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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL? SÓ ISSO? NÃOOOO...

Por: Marcos Cost@
Marcos Costa

Todo ano..."Natal é tempo de meditação e de Papai Noel e também"... tá, tá, tá.

Todo ano a gente ouve o mesmo.

Mas, eu quero nesse ano dizer para você que está recebendo essa mensagem (dirigida especialmente para você)

Que o Natal é a festa mais importante do ano.


Pois ela é algo mais profundo que possamos imaginar. Quer que eu explique melhor?

Sim? Pois bem.

Natal é nascimento de Jesus. Pense nele como um bebê e não como um homem de barba. Esse bebê trouxe luz para a humanidade, esperança para os perseguidos, liberdade para os prisioneiros, derrubou a barreira entre religiões, valorizou a mulher como ela merece ser valorizada  e por mais de 2000 anos ninguém consegue parar de falar Dele.


Pra mim, respeitando toda e qualquer fé, Jesus é Deus. É a Criação em pessoa.

E Deus fez o mundo para Jesus. Sendo que o mundo não foi feito em 7 dias. Não sabia?

Ele continua sendo feito... ontem, hoje, amanhã... depende de nós todos. Agora é conosco. Todas as gerações são convidadas para participar dessa Criação Divina.

Você também faz isso. Faz sim. Faz sim. Você é meu amigo. Quando você me apóia, me critica positivamente, quando você se preocupa comigo, com seus amigos e familiares, você empresta o seu rosto para refletir Jesus. Não é bonito isso?

Aquele bebê que eu comentei. Sem riqueza. Sem orgulho. Sem vaidade. Totalmente a favor da família. Que coragem de Deus nascer homem para nos mostrar que é possível. 

Lembra do bebê? Você ajuda a construir o mundo de alguém e em conseqüência para você mesmo poder morar.

Feliz Natal. Não poderia deixar de te desejar.

Mas o mais importante e que não tem preço é te agradecer das vezes que vocêcom seu jeito de ser, acreditando Nele ou não, tendo a fé que mais lhe confortar, emprestou seu rosto para refletir o rosto do meu, do nosso, melhor e maior amigo: Jesus.

Não é motivo de alegria, o Natal? Não é uma data triste. Só para quem não quer amar de verdade. 

Obrigado, amigo. Obrigado e espero um dia poder servir, humildemente, de reflexo para que o Jesus Menino apareça para ti.

Saúde e Paz. Amém.

Enviado por: Marcos Cost@

http://mjcnovo.blogspot.com.br



[Cangaço na Bahia] 28 de junho de 1929, no “A Tarde”: Rodovia Itiúba a Bella Vista

Por: Rubens Antonio

28 de junho de 1929, no “A Tarde”:
.
AS RODOVIAS DO NORDESTE
.
 Inaugurou–se, entre Itiúba e Bella Vista, uma estrada de trinta kilometros
 .
ITIUBA, 26 (correspondente epistolar) – A inauguração da rodovia entre esta villa e o arraial de Cóvas, hoje chamado de Bella Vista, foi um acontecimento, que o municipio commemorou com enthusiasmo. O auspicioso facto passou–se domingo, 19 do corrente. Itiuba desde cêdo apresentava aspecto festivo. Dois caminhões e outro automoveis, enfeitados e repletos de senhoras, senhorinhas e pessoas outras de representação social, percorriam as ruas, em meio de grande alegria. A’s 9 horas organizou–se o prestito, que partiu da casa de residencia do intendente, cel. Arestides Simões de Freitas.


O percurso obedeceu á melhor ordem, e foi feito em uma hora e meia, apezar de ser de mais de trinta kilometros a extensão da estrada, que, embora carroçavel, é bem construida e offerece as melhores condições de segurança.

Chegou–se á Bella Vista (Cóvas) ás 10 e meia, quando, então, o rev. Padre Pimenta, vigario da freguezia, celebrou missa, a que assistiu enorme multidão. Finda a cerimonia religiosa, houve vibrante passeata, precedida da musica local. Durante o trajecto espoucavam girandolas de foguetes e ouviam–se estrepitosos vivas ao dr. Vital Soares, deputado Simões Filho e cel. Arestides Freitas.

O regresso foi ás 15 horas, tendo a comitiva chegado, sem o menor incidente á Itiuba, ás 16 e 45.

O cel. Arestides Freitas vem sendo muito felicitado por esse melhoramento, que demonstra o seu interesse no administrar o municipio de Queimadas.

A todas as festas estava presente o deputado Wenceslau Gallo, que recebeu, durante todo o tempo de sua permanencia aqui, carinhosas e merecidas provas de estima.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
Rubens Antonio

http://cangaçonabahia.blogspot.com

FINALMENTE

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 21 de dezembro de 2012. Crônica Nº 934

Depois de uma luta ferrenha para que “Lampião em Alagoas” e “Negros em Santana” viessem a lume, finalmente temos os dois livros em mãos, quentinhos, saídos do forno. Um ano de espera que tabelava com a burocracia muito mais do que o tempo dos escritos. Os autores resolvemos marcar o lançamento de ambos os livros para o dia l2 de janeiro (sábado), cujo local poderá ser o tradicional Tênis Clube Santanense.


“Negros em Santana”, um TCC de Especialização em Geo-História transformado em livro paradidático, conta a história, até aonde os autores alcançaram, dos pretos chegados ao município de Santana do Ipanema. São citados lugares e origens da área urbana e rural como Olho d’água do Amaro, Mocambo, Laje dos Frades, Lagoa do Mijo, Alto do Tamanduá, Tapera do Jorge, Cajarana e Alto dos Negros. Figuras pretas conhecidas e a contribuição social faz com que o livro seja indispensável, uma pérola nas mãos de pesquisadores, professores estudantes de Santana do Ipanema, complementando sua História, Geografia e Sociologia regional. Livro para ser usado pelo Magistério do município, principalmente, auxiliar da História Completa de Santana do Ipanema que em breve será publicada. “Negros em Santana”, editado pela Grafpel contém cinquenta e poucas páginas e foi escrito pelos professores Clerisvaldo B. Chagas, Marcello Fausto e Pedro Pacífico V. Neto. Os dois últimos estreando no mundo literário.
“Lampião em Alagoas” é uma narrativa dos episódios “lampiônicos”, antes espalhados em livros, revistas, jornais e outras fontes, agora ordenados em ordem cronológica, que tem início em 1917, com a morte de 


Delmiro da Cruz Gouveia. Desse ponto e com a chegada dos Ferreira a Alagoas (1918), prossegue a narrativa até a chacina de Angicos (1938), fim de Lampião e Maria Bonita. 

Família de Lampião - ele a esquerda e Antonio Ferreira, seu irmão à direita 

Para quem aprecia esse tipo de leitura, não faltarão emoções da página 1 a página 468, numa edição da Grafmarques. 

Inácio Loyola

As apresentações são do pesquisador Inácio Loiola e Silvio Bulhões, o filho de Corisco e Dadá.

Aderbal Nogueira e Sílvio Bilhões - filho de Corisco e Dadá

A apresentação do livro acontecerá junto com os convites a partir do dia 26 próximo e o seu lançamento poderá ocorrer em inúmeras cidades nordestinas que aguardam ansiosamente esse trabalho anunciado. FINALMETE.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).




Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/12/finalmente.html

MANHÃ DE OUTONO DE GRIMSHAW: PINTURA OU POESIA? (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

MANHÃ DE OUTONO DE GRIMSHAW: PINTURA OU POESIA? 

Não duvido que Grimshaw tenha permanecido dolorosamente triste durante todo o tempo que lançou na tela pinceladas outonais na sua magistral pintura Manhã de Outono. E não um outono qualquer, em tons sombrios e folhas secas, mas a própria representatividade do ar nebuloso, enevoado, solitário e melancólico dessa estação.

Logo se vê que Manhã de Outono (Autumn Morning) não é uma produção artística qualquer. Jamais passaria despercebida ao olhar mais atento. E isto porque é incerto saber se o que pintor inglês John Atkinson Grimshaw (06 de setembro de 1836 - 13 de Outubro 1893) nos oferece é pintura ou poesia. Creio que se pode consensualizar afirmando ser um poema pintado em cores fortes.

Manhã de Outono - Autumn Morning

Grimshaw viveu na era vitoriana, famoso no seu tempo e posteriormente por suas paisagens de cores firmes, fortes ou suavemente meditativas, cuidadosamente iluminadas e com ricos detalhes. Contudo, buscando sempre representar cenários sublimes, nevoentos, como se estivesse jogando um véu de melancolia em cima de cada tela.

Especializou-se em pinturas de docas, paisagens representando estações, ruas solitárias de subúrbios, cores enluaradas descendo sobre cenários quase desertos. Em cada pincelada a solidão, o abandono, a realidade melancolicamente existente. Daí utilizar ambientes com pouca presença humana para falar da solidão cotidiana, da poesia angustiante da vida.

Em Autumn Morning, ou Manhã de Outono, Grimshaw ultrapassa sua estética, sua força de paisagista, para oferecer um cenário instigante e encantador, ao mesmo tempo misterioso e triste. Poesia da alma, poesia do espírito, poesia do olhar. Indubitavelmente uma poesia com força suficiente para transportar o olhar para o seu interior. Contudo, o que nos espera além do portão?

Como bem sintetiza o nome consignado à obra, a pintura cuida de uma paisagem outonal. Diz ser manhã de outono, porém com nuances que mais parecem um entardecer. E um fim de tarde daqueles entristecidos, com o sol se pondo melancólico e avermelhado sobre o contorno em que está situado um casarão, apenas avistado em réstia no interior do jardim.

E surge mais uma indagação instigante: Ao redor não há pessoa alguma, não há ninguém, mas estaria o casarão abandonado ou algum ser solitário se esconde por trás de alguma vidraça mirando as cores afogueadas? A tela é enevoada demais para buscar uma resposta em alguma porta ou janela, nos lados ou na entrada do casarão.

John Atkinson Grimshaw

Mas alguém poderia dizer que a pintura nada mais representa que uma paisagem de outono, com suas cores mortas, folhas caindo, um aspecto solenemente triste em todo o cenário. E não estaria errado não, pois é isto mesmo, só com a sutil diferença de que tudo ali pintado possui simbolização única. Quer dizer, os motivos dispostos na tela dizem qual outono quer mostrar: o da alma, do espírito, da solidão humana.

Assim, num cenário envelhecido, tem-se um portão entreaberto, ladeado por muros, tendo à frente um caminho cimentado em meio ao chão de terra batida; ao fundo, avista-se o velho casarão envolto em névoa, com galhos de árvores secos e desnudos tanto na parte interna como externa. E folhas secas, mortas, caindo dos galhos e espalhadas fartamente pelo chão.

Mas isso ainda não é tudo, vez que a maestria de Grimshaw reside precisamente nas cores escolhidas para representar seu outono. O fundo amarelado ouro vai tomando outra cor quando encontra o velho casarão e o muro. E então se observa a nebulosidade de um verniz esbranquiçado que envolve o casarão e o quase vermelho fogo, misturado ao ocre e o marrom das folhagens.

Todas as cores de outono, logicamente, mas guardando no todo uma visão onde tudo se mistura num matiz único: a perplexidade do vazio e da tristeza diante de um jardim abandono de outono. E é como se precisássemos estar ali para refazer a vida há muito inexistente.

Night Moonlight - Noite de Luar

E tomado de inspiração na pintura de Grimshaw, o poeta Derek Soares Castro escreveu um belíssimo poema intitulado “Nódoa d’Outono”, que merece transcrição:

“— Como a nódoa d'azeite que s'espalma,
A tristeza manchou tôda a minh'alma! (Guerra-Duval)

Nos cinamomos d'ambárico outono,
Já s'envergou o amarelo d'ardência
Em uma flébil, letal decadência,
Tombando as árvores cheias de sono.

Nessa pintura d'extremo abandono,
Vejo a ramagem fanar em dolência;
E junto dessa augustal ambiência
Fico a morgar num profundo ressono...

Ó tardes d'áurea — mortal soledade!
Vem m'envolver com a tua mortalha
Feita das folhas dum morto jardim!

Toda essa mágoa, toda essa saudade,
Toda a tristeza que tanto s'espalha,
— Maculou tudo por dentro de mim!”

(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos eguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Bulamarqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com






Memória boêmia: O Farolito Bar

Imagem 01 - Farolito Bar, 1950.

O registro fotográfico que a imagem 01 guardou, mostra o lado boêmio da cidade de Mossoró-RN, nos idos da década de 50 do Século XX. As pessoas que foram identificadas nesta foto são: 1. Renato Costa, (1917-1976), o fundador da Rádio Difusora de Mossoró-RN, 2. Raimundo (Bibiu) Gurgel, sócio-proprietário da Casa Bancária S. Gurgel, e ao lado direito do número 2, o fotógrafo Manuelito Pereira (1910-1980).

As pessoas estão reunidas em torno da mesa do bar, o Farolito Bar, ponto de encontro dos homens de negócio da sociedade local, cujo endereço era na R. Cel. Vicente Sabóia, conforme informado pelo site de origem desta imagem, o Azougue. É provável que estivessem a comemorar uma data significativa, considerando que estão usando trajes formais e brindando com taças para espumante.

Imagem 02 - Praça Vigario Antonio Joaquim - 1937

Raimundo Soares de Brito, (1920), nas obras referenciadas, principalmente em Páginas Arrancadas (memórias), traça pinceladas, de forma nostálgica, sobre a estória deste bar, seus donos, seus clientes que fazem parte da história local. Em suas mesas negócios foram feitos, segredos revelados, campanhas políticas discutidas, decisões tomadas, enfim, a história era realizada.

Em primeiro lugar, o local de funcionamento deste bar, nas décadas de 40 e 50 do século passado,  era na Praça Vigário Antonio Joaquim, na porta térrea do prédio de Delfino Freire que corresponde ao casarão de dois pisos, o primeiro à esquerda da imagem 02.

Este chalé, no final da década de 50, desapareceu dando lugar ao Esperança Palace Hotel, o primeiro hotel de luxo da cidade. E no espaço onde havia o bar, após a inauguração do hotel na década de 60 do mencionado século, passou a funcionar uma lanchonete intitulada o Skinão, que segundo o autor, era um ponto chique de encontro da juventude local da época. Um dos proprietários do Farolito foi justamente o referido autor, quando de suas investidas no ramo do comércio, que aliás, também, foi proprietário do bar-café, O Botijinha, que será objeto de uma futura postagem.

Posteriormente, o Farolito Bar passou a ser propriedade de Francisco Medeiros Cunha, o popular Medeirinho Cunha, (1916-1975), natural de Augusto Severo atual Campo Grande, radicado em Mossoró por longos anos, exerceu a profissão de fotógrafo e proprietário do Foto Íris. Conforme Raimundo Soares de Brito, "era um profissional de bastante conceito, era fino na maneira de tratar as pessoas. Tinha muito bom gosto tanto na maneira de vestir quanto na escolha de seus equipamentos, máquinas, flashes e ampliadores ..".

Medeiros Cunha foi homenageado como patrono de rua, no Conjunto Abolição III, conforme Decreto de 05/03/1979.  

Citarmos as fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos. Télescope.Fontes: BRITO, Raimundo Soares de., (1920). Páginas Arrancadas, Coleção O Mossoroense, Fundação Vingt-un Rosado, abril de 2010, e,  Ruas e Patronos de Mossoró (Dicionário), Vols I e II, Coleção O Mossoroense, Fundação Vingt-un Rosado, setembro de 2003; Provável autoria da  imagem 02: Manuelito Pereira, 1910-1980; Fonte dos arquivos fotográficos P&B - Site Azougue. - Índice das Matérias Publicadas em Memória Fotográfica

 http://telescope.zip.net/arch2010-07-01_2010-07-31.html

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


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Lançada e esperando por você - Benjamin Abrahão - ENTRE ANJOS E CANGACEIROS


Autoridade na cultura do Nordeste do Brasil, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros (Escrituras Editora), que traz a biografia do secretário particular do padre Cícero, do Juazeiro, de 1917 a 1934, além de fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião, tendo acompanhado os diferentes bandos de que este dispunha em sete Estados do Nordeste, no meado de 1936, creditando-se como responsável pela mais completa documentação do cangaço jamais obtida, ao incorporar a imagem cinematográfica às velhas fotografias conhecidas.

A obra é ensaio interdisciplinar que ocupou boa parte da vida do autor, e também um livro de arte, com dezenas de fotografias e de fotogramas históricos da trajetória do sírio Benjamin Abrahão Calil Botto -- um “conterrâneo de Jesus”, como se declarava, por conta do nascimento em Belém, na Terra Santa --, que desembarcou no Porto do Recife em 1915, aos 15 anos de idade, fugindo da Grande Guerra, para trilhar uma aventura extraordinária pelos sertões do Brasil setentrional.

No livro, Pernambucano de Mello, reconhecido por Gilberto Freyre, já em 1984, como “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, apresenta pesquisa profunda, feita ao longo de 40 anos. Pela primeira vez, é divulgado o conteúdo da caderneta de campo deixada por Benjamin Abrahão, recolhida pela polícia no momento de seu assassinato com 42 punhaladas, no começo de 1938, no sertão de Pernambuco, aos 37 anos de idade. Cobrindo os anos da missão sobre o cangaço, a caderneta abrange o período 1935-1937, com lançamentos alternados em português e em árabe, assim impusesse a necessidade de sigilo sobre o assunto. O historiador trabalhou por três anos, com dois professores de árabe, traduzindo, ponto a ponto, o conteúdo averbado -- muitas vezes resultante de conversas noite adentro com Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros -- que são relatos que matam polêmicas e contestam versões atuais sobre fatos e figuras das décadas de 1910, 1920 e 1930, como o polêmico Floro Bartolomeu da Costa e a apregoada amizade entre Lampião e o padre Cícero, além de informações que dizem respeito ao real combate do Batalhão Patriótico à Coluna Prestes, para o qual traz entrevista inédita que fez com Prestes, em 1983, no Recife.

Particularmente importante, pela originalidade, é a revelação da matriz setecentista e estrangeira do pensamento social brasileiro dos anos 1930 sobre o cangaço, presente, sobretudo no chamado romance nordestino, tendente a culpar a sociedade e a desculpar os excessos dos protagonistas do fenômeno. O mesmo se diga sobre a revelação, de todo desconhecida até o presente, dos esforços de apropriação internacional do apelo épico que o tema encerra, por parte das facções travadas em luta de morte ao longo da década aludida: o Reich alemão contra o Soviete russo, Hitler contra Stalin, ao tempo em que Lampião dava as cartas na caatinga.

O livro traz ainda apêndice com a reprodução de importantes documentos, colhidos em pesquisa que contou com o apoio de muitos colaboradores e instituições, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, a Cinemateca Brasileira de São Paulo, os arquivos Renato Casimiro/Daniel Walker, do Juazeiro, e da antiga Aba-Film, de Fortaleza, ambos do Ceará, entre outros.

Sobre o autor:

Frederico Pernambucano de Mello e Jô Soares

FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO possui formação em história e direito. Na Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou no estudo da cultura da região Nordeste do Brasil, tendo publicado os seguintes livros: Rota batida: escritos de lazer e de ofício, Recife, Edições Pirata, 1983; Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco, 1985 [ora em 5ª edição pelo selo A Girafa, de São Paulo]; Quem foi Lampião, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1993 [ora em 3ª edição]; A guerra total de Canudos, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997 [ora em 3ª edição pela A Girafa]; Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de preservação ambiental, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco-CHESF, 1998; Guararapes: uma visita às origens da Pátria, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2002; Tragédia dos blindados: a Revolução de 30 no Recife, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007; Estrelas de couro: a estética do cangaço, São Paulo, Escrituras Editora, 2010, livro finalista do Prêmio Jabuti de 2011, nas categorias projeto gráfico e ciências humanas.  É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal de São Paulo para a Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 Anos, São Paulo, 2000, e presidente da União Brasileira de Escritores – Seção de Pernambuco.  Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil, tem sido considerado o “historiador do Brasil profundo”, na palavra do professor Nelson Aguilar.

Prefácio:

Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes.
Texto das orelhas José Nêumanne Pinto
Gênero História/Cangaço e cangaceiros/Usos e costumes/Ensaio interdisciplinar.
Formatobrochura, com mais de "97 imagens.
Páginas "352
Carmen Barreto – comunicação e imprensa 

imprensa@escrituras.com.br 
escrituras editora e distribuidora de livros ltda.

Dados sobre pedido da obra

Preço? R$ 45,00 (Quarenta e cinco reais) e com frete já incluso. 
Onde comprar? 
Com nosso revendedor oficial Professor Pereira através do 
E-mail franpelima@bol.com.br 
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Aderbal Nogueira um dos pilares do Cariri Cangaço

Por: Manoel Severo

Poderia passar o resto de meus dias tentando falar sobre esse tal e ilustre sentimento de Gratidão; na verdade, acho que não conseguiria encontrar palavras para traduzi-lo... Mas, nada pode impedir de tentar. Não tenho pressa e ocuparei esse espaço para trazer pessoas realmente especiais e precisoas, e serão muitas... incontáveis, cada uma com sua própria história, seu próprio talento, sua Missão. 


A você meu irmão Aderbal Nogueira, a minha mais sincera gratidão. Com vc aprendi muito e sem dúvidas você é um dos grandes artífices de nosso sonho transformado em realidade, chamado Cariri Cangaço.

Aderbal Nogueira ao lado de Manoel Severo e Sérgio Dantas

Aderbal Nogueira ao lado de valorosos companheiros de GECC e SBEC é um dos maiores entusiastas do Cariri Cangaço, ao nosso lado e de outros confrades, como: Kydelmir Dantas, Professor Pereira, Napoleão Tavares Neves, Ângelo Osmiro, João de Sousa Lima, Vilela, Honório de Medeiros, Juliana Ischiara, Lemuel Rodrigues, Bosco André, Alcino Costa, Ivanildo Silveira, Kiko Monteiro, Magérbio de Lucena, Leandro Cardoso e tantos e tantos, começamos a acreditar que era possível e daí tudo aconteceu. Valew !



O Benjamim Abrahão dos tempos modernos...

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Gratidão a um grande artista

Por: Manoel Severo


Uma das principais virtudes do ser humano é a Gratidão. Gratidão é um sentimento que precisa ser semeado, cultivado; um sentimento que precisa ser verdadeiramente cuidado e valorizado. Certamente o Cariri Cangaço deve tudo a todos, explico: Essa grande construção coletiva chamada Cariri Cangaço, é resultado de um sonho onde muitos sonharam juntos e se dedicaram bastante para concretizar e consolidar o trabalho.

Felipe Kariri

Hoje é com muita satisfação que dedicamos esta postagem a um grande artista, um desses iluminados que com o talento de poucos vai através da imagem traduzindo sentimentos. A Marca Oficial do Cariri Cangaço é resultado do talento de Felipe Kariri,  Designer gráfico de nossa querida cidade de Crato, berço do Cariri Cangaço.

A você Felipe, nossa eterna gratidão por todo seu talento, cuidado e dedicação em tornar o Cariri Cangaço além de melhor, muito mais bonito.



Marcas do Cariri Cangaço,
tradução de um sonho a partir do talento de Felipe Kariri.

http://cariricangaco.blogspot.com

Wanessa Campos e a Dona de Lampião


Hoje o Cariri Cangaço traz mais uma vez 
a bela obra de nossa querida amiga Wanessa Campos. 
A Dona de Lampião já em sua segunda edição, ampliada, inclusive com mais fotos, foi 
lançado na Fliporto em Olinda, 
ainda no mês passado.
Desejando adquirir, procure nas 
melhores livrarias de sua cidade ou então 
entre em contato com a autora:

wanessacampos@oul.com.br

http://cariricangaço.blogspot.com 

Cangaço na Bahia - A Força Pública da Bahia

Por: Rubens Antonio

A principal entidade militar atirada, pelo Estado da Bahia contra os cangaceiros foi a Força Pública.
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A 1 de janeiro de 1929, no “Diario Official do Estado da Bahia”, foi listado o quantitativo do seu contingente.
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FORÇA PUBLICA
PESSOAL
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Officiaes do quadro
1 Coronel
3 Tenentes–Coroneis
4 Majores
1 Major Medico
21 Capitães
1 Auditor
3 Capitães Medicos
24 Primeiros Tenentes
2 Primeiros Tenentes Medicos
1 Primeiro Tenente Pharmaceutico
76 Segundos Tenentes
1 Segundo Tenente Cirurgião–Dentista
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Officiaes aggregados
1 Coronel
1 Tenente–Coronel
1 Major
3 Primeiros Tenentes
3 Segundos Tenentes
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Serviços especiaes
3 Internos effectivos
5 Internos extra–numerarios
2 Mechanicos
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Praças de pret
13 sargentos ajudantes
32 primeiros sargentos
3 primeiros sargentos musicos
168 segundos sargentos
4 segundos sargentos músicos
94 terceiros sargentos
3 terceiros sargentos corneteiros
363 cabos de esquadra
6 cabos corneteiros
72 anspeçadas
32 músicos de 1ª classe
44 músicos de 2ª classe
44 músicos de 3ª classe
21 soldados musicos
1879 soldados
32 corneteiros
38 tambores.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
 Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com

Jornal do CENTRO DE TRADIÇÕES NORDESTINAS LUIZ GONZAGA - Edição 102/2012

Por: Gilberto Teixeira
Luiz Gonzaga

Aos meus amigos e parceiros,

Segue a Edição 102 do Jornal da Feira. Nesse número mostro a evolução do departamento de Marketing da Feira de São Cristóvão. Apesar dos pesares. Seguimos a militância na Feira, no Rio e no Brasil, pois ao chegar à cidade, os propósitos eram ampliar a difusão das tradições e da Cultura do Nordeste.

Um forte abraço, um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de PAZ.
Gilberto Teixeira
diretor de Marketing e Comunicação/FSC
(21)9189-1474









Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/