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quarta-feira, 8 de maio de 2019

MARIA BONITA A RAINHA DO CANGAÇO


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CANGAÇO EM CATOLÉ DO ROCHA, PB INVASÃO DA FAZENDA DOIS RIACHOS

Por Eptácio de Andrade
Casa Grande da Fazenda

Fachada frontal

Em entrevista concedida ao escritor Epitácio Andrade, neste dia 05 de outubro de 2015, no restaurante Mangai, em Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, o cidadão nonagenário Francisco Lobo Maia ¨Chico Lobo¨, de 92 anos, narrou com riqueza de detalhes a invasão da Fazenda Dois Riachos, localizada na zona rural dos municípios de Catolé do Rocha e Belém de Brejo do Cruz, ambos no Alto Sertão paraibano, pelo bando do cangaceiro pombalense Ulisses Liberato de Alencar e do famigerado Sinhô Pereira, um dos mentores do não menos afamado Virgulino Ferreira, o Lampião.

Epitácio Andrade com Chico Lobo
O bando era formado por 20 facínoras, dentre eles, Gato Vermelho, Gavião, Polvinha e o maníaco Chá Preto, que bolinou os seios de uma senhora presente no momento da invasão à fazenda. Na segunda década do século XX, a disputa pelo mandonismo 'coronelístico' no Sertão nordestino motivou o fatídico ataque à fazenda do coronel da guarda nacional Valdivino Lobo, genitor do senhor Chico Lobo.
  
Coronel Valdivino Lobo
Depois de sair, por divergências com o chefe político José Queiroga do município de Pombal, na Paraíba, onde se localiza a Fazenda Estelo, propriedade de seu genitor Francisco Liberato de Alencar, lugar onde nascera em 1894. Ulisses Liberato migrou em 1918 para Milagres, no cariri cearense, onde ficou homiziado na Fazenda Trapiá do major-coiteiro José Inácio de Souza, conhecido como major Zé Inácio do Barro. 

A mando do major-coiteiro Zé Inácio do Barro, Sinhô Pereira e Ulisses Liberato comandaram o ataque à fazenda Dois Riachos. Cuja empreita envolvia semelhante ação criminosa contra outras fazendas vizinhas, como as pertencentes a Adolfo Maia e a Rochael Maia. 
 A fazenda de Adolfo Maia foi depredada por Sinhô Pereira e a fazenda de Rochael Maia não chegou a ser invadida. No percurso do Ceará a Paraíba, o bando enfrentou uma força pública próximo a cidade de Catolé do Rocha o que motivou sua entrada na cidade de Jericó, onde promoveu depredações e roubos. Antes da invasão, os cangaceiros pernoitaram na Fazenda Santana, do senhor Antônio Saldanha, na zona rural de Catolé do Rocha. 
Na época da invasão à Fazenda Dois Riachos, o almocreve e já cangaceiro Ulisses Liberato, casado com a sertaneja Santina Benevides, desde 1919, tinha o Povoado do Jordão, localizado entre os municípios de Patu e Caraúbas, como seu ponto estratégico. No livro Jordão e seus Habitantes, prefaciado pelo mestre sertanista Raimundo Soares de Brito (Raibrito), a escritora caraubense Raimunda Dalila de Alencar Gurgel informa que o povoamento do Jordão começou em 1870. Em 1892, foi construído o açude. 
E foi reconstruído em 1926, depois de arrombar numa cheia.
Escritora Dalila Alencar

Raibrito com A saga dos limões (2011)
Em 1937, foi construída a capelinha de Imaculada Conceição, pelos pedreiros Tião Maia e Zé Pequeno. As senhoras Raimunda Godeiro e Maria dos Anjos auxiliavam na realização das novenas. A imagem da santa foi trazida do Rio de Janeiro/RJ, por dona Brígida Saboia.

Capela do Jordão
Em 23 de setembro de 1943, foi realizada a primeira festa da padroeira.
Em 1964, foi adquirido o harmônio.
Harmônio
No período de 20 a 22 de julho de 1950, ocorreram missões de Frei Damião e Frei Fernando, acompanhados pelo bispo João Batista Portocarreiro.

Em 1926, foi construída a casa de Quincas Godeiro.
Em 1930, teve início o roço da caatinga para a construção da estrada de ferro Mossoró-Souza.


 Estrada de Ferro de Mossoró
Acervo Geraldo Maia

Em 1936, o engenheiro Manoel Marques entregou a estrada de ferro. Da Fazenda Dois Riachos foram subtraídos dois contos e oitocentos mil réis, além de 120 libras esterlinas. Valores integralmente entregues ao major Zé Inácio do Barro, que recompensou Ulisses com 200 mil réis pelo serviço.
Depois do assalto, Ulisses ficou refugiado em Juazeiro por dois meses. No mesmo ano da invasão a sua fazenda, o coronel Valdivino viajou ao Rio de janeiro, capital federal do Brasil, para um encontro com o presidente Epitácio pessoa que fora seu contemporâneo no ciclo ginasial.
Epitácio Pessoa
Era o tempo da ¨Política das Salvações¨, que pretendia instituir uma nova ordem e defendia um combate ao coronelismo. A invasão à  Fazenda do coronel Valdivino teve grande repercussão na imprensa.



O presidente depois de ouvir o relato do ex-colega articulou a integração de autoridades das províncias do nordeste para unir forças numa perseguição implacável ao major-coiteiro Zé Inácio do Barro e um combate sem tréguas ao cangaceirismo. No dia 11 de setembro de 1922, Ulisses Liberato, sem o bando, foi preso na comunidade de Alagoinha, em Lavras da Mangabeira, no Ceará e, em seguida, recambiado para a cadeia do Crato sendo minuciosamente interrogado no dia 24 de janeiro de 1923 pelo delegado major Raimundo de Mores Brito e recolhido à prisão, onde já se encontrava Chá Preto e Polvinha. Chá Preto teve a mão direita decepada à machadada. A pretexto de ser feita a sua barba foi chamado um barbeiro, que realizou um trabalho de um ofício medieval, o barbeiro-cirurgião.
Barbeiro-cirurgião
Cravando-lhe um punhal na subclávia, o maníaco agonizou até a morte.
O major Zé Inácio não resistindo a implacável perseguição, resolveu emigrar para Goiás, aonde veio a ser assassinado, em São José do Duro (uma corruptela de São José do Ouro, hoje no estado de Tocantins). Em setembro de 1923, Ulisses Liberato, com 29 anos foi sumariamente fuzilado. Polvinha o acompanhou na linha de fuzilamento.
Pescado em Cosmogonia

SÓ NO LIVRO 230

Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.107
MATRIZ DE SENHORA SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS).

Eu bem que avisei aos santanenses que comprassem o livro “230”, quando fizemos um grupo de 100 adquirentes. Os prédios públicos históricos iriam desaparecer e só estariam garantidos nas fotografias do citado livro/enciclopédia, para as gerações futuras; É que nunca tivemos um serviço municipal de conservação histórica da nossa arquitetura. A história de Santana não está toda destruída, graças ao livro dos saudosos irmãos escritores Darci e Floro Araújo, “Santana conta a sua história”; e os nossos: livro “230” (publicado) e o “Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, (inédito). Agora é o prédio do antigo Cine Alvorada que entra no sistema da marreta. Fotos enviados para o Face mostram a fachada do Cine sendo destruída.
Assim o santanense não encontra mais na sua cidade a Pedra do Barco, a igrejinha de São João, o Casarão do Cônego Bulhões, o prédio do Fomento Agrícola, a calçada alta da ponte, a original Praça Emílio de Maia, o prédio original do Cine Glória e, atualmente, o original do cine Alvorada. Se não fosse trágico, haveria gargalhadas de Internet: kkkkkkkk... Mas, sendo fatos verdadeiros da demolição da história santanense, tudo que se exprimir é pouco. Fazer o quê? Agradeço imensamente as escolas que trabalharam com o meu livro “Santana do Ipanema, conhecimentos gerais do município” e que representa um resumo do “Boi e a batina...”. Podem aguardar que ainda tem vários outros prédios que logo estarão indo abaixo. Um deles já se encontra com os fundos no chão.
Quando um internauta lamentou uma fotografia do antigo Cine Alvorada sendo destruído, logo outro postou que o dono havia comprado, pagado e pronto. E tem razão essa afirmativa. Se não temos lei nenhuma de conservação da nossa história, comprar e pagar encerra o compromisso do cidadão comum com seus negócios. Aos intelectuais, aos amantes da cidade, aos preocupados com o rumo da nossa evolução citadina, resta o choro sentido dos tempos. Para a juventude da rapidez transformista, nenhum sentimento de lembrança virá por que não existe saudade do que não se viveu.
Imaginem os fatos sem nexo e sem passado, com história; e sem história danou-se tudo. Ô FUTURO ENGOLIDOR.

NUM DIA DE PÁSSARO

*Rangel Alves da Costa

Acordei logo após a madrugada e depois que abri a janela e olhar adiante, ainda com as poucas luzes do alvorecer, então disse a mim mesmo: Hoje é dia de pássaro!
Mas por que dia de pássaro? Passei a indagar em seguida. Busquei a melhor resposta e então surgiu: Talvez porque hoje eu queira viver além da terra, eu queira como que voar.
Isso mesmo, depois confirmei. E disse mais: chega de viver apenas dias de vermes, de rastejantes, de bichos se embrenhando pela terra. Chega do reles chão e seu vagar espinhento.
Sim, eu queria que o dia fosse de pássaro e não de outro animal. Eu queria que o dia fosse de espaço, de céus, de azuis, de horizontes, e não entre as mesmas pedras do caminho.
Eu queria voar. Não precisamente ter asas para voar, mas ter as asas que desprendem o indivíduo da mesmice e o eleva ao alto. As asas dos sonhos grandes, dos grandes feitos.
Somente com asas podemos sonhar, podemos querer mais, podemos correr atrás de realizações antes dificultadas pelo medo de cair do alto. Asas que se elevam na vontade, no desejo e no pensamento.
Muitas vezes cansa abrir a porta e sair por aí e para os mesmos lugares. Ruas, calçadas, esquinas, encontros com desconhecidos, tropeções, indelicadezas, caras feias e ameaças.
No reles do chão é assim. Caminhar entre os esgotos, entre as imundícies da cidade, entre os lixões, entre a pressa e o desassossego. Andar sempre correndo perigos e mais perigos.
Não sei se vale a pena o acostumar ou o contentamento com aquilo que nada eleva ao espírito. Não sei se vale a pena dizer que é feliz entre tantas e tristonhas felicidades.


Sim, sei que não é fácil mudar. O mundo em si parece num caminho sem volta e onde a cada curva há o encontro com o espanto e o inesperado. Um mundo de medo, de violência e de brutalidades.
Sei que o pássaro também sofre, entristece, cala seu canto, emudece dias seguidos. Sei que o pássaro chora sua dor, pranteia sua solidão, agoniza em seus dias de desventuras.
Mas também sei que o pássaro possui todos os horizontes do mundo para alçar voo. E por isso mesmo deixa o seu ninho, deixa sua árvore e se lança em meio às alturas. E vai.
E ser pássaro é isso, é também a possibilidade de não aceitar a continuidade engaiolada, fechada, aprisionada. Ser pássaro é ter a certeza que pode alçar o tão desejado voo.
Mas como dito, tantas vezes apenas o voo da imaginação, da ideia, do pensamento. Por mais que se deseje voar mais alto, surgem sempre os empecilhos pelas mãos do mundo que não soltam e não deixam voar.
Mas amanhecer num dia de pássaro é muito bom. É dizer a si mesmo que naquela manhã e no restante do dia, e talvez depois, o seu passo será diferente e não se permitirá o enclausuramento.
Ser pássaro de si mesmo é se prometer a felicidade, é dizer a si mesmo que vai voar e nada impede que voe. Aquele voe que tanto precisamos: à altura da maior felicidade possível.
E certamente você também amanhece com dia de pássaro. Ao abrir a janela, então logo diz que naquele dia nada lhe impedirá de ser feliz, de realizar, de sorrir, brincar, de alcançar grandes conquistas.
E que não fique somente na janela aberta. Voe. Voe porque não é todo dia que amanhecemos em dia de pássaro.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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JESUÍNO BRILHANTE X CORISCO: AS BRUTAIS DIFERENÇAS ENTRE O PRIMEIRO E O ÚLTIMO CANGACEIRO


Por André Nogueira

O Cangaço era, no fim do século XIX, um movimento social contra a pobreza, até que tudo mudou nas mãos de Lampião

No final do século 19, nasceram diversos grupos de bandoleiros que transitavam pelo sertão como criminosos, combatendo o poder dos coronéis e recrutando os mais carentes aos seus bandos. O cangaço — formado por bandidos que fazem parte do imaginário nordestino até hoje — mudou bastante através das décadas. 

Muito do que se conhece e se fala do cangaço é equivalente ao que foi o começo do fenômeno, representado por Jesuíno Brilhante. Mas a figura mais famosa do folclore nordestino, o capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi um importante ponto de virada do fenômeno.

Lampião dominou o Nordeste a ponto de quase formar um império, e mudou muito as práticas conhecidas do cangaceirismo, como o auxílio aos populares e o combate aos coronéis. Essas mudanças fortes foram transmitidas ao seu sucessor, Corisco, o último grande cangaceiro.

Entenda as grandes diferenças do mundo do cangaço, do início ao fim, quando o governo federal realmente conseguiu investir no combate aos bandoleiros.

Entrada no Cangaço
Jesuíno Brilhante: Jesuíno Alves de Melo Calado era filho de fazendeiros do Rio Grande do Norte. Um dia, em 1871, seu irmão, que transitava na cidade de Patu, foi acusado e duramente agredido por homens que o acusavam de ter roubado uma cabra que, porém, lhe pertencia. Após o caso, Jesuíno entrou para a vida de bandoleiro como forma de combater a injustiça contra os menos poderosos.

Corisco: Na época em que o cangaço já era mais disseminado, muitos o viam como forma de fugir de sua vida anterior. Cristino Gomes da Silva Cleto, aos 17 anos, entrou em uma briga com um homem protegido pelos coronéis de Água Branca (Alagoas) e acabou matando-o. Fugindo da cadeia e da vingança dos coronéis, entrou para o grupo de Lampião sob o nome de Corisco (ou o apelido Diabo Louro).

Representação de Jenuíno / Crédito: Reprodução

Relação com a riqueza

Jesuíno: Para Jesuíno, a maior parte da riqueza foi roubada do trabalho honesto dos mais pobres, enquanto os mais ricos se corrompiam com o poder que criavam em volta do próprio dinheiro. Dentro da filosofia do Cangaço, ele era visto como o gentil-homem, ou seja, vivia de roubos que, depois de afugentada a polícia, eram repartidos entre os mais pobres. É a partir da ação de Jesuíno que o banditismo ganhou a fama de Robin Hood sertanejo.

Corisco: Assim como Lampião, Corisco tinha grande apreço pelas posses dos ricos, roupas elegantes, armas de qualidade, produtos importados e ostentação. Por isso, muitas das pilhagens realizadas por seu bando ficavam em meio ao próprio bando, que usava do dinheiro roubado para melhorar de vida e adquirir produtos nas cidades. Corisco, por exemplo, adorava um perfume importado que se vendia nas capitais. Pouco desse dinheiro realmente retornava aos mais pobres.

Corisco

Aliança com coronéis

Jesuíno: Os coronéis eram vistos pelos cangaceiros como donos da terra e inimigos do bem estar do povo, pois seu poder de mando e desmando afetava diretamente a tentativa dos sertanejos de manterem sua vida tranquila. Por isso, Jesuíno Brilhante se posicionava como inimigo dos coronéis, por ser aliado do povo do sertão, dos posseiros, jagunços, agricultores e caminhantes. Jesuíno era famoso por roubar comboios de alimentos que seriam vendidos pelos coronéis e distribuir entre os populares. Também foi responsável, entre 1871 e 1879, pela criação do Estado paralelo sertanejo, que fundou uma sociedade livre de coronéis.

Corisco: Esse cangaceiro sabia que, entre coronéis, havia diversas desavenças. Se utilizando das disputas internas entre as fazendas, Corisco seguiu a tradição lampeônicade aliança com coronéis como forma de combater outros e, assim, conseguir benefícios — como suporte de armas importadas ou lugar para acampar de modo seguro. Muitas vezes, os bandos de Corisco foram usados para a segurança de algum coronel que tinha inimizades com inimigos comuns dos cangaceiros.

Virgulino Ferreia o Lampião

Código de Conduta

Jesuíno: A posição de Jesuíno era sempre a de apelar para a violência contra o coronel e a educação para com o povo, com o objetivo também de aprender o que desconhecia com os sertanejos comuns. Jesuíno teve uma educação privilegiada, mas, em ação, tentava ao máximo se aproximar da conduta de um agricultor comum, não assumindo uma posição de autoridade moral, mas a de mais um entre os oprimidos do sertão.

Corisco: As condutas de Corisco eram muitas. Principalmente porque, na cidade ou nas grandes fazendas, o homem alto de cabelos loiros fazia uma verdadeira pose de nobre, tentando passar a ideia de que possuía alguma superioridade intelectual. Ao mesmo tempo, era um homem extremamente violento com suas vítimas e uma pessoa marcada pela ironia e pela brincadeira, além do sadismo, em horas inoportunas.

A História de Jesuíno é contada em vários cordéis 

Diversão

Jesuíno: Ele aprendeu muito com a população que tentava proteger e, além das cantigas de roda e das brincadeiras em grupo, também conheceu bem jogos populares da época, brinquedos, jogos de palavra e três-marias. Aprendendo a viver de forma humilde, Jesuíno conheceu diversas atividades lúdicas que não exigiam muitos materiais e o integravam à comunidade.

Corisco: Na linha da vontade de ostentar e ter do bom e do melhor, Corisco aproveitou muito as inovações tecnológicas de sua época para se divertir. Andar de carro, jogar plataformas analógicas — equivalentes de época dos videogames —, participar de festas periódicas na cidade e usufruir de aparelhos eletrônicos em recém-desenvolvimento eram algumas das formas de diversão do cangaceiro, além, claro, de jogos de azar e a dança do xaxado.

Maria Bonita e o bando se divertem - Tenho dívida que seja Maria Bonita. Parece mais com Durvalina

Objetivos

Jesuíno: Seguindo a imagem de Robin Hood do sertão, Jesuíno Brilhante tinha como principal objetivo o combate às injustiças que o sertanejo sofria nas mãos do Estado e dos ricos. Ou seja, o banditismo visava à luta contra os poderosos e a recuperação das riquezas pelos mais pobres, vistos como frequentemente roubados e injustiçados, apesar de sua constante honestidade.

Corisco: O cangaço nunca deixou de ser um movimento social que visava à melhoria da vida dos mais pobres. Porém, depois de Lampião, esse objetivo se tornou bastante marginal, perdendo centralidade pela busca de poder pessoal. Corisco tinha como objetivo se tornar um homem poderoso, mas também buscava a queda dos coronéis vistos como injustos e maldosos. A riqueza pessoal e a boa vida isolada dos circuitos comuns da cidade eram os grandes movimentadores do cangaço nos anos 1930.

Bando de Corisco

Violência

Jesuíno: Obviamente, Jesuíno não era contra a violência. O banditismo dele aplicava sem grandes impasses a violência na prática do roubo e do sequestro, além de que muitas violências que hoje podemos apontar eram comuns e banalizadas no século 19. Ao mesmo tempo, algumas posições do grupo de Brilhante eram consideradas até progressistas, como a proibição do estupro de mulheres ou a intransigência contra a violência contra populações pobres. O uso das armas se continha ao roubo contra coronéis.

Corisco: Algumas características da conduta da violência foram comuns em todo o cangaço. Por exemplo, a regra contra o estupro de mulheres se mantinha, mesmo que muitas vezes ocorresse (segundo os lideres dos grupos, por amor). Porém, o trato com as populações mais obres por Corisco era muito mais violenta do que o cangaço do XIX. Quando a horda de Corisco e Dadá tomava uma pequena cidade, mesmo de pessoas com pouquíssima riqueza, a população era tratada com a mesma violência usada contra comboios e trens dos homens ricos. Muitas vezes, o bando de Corisco tratava com violência pessoas por pura diversão.

O bando de Lampião foi todo caçado, sobrando só o de Corisco 

Saiba mais:

Luiz Bernardo Pericás. Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica, São Paulo: Boitempo, 2010. 
Frederico Pernambucano de Mello. Estrelas de couro: a estética do cangaço citação, Recife: Ed. Escrituras, 2010.
Frederico Pernambucano de Mello. Benjamin Abrahão - Entre Anjos e Cangaceiros, Recife: Ed. Escrituras, 2012
Frederico Pernambucano De Mello. Guerreiros do Sol - Violência e Banditismo No Nordeste do Brasil, Recife: A Girafa, 1985.
Matheus, Moura. “Rei do cangaço e os 'achismos'”. Sociedade Amigos da Biblioteca Nacional, Revista de História da Biblioteca Nacional. Fevereiro de 2012.


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A VIDA APÓS O CANGAÇO


Por Francisco Davi Lima
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto
A vida é muito interessante, mesmo após a morte do chefe Lampião o ex cangaceiro ÂnGelo Roque "o Labareda" continuou ao lado do seu chefe no Museu Nina Rodrigues em Salvador, pois, após a sua liberdade ele passou a trabalhar nesse museu, onde estavam em exposição os restos mortais dos cangaceiros inclusive Lampião e Maria Bonita.


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MOSSORÓ ESTÁ DE LUTO!


Revoltante!!! 

Covardia destes marginais, pois, tiraram a vida de Seu Chico. Um homem bom e respeitado. Um pai, avô, esposo, um trabalhador, enfim, é revoltante. 

Quando isso vai parar? Quanto vale uma vida? Um celular? Um carro? uma moto? Quem é mais bandido? O assaltante ou o receptor que paga estes objetos? Fica a pergunta e o sofrimento de mais uma família chorando por seu amado. 

Seu Chico estava tomando seu café com a família e teve seu lar invadido por homens maus que ceifaram a sua vida, e por um triz não mataram a sua família. 

A sua filha estava em choque com aquela cena e perplexa com aquela ação maligna de uma geração de delinquentes que não tem limites e que irá prestar contas de seus atos com Deus. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. 

Fica minha indignação e as minhas condolências à família de seu Chico nosso amigo.


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NOTA DE FALECIMENTO!



O Relembrando Mossoró vem comunicar com imensa tristeza o falecimento do amigo Flávio Barreto o Flavinho.

Descanse em paz!


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NOTA DE FALECIMENTO!



O grupo Relembrando Mossoró anuncia o falecimento de dona Darquinha, pois a mesma era bastante conhecida por suas serestas e lanchonete no bairro Alto de São Manoel.

Ela teve câncer e sofreu avc, estava debilitada já alguns anos, e agora pela manhã faleceu. 

Avisamos a todos familiares e amigos que o velório acontecerá logo mais em sua residência no Conjunto Liberdade I, Rua-Elias Salem, n° 850..., e sairá o cortejo fúnebre as 17:00hs pra o cemitério São Sebastião.

Desde já agradecemos a todos que comparecerem a esse ato de fé cristão.


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CONVITE!

Por Kiko Monteiro

O confrade Manoel Neto Santos Neto convida a todos para o lançamento do seu documentário "ASSIM ERA DADÁ – A VIDA PÓS CANGAÇO DE SÉRGIA DA SILVA CHAGAS".

O evento terá entrada franca e acontecerá no dia 23/05/19, às 19 horas, na Sala Walter da Silveira, Rua General Labatut, no prédio da Biblioteca Central da Bahia.

Esperamos vocês lá!


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