Por Edvaldo Morais.
Um dos
pioneiros da radiofonia mossoroense está de idade nova neste 25 de setembro.
PARABÉNS, JACÓ!
Um pouco de
sua trajetória:
Jacó Dantas de
Morais - nasceu em Mossoró, no dia 25 de setembro/1947. Estudou no Grupo
Escolar Cônego Estevam Dantas; Ginásio Modelo e Instituto de Educação.
Trabalhou na Prefeitura Municipal durante seis anos e em duas das principais
rádios locais: Tapuyo e Difusora, onde, além de locução, gravou prefixos,
jingles e fez noticiários, como “Notícias da cidade” o então mais antigo e
criterioso informativo radiofônico local, ao lado do famoso locutor da época
Demilson Santos. Foi colocado no “ar” pelos então Diretores Canindé Alves e
Genildo Miranda, ambos falecidos.
Cresceu
ouvindo novelas de rádio locais, com o “cast” da rádio Difusora. Uma delas: “ O
pecado de uma mulher”, protagonizada por José Maria Madrid, tendo no elenco:
Ely Barreto Mendes, Genildo Miranda, Irismar Ribeiro, José Domingos, Milton
Monte e Ivonete Paula. Ouviu também novelas da Rádio Jornal do Comércio de Recife,
com o radioator Geraldo Liberal e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, tendo
Milton Rangel no papel principal de Jerônimo, o Herói do Sertão, além de “O
Anjo”, dentre outras. Tudo isso o influenciou muito em escolher o rádio como
carreira.
Em 1969,
resolveu deixar Mossoró e seguir para Brasília/DF onde tinha irmãos estudando,
pois o mercado de trabalho na época era mais promissor. Trabalhou nas rádios
Nacional, Alvorada, Planalto, MEC, BSB Super FM e Independência, dentre outras,
e nas empresas televisivas TV Globo canal 10 e TV Brasília canal 06, Rede
Tupi-DF.
Em seguida,
foi para Pequim, na República Popular da China, onde trabalhou nos anos de 1983
e 1984 na Rádio Internacional da China – Seção Brasileira, coordenando uma
equipe de 18 colegas chineses. Nessa rádio gravou prefixos, crônicas
noticiários etc.
Em 1995,
recebeu um convite de um colega do ramo, Dermeval Pereira Lima, que residia
havia 04 anos em Seul, Korea do Sul, para trabalhar na Rádio KBS daquela
capital asiática. Referido convite não foi aceito por motivos de ordem pessoal,
razão pela qual se viu obrigado a rejeitá-lo, embora agradecido ao colega
radialista.
Apesar de ser
apaixonado pelo rádio, guarda mágoa da poderosa Rede Globo de Televisão onde
foi funcionário por aproximadamente 05 anos, pelo fato de não ter conseguido se
transferir para a sede no Rio de Janeiro, onde pretendia cursar faculdade de
Artes Cênicas e dublagens, já que na época a emissora patrocinava o referido
curso. Jacó continuou insistindo a se transferir para Globo Rio, e chegou a
pedir aos diretores da Globo DF, Srs. Guy Cunha de Oliveira e Edgardo Eriksen,
porém nada conseguiu.
Há pouco mais
de duas décadas se afastou do rádio. Atualmente, tem o Distrito Federal como
seu porto seguro. Parabéns, nobre conterrâneo Jacó Morais por mais uma data
natalícia!
ADENDO:
Grande Edvaldo Morais, me parece que Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa também participava das novelas da Rádio Difusora, além de Terezinha que era secretária da sociedade, prestando o seu expediente na Editora Comercial, irmã de Raimundo Benjamim.
Radionovela é
um tipo de drama radiofônico no formato de uma narrativa
folhetinesca sonora, nascida da dramatização do gênero literário novela, produzida
e divulgada em rádio, principalmente na América
Latina. Na era de ouro do rádio, as radionovelas foram fundamentais para
que a história do rádio brasileiro se configurasse. Elas estimularam a
imaginação dos ouvintes (fundamentalmente mulheres, as senhoras e senhoritas
que acompanhavam o enredo) e projetaram uma série de rádio-atores que, posteriormente,
migraram para a televisão.
John Flynn e Virginia
Moore em típica radionovela. - https://pt.wikipedia.org/wiki/Radionovela
Tive a honra de fazer controle para o nobre locutor/radialista de vozeirão Jacó Morais, que na época, nós éramos jovenzinhos. Ele trabalhava na Rádio Difusora, e eu na Editora Comercial S/A., que fazia parte da sociedade de cinemas.
Quem me colocou no controle da emissora como estagiário, foi o próprio Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, que era um dos sócios da sociedade, no intuito que no futuro, eu ficasse trabalhando na rádio. Mas o meu desejo estava mais para o grande quebra-cabeça da editora. Demorei no máximo 3 meses, e resolvi ficar mesmo nos serviços gráficos.
Tudo era feito manualmente, com instrumentos que faziam os sons, tempestades, chuvas, trovões no momento necessário, vamos exemplar: Os trovões eram feitos com papel laminado, que ao mexer sobre uma mesa, ou mesmo fazendo o movimento com as mãos, dava para se entender que tinha acontecido um trovão dentro do texto da novela.
Em relação a Jacó Morais, é uma grande referência radiofônica mossoroense. Grande amigo que foi para todos que com ele conviveram ali naquela empresa, inclusive eu, que tive o prazer de fazer controle para ele na Rádio Difusora de Mossoró.
Parabéns, grande Jacó Morais! Que Deus te dê muitos e muitos anos de vida por onde estiver morando. Mossoró é a sua grande e querida mãe, e Brasília é a sua madrasta, que por muitos anos, tem lhe dado o seu berço para viver por aí.
José Mendes Pereira.
Se você quiser saber mais sobre Radionovelas, clique neste link:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radionovela
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