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terça-feira, 9 de setembro de 2014

EU FUI EDMAR LEITÃO CAPÍTULO FINAL

por Sebastião Vicente*
http://goionews.com.br

Dizem, até hoje, que Edmar Leitão cansou daquela vida de pistoleiro famoso e resolveu se aposentar. Mas pistoleiros não contribuem para o INPS e portanto não podem ir ao banco receber aposentadoria como fazem os velhos do sertão. Dizem também que Edmar Leitão sabia que, se parasse de matar, perderia a prática e não poderia se defender. Ele acabaria sendo morto. Era uma questão de tempo, de horas, minutos. Pistoleiros não podem relaxar. Pois Edmar Leitão, apesar de temido – ou justamente por isso – era caçado dia e noite tanto pela polícia quanto pelos inimigos que fizera – ossos do ofício, ele dizia.

Por isso Edmar Leitão teria tomado sua decisão final. Edmar Leitão teria encontrado um sósia, a quem teria matado para enganar a polícia e poder descansar em paz. E o bilhete escrito com caneta bic no papel de embrulhar pão seria uma pista dessa enganação. O bilhete dizia: Adeus mundo cruel. Eu fui Edmar Leitão.

By Tião (Blog Sopão do Tião)

http://contosbr.org/2011/09/28/eu-fui-edmar-leitao-capitulo-final/

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Livros sobre "Cangaço" e outros temas é com o professor Pereira em Cajazeiras-Paraíba


professor Pereira lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba tem livros raros da literatura do cangaço e das coisas de nosso nordeste. Estão à nossa disposição, desde os mais belos clássicos sobre a temática como os últimos e esperados lançamentos. Para consultar disponibilidade, preços, fretes, solicitar o seu catálogo; é só entrar em contato:
email: 
franpelima@bol.com.br
Telefones:
83 9911 8286(Tim) – 83 8706 2819(Oi)
Ele entrega seu livro em qualquer parte do Brasil. 

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Luiz Lua Gonzaga Estrela


Bom dia Nação Gonzagueana, acabo de receber e ler o presente do confrade pesquisador Kydelmir Dantas de Mossoró. 


Novo livro infantil sobre Luiz Gonzaga, uma belezura, texto simples e direto com ilustrações diferenciadas. Parabéns à Dílvia Ludvichak (texto) e a Simone Matias (ilustrações).

Dia da criança está chegando, presenteei com livros.


Fonte: facebook

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AS MULHERES NO CANGAÇO


Nova parceria entre Nando Poeta e Varneci Nascimento: As Mulheres No Cangaço. A Apresentação é de Josenir Lacerda


"Quando se fala em 'Cangaço' vem logo à mente, um letreiro luminoso indicando um ambiente de inúmeras portas, onde cada uma conduz a uma atraente imagem sobre o mesmo tema. Tema este, já explorado nas mais diversas e abalizadas linguagens: livros, cordéis, teatro e cinema dando margem até para se imaginar não haver mais aspectos inéditos. Mas eis que surge alguém que com olhar de lince, vislumbra escondido no emaranhado histórico, algo inusitado. Foi o que aconteceu com dois magos do versejo, que com a lupa da inspiração, ampliaram o achado e o transformaram num grande cordel. São eles: Varneci Nascimento e Nando Poeta.

Se bem que Mulheres No Cangaço, é mais que um cordel, é sobretudo uma análise crítica e social da presença da mulher no universo cangaceiro e as significativas mudanças ocorridas em função desse ingresso. Ao longo da preciosa leitura, cuidadosamente construída seguindo as exigentes normas do cordel, percebemos não só a beleza criativa, mas o conteúdo didático e informativo.

Percebemos a mulher com a sua força transformadora tendo como principais armas a intuição, a sensibilidade e outros tantos naturais e convincentes predicados femininos. Mulheres que conseguiram dobrar uma resistência radical e machista, quebraram paradigmas, influenciaram nas decisões, atestando inclusive o seu apurado senso de justiça. Interferiram também no ambiente, no cotidiano, quando os mesmos se encheram de cores, brilhos e tantos outros aparatos produzidos para alimentar e suprir a vaidade feminina. Por mais absurdo que possa parecer, o universo sempre pautado na violência, nos sentimentos de crueldade e revolta, recebeu significativa dose de ternura, profetizando que o cangaço nunca mais seria o mesmo.

Gratos devemos ser a esses poetas, que nos conduziram e mostraram fatos que alimentam a reflexão e abastecem o nosso estoque de conhecimentos acerca do cangaço com as suas inusitadas nuances. E para ilustrar a beleza e objetividade do texto, basta citar uma das estrofes e com ela instigar o leitor a mergulhar nesse açude poético, de águas profundas e envolventes:

A figura feminina,
Imprimiu marcante traço.
O seu argumento claro
Derrubou o do balaço
Reinou livre e soberana
No reinado do cangaço."


Fonte: facebook
Página: Robério Santos 

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O CANGAÇO - CASA GRANDE DA FAZENDA SERRA VERMELHA


CASA GRANDE DA FAZENDA SERRA VERMELHA

Esta casa pertenceu ao senhor Zé Nogueira, que foi assassinado friamente pelo cangaceiro 

Lampião e seu irmão Antonio Ferreira

Antônio Ferreira da Silva, o irmão mais velho do capitão Lampião, pelo simples fato do Zé Nogueira ser cunhado de Zé Saturnino, que era inimigo número 1 da família Ferreira.

Zé Saturnino - inimigo número 1 de Lampião

Todos estudiosos do cangaço sabem que as primeiras divergência que os Ferreira tiveram foi com o Zé Saturnino, um dos seus vizinhos.

Foto gentilmente cedida por: Robson Nogueira

Fonte: Facebook

Ilutrado por José Mendes Pereira
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O dia em que Lampião assaltou Cansanção e fez jorrar sangue em Queimadas

História & Cultura

Antevéspera do Natal 1929. A data estigmatizou a vida de grande número de viventes de Cansanção e Queimadas. Não consta existir uma só alma viva para repassar a triste história. O último, seu João Gomes da Silva, o João Hipólito, neto do célebre Luiz da Silva Gomes Buraqueira, morreu em 2008.

Contou João Hipólito ao narrador deste texto que naquele nefasto dia deixara sua residência, em Cansanção, bem cedo. Levava na cabeça uma pilha de pindobas destinada a cobrir a barraca de uma tia que vivia da venda de café, quando avistou um ajuntamento de animais na porta do açougue. Julgou ser o velório de defunto desencarnado pela madrugada. Ao aproximar-se descobriu que Lampião acabara de invadir a vila à frente de vários cabras. Ali talvez antegozassem o produto da pilhagem.


Os cangaceiros convidam João Hipólito a tomar umas pingas. Recusar era uma afronta certamente respondida com no mínimo um par de chicotadas. Ou uma dúzia de bolos de palmatória. Aceitou entornar algumas doses apesar de estar em jejum e não ser dos melhores amigo da cachaça.

Em seguida João Hipólito foi convocado a acompanhar a quadrilha na viagem de caminhão com destino a Queimadas. Deu a entender que aceitaria, mas antes…

Antes precisava urgente ir ao mato, “sujar”. Dada permissão, simulou afrouxar o cinto, desabotoar a braguilha, acocorar-se atrás de uma moita de xique-xique.

E tomou sumiço, sem vacilar, numa carreira doida, chutando espinhos, tropeçando nos tocos, se estropiando nos galhos Se cai na malha dos facínoras, adeus mamãe, adeus papai…

ASSALTO E EXTRAVAGÂNCIAS


Os cangaceiros tomaram Cansanção de assalto por volta das sete da manhã de 22 de dezembro de 1929. Permaneceram intermináveis horas na vila, invadiram as poucas residências estabelecimentos comerciais dos quais retiravam perfumes, bugigangas e peças de tecidos das prateleiras e distribuíam com quem se achava nas imediações. Arrecadaram todo o dinheiro que puderam. Agrediram e fizeram moradores passar por constrangimento e humilhação. Antônio Primo, único barbeiro da praça, foi compelido a fazer a barba de Lampião e de outros cangaceiros. E ele que negasse!

O estoque de perfume evaporou. Os bandidos abriam os frascos e derramavam o líquido nas roupas sujas e fedorentas assim como no rabo dos cavalos. Conhaque, cachaça, cerveja e vinho estocados foram engolidos, garrafas esvaziadas.

Quartel onde foi chacinado 7 soldados da polícia baiana em Queimadas.

Uma das testemunhas das depredações foi Lúcio José da Silva, o Lúcio da Parelha, assim chamado por ser proprietário da fazenda de igual nome. O fazendeiro narrou que a caterva procedia do Acaru, Monte Santo. Lúcio não só foi constrangido a fornecer cavalos, mas igualmente a servir de guia.

Entre os cidadãos forçados a fornecer dinheiro aos delinquentes, relacionam-se: Domingos Manoel de Jesus, José Ambrósio Modesto, Miguel Salvador, Pedro Salvador (Dodô) e seu irmão Antônio Soares, Terto Fagundes, Martinzinho (ex-jagunço do Conselheiro), Romão Belau, Chico Borges do Jatobá, Pedro Monteiro e o próprio Lúcio José da Silva.

Sargento Evaristo

Não houve, contudo, incêndio, defloramento, violência e consequente derramamento de sangue, como dali a horas haveria de acontecer em cidade vizinha.

A CARNIFICINA DE QUEIMADAS

De Cansanção a súcia embarcou para Queimadas (a 40 quilômetros), na carroceria de caminhão do IFOCS, mais tarde DNOCS.


Em meio à tranquilidade de um domingo, por volta das três da tarde, irrompe um grupo fortemente armado, à primeira vista confundido com tropa de soldados volantes.

Carro usado pelo grupo em Queimadas

O grupo foi avistado por Deusdedith Barbosa de Souza, da casa comercial do pai, Hermelindo Barbosa de Souza e reputado como uma força policial.

No quartel, Lampião agarrou de surpresa o comandante Evaristo Carlos da Costa e deu voz de prisão aos sete soldados.

Antes de atravessar o rio Itapicuru, Lampião tomara por prisioneiros os irmãos Marques, Carlos Hilário e Irênio. Estes foram intimados a providenciar canoas para a travessia do rio.

Após desembarcar na margem direita, o atrevido e falso capitão Virgulino, prende o oficial de justiça Alvarino. Este e os irmãos Marques ficaram sob as ordens do comandante do grupo enquanto durou a investida.

O cangaceiro Luiz Pedro

A caminho do quartel, Lampião trocou palavras amáveis com João Lantyer. Este aguardava que José de Patápio lhe consertasse o Ford-bigode modelo 1929.

Uma ala do grupo partiu para o quartel, outra para a estação ferroviária. Receberam voz de prisão o telegrafista Joaquim Cavalcante e o agente Manoel Evangelista. Fechada a estação, os funcionários foram levados como prisioneiros.

Considerados prisioneiros foram também o Dr. Manoel Hilário do Nascimento, juiz preparador e o tabelião José Francisco do Nascimento.
Cidade sob seu domínio, Lampião condenou os sete soldados à morte, fuzilados covardemente a vista do sargento-comandante, ao entardecer.
Foram executados barbaramente os seguintes praças da polícia: Olímpio B. de Oliveira, Aristides Gabriel de Souza, José Antônio Nascimento, Inácio Oliveira, Antônio José da Silva, Pedro Antônio da Silva e o anspeçada Justino Nonato da Silva.

O sargento Evaristo Carlos da Costa não foi sacrificado a pedido de uma senhora da sociedade queimadense, Dona Santinha. Dona Santinha, de nome Austrialina, em troca de um trancelim, soube tirar proveito da oportunidade ao ouvir do chefe do bando que ela tinha o direito de fazer um pedido. Lampião, constrangido, cumpriu a palavra: não permitiu que o sargento comandante fosse fuzilado. Evaristo morreu em Santa Luz aos oitenta e oito anos de idade.

Tomaram parte nos assaltos a Cansanção e Queimadas os seguintes malfeitores: Lampião, Volta-Seca, Luiz Pedro, Antônio de Engrácia, Mariano, Mourão, Azulão, Ângelo Roque (Labareda), Gato, Gavião, Ezequiel (Ponto-Fino, irmão de Lampião), Zé Baiano, Antônio de Naro, Virgínio (Moderno, cunhado de Lampião), Arvoredo, Fortaleza, Revoltoso e Zabelê. Entre os dezoito havia: 7 baianos, 6 pernambucanos e 2 sergipanos.

Texto: Oleone Coelho Fontes
Mais pormenores do massacre de Queimadas e do saque de Cansanção, no livro Lampião na Bahia, em sétima edição. Interessados podem pedir ao autor pelo telefone: (71) 3359-9660.

Fonte: facebook
Página: Coronel Delmiro Gouveia

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Feudalismo, Coronelismo e Cangaço

Por Honório de Medeiros

Convido-lhes a empreender, comigo, uma ousadia. Para tanto precisamos recordar o que sabemos acerca do feudalismo, esse nicho histórico que começou com a queda de Roma – gosto de imaginar a cena de Hipona, da qual Santo Agostinho era bispo, incendiada pelos bárbaros enquanto ele agonizava, como sendo o verdadeiro marco inicial – e terminou com o início da idade moderna, mais precisamente, segundo vários historiadores, com a descoberta da América por Cristovão Colombo e o início do absolutismo, cujo primeiro momento, e ninguém há de me convencer do contrário, ocorreu quando Felipe, o Belo, criou seu próprio papa, o de Avignon, e dizimou os templários, fortalecendo a instituição do Estado.

O feudalismo – sabemos todos – calcava-se na propriedade da terra e na rígida divisão da Sociedade em nobres, clero e servos das glebas. Os nobres e o clero eram aliados, claro, para espoliar o povo.
O epicentro dessa estrutura de poder era o Barão feudal, latifundiário, em cujo entorno gravitavam seus vassalos, ou seja, proprietários de terra de menor importância, e a nobreza eclesiástica. A ele pertencia o direito de aplicar o baraço e o cutelo – ou seja, de criar, interpretar e aplicar as leis ou costumes. Sua vontade era lei.

A igreja exercia papel fundamental nesse sistema, por vários motivos: em primeiro lugar era detentora de muitas riquezas; em segundo lugar sua nobreza era formada pelos filhos segundos dos senhores feudais – os primeiros seguiam o caminho das armas; e, em terceiro, a ela cabia a formatação ideológica que assegurava o domínio da nobreza e do clero, bem como a fiscalização de possíveis desvios – instrumentalizada por intermédio da confissão e delação – bem como a punição dos recalcitrantes via inquisição.

Brigavam muito entre si, os nobres, disputando terra e prestígio político. Quem tinha terra, tinha Poder; quem tinha Poder, tinha terra. Por exemplo: a primeira cruzada não foi à Terra Santa, como comumente se crê. Foi contra os Cátaros, uma heresia que ameaçava dominar todo o Sul da França, sob o beneplácito do Conde de Toulouse.


Contra os Cátaros levantou-se a Igreja, ameaçada em sua soberania ideológica, e os barões feudais do norte da França, liderados por São Luis, ou Luís XI, como queiram. Na verdade o pano de fundo dessa cruzada foi a disputa pelas ricas terras do sul da França. Nada mais. Para essas brigas mobilizavam os nobres seus vassalos, seus servos, bem como exércitos de mercenários. À toda mobilização acompanhava a Igreja, abençoando ou punindo, conforme o caso. Pois bem, embora ainda haja muito o que se dizer acerca do feudalismo, façamos uma parada estratégica e utilizemos o “desenho” – chamemo-lo assim – de sua estrutura de poder para analisar o nicho histórico brasileiro ao qual denominamos de coronelismo.

Há alguns, para não dizer vários, autores que dizem não ter havido feudalismo no Brasil. Eu, pelo meu lado, com fulcro em Raymundo Faoro, Gustavo Barroso e Câmara Cascudo, penso que tal não procede. 

Analisemos. O coronelismo também se calcou na posse da terra e no prestígio político. O coronel – verdadeiro senhor feudal – era o epicentro de uma estrutura de poder. Também ele tinha, enquanto senhor feudal, seus vassalos, os proprietários menores de terra, a si ligados por laços de compadrio e interesses mútuos, que lhe prestava vassalagem.


O coronelismo dependia, ideologicamente, da igreja, que tratava de fiscalizar e punir desvios da ortodoxia, como o demonstra tudo quanto ocorreu com Padre Cícero. E dependia da confissão e delação, principal forma de obtenção de informação por parte da igreja, e sempre à disposição, seus resultados, do coronel que a mantinha.

Quem não lembra da estreita relação do Coronel com o Padre, em o Alto da Compadecida, de Ariano Suassuna? O coronel tinha os seus servos da gleba, empregados que viviam às custas dos sobejos do grão-senhor. E da mesma forma que no feudalismo, a vontade do Coronel era lei. Ele era senhor de baraço e de cutelo.

Claro, brigavam entre si disputando terra e prestígio, briga essa que arrebanhava vassalos – os compadres; servos da gleba, os jagunços; e mercenários, os cangaceiros, como nos demonstra a rica história do Cariri cearense. Agora talvez os senhores estejam se perguntando: e qual a relação entre tudo isso e Chico Pereira?

A relação é a seguinte: Chico Pereira, assim como Jesuíno Brilhante, o mais remoto, passando por Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Lampião, Corisco, e outros menores, tal qual Cassimiro Honório, e por aí segue, não eram servos da gleba. Eram proprietários rurais em maior ou menor escala. Todos ligados a coronéis, todos ligados a alguma estrutura de Poder detendo parcela dele.

Ou seja, os grandes líderes cangaceiros estão mais próximos da nobreza da terra que do proletariado. Em sendo assim, não faz o menor sentido a teoria do banditismo social, de Hobsbawn quanto aos cangaceiros. Pensa assim, por exemplo, aproximadamente, Luiz Bernardo Pericás, em “Os Cangaceiros”, Tampouco faz sentido a teoria que aponta os cangaceiros enquanto desviantes, da qual faz uso Frederico Pernambucano de Mello. Muito menos a teoria marxista da luta de classes, calcada em Althusser, de tantos outros.

O cangaço é resultante de brigas intestinas entre famílias que dispunham de terra e prestígio. A briga era no seio do coronelismo. Era o coronelismo. Todo líder cangaceiro, com raras e honrosas exceções – até mesmo Sabino Gore, por exemplo, está inserido nesse contexto. O referencial teórico aqui talvez seja Gaetano Mosca e sua teoria da classe política, enquanto situação limite em um plano mais complexo, ou seja, a teoria darwiniana.

Família Honório de Medeiros 

Nesse sentido concluo propondo o seguinte: 1) que se faça o estudo do cangaço a partir do coronelismo, ambientando o epifenômeno no fenômeno; 2) que se estude Chico Pereira, por exemplo, a partir do panorama político de sua época, no Sertão paraibano.

Chico Pereira não era um bandido social, e embora fosse um desviante, no sentido de que se voltou contra o sistema legal de sua época, essa informação nada acrescenta quanto a entender causa e efeito de sua existência enquanto cangaceiro.

Por fim, lembro uma consequência imediata da assunção desse modelo teórico: a verdeira história do ataque de Lampião a Mossoró é a história da briga entre coronéis paraibanos e coronéis norteriograndenses por prestígio político no Oeste e Alto Oeste potiguar.

Honório de Medeiros
Conselheiro Cariri Cangaço
Fonte:http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br

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Lavras em Festa: Programação Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014


Sexta Feira - 12 de Setembro

15h00min:Solenidade de Abertura
Câmara Municipal
Lavras da Mangabeira;
16h30min:Palestra
"Padre Cicero, a participação de Lavras
e a questão do Juazeiro"
Dimas Macedo

17h15min: Apresentação Cultural;
18h: Mesa de Debate;
18h30min: Lançamento de Livros.


Sábado: 13 de Setembro

8h30min: Encontro do Grupo na Praça da Matriz 9h00min: Visita Casa de Dona Fideralina;
9h30min: Praça da Igreja de NªSrªdo Rosário Distrito de Quitaius
Apresentação dos Penitentes ;
10hs: Visita a Casa de Cazuza Clemente;
11hs: Visita a Casa de Joaquim Leite;
12hs: Encerramento na Vila Passos Feliz

Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014

Cristina Couto
Manoel Severo

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O POETA E O CANGACEIRO


Quando o poeta Pinto do Monteiro cantou pra Lampião...

http://www.joaodesousalima.com/2014/09/o-poeta-e-o-cangaceira.html?spref=fb

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O BANDITISMO DE PÉ


REVISTA NOVIDADE. Edição 31, Aracaju-SE. Anno IV. Outubro de 1936. Pg. 8. Acervo: Robério Santos. Imagem escaneada e tratada no Photoshop para melhor leitura.


Fonte: facebook
Página:Robério Santos.

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