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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O MUSEU THÉO BRANDÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.796

       Hoje vamos abrir espaço sobre o Museu Théo Brandão, situado na Avenida da Paz, em Maceió. O seu nome é uma homenagem ao grande folclorista do município de Viçosa, Zona da Mata de Alagoas.

MUSEU THÉO BRANDÃO. FOTO: (AGÊNCIA ALAGOAS).

“O prédio do Museu Théo Brandão não foi construído para ser uma instituição museológica, mas para servir de residência, em época em que a Avenida da Paz era preferida pelas tradicionais famílias alagoanas. Entre o Centro e Jaraguá, sua localização facilitava o acesso ao comércio atacadista e varejista, sendo ponto preferido pelos comerciantes para fixarem residência, até o início do século passado.
O primeiro proprietário, Eduardo Ferreira Santos, construiu o imóvel na década de 1930 e, em seguida, o vendeu a Artur Machado, que logo cuidou de reformá-lo. Sua arquitetura eclética teve a decoração acrescida de novos elementos por dois esmerados artesãos portugueses. Provavelmente, foi dessa época o acréscimo das varandas encimadas por cúpula de inspiração mourisca que deram uma nova e sofisticada feição ao prédio. Logo a residência passou a ser conhecida por Palacete dos Machado.
Depois de outras ocupações, o imóvel foi adquirido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para servir de residência universitária feminina e, em seguida, sede do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, reunindo expressivo acervo da cultura popular nordestina.
A mais recente restauração, concluída em 2001, recuperou parte da decoração da fachada, da pintura original da entrada e as grades que contornavam o pátio, perdidas em reformas anteriores, foram recompostas, fazendo alusão à tipologia do museu, com desenho de motivos folclóricos concebidos pelo artista plástico Getúlio Mota.
Como a edificação, em suas diversas ocupações, perdera algumas divisórias e características ornamentais no interior, a montagem do circuito privilegiou principalmente as peças em exposição, com uma instalação atraente, rica em cores, fotografias e informações”.
·         Alagoas Memorável – Patrimônio Arquitetônico.


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ALUADO: UMA HISTÓRIA TRISTE

Por Rangel Alves da Costa

Que lua imensa na sua cabeça. Que lua tão grande no seu juízo. Que lua tão majestosa na sua mente. Que lua tão exagerada em seu pensamento. Que lua descomunal em suas ações e atitudes. Que lua tão aluada em todo o ser.
Aluado? Doido? Adoidado? Lunático? Um excêntrico divagante? Alguém que sobre a pedra grande para falar com a noite, com as estrelas e a lua? Alguém que sai de si para ser outro além de si, sempre influenciado pela luz da imensa lua?
Um aluado, apenas. E o que isto seja. Numa concepção mais romântica, aluado seria aquele apaixonado pela lua, aquele desejoso de lua, aquele que despertando em maior intensidade pela forma, tamanho e claridade da lua.
Ou um lunático, apenas. Mas não um lunático numa acepção de loucura, de ensandecimento, de insanidade ou alienação. Mas sim de pessoa que tem na lua sua força matriz, que por ela se guia, que por ela sente amor, amizade, verdadeira paixão.
Mas por que, de repente, dependendo do tamanho, da forma e da luz da lua, ele tanto se transforma? Por que seu comportamento, que já é normalmente exasperado, intranquilo, afoito demais, transmuda-se ainda mais depois que a noite cai e a lua desce com seu resplendor?
Mas que tanta estranheza! No alto da pedra onde costuma ficar, de vez em quando se levanta e abre os braços e grita, e chama a lua, e diz que vai voar até lá. Joga pedras dizendo que são flores, lança gravetos dizendo que são beijos, arremessa tudo o que encontrar pelos arredores.
Perante a lua, principalmente quando é lua está cheia, gorda, brilhosa demais, seus olhos chamejam igual um lençol d’água derramado de sol. E não é um brilho normal, certamente não é. E quem olhar atentamente, bem ao fundo daqueles ovalados brilhosos, haverá de encontrar ali a própria lua. Cheia, inteira, na sua grandeza maior.
Feito um lobo uivando no alto da estepe, nas alturas da noite sua voz entoa uma triste canção: “Minha amada venha me levar da rua, pois não sou do mundo, sou apenas da lua. Minha amada desça com seu clarão sobre mim e me beije tanto que seja o meu fim, e feliz morrerei pela lua que amei...”.
Juntou penas de passarinhos, de galinha, de peru, de meio mundo de bicho de pena, e a tudo entrelaçou para fazer um par de asas. Triste Ícaro com suas asas de cera em busca de seu sonho sob o sol. E na noite abriu os braços, lançou-se aos espaços e mergulhou em lágrimas. O seu céu se fez pelo chão.
Levado ao chão, desacordado pelo impacto da queda, ainda assim sonhou que a lua desceu, alisou seus cabelos, acariciou sua face, beijou o seu rosto e prometeu que um dia o levaria para viver no coração de sua luz. Despertou sobressaltado, todo contente, mas se fez em novo pranto ao abrir os olhos: noite negra, escura, negrume total, sem lua alguma...
Dessa feita não retornou à sua casa, ao seu quarto de dormir. Subiu novamente na pedra e aí permaneceu, entre soluços e lágrimas, esperando o retorno da lua. Mas a lua não veio, nessa noite a lua não retornou. Em seu lugar as nuvens prenhes de água derramaram enxurradas tão fortes que ele só faltou deslizar pela pedra.
Na noite seguinte, quando a lua entrou pela fresta da janela de seu quarto, o encontrou tão febril que o corpo chegava a tremular. Teve pena de seu apaixonado, entristeceu só de ver e sentir aquela angustiante situação. E tudo por que na noite passada aquelas nuvens de chuva a impediram de brilhar e fazer a festa daquele olhar.
Então a lua inteira entrou pela janela e se aproximou da cama onde ele, murmurando palas sem nexo pela doença, dizia que tudo estava escuro demais e que não via sua amada. Então a lua, chorosa e aflita demais pelo que tinha de fazer, apenas fechou os seus olhos e o levou consigo.

Escritor
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GRANIZO, PREJUÍZO E FESTA

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.795

           Como o granizo voltou à moda no Brasil, ultimamente, vamos ver um pouco sobre ele. Sua definição tem algumas variedades, mas tudo dentro do mesmo fenômeno atmosférico. Vejamos uma das dezenas de definições. Granizo é a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços de gelo. Conforme o lugar se diz: chuva de pedra, granizo, chuva de gelo. Esses glóbulos de água congelada podem medir entre 5 e 200 milímetros. Existe certa diferença oficial sobre tamanho e denominação, mas não vamos cansar o leitor com as inúmeras minúcias dos institutos meteorológicos. Normalmente o granizo se origina de nuvens denominadas convectivas (que se formam verticalmente) como cumulo/nimbus.

GRANIZO. Foto: (G1).

Granizo pode causar danos, principalmente para automóveis, aeronaves, telhados e até mesmo em quengo de gente. Nos sertões do Nordeste esse fenômeno chamado chuva de pedras, não é tão raro assim. De vez em quando nos deparamos com ele, principalmente, em tempos de trovoadas, novembro, dezembro e janeiro. Então, podemos dizer que já estamos no período dessas ocorrências. Durante as famigeradas trovoadas sertanejas, o tempo se fecha com nuvens muito escuras, causa alegria às pessoas, mas também muita apreensão. As chuvas são rápidas, mas ligeiras e encorpadas seguidas de relâmpagos pavorosos e trovões terrificantes. Aqui acolá o também chamado “toró”, pode trazer as não descartáveis pedras de gelo. Mesmo assim nunca tivemos notícias de estragos feitos pelo granizo, em nossa região e que sempre foram à diversão da meninada após a sua queda.
As comparações dos tamanhos dos glóbulos de gelo, feitas pelo povo, são as mesmas em todos os lugares do país: “do tamanho de um ovo de galinha; de uma ervilha; de um caroço de feijão...”. Porém, quando as pedras de granizo excedem 13 mm de diâmetro, pode danificar seriamente os aviões. E se esse granizo se acumula no chão, também pode ser perigoso para o pouso das aeronaves. Numa região onde uma chuva de granizo é muito forte, pode danificar seriamente plantações como trigo, milho e fumo que são mais sensíveis a esse tipo de fenômeno.
É interessante o estudo do granizo que daria páginas e páginas de detalhes. Aqui no nosso Sertão alagoano, após o festival de pancadas diferentes nas biqueiras, nós, os meninos, íamos apanhar as pedras, comparar os diâmetros e chupá-las gostosamente “que nem” picolés.


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A IMPORTÂNCIA DE DEVINHO NOVAES E ANTÔNIO CONSELHEIRO PARA A HISTÓRIA DE POÇO REDONDO: UMA TESE COMPARATIVA

Por Rangel Alves da Costa

Meu amigo Lourenço me sai com cada uma! Não é que outro dia, durante um proseado pra lá de produtivo e enriquecedor no Memorial Alcino Alves Costa, em Poço Redondo, o jovem sociólogo (e de inigualável inteligência), depois de dois copos de cerveja acabou lançando uma importante tese comparativa?
A tese: A importância de Devinho Novaes e Antônio Conselheiro para a história de Poço Redondo. E não apenas lançou a tese como proporcionou toda a fundamentação. E neste passo, logicamente que eu cuidei de colocar lenha na fogueira e acrescentei aos conceitos outros fundamentos de validade.
De início, eu bem que imaginei que a tese lançada pudesse envolver dois outros importantes personagens históricos da vida de Poço Redondo: Unha Pintada e Lampião. Teria até coerência se assim acontecesse, pois é do conhecimento de todos que igualmente a Lampião, o Unha Pintada revirou de cabeça pra baixo todo o sertão. E se o bando de Virgulino tanto atraiu a juventude poço-redondense para suas hostes, o mesmo aconteceu com o tal “gostosinho”, outro nome que se dá o próprio Unha Pintada.
Mas a escolha de Lourenço recaiu mesmo sobre Devinho Novaes e Antônio Conselheiro. E Devinho Novaes pelo fato de ser a nova e arrebatadora onda que chegou para mistificar corações, exorcizar sentimentos, pregar revoltas contra dores do amor, fanatizar multidões e até ser o guia de enamorados e apaixonados. Sua força é tamanha que toda vez que ele diz “oi”, uma multidão responde “oi”.
Sabido é que Antônio Conselheiro também arrebatava multidões, fanatizava, atraía para si aqueles descontentes do mundo na esperança da redenção através da fé. Quando o Conselheiro levantava seu cajado e sua voz era igual a Devinho segurando o microfone e começando a cantar: não havia e não há quem nem se transforme do cabelo ao pé. O Conselheiro gritava: “Acendam as chamas e vamos enfrentar o Estado, que é nosso inimigo...”, muito parecia com Devinho quando ecoa: “Apaga a luz e vem deitar, desconta a raiva na minha boca. Você sabe no final das contas o resultado é mais amor e menos roupa...”.
Mas nada disso ainda tem muito a ver com a tese comparativa de Lourenço. Sua premissa inicial foi a seguinte: Se essa juventude sempre encontra tempo para ouvir Devinho Novaes, para beber ouvindo Devinho Novaes, para ir atrás de CD de Devinho Novaes, até para viajar para shows de Devinho Novaes, então por que essa mesma juventude não reserva um tempinho para conhecer os locais históricos de Poço Redondo, e que são muitos e estão por todo lugar?
Foi na segunda premissa da tese que entrou Antônio Conselheiro, e do seguinte modo: Ora, chega-se na beira do rio, em Curralinho, e todo mundo está ouvindo, nos bares ou nos sons altos das malas dos carros, o tal do Devinho Novaes. Contudo, poucos têm conhecimento que aquela estrada de Curralinho foi aberta por Antônio Conselheiro e seus seguidores e que a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, aquela primeira, no alto e logo na chegada, foi erguida pelo Conselheiro e seu povo. Em Curralinho, Devinho está por todo lugar. E o Conselheiro, apenas no esquecimento?
E a terceira premissa: Comparativamente, para muitos e até pela falta de conhecimento, atualmente Devinho Novaes tem mais importância histórica em Poço Redondo do que Antônio Conselheiro. Perguntem a um jovem alguma coisa sobre os dois e logo se terá que do Conselheiro não sabe nada não, mas que sobre Devinho sabe todas as músicas, até conhece tudo sobre ele. Poucos sabem quem foi Antônio Conselheiro, qual a sua luta, como foi o seu fim. Mas muitos dizem na hora tudo o que diga respeito ao cantor.
Logicamente que o presente texto é apenas uma brincadeira, mas também servindo de alerta para o que hoje ocorre: o modismo tomando lugar do verdadeiro saber, do conhecimento e do que realmente importa ao ser humano. Como ocorreu com os Pablos, os Unhas e tantos outros tantos, logo Devinho será substituído por outro. Mas quem irá substituir Lampião ou Antônio Conselheiro?

Escritor
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ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE MARTINS-ALAM


Enviado pelo  professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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IMAGEM EM FOCO DESTACA MEMÓRIAS DO CANGAÇO EM PORTEIRAS- MARCAS QUE NÃO SE APAGAM COM O TEMPO.

Seu Antonio da Piçarra coiteiro de Lampião

Objetivando retratar as Rotas do Cangaço no município de Porteiras Ceará, a professora historiadora, Maria Socorro Linard da Silva, da Escola de Ensino Médio Aristarco Cardoso, juntamente com a Chefe de Gabinete do Prefeito, a Sr.ª Ionara Leite Tavares e o Diretor de Cultura do município Ticiano Linard, seguem a rota por onde passou Lampião e seu bando, visitam a Fazenda Piçarra do velho coronel Antônio da Piçarra, onde morreu Sabino Gomes, um dos mais valentes cangaceiros do bando de Lampião, numa empreitada perseguição da polícia pernambucana, fato que entrou para a história como o Fogo da Piçarra, em cujo fato, seu Antônio da Piçarra que era amigo de Lampião, teria sido coagido pelos tenentes Arlindo Rocha e Manuel Neto a dizer o local onde o bando de cangaceiro estava escondido em sua fazenda, virando a partir daí o maior inimigo do temível Lampião.
Foi uma experiência fantástica, o senhor Wilton Santana Filho, o Vilsinho da Piçarra, nome pelo qual é conhecido, neto de seu Antônio da Piçarra, que reside na referida fazenda, grande figura, conhecedor desta história que inclui seu avô, foi quem nos conduziu até o local onde de fato ocorreu a tragédia. Da antiga casa, que fora construída por seu bisavô, em 1902 e onde nasceu seu Antônio da Piçarra, não se tem nem escombros, só mesmo alguns blocos de gigantes tijolos um grande banco de madeira, onde costumava sentar Lampião, quando passava por esses lados. Temos no local também, os escombros do velho engenho, algumas árvores centenárias, a velha e histórica cerca de varas que nos leva a relíquia que resiste a ação do tempo: a parede do antigo açude que fora construída de forma artesanal pelos moradores do local em 1902. Segundo Vilsinho, foi de cima desta parede que a força policial, no dia 13 de março de 1928, em plena noite de chuva, disparou o estilhaço de fuzil que vitimou o mais feroz cangaceiro de Lampião, o Sabino Gomes. Este, mesmo no meio do fogo cerrado entre a polícia e o bando de cangaceiros, foi socorrido pelos amigos e a pedido seu foi sacrificado, sendo seu corpo sepultado ali mesmo no meio da caatinga no anonimato de tudo e de todos. Isto são coisas do cangaço a polícia matou mais não ergueu o troféu. Sabe-se apenas onde ocorreu o incidente, mas onde foi sepultado o corpo do homem amigo e confidente do Rei do Cangaço não, pois o local nunca foi revelado pelos integrantes do bando.
Da fazenda Piçarra, nos dirigimos ao Sítio Guaribas, local onde em 1927, houve a Tragédia das Guaribas, façanha que envolveu o Cel. Francisco Lucena, conhecido como Chico Chicote, dono da fazenda e as forças policiais de Pernambuco e Paraíba e onde houve o massacre sangrento que durou 32 horas vitimando 27 pessoas entre elas o valente e destemido Chico Chicote que lutou com toda bravura até o final do cerco, quando atingido por uma bala no tórax, tombou ali mesmo sem vida, fazendo valer as palavras ditas por ele próprio no início da luta: daqui eu só saio morto. De cima da Serra do Araripe, na Malhada Funda o experiente e sagaz Lampião ouviu os disparos e calculando que se tratava de um ataque ao coronel Chico Chicote, fez ouvido de mercador e saiu dizendo: se fosse meu amigo eu iria ajudar, mas, quis ser meu inimigo. As marcas dessas tragédias ainda estão lá, reagindo à ação do tempo. A História está nos livros, em sites da internet e principalmente na memória das pessoas mais velhas de porteiras, também nas pessoas que buscam nos presentear com os frutos de suas pesquisas e descobertas a cada ano, como vem fazendo o Grupo Cariri Cangaço, do qual eu Socorro Linard, sou admiradora, pois seus relatos nos emocionam por trazerem a tona a difícil vida daqueles que por motivos de fúria, injustiça social ou entraves políticos, frutos da velha República, tenha entrado ou apoiado o cangaço que tanto sofrimento e mortes causou nesse solo nordestino que também é cearense, caririense e porteirense. Parabéns Cariri Cangaço, Porteiras espera de braços abertos, neste dia 19 de setembro de 2013. Sejam Bem Vindos.

Vejam as fotos da nossa visita que comprovam a veracidade do texto com relação ao tema.
Clique no link para você ver todas as fotos:

http://geacporteiras.blogspot.com.br/2013/09/imagem-em-foco-destaca-memorias-do.html

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UM BANCO TESTEMUNHA DA HISTÓRIA..!...

Foto: Cortesia Dr. Antônio Amaury.

Um grande escritor e, um grande coiteiro Lampião no Estado do Ceará.

Em 1971, o famoso escritor Dr. Antônio Amaury (Autor de cerca de 15 livros s/ o cangaço), fez uma entrevista com o grande coiteiro de Lampião, o Sr. ANTONIO DA PIÇARRA, na Fazenda Piçarra-CE. 

Seu Antonio sentado no seu velho banco - http://geacporteiras.blogspot.com.br/2013/09/imagem-em-foco-destaca-memorias-do.html

Como testemunha dessa conversa, UM VELHO BANCO, feito em madeira de lei, que, também, serviu de testemunha das conversas que outrora aconteceram entre o velho coiteiro e, LAMPIÃO.

Sabino Gomes cangaceiro - http://cariricangaco.blogspot.com.br/2014/06/quem-foi-sabino-gomes-porfrancisco.html

Foi, ali, naquela fazenda, que faleceu o velho cangaceiro SABINO em um tiroteio com a volante nazarena e do bravo Ten. Arlindo Rocha.

Em nossa última visita à aludida fazenda no ano de 2014, o aludido BANCO, ainda, estava lá, já alquebrado pelo tempo.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=765121323689844&set=gm.739809852894628&type=3&theater&ifg=1

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BISPOS DO RN SOLICITAM REUNIÃO SOBRE A UERN COM O GOVERNADOR ROBINSON FARIA

Por Aline Linhares

O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o bispo de Caicó, Dom Antônio Jaime Vieira Cruz, e o bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, solicitaram nesta terça-feira (05) uma reunião com o governador Robinson Faria para tratar dos atrasos salariais no serviço público estadual e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que segue em greve desde o dia 10 de novembro.

Dom Jaime Vieira Rocha

Reunidos na Cúria Diocesana, em Mossoró, os três representantes máximos da Igreja Católica no Estado emitiram nota afirmando que “…os Bispos do Rio Grande do Norte, reunidos hoje em Mossoró, vêm respeitosamente solicitar a Vossa Excelência (governador Robinson Faria) uma audiência para tratar da atual situação da UERN, assim como dos demais servidores e pensionistas do Estado. 

Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o bispo de Caicó, e o bispo de Mossoró - https://www.cmnnews.com.br/single-post/2017/04/05/Arcebispo-de-Natal-Dom-Jaime-Vieira-Rocha-o-bispo-de-Caic%C3%B3-e-o-bispo-de-Mossor%C3%B3-est%C3%A3o-em-Bras%C3%ADlia

Nessa audiência, estaremos acompanhados dos Padres do estado. Mais do que buscar compreender a temática em tela, a Igreja Católica objetiva contribuir para a solução do problema que ora se apresenta”.

Os bispos aguardam agora uma data para audiência com o governador Robinson Faria.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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GONZAGA VIVE, DO FRANCISCO ALVES CARDOSO, É O MAIS RECENTE LIVRO DA BIBLIOGRAFIA GONZAGUEANA.

Por Kydelmir Dantas

Recebemos das mãos do autor, via correios, e agradecemos escrevendo:

Bom dia, Coroné Chico.

Apois diga!

O livro num chegou!?

Bonito que só ele!!! 'Chêi' de letra e retrato.

Agora... O mais bacana... Cheio de amigos e admiradores do 
PARQUE CULTURAL "O REI DO BAIÃO"

Acredito que quando vosmecê recebeu os depoimentos nos textos sentiu que "valeram a pena o esforço, as brigas, as raivas e, principalmente, as alegrias ali registradas."

Por estas e pelas que virão...

GONZAGA VIVE!

Parabéns nobre amigo CHICO CARDOSO... 

Baluarte da Fazenda São Francisco, criador e mantenedor do Parque Cultural "O Rei do Baião", no município de São João do Rio do Peixe-PB.

'Arreceba' um 'acôcho' do amigo e admirador, cá de Nova Floresta-PB e de Mossoró do sal.

Seu criado a seu dispor.
Kydelmir Dantas.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=508714072827976&set=a.110106342688753.1073741828.100010681625071&type=3&theater

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“MONSENHOR VICENTE FREITAS, UM SACERDOTE INESQUECÍVEL”

Por José Antonio Albuquerque

Fazendo uma pesquisa sobre a vida de um dos mais queridos filhos de Cajazeiras, meu estimado e saudoso amigo Monsenhor Vicente Freitas, encontrei no meio de centenas de documentos uma crônica de José Romero Araújo Cardoso, Mestre na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, cidadão que figura na Galeria dos Ilustres e Honrados filhos de Pombal, escrita em 14 de junho de 2009. Pelo valor deste documento, tomo a liberdade de republicar, neste canto de página, para que os admiradores e fãs deste grande educador cajazeirense conheçam este belo depoimento sobre a passagem de Monsenhor Vicente pela cidade de Pombal. Eis a crônica:

“Monsenhor Vicente Freitas, um sacerdote inesquecível”

Monsenhor Vicente Freitas

“Não cheguei a conhecer Monsenhor Vicente Freitas, nobre cajazeirense nascido no dia dois de março de 1914. Infelizmente a única vez que o vi foi na matriz de Nossa do Bom Sucesso, em Pombal, inerte em urna funerária, quando da passagem do seu corpo para Cajazeiras, onde foi velado e enterrado na capela interna de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, edificada ao lado esquerdo da nave central da Catedral de Nossa Senhora da Piedade.

Lembro-me da notícia do seu falecimento, transmitida por telefone, diretamente de João Pessoa, pela voz triste e pausada de Ignácio Tavares de Araújo. Benigna Lourdes de Sousa, devotada zeladora do Sagrado Coração de Jesus, recebeu inconsolável e com tristeza a informação do trágico acidente automobilístico ocorrido no dia seis de março de 1982 na Avenida Epitácio Pessoa. Ela se responsabilizou em avisar à infinita legião de admiradores do saudoso vigário em Pombal a infausta notícia do absurdo e injustificável falecimento do Monsenhor Vicente Freitas, cuja história na terra de Maringá foi marcada pelo brilhantismo na expressão literal do termo, assim como em outros municípios nos quais desenvolveu trabalhos diversos, dos sacerdotais aos educacionais, passando pelos administrativos e culturais.

Reverencio a memória do Monsenhor Vicente Freitas, não obstante não ter convivido com ele, devido à intensa pregação efetivada por minha saudosa avó, na qual destacava o humanismo que embasava as práticas do marcante sacerdote cajazeirense que deixou marcas indeléveis em Pombal.

Monsenhor Vicente Freitas trabalhou em Pombal durante cinco anos, de 1945 a 1950, exercendo ofício sacerdotal e administrando o Colégio Diocesano, oportunidade em que a população pobre da velha terra de Maringá passou a dever-lhe favores imensos. Monsenhor Vicente Freitas conforme Benigna Lourdes de Sousa assistia e confortava, espiritualmente e materialmente, àqueles que o procurava intuindo melhores condições de vida através da educação.

Sua fé inquebrantável transformou-o em discípulo da paz e do amor, da concórdia e do bem comum, pois levou aos lares humildes pombalenses muitas esperanças, muita paz e promessas, inúmeras concretizadas, de mais alegria aos lares sertanejos.

Compareci naquele fatídico dia sete de março de 1982 à igreja matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pombal, para também prestar última homenagem ao grande condutor de rebanhos do sertão paraibano. Vi homens, mulheres e velhos chorar copiosamente perto do esquife que acomodava o corpo do Monsenhor Vicente Freitas, Vi pessoas humildes se despedindo do grande benfeitor sertanejo, vi choros compulsivos e incontidos, soluços de dor pela perda do grande sacerdote cajazeirense.

Ouvi súplicas e rogos a Deus para acolher a alma do Monsenhor Vicente Freitas, bem como ouvi desabafos emocionados daqueles que tanto ajudou em sua belíssima passagem na terra. Ouvi perguntas e mais perguntas sobre a razão da violência que casou sua morte repentina. Ouvi lamentos tristes, lágrimas que rolaram e impregnaram de tristeza toda matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, toda cidade de Pombal, todo sertão que tanto deve ao piedoso sacerdote nascido na terra do Padre Rolim, terra heróica que enxerga educação e cultura como prioridades, apesar dos pesares, apesar dos percalços. Ouvi os lamentos de tristeza, de angústia e de dor, nunca hei de esquecer àquelas cenas tétricas e angustiantes demonstradas pelo povo sertanejo que se acotovelava para dar o último adeus ao Monsenhor Vicente Freitas.

Monsenhor Vicente Freitas, extraordinária figura humana, nunca esqueci das palavras emocionadas de Benigna Lourdes de Sousa. Eis aqui singela homenagem de um admirador que sempre o carrega no coração e na mente, pois eras pessoa digna e honrada em toda dimensão que acompanha os grandes homens à eternidade". (*)

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor e Professor/Mestre Adjunto IV da UERN.


Benigna Lourdes de Sousa, devotada zeladora do Sagrado Coração de Jesus (Pombal, Paraíba - 04 de outubro de 1901 - João Pessoa, Paraíba - 21 de abril de 1995) - À MINHA MÃE - Nasceu no dia 4 de outubro de 1901, faleceu no dia 21 de abril de 1995....Foi minha Mãe, meu pai, meu tudo que ao partir deixou-me em estado de saudades sem fim.....

"Eu vi minha Mãe rezando,
Aos pés da Virgem Maria
Uma Santa escutava
O que outra Santa pedia"



Ignácio Tavares de Araújo e a esposa Raimunda Tavares de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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UM "IMORTAL" CANGACEIRO

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
O escritor e pesquisador José Sabino Bassetti durante a cerimônia de posse na Academia Saltense de Letras


O MERECIDO RECONHECIMENTO PELA DEDICAÇÃO DE GRANDE PARTE DA VIDA AOS ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE O CANGAÇO. 

Nesse último dia 02 de dezembro na cidade de Salto, interior de São Paulo, o amigo escritor e pesquisador do cangaço, José Sabino Bassetti tomou posse da cadeira número 23 denominada “Euclides da Cunha” na Academia Saltense de Letras. A posse reuniu autoridades e personalidades locais que foram prestigiar a posse do mais novo “imortal” da Academia Saltense de Letras.

Autor de trabalhos sérios e relevantes sobre o cangaço nordestino, José Sabino Bassetti tem dedicado parte de sua vida às pesquisas e estudos sobre o tema em questão. Entre seus trabalhos está o aclamado “Lampião – Sua morte passada a limpo”, que atualmente é uma das referências ao que diz respeito aos acontecimentos que antecederam e envolveram a morte do maior cangaceiro de todos os tempos e parte de seu bando. 


Durante o discurso de posse

Enfim... Quero parabenizar o meu amigo e camarada José Sabino Bassetti pela merecida posse e à Academia Saltense de Letras, nas pessoas de seus representantes, pelo reconhecimento ao trabalho realizado pelo veterano escritor e pesquisador. Essa nomeação nada mais é que a prova concreta de que o tema cangaço desconhece fronteiras e que os estudos em torno de seu universo podem ser realizados por qualquer pessoa que venha a se interessar a estudá-lo, com responsabilidade e seriedade, diga-se de passagem.

Não me restando dúvida alguma que a presença do novo imortal na honrosa entidade será de grande valia e extensiva para a cidade de Salto/SP e para todos que se interessam e estudam o fenômeno cangaceiro.

Deixo minhas congratulações.

Geraldo Antônio de Souza Júnior


https://cangacologia.blogspot.com.br/2017/12/um-imortal-cangaceiro.html?spref=fb

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SABINO BASSETTI RECEBE TÍTULO NA ACADEMIA SALTENSE DE LETRAS


Amigos, trouxe outras fotos em que nosso querido prof. José Sabino Bassetti aparece melhor quando recebeu o título na Academia Saltense de Letras (Cadeira Euclides da Cunha) no dia 05/12/17, em que compareceram todas as autoridades locais para homenageá-lo pelos livros hiper documentados sobre o "cangaço".




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A COLUNA PRESTES EM PERNAMBUCO

Do acervo do pesquisador do cangaço José João Souza

No dia 12 de fevereiro de 1926, a Coluna Prestes com forte contingente adentrou o Sertão pernambucano, entre os municípios de Flores e Afogados da Ingazeira, onde deveria encontrar-se com o tenente Cleto Campelo para incorporar-se à tropa revolucionária. Ao acampar-se na fazenda Caiçara foi recebida com hostilidade. Houve pequeno confronto armado, que logo foi debelado. A Coluna acampou na fazenda Jati no dia 13, reiniciando sua marcha na manhã do dia 14.

Às 8h00 do dia 14 de fevereiro de 1926, na localidade Carneiro (Imburanas), nas proximidades de Custódia, o coronel João Nunes, à frente da tropa estadual conduzida em caminhão e em um automóvel de passageiros, bloqueou a rodovia Custódia- Flores, impedindo a passagem da força vanguarda do coronel Djalma Dutra. O destacamento João Alberto, pela retaguarda, cercou os 150 policiais, causando 15 mortes e aprisionando outros 15. Os sobreviventes do combate debandaram, inclusive, o coronel João Nunes, que deixou os seus comandados entregues à própria sorte. Foram incendiados, pelos revoltosos de Prestes, 5 caminhão e um automóvel. Da Coluna, foram feridos 3 soldados e os oficiais (major Manoel Alves Lira, capitão Heraclides Pinto ou capitão Preto e o tenente Agerson Dantas).

A 15 de fevereiro, o destacamento Siqueira Campos venceu a resistência da polícia pernambucana, ocupando o povoado de São Caetano e a Vila de Betânia - distrito de Custódia. Em 18 de fevereiro, na localidade de Mulungu, também no Sertão de Pernambuco, o destacamento Siqueira Campos caiu numa emboscada da polícia, onde foram mortos 2 homens e 8 ficaram feridos, enquanto que a força da policia local sofreu apenas algumas baixas.

Na madrugada de 18 de fevereiro, o tenente Cleto Campelo, juntamente com 13 companheiros, entre civis e militares, quase todos militantes do Partido Comunista, seguiram para Jaboatão - área metropolitana do Recife. Ali invadiram a estação ferroviária da Great Western e a cadeia pública, conseguindo armas, munição e a adesão de 100 homens. Apossando-se de uma composição ferroviária, o tenente Cleto seguiu ao encontro da Coluna Prestes no Sertão de Pernambuco. Na tentativa de invasão da cadeia pública de Gravatá, foi morto com um tiro de fuzil, varando-lhe o coração. Em razão do ocorrido, os rebeldes debandaram e o sargento Waldemar de Paula Lima foi morto em Limoeiro com vinte e cinco punhaladas.

A 22 de fevereiro de 1926, na fazenda Cipós, no então município de Vila Bela, hoje Serra Talhada, tropas da polícia estadual e civis armados, romeiros do padre Cícero, inclusive o Grupo de Lampião, confrontaram-se violentamente com a Coluna Prestes. Os destacamentos de Siqueira Campos, Djalma Dutra e Osvaldo Cordeiro de Farias entraram em pânico com a violência do combate da força pernambucana. Os soldados da Coluna debandaram, obrigando seus comandantes a baterem em retirada, deixando para traz mais de 20 mortos, que foram enterrados por moradores, na localidade denominada Tataíra. Cordeiro de Farias é o mesmo que foi governador de Pernambuco (1955 - 1958).

Em 26 de fevereiro de 1926, na fazenda Campo Alegre - PE, o destacamento Siqueira Campos foi surpreendido pelas forças policiais de Pernambuco, causando-lhe perdas irreparáveis, tanto de homens quanto de materiais. Depois de cinco horas de luta ostensiva a Coluna evadiu-se do local, retomando sua marcha revolucionária Brasil afora.

Do livro: Breve histórico de revoltas e revoluções em Pernambuco
De: Antônio Neto

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