso apoio que nos proporciona para esssa meritoria Caridade, roga encarecidamente que as esportulas sejam enviadas directamente ao sr. presidente da Associação Commercial de Alagoas.

Foram tomadas as providencias pelo homem de rija tempera governador Costa Rego, que não poupou esforços em extinguir o tetrico grupo, o que infelizmente não logrou, em face da tamanha velocidade que foram feitos os assaltos.

Os nossos sentimentos ajoelham–se agradecidos, com uma prece ao Creador, pelo animo que offerecem aos deshonrados de ventura. Com estima e consideração subscrevem–se

Manoel Pastor da Veiga, 
Manoel Campos, 
Manoel Rego, 
Alvaro Simas

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com

Convite!!!


Lançamento do livro "Lembrar e Escrever, não é só querer..." de autoria do  Manoel Cavalcanti de Souza o ex-volante"Neco de Pautilia".


Finalmente o sonho se realiza. O evento ocorrerá no dia 21 de dezembro de 2012, as 18 horas, no Espaço Cultural João Boiadeiro, Floresta-PE. 
Para maiores informações e aquisição de exemplares, falar com Alaíde Cavalcanti (filha de Seu Neco) , Contatos Fone (87) 9927 5853. por email:alaidecavalcanti@hotmail.com

Créditos da informação:

Arthur Denis Carvalho

http://lampiaoaceso.blogspot.com

A Primeira Vez!

Por: Capitão Alfredo Bonessi

A primeira vez é inesquecível.
Outras vezes buscarás reviver a primeira vez.
Nunca conseguirás. 
Em  frenéticas  tentativas de reencontrar a primeira vez, cada vez mais longe estarás dela.
Até que a escuridão total te envolva e merculhes na bruma escura da morte para sempre.

 
opmixdanet.blogspot.com

Diga NÃO a primeira vez.
 Diga NÃO as drogas.
 Nunca experimente.
Salve Vidas 
Denuncie quem te convidou para a primeira vez.

Enviado pelo autor.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Lampião era um homem bom

Por: José Mendes Pereira

Muitas são as acusações dirigidas ao rei do cangaço - Lampião - mas muitos remanescentes do bando do rei afirmaram aos repórteres e pesquisadores, que Lampião tinha o seu lado humano.

O cangaceiro Volta Seca disse ao repórter do Jornal “O Pasquim”, Nº. 221 – Setembro/Outubro de 1973, que Lampião não era só um homem vingativo e perverso. Também fazia caridade para a maioria dos necessitados. 

O cangaceiro Volta Seca

Durante o período em que Volta Seca conviveu no bando, viu muitas vezes Lampião tirar do bornal, dinheiro e doar às pessoas necessitadas. Se alguém lhe fizesse um pedido ele tentava ajudar (desde que não fosse por exploração), seria imediatamente resolvido.  Apesar de ter sido um homem aparentemente trancado, mas era bastante generoso, atencioso e além de tudo, educadíssimo.

Lampião

Qualquer pessoa que fizesse algo de bom para ele, já estava protegida. O que ele não gostava mesmo era desses como se diz, caguetas; aqueles que espalhavam coisas sobre as suas vinganças. E para essas pessoas, ele tinha um apelidozinho: 

"Chamava-as de Linguarudos”. 

O que Volta Seca disse aos repórteres foi confirmado no jornal "A Notícia", que circulou no dia 8 de março de 1931 - fonte: "Tok de História" que um ex-cangaceiro de Lampião, chamado Otaviano Pereira de Carvalho, afirmou-lhe em entrevista o seguinte:  

“-Lampião era um bom homem que vivia na espingarda, mas era educado. Possuía gestos de generosidade. Distribuía dinheiro com os pobres, os cegos e falava muito pouco, isto é, só falava o necessário”.

O cangaceiro Balão

A entrevista que Balão cedeu em 1973 à Revista Realidade, afirmou também quase isso.  Na íntegra: “Até Hoje o povo pensa que LAMPIÃO matava por qualquer coisa. Mas nunca o vi mandar matar alguém a sangue frio. E as fazendas por ele destruídas eram dele mesmo. Lampião havia comprado as terras em sociedade com um tal de Petro de Alcântara Reis. São elas: Tronqueira, Cachoeirinha, Formosa. Mas Petro as registrou apenas em seu próprio nome. LAMPIÃO zangou-se. Eu mesmo ajudei a matar muito gado a tiro, na Cachoeirinha. Petro fugiu para Alagoas".

O coiteiro de Lampião - Mané Félix

O coiteiro Manoel Félix, o único que teve a honra de ser o último a  frequentar o coito do rei Lampião na noite que antecedeu a sua morte, disse ao jornalista 

Jornalista Juarez Conrado - http://lampiaoaceso.blogspot.com

Juarez Conrado (faleceu em 2010), que não tinha nada a dizer contra o afamado Lampião, como a grande maioria dos moradores de Poço Redondo, que nunca chegaram a ver o bandido praticar qualquer crueldade na região contra os que ali viviam.               

Mas se Lampião nunca fez crueldades naquele lugar, as volantes de policiais eram temidas e odiadas pela população, devido às barbaridades que elas praticavam, no intuito de serem os maiorais combatentes aos asseclas, onde muitas vezes, impiedosamente, maltratavam os que elas achavam que eram coiteiros de Lampião.  O coiteiro Manoel Félix ainda afirmou que era amigo particular de Lampião, e disse  que não estava exagerando, mas com toda sinceridade:

"Lampião era  um homem fino e bastante educado."  
            
Todo brasileiro tem na mente que  Lampião era um sanguinário em todos os momentos. Mas os seus remanescentes afirmaram a vários repórteres, escritores  e pesquisadores, que Lampião só era suçuarana para aquelas pessoas que não o respeitavam,  principalmente  quando solicitava quantia em dinheiro e não era atendido.  

Mas existe o ditado: O  certeiro que faz um cesto faz um cento. Por esse motivo o rei Lampião foi condenado diante de muitos que não o entenderam.

 Fontes de Pesquisas:

 Jornal "O Pasquim" - Número: 221 - 1973.
 Revista Ralidade - 1973. 
 Jornal "A Notícia" -  8 de março de 1931 - Rostand Medeiros.
 Pérolas: Delírios literários - Juarez Conrado.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com