Seguidores

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ONÇA PINTADA E SEU FILHOTE NO MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O Museu do Sertão da Fazenda Rancho Verde (Mossoró-RN), tem no seu acervo uma onça pintada e seu filhote, em tamanho natural, feita em cimento, pelo artesão piauiense  Gilderlindo (vulgo Ieié), residente no


Sítio Mocó (localizado em uma das entradas do Parque Nacional da Serra da Capivara, município de Cel. José Dias-PI, vizinho à São Raimundo Nonato-PI).

Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com:

O Museu do Sertão na "Fazenda Rancho Verde" em Mossoró não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PARQUE DE EXPOSIÇÃO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 2 de novembro de 2015 - Crônica Nº 1.491

Mais um atrativo de qualidade foi realizado em Maceió, no Parque de Exposição Agropecuária. Na Rua Siqueira Campos, ao longo do Parque e vizinho ao Cemitério São José, formou-se a multidão de ambulantes de bebidas e comidas, mas também de variadíssimos produtos. Muita gente chegando, estacionamento difícil e a forte presença da polícia. Na realidade, duas festas, uma fora e outra dentro para alegrar os mais tristonhos do momento. O passeio desprezado, na poeira total ou com apenas pedaços de cimento destruído, não combinava com o evento que estava sendo realizado.

Foto: (defesagropecuária).

Logo cedo da noite da sexta, foi fechada para o público a exposição, quando ficou apenas a venda de ingressos para a Banda Calypso. Mesmo assim, conseguimos entrar e percorrer o espaço em procura dos cavalinhos para crianças. Apesar da Exposição desativada, havia muita gente bebendo nas barracas, palestras, passeio a cavalo, venda de artesanatos em couro, boa iluminação e até sanfoneiro à parte, fazendo sucesso com o trio de forró pé de serra.

Saímos com a mesma impressão em que entramos. Somente o netinho Davi José, protestou sem querer deixar pôneis e charretes para trás.

No aspecto social o evento deve ter feito um bem danado à multidão sequiosa de lazer. No plano econômico, o sucesso, temos certeza, foi total, pois, atraiu expositores de inúmeros lugares do país e muitos compradores em busca de produtos de alta qualidade.

O estado está sempre a precisar de eventos daquele porte, quando os bastidores mostram o trabalho incansável do homem do campo, inteligência e desenvolvimento para o Século XXI.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AFETOS

Por Rangel Alves da Costa*

O que é afeto? Eis a pergunta da menina. Então a mãe respondeu: Carinho. Mas a menina voltou a perguntar: Posso ter afeto sem precisar de carinho? E logo a mãe respondeu: Se tiver amor. A menina voltou a perguntar: E sem carinho ou amor posso ter afeto? E novamente a mãe respondeu: Sim, muito no seu íntimo ainda não foi revelado, mas ainda assim já a faz sentir afeição por coisas que ainda chegarão com carinho e amor.

Após o diálogo a menina saiu pensativa, imaginando mil coisas a respeito do afeto. Entrou no seu quarto e se rodeou daquilo que mais gostava. Espalhou na cama a velha boneca de pano, brinquedos antigos e já com algum tempo sem uso, retratos da família, uma caixinha de música com uma bailarina sempre pronta a levemente girar com o som surgido. Depois disse a si mesma que jamais se separaria daqueles objetos. Acho que sinto afeto por tudo isso, conclui sorridente.

Mas depois olhou para o alto, em seguida para a vidraça da janela embaçada de chuva, e se pôs a viajar em pensamentos. Imaginou-se tomando banho debaixo daqueles pingos, correndo e se jogando na lama, abrindo os braços como se quisesse toda á água do mundo. E em seguida disse: Acho que também sinto afeição pela chuva. Assim também quando se imaginou brincando com um monte de crianças desconhecidas, com línguas e feições diferentes, mas num compartilhamento das velhas amizades. E rematou: Acho que também sinto afeto pelas pessoas.

Isso talvez tenha já com alguns anos, pois ainda hoje a mocinha de repente se vê confrontando os seus afetos. Aqueles afetos presenciais ou que fazem parte de sua história de vida e também aqueles afetos sentimentais ou que causam contentamento à alma, ainda que jamais presenciados ou mesmo surgidos como fantasias da imaginação. Então trazia aos olhos o afeto que sentia pelas flores do jardim e suas brincadeiras ao redor. Mas sentia o coração partir quando recordava do pé de laranja lima do menino Zezé.


Agora, já moça, sabia que tudo não passava de ficção, que aquela árvore frutífera no quintal da família do menino não passava de uma criação literária. Sim, sabia, mas não aceitava que fosse assim. Mesmo adulta, se negava a aceitar aquela história como mera ficção. Por isso mesmo trazia vivos no coração não só o menino como o seu pé de laranja lima. Era um afeto imaginário, porém tão verdadeiro como a própria existência.

Ainda hoje chora ao recordar as palavras do menino quando seu pai tentou lhe enganar acerca do destino de sua árvore amiga: “- Depois tem mais. Tão cedo não vão cortar o seu pé de Laranja Lima. Quando o cortarem você estará longe e nem sentirá. Agarrei-me soluçando aos seus joelhos. - Não adianta, Papai. Não adianta... E olhando o seu rosto que também se encontrava cheio de lágrimas murmurei como um morto: - Já cortaram, Papai, faz mais de uma semana que cortaram o meu pé de Laranja Lima”.

Jamais esquecia tal passagem já no finalzinho do livro de José Mauro de Vasconcelos, e que foi se transformando em imagens e vozes reais, como se tivesse presenciado a tristeza, o soluço do menino e suas palavras aflitas: “Já cortaram, Papai, faz mais de uma semana que cortaram o meu pé de Laranja Lima”. Tudo lhe parecia tão real que ela um dia desejou procurar o menino Zezé para saber como se sentia depois daquele triste episódio. Queria ter um pé de laranja no seu quintal para o amigo ali deleitar-se às sombras do entardecer.

Não era outro sentimento senão afeto o que sentia por Zezé e seu pé de laranja lima. Eis que os afetos surgem assim, dos desejos do coração e da importância que se dá às grandes e pequenas coisas. O afeto familiar, o afeto pelo pássaro que costuma pousar ao umbral da janela, pela borboleta arco-íris que se acha dona do quarto. Um afeto assim como aquele do jardineiro que se viu sem flores e por isso mesmo chorou ante o jardim destroçado. Ou como aquele afeto pela velha fotografia na parede. Feições distantes que se aproximam nas lágrimas e permanecem afetos pelo amor sentido.

Assim os afetos. E não precisa nem afirmar que os sente. Tantas vezes basta um afago, um cafuné, um olhar carinhoso. Outras vezes apenas a recordação para se confirmar o quanto os sentimentos sabem escolher o que desejam afetuosamente eternizar. E é fácil reconhecê-los, pois cada conhece bem o que ama, ao que se dedica, ao que sente ternura.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“O VINGADOR DAS ALAGOAS”

Por Sálvio Siqueira

"Um cangaço pós-lampiônico repontará nos anos 50 e 60, em grupos reduzidos, a exemplo de Floro Gomes Novaes, o capitão Floro da ribeira do Ipanema, com cinco homens, entre Alagoas e Pernambuco. Da esquerda, Valderedo Ferreira (lugar-tenente), o chefe Floro e Faísca c.1962. Cortesia de Valdir Oliveira, Recife, Pernambuco."
http://valdiroliveirasantos.blogspot.com.br

Uma das mais conhecidas, e antigas, profissões do mundo é a de marchante. É aquele profissional que retalha a carne e as vende em porções pelo peso.

Na cidade de Capelinha, nas Alagoas, morava um cidadão que era marchante. Era o Sr. Ulisses Gomes Novaes. Foi assassinado por inimigos e com isso, os autores criaram um grande, sangrento e ferrenho inimigo.

O Sr. Ulisses tinha um filho que se chamava Floro Gomes Novaes, o qual ficou na História sangrenta alagoana como Floro Novaes, “O Vingador das Alagoas”.

Segundo várias literaturas, matérias em blogs e sites, Floro relata: “- Não esqueço o dia em que encontrei o cadáver de meu pai estendido numa estrada. Vi a lama formada pelo sangue misturar-se a pedaços de couro cabeludo e à carne branca e espumosa do seu crânio esfacelada a coronhadas de rifle”. (http://www.anchietagueiros.com).

Após tão horrorosa cena vista por um filho, o resultado foi catastrófico, no sentido humano/vingativo, na consciência de um de jovem de 18 anos. A violência, praticada em seu genitor, gerou outra violência, a partir de então, na mente e ações daquele moço.

- “Pelo sangue daquele que era meu sangue, o sangue dos que lhe tiraram sangue”(site ct), ao dizer essa frase, Floro parte para a matança. Mata sem dó nem piedade.

Apesar de muitos o consideraram “Cangaceiro”, quando vemos suas estripulias, sabemos que há enorme ‘fosso’ que o separa de tal. Primeiro pela época em que iniciou seu ‘ciclo’ de matador, muito além do término do fenômeno cangaço, que, oficialmente, acaba-se em 25/26 de maio de 1940 com a morte de Crhistino Gomes, outrora o cangaceiro ‘Corisco’. Depois, pela maneira comportamental do pistoleiro. Os cangaceiros foram nômades, ele, Floro, mesmo depois de estar na fase de ação, fixa residência na zona rural de Águas Bela, PE.
                                             
Na Fazenda Mamoeiro, no citado município, criava pequeno rebanho de caprinos, algumas cabeças de gado e era um dos maiores produtores de feijão ‘daquelas bandas’.

No período carnavalesco do ano de 1971, Floro, tenta combinar, com amigos da região em que morava fazerem uma caçada de veado na quarta-feira de cinzas, nas terras da Fazenda Riacho do Mel, no município de Águas Belas, PE. Tendo o amigo Mané Miúdo aceito, avisa que, junto a ele, iriam dois irmãos, Wilson e Américo, filhos do Sr. João Lins, cidadão bastante conhecido nas redondezas e de inteira confiança.

A fazenda Riacho do Mel fica perto das terras de Floro, Fazenda Mamoeiro, e do sítio Passagem.

A seguir, transcrevo do livro "A morte de Floro Gomes Novaes e o aniversário da Sudene", de Reginaldo Heráclio, como aconteceu a ‘tocaia’, segundo o conteúdo literário, que pós fim a vida de Floro:

“(...) Na manhã do dia combinado, Floro mandou selar a burra, enquanto limpava a espingarda calibre 12. Revisou os cartuchos, colocando 14 no aió(bolsa que o sertanejo usa para caçar) e dois nos canos.

Calçou botinas, dirigiu-se para o curral e reclamou da demora do ajudante.

Foto meramente ilustrativa - www.ebc.com.br

O bonito animal peidava, soltava coices, numa demonstração de que não estava para ser montado naquele dia.

- Sai daí fi da peste, deixa que eu selo.

Com trabalho e açoites o animal deixou o dono lhe preparar.

Floro passou a perna, juntou esporas no vazio, deu duas riscadas levantando poeira no terreiro.

D. Neném na porta de casa voltou a fazer o pedido do café;

- Fuloro, meu coração tá pedindo pra tu num ir. Num vá não meu fi!

- Besteira véia. Pru causa desse agôro a burra já tá cheia de pantim. 

Disse, apanhando a espingarda encostada na parede da casa.

Neste momento vai chegando Wilson. Vinha saber da demora:

- Seu Fuloro! O pessoá já tá lá no Riacho do Mé, isperando pelo sinhô. Me pidiro pra vim sabê se o sinhô ainda vai?

Foto meramente ilustrativa - www.diariodovale.com.br

Floro entregou a 12 ao rapaz:

- Vambora. Vai levando a ispingarda.

Ajeitou o chapéu de Sumé, presente de Sebastião Trovão administrador da Fazenda Carié, tocando montaria.

Viraram à direita ao atingirem a estrada Boqueirão-Águas Belas. Logo adiante dobraram novamente no mesmo sentido, pegaram a que segue para o Riacho do Mel.

Manhã bonita. Um concris saboreava flor vermelha do cardeiro. A bem-te-vi no topo de uma braúna soltava seus tristes vidas. O orvalho em folhas, absorvido pelos raios do astro-rei. Andaram um quilômetro.

Por trás de moitas de sacatinga, Jurandir de espingarda 20 e Alfredo de mosquetão. Revólveres 38 e respectivas facas à cinta. Moitas praticamente isoladas em campo aberto.

Floro nunca imaginou naquele descampado, lado esquerdo da estrada, dois homens escondidos e um objetivo.

Continuou a conversa com Wilson Lins. Versava sobre outras caçadas. Passagens pitorescas.

No passar em frente do piquete, o primeiro tiro. Jurandir endereçou-o ao ouvido esquerdo de Floro. Passou de raspão na testa, perfurando a aba do chapéu.

No estampido, Floro gritou:

- Solta a ispingarda e corre, senão tu morre, fi da peste!!!

Wilson o fez. Disparou na montaria. A burra empinou.

A parada propiciou Alfredo acionar o mosquetão. O balaço entrou à altura da costela mindinha. Saiu abaixo do peito direito, queimando o músculo do braço.

Floro caiu de tórax perfurado. Arrastou-se rapidamente apanhando a espingarda. Mirou as moitas e fez fogo. O esconderijo foi podado pelos caroços de chumbo da possante. No interior só os gravetos.

A dupla correu caatinga à dentro pelo mesmo lado esquerdo, após o segundo disparo. Atravessou a estrada na frente, pegando o lado direito.

8:30 horas. A dor asfixiando-lhe o peito. O ódio lhe mantendo de pé.

Disparou outro cartucho por cima de um repuxo de cerca em direção à capoeira. Outra tentativa vã.

Correr, não podia. Começou a insultar:

- Vem pra cá amarelo safado, pra gente morrê trocando tiro. E tome tiro.

Ficou brigando e falando, sozinho.

A burra havia fugido. Começou a caminhada de volta. Sacrificado, atravessou a cerca para atalhar caminho. Agarrando em tudo que servisse de apoio. Encurtava distâncias.

Dor e raiva aumentando, parava. Recarregava a arma e insultos:

- Corre fi da peste. Tu num é home mesmo. Corno safado!!!

Mais um tiro a esmo.

Os agressores já haviam chegado à umburana, onde deixaram seus aiós e o supérfluo. Lastimava Jurandir, apreensivo:

- O sirviço foi má feito. Perdemo a caçada.

- Pió é qui ele tá vivo e viu a gente. Completou Alfredo.

Na realidade, a umburana estava na rota do ferido. Todos convergiram num só ponto, após o atentado. Um devagar, os velocistas com tempo suficiente para alguns goles. Serenar nervos na fuga.

A cachaça passou queimando gargantas. O esforço contribuiu.

Na partida, o barulho. Garranchos quebrados, resmungos de ira.

- Óia quem vem ali. Disse em voz baixa Jurandir.

- É o home de novo. Completou.

Abaixaram-se, apontando armas.

A dor retira reflexos. Disparos quase simultâneos. O tiro de mosquetão atingiu o encontro da perna direita, partindo-a. O de espingarda, peito esquerdo. Cravou cinco rolimãs abaixo da clavícula, junto ao coração. Floro deu um pulo. Urrou igual fera atingida de surpresa. No cair, acionou o gatilho a copa da umburana.

Correram. Jurandir parou adiante:

- Vou pegá-lo de revólver.

- Num vá não, qui você num sabe cum quem mexeu. Advertiu Alfredo.

Nesse instante ouviram o berro:

- Tu me paga, fi da peste!

Pique final. Ferido mortalmente, não recarregou a arma, nem disparou mais. Restava cheio um cartucho. Talvez por precaução encostou no tronco de uma catingueira, arriando. Espingarda em punho. Descartar-se da bota da perna ferida cutucando-lhe o calcanhar com o bico da outra, o último esforço.

Tu me paga!!! Última fala.

D. Neném estava com a razão. Vários avisos aconteceram: a montaria; a coincidência de rotas; os resmungos. Todos negativos. Fatais.

Muita gente ouviu tiros. Na caatinga não desperta curiosidades muita coisa. Ninguém se atreveu investigar.

Wilson chegou a galope. Américo e Mané Miúdo uníssonos, perguntaram:

- Cadê Fuloro?

- Eu vinha cum ele e deram uns tiros na gente. Perto de Casa. Ele mandô soltá a ispingarda e corrê! É o que sei dizê!

Em direção ao local do tiroteio, acorreram. Distava uma légua. Resfolegantes, não encontraram nada.

Mané Miudo tomou iniciativa:

- Amériqui, vai na casa de Fuloro avisá a D. Neném:

- Num mi diga uma coisa dessa não meu fi. Pru Nossa Sinhora!!!

Iniciou a busca. À tarde choveu forte. A busca parou. A noite cobriu de manto escuro todo sertão em notícia. Comentários.

Uns achavam que Floro havia saído na trilha dos agressores; outros que estava morto de corpo escondido. Não havia sinais de sangue. Dúvida nas duas versões. Encontro com a polícia alagoana e prisão, outra hipótese levantada.

A chuva cessou pela madrugada. Estiou.

Ao amanhecer da quinta-feira, o mais sensato: todo mundo espalhado no mato, procurando uma pista, um vestígio, o homem.

O orvalho retido no verde molhava vestimentas.

Às onze horas, José Lins, primo de Wilson, avistou Floro sentado, espingarda no colo, olhos arregalados, rindo por ser cangulo:

- O home tá vivo!!! Gritou para o companheiro de procura.

- Adonde?

- Ali. Tá ferido, mai tá vivo.

Num tôvendo sangue. Vamo cum cuidado, que ele pode pensá qui nós e o pessuá qui imboscou ele e passa fogo na gente. Advertiu José Lins.

Chegaram perto e notaram a inércia, era cadáver(...)”.

http://oficiodasespingardas.blogspot.com.br/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O TÚMULO MAIS VISITADO NO CEMITÉRIO SÃO SEBASTIÃO EM MOSSORÓ É O DO CANGACEIRO JARARACA

Por José Mendes Pereira

Hoje, nas páginas do facebook alguns religiosos (evangélicos) reclamam das visitas feitas na cova do cangaceiro Jararaca no cemitério São Sebastião em Mossoró.

Alguns religiosos (evangélicos) reclamam que não entendem o porquê de tantas visitas e adorações  ao túmulo de um homem que durante a sua vida, só fez coisas ruins, matando, roubando, depredando fazendas, vilarejos etc. 

Mas nós católicos, não entendemos o porquê de tantas reclamações destes religiosos, quando eles mesmos pregam e ensinam que não devemos julgar ninguém. E por que eles julgam aqueles fiéis que procuram visitar o túmulo de quem não teve sorte na vida, e foi desprezado pela sociedade, principalmente pelo governo que não lhe deu assistência para seguir uma vida com dignidade?

Túmulo do cangaceiro Jararaca

Com essas críticas de alguns religiosos (Evangélicos) nós, católicos, entendemos que as suas pregações não significam nada em favor de Jesus Cristo, e sim apenas meios de sobrevivência.  

O próprio Jesus Cristo disse que nós não devemos julgar ninguém, e por que eles (evangélicos) que criticam das pessoas que visitam o túmulo do ex-cangaceiro Jararaca, ou, julgam quem foi massacrado durante a sua vida aqui na terra? Ensinar a alguém que não se deve julgar os outros, é muito fácil para qualquer um de nós, mas quando se trata de praticarmos, é coisa que jamais o ser humano quer fazer. Então deixem quietos os que acreditam que o Jararaca obra milagres.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGACEIRO MORENO


Antônio Ignácio da Silva, de Tacaratu,PE. Nasceu em 1 de novembro de 1909. Pertenceu ao bando de Lampião. Após a morte de Lampião, saiu de Pernambuco, e fixou se em Minas Gerais. Cangaceiro com maior longevidade, foi um dos últimos a morrer. Exerceu a profissão de barbeiro, mas seu desejo era ser soldado da polícia. O sonho terminou quando foi preso e espancado por policiais de Brejo Santo, após ser acusado injustamente de roubar um carneiro. Libertado, matou o homem que o denunciou, que seria o verdadeiro ladrão.


Foi contratado por um proprietário rural para defender sua fazenda do ataque de cangaceiros, mas terminou integrando-se ao grupo de Virgínio, cunhado de Lampião, de quem tornou-se amigo. Na década de 1930 casou-se com Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha. O casal teve um filho, que não pôde permanecer com o bando, pois seu choro poderia denunciá-los. A criança foi deixada então com um padre, que a criou. Moreno era conhecido por não gostar dos rifles de repetição americanos, muito usados na época e ter, a sua disposição, um mosquetão. 

Dois anos após a morte de Lampião, o casal fugiu para Minas Gerais. Por precaução, Moreno passou a chamar-se José Antônio Souto, e Durvalina tornou-se Jovina Maria. Estabeleceram-se na cidade de Augusto de Lima, e prosperaram vendendo farinha. Tiveram mais cinco filhos, e mudaram-se para Belo Horizonte no final da década de 1960. 

Ainda com medo de serem descobertos e mortos, mantiveram o passado em segredo até para os filhos. A situação manteve-se até meados da década de 2000, quando a existência do primogênito foi revelada. Encontrado em 2005, Inácio Carvalho Oliveira pôde finalmente reencontrar seus pais biológicos. Só então é que a família conheceu a história do passado no cangaço; Durvinha morreu pouco tempo depois. 

Deprimido com a morte da esposa, a saúde de Moreno passou a ficar cada vez mais debilitada. Ele morreu no dia 6 de setembro de 2010 em Belo Horizonte, aos 100 anos de idade. 

Durante o sepultamento foi realizada queima de fogos de artifício, a pedido do próprio Moreno, que pensou que nunca teria uma cova; o temor de morrer como um cangaceiro, decapitado e com o corpo deixado no mato, não o abandonou nos 70 anos que manteve seu disfarce.

Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo‎ to CANGACEIROS


http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

MUSEU DO SERTÃO - YouTube (Museu do Sertão - YouTube)


Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com:

O Museu do Sertão na "Fazenda Rancho Verde" em Mossoró não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com