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sábado, 23 de maio de 2020

ARQUITETO DO UNIVERSO


POR FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Arquiteto do Universo, quanta miséria?
A Covid-19 matando a humanidade
É coisa de gente grande, não pilhéria.
Depende de Tu, superior Divindade.

Se não bastasse no mundo desgraçado
Onde o desemprego é fábrica de prostituição
É o desenho ideológico aqui executado
Grande é o traçado de desamparo e ação.

O mundo que Tu fizeste com cuidado
E hoje se vê homens de carnes nuas
Máscara do ser invisível, ignorado
Mercado crescente do viver nas ruas.

É o inferno em vida tal sofrimento
Si vê más não se vê tantas crianças
Abandonadas vivendo de momento
Desnutridas e sem esperanças.

Crianças maltrapilhas sem futuro
Falta tudo: família, carinho e proteção
E ainda vivem de sorriso puro
Sem livro, caderno, lápis e pão.

Nas ruas vivem mulheres
De roupas sujas e descabeladas
Come o que recebe sem talheres
Assim vivem preocupadas...

São seres humanos renegados
Da sorte, esquecidos do poder estatal
São invisíveis e nunca cumprimentados
Partitura humana em carne e osso, sem jogral.

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6925551

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail:.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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CORISCO E DADÁ



Corisco & Dadá (1996) é um filme de Rosemberg Cariry focado na relação amorosa do ilustre casal. Produzido na época da retomada do cinema brasileiro, foi o último filme do cinema nacional a retratar a dupla como protagonistas.

Filme Completo: 



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A DOR E AS PALAVRAS AO LEITO

*Rangel Alves da Costa

Um relato angustiante, certamente. Uma realidade – ou ficção, se assim desejem – mas tão presente no cotidiano de muita gente, senão de todos. Quem já não sofreu perante o leito de um parente enfermo?
Quem nunca experimentou a dor de sofrer o mesmo sofrimento do outro, mas ainda assim buscar forças inexplicáveis para “fingir” o que sente e, assim, fazer da ilusão um meio de abrandamento da angústia do enfermo. E muitas vezes já em estágio terminal.
A pessoa doente, em enfermidade profunda, e então o outro se aproxima como se ali estivesse para um abraço de alegria. A aparência engana o que o coração não pode esconder. A boca quer sorrir, mas os olhos querem chorar. Quer demonstrar calma, força, até alegria, mas tudo vai se dobrando ao sofrimento.
Parecendo o cenário da pintura “A Menina Doente”, de Edvard Munch, onde uma mãe está sentada ao lado de sua filha enferma, zelando pelos seus últimos instantes de vida.
Na pintura, as faces esmaecidas da menina, num tormento de fim de vida, enquanto sua mãe pranteia internamente a sua dor. Uma representação triste, comovente e demasiadamente realista.
Desta feita, também um parente zelando pelos últimos momentos de um ser amado. Uma filha e uma mãe. Uma filha sofrendo a mesma dor da mãe, e uma mãe já sem forças para esboçar qualquer reação, senão através de palavras:
“Não chore assim, minha filha. Não chore que vou melhorar...”.
“Mas não estou chorando, mãe, não estou chorando. Só estou um pouco entristecida por tanto sofrimento que a senhora está passando e nada dessa doença ir embora...”.
“Oh filha, suas lágrimas chegam a cair sobre minha face...”.
“Aqui está muito quente e estou suada. Deve ser apenas isso. Deve ser apenas o suor respingando sobre a senhora...”.
“Já não tenho a idade das ilusões, minha filha. Lágrimas são lágrimas, respingos são respingos...”.
“Tá bem, minha mãe, tá bem. Não vou mais chorar. É que sofro tanto ao ver a senhora assim. Dia após dia e a senhora sem ter diminuição nessa febre, nessas dores...”.
“Oh filha, os tempos também chegam. As folhas perdem o viço e se vão com a ventania...”.
“Não fale assim, minha mãe. Por favor, não fale assim. A senhora vai logo ficar bem. E não demora muito e faremos uma viagem maravilhosa...”.
“Viagem, viagem, é o que eu farei minha filha. O vento sopra, tudo em açoite. E logo virá a ventania...”.
“Tome aqui esse remédio. Já está na hora. E, por favor, não fale mais nessas coisas de vento, de ventania. Tudo isso me entristece e sei que a senhora vai ficar logo boa...”.
“Lembra-se de quantos dias, semanas e meses, que eu venho tomando esses remédios sem parar. Qual foi a melhora que eu tive?...”.
“Mas eu sinto melhoras sim. Talvez a senhora nem perceba, mas suas faces ficam mais cheias de vida e sua disposição aumenta quando toma os remédios...”.
“Sei que tudo faz para me encorajar, para fazer com que eu penso que estou melhorando. Mas também sei que os remédios não fazem mais qualquer efeito...”.
“Oh minha mãe, não diga assim. O médico mesmo veio aqui, examinou a senhora, prescreveu os mesmos remédios e disse que a senhora logo vai ficar curada...”.
“Está ouvindo, minha filha, está ouvindo?...”.
“O que minha mãe, ouvindo o que? Ouço apenas o cortinado se balançando pelo vento que bate de vez em quando. Apenas isso. Agora tente dormir um pouquinho...”.
“Não. É a ventania. Ouça!...”.
“Não se preocupe. Vou fechar a janela e ajeitar as cortinas. Não haverá mais nenhum barulho e a senhora não ouvirá mais qualquer som...”.
“Deixe-me apertar sua mão. Dê-me a mão, minha filha. Aperte bem a minha mão...”.
“Por que?”.
“Sou apenas uma folha. O outono chegou. Já não tenho forças para mais nada. Sinto a ventania, sinto a ventania. Estou sendo levada, minha filha...”.
“Não diga isso. A senhora ainda será primavera e a beleza de sua flor...”.
“Filha minha... O vento vem, vai chegando a ventania. Já não me sustento em nada. Que não me leve distante na triste folha que sou. Filha minha, já vou...
“Mãe, mãe?...”.
Nenhuma palavra mais. Nenhum suspiro. O outono havia chegado. A ventania havia levado. Um silêncio profundo. Um grito de dor que vai se soltando das amarras do silencio forçado para se soltar. E que agonia...
Parece aquela cena retratada por Munch. Mas o pintor retratou uma realidade. No quadro, a doente era sua irmã. Sua mãe aquela que sofria ao lado. A pintura não tem voz. Mas a tudo ouvimos e sentimos.
Os leitos enfermos são como folhas secas que vão esperando outonos. As lágrimas ao lado tudo fazem para reanimar e novamente chamar o viço do viver.
E quando a mão se desprende, quando se solta da outra, então a ventania perfaz seu destino. Na folha seca da face, a morte.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

LAMPIÃO EM JATOBÁ DE TACARATU.


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O ATAQUE ÀS FAZENDAS E O DESAFIO DE LAMPIÃO AO POTENTADO CORONEL "ZÉ PEREIRA" DE PRINCESA.


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LAMPIÃO REI DO CANGAÇO, VÍDEO REAIS COM MONTAGEM DE SOM


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A NOBREZA DOS LÍDERES MAIORES DO CANGAÇO.


João Filho de Paula Pessoa

O Fenômeno do Cangaço no Nordeste Brasileiro arregimentou muitos sertanejos em suas fileiras de combate, das mais variadas origens, do pobre miserável ao detentor de posses. No entanto, há um fato marcante quanto à seus líderes maiores, que tinham origem nobre ou de certa relevância social e econômica. Jesuíno Brilhante era fazendeiro, tinha lavouras, gado, imóveis, escravos e era escolarizado. Antônio Silvino era de uma respeitável família de fazendeiros com grande socialização com chefes políticos, coronéis e autoridades políticas e judiciais e era alfabetizado. Sinhô Pereira era de origem nobre, de família influente e rica, possuidor de terras, fazendas e bens, era neto do Barão do Pajéu, detentor de boa cultura e alfabetização. Lampião, era de família mais modesta, mas tinha um nível social mais elevado que a maioria dos sertanejos, pois eram proprietários de fazenda, tinham lavouras, rebanhos de gado, caprinos, ovinos e muares, eram comerciantes de couro e almocreves e eram escolarizados, algo incomum para a época e região. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 18/05/2020.


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CEEC ENTREVISTA - José Bezerra Lima Irmão



José Bezerra Lima Irmão é membro da Academia Gloriense de Letras. Natural de Alagadiço, município de Frei Paulo. Aos cinco anos, sua família se mudou para a Barra das Almas, no município de Glória, e depois para o povoado Piabas. Reside atualmente em Salvador. 

É pesquisador apaixonado do cangaço e de tudo o que diz respeito à história do Nordeste, envolvendo suas figuras míticas, tais como Padre Cícero, Antônio Conselheiro, José Lourenço, Severino Tavares e Quinzeiro, e os trágicos episódios de Canudos, Caldeirão, Pau-de-Colher, Serra do Rodeador e Pedra Bonita do Reino Encantado ou Pedra do Reino. 

Adquira-o com franpelima@bol.com.br

Fruto de onze anos de pesquisa, publicou um imenso tratado sobre o cangaço "Lampião - A Raposa das Caatingas". A obra, de 736 páginas, sucesso de público e de crítica, em pouco mais de um ano, já se encontra na terceira edição. 

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Categoria

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O VOLANTE TEÓFILO PIRES CONTA A JOÃO DE SOUSA LIMA COMO MATOU CALAIS.



O volante Teófilo Pires, conta ao nosso amigo João de Souza Lima, como matou o cangaceiro Calais.

Crédito: João de Souza Lima


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ESPECIAL EGITO - O FARAÓ DO ÊXODO


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NATIMORTO LITERÁRIO POR ANTONIO CORREA SOBRINHO


Acabo de ler o livro "LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE", e confesso, embora eu já considerasse o autor Archimedes Marques um bom escritor, estou impressionado com a sua capacidade de, em frases e períodos tão longos, mas com clareza e objetividade, num linguajar até certo ponto jornalístico, sem perder de vista a técnica investigativa, fazendo disso, talvez, o maior "inquérito" de sua vida; formular argumentos tão lógicos, utilizando-se, inclusive, de forma constante, da ironia para dizer com humor das suas críticas e censuras aos ditos de Pedro Morais e, principalmente, para impor a este a obrigação de provar as suas acusações, ironia esta que também lhe serve para desvalorizar mais ainda o texto deste senhor. Trata-se de obra equilibrada, parecendo até que foi feita num só instante. Ao mesmo tempo, doutor Archimedes, inteligentemente, divide o ônus desta contestação com as principais vozes da historiografia do Cangaço, sem falar do cuidado para não atingir moralmente a pessoa de Pedro Morais.

Realmente, mesmo considerando a sua vasta experiência como delegado de polícia, a sua paixão pela cultura nordestina, notadamente o Cangaço, associado a um impulso natural que conduz os homens de bem a insurgir-se contra as injustiças, confesso mais uma vez a minha grande e grata surpresa, até porque o autor construiu tudo isso em tão pouco tempo, visto que "Lampião, o Mata-Sete" foi publicado um dia desses. Embora eu não seja um crítico literário, considero o livro "Lampião Contra o Mata Sete" uma obra completa no seu propósito de rebater as mal-intencionadas acusações de Pedro Morais, e tenho certeza de que os leitores estão se deleitando com tão boas explicações e excelentes raciocínios.

"Lampião Contra o Mata Sete", portanto, não apenas contesta de forma robusta e insofismável as aleivosias infundadas de Pedro Morais, mas condena este autor a viver doravante como um natimorto literário. Além do mais, o que é pior, o sentencia a ter que se explicar e ser criticado o resto da vida.

Daqui pra frente, o escritor Archimedes Marques pode considerar-se inscrito nos anais da história do Cangaço, com todos os méritos, não apenas pelo ineditismo da sua obra, mas pela excepcional defesa que fez, em última análise, desse pedaço da história nordestina, o que orgulha e enche de honra todos os sergipanos. Minhas efusivas congratulações.

Aracaju, Sergipe

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