Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 29 de julho de 2013. - Crônica Nº
1057
O clamor do
povo brasileiro que se espalhava para os horizontes e partia verticalmente, era
carregado de revolta e dor. Extenuado com tantas corrupções e injustiças
sociais, os apelos desesperadores encontraram eco para esse povo semelhante aos
escravos do antigo Egito. Ajudados pela mídia, divulgadora dos absurdos que
ocorrem no país, e pelo sopro divino, multidões no limite foram às ruas. Como
os ouvidos dos corruptos pareciam tapados com cera de abelhas uruçus, os
manifestantes mostraram intenções de derreterem a cera com taponas no pé do
ouvido. Como a onda foi crescendo, crescendo e tomando conta do território,
agigantou-se de vez e ameaçou varrer os safados que governam em nome do bolso.
O vento varredor das ruas, querendo virar furacão ensurdecedor, não poderia
frear com a chegada do enviado do Vaticano, para não perder o embalo que
fazia tremer os que devem muito aos brasileiros. Soprando em favor do povo a
Internet teve papel preponderante pela rapidez e pelo complexo das novas
comunicações. Os corruptos viram-se acuados e alguns já passavam a mão pelo
pescoço, por onde desce a comida tomada dos menos favorecidos.
(Foto cançãonova)
Quando os
reizinhos dos bolsos grandes pensavam que a chegada do Papa iria amenizar para
eles, não sabiam que o resultado do clamor vertical do povo acabava de
desembarcar no Brasil. Francisco foi retumbante e arrasador. Disse tudo que os
católicos queriam ouvir a muito. Pegou de fato na cabeça do defunto e clamou,
docemente, mas firme para o mundo todo, em imagens jamais vista pela
humanidade. Guiou e deu lições aos da Igreja e das multidões que precisavam
urgentemente de um consolador. Para os políticos foi o tapa que faltava do
outro lado da cara. Pior do que o vento ululante das ruas. Pois a força unida
das regiões contra toda sorte de injustiça, somada à marretada trazida pelo
novo Papa, abalaram drasticamente os alicerces do reino da podridão.
Como o
Papa foi embora ontem, ainda é muito cedo para se avaliar sobre a avalanche que
se abateu sobre os corruptos. Alguns dias mais a frente, dirão como será de
agora por diante. O povo voltará ao acomodamento anterior ou marchará em
jornadas cada vez mais objetivas e varredoras contra os safados assaltantes do
país? Dentro de quinze dias, achamos que sairá o resultado. Quem não se lembra
do provérbio dos DEDOS E ANÉIS?
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