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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Grota de Angico – dia 28 de julho de 2015




Fotos: Romero Cardoso

http://www.caldeiraodochico.com.br/grota-de-angico-dia-28-de-julho-de-2015/

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O MAIS NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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PRISÃO DO CANGACEIRO ANTONIO SILVINO

Por Rostand Medeiros
Ferimentos de Antônio Silvino após a sua captura.

Antes de Lampião, Antônio Silvino era o cangaceiro mais famoso e seu apelido mais conhecido foi “Rifle de Ouro”. Nascido no dia 2 de dezembro de 1875, em Afogados da Ingazeira, Manoel Batista de Morais entrou para a história como Antonio Silvino. Durante 16 anos, driblou a polícia, praticou saques e assassinou inimigos, mas era tratado pelos poetas populares como um “herói” por respeitar as famílias. A invencibilidade de Silvino terminou no dia 27 de novembro de 1914, quando ocorreu o seu último tiroteio com a polícia. Atingido no pulmão direito, conseguiu se refugiar na casa de um amigo e disse que ia se entregar. Da cadeia de Taquaritinga seguiu, dentro de uma rede, até a estação ferroviária de Caruaru, onde um trem especial da Great Western o levou para o Recife. Uma multidão o aguardava na Casa de Detenção, atual Casa da Cultura. Antonio Silvino tornou-se o detento número 1.122, condenado a 239 anos e oito meses de prisão. Em 4 de fevereiro de 1937, depois de vinte e três anos, dois meses e 18 dias de reclusão, foi indultado pelo presidente Getúlio Vargas. O ex-rei do cangaço morreu em 30 de julho de 1944, em Campina Grande, na casa de uma prima.
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http://tokdehistoria.com.br/2013/11/13/fotos-da-prisao-de-antonio-silvino/

Lançamento do livro CHARGES COM LAMPEÃO

Autor Luiz Ruben Bonfim

Amigo José Mendes,

Estou divulgando o meu mais recente livro: CHARGES COM LAMPEÃO, que acabo de receber da gráfica. Segue no anexo a capa e a introdução. Brevemente chegará às suas mãos um exemplar.
Saudações cangaceiras,

Introdução

Lendo e pesquisando tantos jornais e revistas da época em que Lampião atuava, isto é, anos 20 e 30 do século passado, não passou despercebido, de vez em quando aparecia caricaturas e charges de Lampião, mas, o que me chamou a atenção foi a utilização do personagem com a política e os políticos do poder naquele período.

Contextualizar cada charge ou caricatura seria por demais maçante, pois creio que elas não perderam o caráter atemporal.

As codificações visuais que os chargistas queriam passar ao retratar Lampião eram afetadas de acordo com a região do artista, o que determinava, até pela falta de conhecimento que tinham do caricaturado, a representação de formas tão dispares na fisionomia desenhada. 

As charges com Lampião, nessa pesquisa, abrangem o período de 1926 a 1939, porém acrescentei duas de 1969, sendo a última apresentada, uma propaganda com alusão ao desenvolvimento industrial através de incentivos fiscais, citando Sudam-Sudene onde Lampeão é usado como referência de uma região. Ao todo o livro mostra 83 charges e caricaturas.

A charge tem como finalidade satirizar, descrever ou relatar fatos do momento por meio de caricaturas, com um ou mais personagens de destaque, nas áreas da política com maior frequência.

As apresentadas nesse livro abrangem personagens de prestígio nacional como o Padre Cícero, Antônio Carlos, governador de Minas, Capitão Chevalier, com a famosa tentativa de uma expedição contra Lampião no início dos anos 30, Getúlio Vargas como presidente do governo provisório após a revolução de 1930.

Após sua morte, cartazes foram utilizados como propaganda de filme da Warner, com James Cagney “substituindo o famoso cangaceiro nordestino”.

A propaganda comercial também utilizou com frequência o nome de Lampião. Como curiosidade inseri no trabalho as da Casa Mathias e O Mandarim, que apresentavam nos seus comerciais um conteúdo humorístico.

Até o conhecido compositor Noel Rosa, como Lampeão foi caricaturado. Como se fossem dois personagens ao mesmo tempo é mostrado características de identificação de Lampião com o rosto de Noel Rosa. Mesmo nas capas de famosas revistas, Careta em 1926 e 1931, O Cruzeiro em 1932, Lampeão é caricaturado.

Na contracapa desse livro, consta a foto original muito popular de Lampeão e seu irmão Antônio Ferreira, já nesta época, famigerado cangaceiro, perseguido em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas. Foi tirada em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, onde Lampeão foi convocado pelo Padre Cícero a pedido do deputado federal Floro Bartolomeu, para combater os inimigos do governo de Artur Bernardes, a Coluna Prestes, em 1926. Na capa, usando a foto da contra capa, foram introduzidas as faces de Getúlio Vargas como Lampeão e Osvaldo Aranha como Antônio Ferreira. Foi publicada pelo Estado de São Paulo em 24 de setembro de 1933, sendo Getúlio já vitorioso da revolta de 1932 em São Paulo. 

O desenho era utilizado, isto é, a charge, como uma crítica político social onde as situações cotidianas são exploradas com humor e sátira. Lampião foi personagem principal dos chargistas, mas o objetivo era atacar os poderosos da época, geralmente vítima dos jornais da oposição.

Coloquei tudo numa ordem cronológica para facilitar a sequência histórica, pois, no futuro com a leitura das diversas obras publicadas sobre Lampião e o cangaço em geral, teremos uma visão não contextualizada das sátiras contra os personagens vítimas dos chargistas.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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O BANQUEIRO DE MOSSORÓ SEBASTIÃO FERNANDES GURGEL - PARTE I

Por Mariana Gadelha
 Sebastião Fernandes Gurgel - 1946 -www.azougue.org

Sebastião Fernandes Gurgel era filho de fazendeiros na cidade de Caraúbas, mas foi em Mossoró que trilhou caminho de sucesso no comércio e fundou a Casa Bancária S. Gurgel, primeiro banco privado da região. Além de ter forte participação na vida social mossoroense. escreveu um diário cujas anotações foram transformadas em livro. Trata-se do bisavô do empresário Flávio Rocha, presidente das Lojas Riachuelo. 

Casa Bancária S. Gurgel - 1946 - www.azougue.org

No início do século XX, um homem visionário deixou a vida pacata e farta na fazenda da família em Caraúbas, interior do Rio Grande do Norte, para buscar outros caminhos na cidade de Mossoró. Foi no segundo maior município do Estado que Sebastião Fernandes Gurgel se aventurou no mundo dos negócios e, apesar da pouca instrução, chegou a criar o primeiro banco privado da cidade. Também foi na chamada capital do Oeste que o empreendedor casou-se com Elisa Diniz Rocha, e com ela criou os seis filhos, Judilita, Maria José, Sebastião Filho, José, Raimundo e Francisco Mauro da Rocha Gurgel. Apesar da extensa família e dos negócios para administrar, Sebastião ainda encontrava tempo para escrever em seu diário particular, cujas páginas foram transformadas em livro e servem de fonte para pesquisas de acontecimentos importantes na histórias de Mossoró e do Brasil.

Nascido no dia 6 de fevereiro de 1889 na fazenda "Baixa Fria", em Caraúbas, Sebastião mudou-se para Mossoró em Julho de 1910, onde criou a fima S. Gurgel Cia., um grande empório de tecidos vendidos em atacado e a varejo. O filho Raimundo Gurgel, hoje com 91 anos de idade, lembra que na época a empresa abastecia o comércio do Rio Grande do Norte e da Paraíba, e para atender ao mercado promissor seu pai fazia constantes viagens de navio até o Rio de Janeiro. Foram em média 25 idas e vindas à Cidade Maravilhosa, partindo sempre de Areia Branca, na região da Costa Branca.

"O negócio ia além de tecidos, pois meu pai trazia todo tipo de mercadoria para vender aos clientes: louças, ferragens, materiais de construção, entre outros. Recordo, inclusive, que uma vez ele trouxe dois mil sapatos franceses", diz o quinto filho do empreendedor que manteve esse ramo de atividade por longos anos, mesmo depois da enchente do Rio Mossoró, em 1924, quando seu estabelecimento foi ameaçado de desmoronamento. Após o ocorrido, Sebastião "reformou todo o prédio da Rua Vicente Sabóia e Praça Rodolfo Fernandes, reinaugurando com pomposo acontecimento para a cidade", narra Fernando Diniz Rocha no livro "Delmiro Rocha - Histórias, Origem e Descendência", escrito em parceria com pesquisador Misherlany Gouthier.

Na década de 1940, o comerciante decidiu inovar mais uma vez e assumiu o posto de banqueiro com a Fundação da Casa Bancária S. Gurgel, inaugurada em 1º de maio de 1942. Permaneceu à frente do negócio  até 1960, quando se mudou para Natal e passou os últimos anos de sua vida. Raimundo ficou no lugar do patriarca e deu continuidade a administração do empreendimento que surgiu a partir da credibilidade depositada pelos mossoroenses. em Sebastião. Ele era 100% honesto e cultivava a estima da comunidade. Muitos entregavam suas economias para meu pai administrar, com o tempo esse dinheiro avolumou-se e levou à criação da casa bancária, que depois foi transformada em banco por medida da Superintendência da Moeda e do Crédito, hoje Banco Central do Brasil", compartilha o herdeiro.

CONTINUA...

Fonte: Revista BZZZ
Digitado por José Mendes Pereira

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho só restam poucos livros, então procura adquiri-lo o quanto antes, pois os colecionadores poderão comprar os poucos que restam. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". O Raposa das Caatingas é sucesso nacional.

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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UM PERSONAGEM DA HISTÓRIA DO BRASIL JOÃO BEZERRA DA SILVA


Após dias no encalço e com informações detalhadas sobre a localização dos cangaceiros, colhidas de um cidadão chamado Pedro Cândido, no município alagoano de Piranhas, a Volante da PMAL comandada pelo tenente João Bezerra da Silva  fez então o cerco e, durante às quatro horas daquela madrugada de quinta-feira, no atual município de Poço Redondo, antigo distrito de Porto da Folha, estado de Sergipe, em um esconderijo no lugar chamado Grota do Angico, começa a batalha que põe fim à vida de Lampião, sua companheira Maria Bonita e mais nove cangaceiros, deixando ainda o militar Adrião Pedro de Souza morto e mais dois feridos, entre eles o Tenente João Bezerra da Silva.

Mais ou menos trinta dias depois do massacre de Angicos, a maioria dos cangaceiros remanescentes de outros bandos já haviam se rendido, permanecendo na ativa apenas os grupos de Labareda e de Corisco (que era natural de Água Branca/AL), mas sem realizarem grandes ações, sendo este último morto em 25 de maio de 1940, fechando então o ciclo do cangaço no Nordeste.

http://www.pm.al.gov.br/3bpm/joao.html
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A VOLTA DO REI DO CANGAÇO


Junior Almeida concluiu seu trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, em março passado, onde o apresentou num evento voltado para estudos do cangaço na cidade de Princesa Izabel na Paraíba. No mês julho fez o lançamento oficial dentro da programação do Festival de Inverno de Garanhuns, e em seguida participou de outro evento sobre cangaço em Piranhas em Alagoas e Poço Redondo em Sergipe, o "Cariri Cangaço". Junior agora se prepara para fazer a divulgação do seu livro no Cariri cearense, onde estudiosos do tema visitarão cidades como Juazeiro, Crato, Lavras da Mangabeira e Missão Velha. Depois de voltar do Ceará, o romance que tem várias passagens em Capoeiras, será lançado no dia 8 de outubro às 14 horas no Centro de Convenções de Pernambuco, durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, na sua décima edição.

Junior Almeida se diz muito contente de mostrar seu trabalho no maior evento literário do estado, um dos maiores do país.
- Estou levando não apenas o meu nome, mas o nome de toda cidade a lugares cada vez mais longes. Pessoas até de fora do país estão de certa forma ouvindo os nossos sotaques, apreciando nossa culinária e andando pelas nossas ruas através das páginas do meu livro.- disse o escritor.

A BIENAL
Com o tema “Literatura, Resistência e Transformação”, a X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco trará muitas novidades para o público nesta edição em que se homenageia os poetas pernambucanos Ascenso Ferreira (in memoriam), Miró da Muribeca e a escritora Luzilá Gonçalves. O evento, que acontece de 02 a 12 de Outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco – Cecon, contará com diversos debates e nomes expressivos cujos trabalhos e trajetórias no mundo das letras têm relação direta com o mote desta edição. Serão centenas de atividades entre mesas redondas, palestras, lançamentos minicursos, aulas espetáculos, oficinas e ações artísticas e culturais, a serem realizadas das 10h às 22h, no Pavilhão do Cecon, ao longo de onze dias em diversos espaços de convivência.

O livro custa 45,00 Reais, e basta clicar no link abaixo e pedir o seu.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-638907377-a-volta-do-rei-do-cangaco-_JM

MAIS PONTOS DE VENDA EM CAPOEIRAS

Amigos, nosso trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, além vendido direto por mim, no MERCADO ALMEIDA JUNIOR, também pode ser encontrado na PAPELARIA AQUARELA, ao lado do Correio, também na PANIFICADORA MODELO, com Ariselmo e Alessilda e no MERCADO POPULAR, de Daniel Claudino Daniel Claudino e Gicele Santos.


Também pode ser encontrado com o Francisco Pereira Lima, especialista em livros sobre cangaço.

franpelima@bol.com.br

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Personagens Históricos ZÉ DO TELHADO - FILME E HISTÓRIA - Parte II


José do Telhado ou Zé do Telhado, alcunha de José Teixeira da Silva CvTE (Lugar do Telhado,1 Castelões de RecesinhosPenafiel22 de junho de 1818 —MucariMalanjeAngola1875) foi um militar e famoso salteador português.
Chefe da quadrilha mais famosa do Marão, Zé do Telhado é conhecido por "roubar aos ricos para dar aos pobres" e, por isso, muitos o consideram o Robin dos Bosques português.
De origens rurais humildes, aos 14 anos foi viver com um seu tio, no lugar de Sobreira, freguesia de Caíde de Rei, para aprender com ele o ofício de castrador e tratador de animais.2 No dia 3 de Fevereiro de 1845 casou-se com a sua prima Ana Lentina de Campos e da qual teve cinco filhos.
Tinha vasta experiência militar começada no quartel de Cavalaria 2, os Lanceiros da Rainha, e toma parte contra o partido dos setembristas e pela restauração da Carta Constitucional, no mês de julho de 1837. Derrotado, refugia-se em Espanha.
Ao regressar, grassava no país uma revolta larvar contra o governo anticlerical de Costa Cabral e quando estala a Revolução da Maria da Fonte, a 23 de março de 1846, vê-se envolvido como um dos líder da insurreição. Coloca-se às ordens do General Sá da Bandeira, que também tinha aderido. Assume o posto desargento e distingue-se de tal forma na bravura e qualidades militares que, na expedição a Valpaços, recebe a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a mais alta condecoração que ainda hoje vigora em Portugal. No entanto, o seu «partido» entra em desgraça, amontoa dívidas de impostos que não consegue pagar e é expulso das forças armadas.
Já como "Zé do Telhado", chefe bandoleiro, realiza um grande número de assaltos por todo o Norte de Portugal, durante um período muito conturbado que coincidiu com o pedido de maior resistência de D. Miguel, no exílio com seu governo, aos seus partidários miguelistas que tentaram formar grupos de guerrilha em todo o país.
O bandoleiro mais conhecido do país acaba por ser apanhado pelas autoridades em 31 de março de 1859 quando tentava fugir para o Brasil. Esteve preso naCadeia da Relação, onde conheceu Camilo Castelo Branco que se lhe refere nas Memórias do Cárcere.3
Em 9 de dezembro de 1859 foi julgado e condenado ao degredo perpétuo na África Ocidental Portuguesa. Foi-lhe comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo, em 28 de setembro de 1863. Viveu em Malanje, negociando em borrachacera e marfim. Casou-se com uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Conhecido entre os locais como o kimuezo – homem de barbas grandes –, viveu desafogadamente. Faleceu aos 57 anos, vítima de varíola, sendo sepultado na aldeia de Xissa, município de Mucari, a meia centena de quilómetros de Malanje, sendo-lhe erguido um mausoléu, objeto de romagens.
Texto: Português
Áudio: Português
Fonte: Wikipédia - YouTube - Setúbal na Rede


http://ruilyra.blogspot.com.br/2014/09/ze-do-telhado-filme-e-historia.html

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O FAMOSO NAZARENO "Cel. MANOEL NETO" ( Série grandes artigos) SINOPSE DA VIDA DESSE BRAVO POLICIAL NAZARENO - PARTE III


O COMBATE DA SERRA GRANDE/PE:
As forças continuaram na pista de Lampião. Quinze dias depois, grande número de policiais seguiam de perto o bandido que, das proximidades de Vila Bela, retirou o grupo para a Serra Grande, perigosa garganta de quase duas léguas de extensão.
Chegando à serra, o cabo Manuel Neto e o sargento Arlindo Rocha, ambos da região e familiarizados com a terra, os cangaceiros e seus truques, detiveram-se ali, à boca do desfiladeiro, à espera do tenente Higino que enviara mensageiro, ordenando que as forças ali se detivessem para entrar na serra somente com sua presença.
Marilourdes Ferraz (O Canto do Acauã, 1 ed., p. 253) diz que tornava-se “difícil traçar um plano com segurança relativa para os soldados.
A serra, muito acidentada, era um local adequado para emboscadas”. Lampião dividira seu bando em três subgrupos, situando os homens em lugares privilegiados, “cuja posição antecipava a vitória da luta que duraria horas ininterruptas”. Antônio Ferreira ocupava a chapada da serra e Lampião comandava o primeiro subgrupo.
“Logo que chegou, Higino expôs seu bem arquitetado plano de ataque (se tivesse sido executado certamente não falharia, segundo declararam alguns soldados que participaram da luta): consistia, em linhas gerais, na retirada de uma parte da força para atacar os bandidos pela retaguarda, subindo pelo outro lado da serra.”
Esclarece Marilourdes que o sargento Arlindo Rocha “rejeitou a proposta categoricamente, alegando que a manobra exigia dispêndio de precioso tempo e acarretaria maiores dificuldades para se galgar a serra. Os demais comandantes de volantes preferiram não interferir na divergência de opinião.”
Belarmino desistiu do ataque coordenado, puxou o relógio do bolso e disse que, quem fosse homem, subisse a serra. Escapasse quem Deus quisesse. E acrescentou:
- São sete e quarenta e cinco. Fico aqui escutando a hora que a espoleta quebra em cima da serra.

João Gomes de Lira (obra citada, p. 352) acrescenta a resposta de Manuel Neto:
- “Venho de longe, com mais de trinta léguas, no encalço, para brigar, e quero é brigar. Já estou com o pé na embocadura da serra. Já vou subindo.”

O anspeçada Euclides de Souza Ferraz também falou:
- “Com meu pelotão da morte, também vou subindo a grande serra.”
E o sargento Arlindo Rocha:
- “Ah! Tá bom! Eu hoje também quero é almoçar bala!”
Vendo Arlindo se adiantar, querendo tomar sua frente, Manuel Neto protestou:
- “Não, Arlindo. Você sabe que a vanguarda é minha e não cedo o lugar.”

Às 8 h e 45 minutos daquele 26 de novembro de 1926, ouviu-se o alto da serra pegar fogo. “Era o cabo Manuel Neto que estava de testa com o bandido Lampião”.
A luta atingia grandes proporções e a força de mais de 260 homens viu-se incapaz de desalojar os bandidos. Antônio Ferreira, nesse ponto, comandava um grupo móvel que se alternava em ataques frontais e pela retaguarda.

Na bocaina da serra, o tenente Higino impediu os bandidos de fecharem a entrada da garganta, evitando, assim, um verdadeiro massacre das forças que, certamente, ocorreria.
Conta João Gomes de Lira que a vanguarda seguia, tendo como rastejador o soldado Ângelo Inácio da Silva (Ângelo Caboclo). A certa altura da serra, “nas proximidades de uma aguada, quando passava encostado numa grande pedra, Ângelo foi puxado pelo braço, pelos bandidos”, sendo sangrado atrás da pedra.
Nesse local tombou Manuel Neto com as pernas varadas a bala. Lampião teria gritado:
- Perdeu a fama hoje, Cachorro Azedo!

Ali perto caiu gravemente ferido o soldado Vicente Ferreira de Lima (Vicente Grande). A pesada chuva de balas fez a força recuar, deixando no local mortos e feridos. Descendo a serra, Raimundo Barbosa Nogueira lembrou-se de que Manuel Neto ficara ferido, à mercê de Lampião. Voltou e encontrou o bravo cabo brigando e falando para Lampião e seu bando.
“Logo Raimundo viu o mosquetão de Manuel Neto silenciar. Verificou o motivo: tinha dado uma vertigem”. No momento, perdeu as esperanças de salvação do amigo. Contudo, como um verdadeiro herói, enfrentava a dura batalha. “Momentos depois Raimundo foi surpreendido com o mosquetão de Manuel Neto vomitando fogo e ele, Manuel Neto, animadamente falando para os inimigos.”
Raimundo pediu que o parente procurasse descer a serra. Ele daria cobertura. Não podendo andar, o cabo rolou de serra a baixo, encontrando-se, na descida, com os primos Antônio Capistrano e Euclides Flor que, bravamente, enfrentavam desesperadamente os bandidos.
Raimundo ainda voltou ao alto da serra para ajudar Vicente Grande. Conseguiu fazer descer o soldado que, com o intestino nas mãos, conseguiu escapar.
O tiroteio continuou ensurdecedor. Os cangaceiros, em situação privilegiada, castigavam as forças, que viam seus homens tombarem. Arlindo Rocha, que queria almoçar bala, almoçou: foi gravemente atingido no rosto, tendo o maxilar quebrado.
Lampião “incentivava os companheiros, a fim de não amortecerem o fogo contra os atacantes. Os soldados, desesperados e cansados, temiam sucumbir.” As forças reconheceram o alto valor estratégico do bando.

Muitas armas ficaram no campo de luta. Cenas dramáticas se desenrolaram. O efeito psicológico do tiroteio foi tremendo. Às 17 h 45 minutos, depois de 10 horas de duro combate, o comandante, conformado com a derrota, ordenou cessar fogo e bater em retirada. Estava terminado o maior tiroteio travado contra Lampião, em Pernambuco. Onze mortos foram sepultados pelo sargento Domingos Gomes de Souza. Diversos soldados saíram gravemente feridos. Lampião, por sua vez, não perdeu nenhum homem.

De Floresta, entre muitos outros, também tomou parte nesse combate o soldado Manoel Polmata (pai de Celina, Barto e de outros e que faleceu em julho de 1983).

Marilourdes Ferraz diz que, nesse tiroteio, Antônio Ferreira teria sido atingido, vindo a falecer. Outros autores, entretanto, preferem a versão de sucesso: fora atingido por um tiro disparado por Luís Pedro, na fazenda Poço do Ferro (Floresta), quando brincava com o companheiro.


CONTINUAREMOS AMANHÃ...

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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