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quinta-feira, 5 de março de 2015

TERCEIRA REUNIÃO PREPARATÓRIA DO XVII FORUM SOBRE O CANGAÇO


Museu Histórico  Lauro da Escóssia / Praça Antônio Gomes, sn.
59610-150, Mossoró – RN / e-Mail da SBEC: sbecbr@gmail.com.br

DATA: 25/02/2015
HORA: 08H.
LOCAL: Gabinete da Câmara Municipal de Mossoró-RN

CONSTATAÇÕES

Com a palavra o Wellington Barreto explicou os objetivos da reunião, ao Presidente da Câmara Jório Nogueira, como sendo: Esclarecer a Presidência sobre o trabalho coletivo das várias entidades culturais na realização do XVII Fórum do Cangaço, bem como, sensibilizar Câmara Municipal para o estabelecimento de Parcerias para este e outros eventos culturais.

De posse da palavra Benedito Vasconcelos, na qualidade de Presidente da SBEC, listou as entidades representadas: AMOL, SBEC, AMLERN, ACJUS, ICOP, AFLAM, ALAM, ICOP, CONFOLC. Também falou sobre a temática, período de realização e local do XVII Fórum do Cangaço, além de ressaltar a importância da parceria com a Câmara para a viabilização do Evento, principalmente no que tange as questões financeiras, para concessão de Medalhas e editoração da Revista da SBEC.

Outros representantes das entidades se posicionaram reforçando a importância do trabalho cooperativo para o sucesso da XVII Fórum, como também em outros momentos de resgate da identidade cultural de Mossoró e Região.

Com a palavra, o Presidente da Câmara, Jório Nogueira, colocou-se a disposição para o estabelecimento das parcerias.

Haverá Sessão Magna da Câmara Municipal de Mossoró, no dia 04 de junho, 09 horas, cuja temática será a Importância do XVII Fórum do Cangaço. No momento cada entidade representada fará uso da palavra por 05 minutos. No momento serão concedidas honrarias a serem definidas.

Cada entidade que se fará representada à Sessão Solene deve enviar para o cerimonial da Câmara uma síntese do seu perfil, nominando quem comparecerá.

Após a reunião com a Presidência da Câmara foi realizado um grupo de trabalho, sob a coordenação de Joaninha, sobre o Planejamento do XVII FORUM SOBRE O CANGAÇO.

A lista dos presentes ficou com a assessoria da Presidência da Câmara, que ficou de nos enviar, posteriormente.

Enviado pelo presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Professor Benedito Vasconcelos Mendes

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GRUPOS DE CANGACEIROS ERAM FORMADOS DE ACORDO COM O DESEMPENHO


Outros grupos de cangaceiros foram sendo formados ao longo do tempo. Muitos deles tornaram-se conhecidos. Com Lampião não foi diferente.

Sempre com seu consentimento e apoio, subgrupos se constituíram. Era habitual, após algum tempo, o membro do grupo, com base em sua experiência, achar-se apto a dirigir o seu próprio bando.

Ao consentir a saída de um subalterno, o líder do grupo sabia que, se precisasse de ajuda, com certeza contaria com o apoio daquele que saíra. Assim foi com Corisco, Mariano, Virgínio (Moderno), Zé Sereno, Azulão, Canário, Gato e outros mais.

“O meu grupo nunca foi muito reduzido, tem sempre variado de 15 a 50 homens” Porém na Fazenda de Tapera, em Floresta (PE), eram 110 cangaceiros. Lampião em entrevista ao Dr. Otacílio Macedo.


http://www2.uol.com.br/lampiao/pages/cont1415.htm

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UM DELINQUENTE CANGACEIRO


Volta Seca (Antônio dos Santos), compositor e instrumentista, nasceu no interior do Sergipe em 13/03/1918. Ex-cangaceiro, pertenceu ao bando de Lampião e passou vinte anos na cadeia.

Em 1957, gravou o LP, então com apenas oito músicas,As cantigas de Lampião (foto abaixo), com instrumentação do maestro Guio de Moraes.

Em 1959, teve o baião A laranjeira, gravado por Zé do Baião, pela Continental. Em 1960, José Tobias gravou na Todamérica a toada Se eu soubesse.

Em 2000, a Inter CD relançou em CD o disco As cantigas de Lampião, com narração do locutor Paulo Roberto. As composições levam a assinatura de Volta Seca, mesmo as clássicas Mulher rendeira eAcorda Maria Bonita, tidas como de domínio público.

Estão presentes no disco xaxados, xotes, baiões e toadas. Destaque para, além das citadas, Escuta donzela e Ia pra missa, gíria usada pelos cangaceiros para a convocação de batalha.

A prisão de Volta Seca

Texto: Gilfrancisco (Jornalista, professor da Faculdade São Luís de França e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe) - Jornal da Cidade 23/04/2009.

O medo da prisão transforma o homem numa fera, é isto mesmo: os crimes dos “macacos” foram iguais aos nossos. Mas nada aconteceu com eles, nem com os homens importantes e ricos do sertão, que nos ajudaram, nos davam armas, dinheiro e comida, continuam ricos e importantes.

Lampião não foi o primeiro dos cangaceiros, mas sua presença marcou o rompimento entre o cangaço e as outras formas de violência e autoridade. Seus antecessores estavam ainda fortemente vinculados aos coronéis, ou às formas tradicionais de controle. Em julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros são mortos em emboscada preparada pela polícia, na Fazenda Angico, em Sergipe. Um dos mais importantes cabras do bando de Lampião, Volta Seca (Antônio Santos), fugitivo da Penitenciária do Estado da Bahia, foi preso em Indiaroba, pela força Policial do Estado de Sergipe, comandada pelo oficial do Exercito, capitão Bernardino Dantas.

Volta Seca, por duas vezes fugiu da cadeia. A primeira foi concedida um “passeio experimental”, saiu e não retornou, ficou perambulando pelas ruas da capital. A segunda vez fugiu em companhia de outro sentenciado e saiu pela porta principal sem ser percebido. Apesar de não ter sido capturado em combate, a polícia baiana ganharia notável publicidade com a prisão de Volta Seca, que ocorreu em virtude do cansaço (longa caminhada a pé pela mata durante vários dias), do companheiro de cárcere que ficou muito doente, ao ponto de querer desistir da jornada. Volta Seca não o abandonou, levou-o nos ombros até o primeiro povoado mais próximo, onde foi reconhecido pela população e denunciado a força pública, em seguida preso e recambiado a Salvador

A notícia de sua fuga do famigerado bandoleiro deixou a população sergipana preocupada, porque ainda não havia desaparecido do espírito nordestino, a época de terrorismo em que o banditismo de Lampião criou nos sertões de Pernambuco, Sergipe, Bahia e Alagoas, e de tão graves consequências para o homem do campo. Segundo o Departamento de Segurança, “Volta Seca fugiu da Bahia pelo litoral, penetrando neste Estado pelo município de Estância, e sendo preso em companhia de outro bandoleiro, entre os municípios de Indiaroba e Cristinápolis.” (Diário Oficial. 5 de março, 1944)

Após tomar conhecimento da fuga, as autoridades sergipanas, determinaram rápidas e enérgicas providências, estabelecendo imediatamente contato, com os destacamentos policiais de todo o interior e foi determinada severa vigilância. A Força Policial do Estado, que relevantes serviços prestou no combate ao banditismo, quando este esteve em plena campanha, traz de público, uma vez mais, a sua disposição de combatê-lo, sempre com mais energia, defendendo, com a sua coragem e a sua técnica militar:

“Transportado de Indiaroba para esta capital, desde a sexta-feira última, que aqueles foragidos estão recolhidos à Penitenciária do Estado, à disposição das autoridades policiais do vizinho Estado da Bahia, de onde se evadiram.” (Diário Oficial, 8 de março, 1944)

Quando foi preso pela primeira vez, no final de fevereiro de 1932, Volta Seca submeteu-se a exame psicológico realizado pelo Dr. Artur Ramos:

“Atitude de humanidade. Fala arrastado, responde com precisão a questões que lhe propõem. A este exame preliminar, parece haver um certo grau de mitomania. Aumenta um pouco os relatos de crimes dos seus companheiros. Admiração incondicional pelo compadre Lampião, o que denota um certo grau de erostratismo criminal.

Olhar móvel, desconfiado, intimidado com a presença de várias pessoas – oficiais da Força Pública – que o inquirem.

“Esta vaidade criminal leva-o até a descrer no fracasso de Lampião, que julga invulnerável...”

Segundo Zé Sereno, depois da prisão de Volta Seca, ninguém nunca mais acampou no Raso da Catarina, ou na serra do Chico. Quando o cangaceiro foi preso, Lampião ordenou a divisão dos grupos, entregando o comando aos seus mais experimentados homens: Luís Pedro, Zé Baiano, Velho Cirilo, Jararaca, Manuel Moreno. Cada um com seu grupo formado saiu do Raso, para penetrar nas caatingas. Ao tomar conhecimento da prisão de Volta Seca, Lampião soube que os irmãos Roxo, o haviam entregue à polícia e decidiu vingar. Passou na casa dos irmãos e assassinou todos eles, exceto a mãe e um irmão que encontrava-se viajando. Incendiou a fazenda e destruiu plantações.

Um fato curioso é que “desde que fora internado naquele estabelecimento penitenciário, Volta Seca, com o interesse de captar a confiança de seus vigias, dedicara-se a fazer flores de cera e se exercitava na ginástica, trazendo em si a ideia fixa de uma evasão. Foi o que veio acontecer.” (Diário Oficial, 5 de março, 1944).

Sergipano de Itabaiana, filho de Manuel Antônio dos Santos e Arminda Maria dos Santos, era o 6º dos 13 filhos do casal, nascera em 18 de março de 1918. Volta Seca havia se juntado ao bando de Lampião em 1929, aos 11 anos, e não era a primeira criança a ser aceita no bando: Beija-Flor, Deus-te-Guie, José Roque e Rouxinho. Essas crianças eram utilizadas na lavagem dos cavalos, no carregamento de água, na arrumação e assepsia de pousos e acampamentos, e foram muitas vezes usadas nos serviços de espionagem. Portanto, a sua passagem pelo cangaço foi rápida, não mais de 4 anos.

Volta Seca saiu pelo mundo devido aos maus tratos da madrasta, pessoa violenta que espancava constantemente os enteados. Percorreu sozinho, os sertões de Sergipe e Bahia, até encontrar Lampião em Goroso, no município de Bom Conselho. Em entrevista concedida ao jornalista Joel Silveira, em março de 1944, na Penitenciária da Feira do Cortume, situado na Baixa do Fiscal, Volta Seca diz que no princípio apanhava quase que diariamente de Lampião e outros cabras do grupo. Mas depois endureceu o cangote e o “primeiro que me apareceu com ares de pai, recebi com a mão no rifle.”

Por ser menor, Volta Seca teve que aguardar a maioridade, 21 anos para ir a julgamento. Transferido para Queimadas (BA), a fim de responder por crimes do banco naquele local. Condenado a 145 anos de cadeia, no primeiro julgamento, Volta Seca teve a pena reduzida para 30 anos de reclusão. Mais tarde, o processo foi revisto e a pena reduzida para 20 anos. Em 1954, Volta Seca foi perdoado pelo presidente Getúlio Vargas. Em liberdade, analfabeto e um homem marcado pela sociedade, viu-se diante de um grande desafio. Casou-se e foi morar no Nordeste, quando recebe um convite para morar em São Paulo, do cineasta e diretor Lima Barreto, para assistir e criticar o filme, O Cangaceiro (1953), mediante uma gratificação. O ex-cangaceiro condenou a cena em que Lampião chicoteia um cabra na cara. Diz que nos sertões, não se faz isso com homem, se mata, pois cara de homem no Nordeste é sagrada. Graças às novas amizades conseguiu emprego na Estrada de ferro Leopoldina, onde trabalhou por vários anos.

Cantor e compositor em 1957, Volta Seca gravou pela Continental um LP, com apenas 8 faixas, ‘As Cantigas de Lampião’, com instrumentação do maestro Guio de Moraes: ‘Acorda Maria Bonita’, ‘Escuta Donzela’, ‘Eu não pensei tão criança’, ‘Lá prá Mina’, ‘A Laranjeira’, ‘Mulher Rendeira’, ‘Lampião e Sabino’, ‘Se eu Soubesse’. Em 1959, teve o baião ‘A Laranjeira’ gravado por Zé do Baião, e no ano seguinte, por José Tobias, a toada ‘Se eu Soubesse’.

Fontes: Jornal da Cidade - A prisão de Volta Seca; Dicionário Cravo Albin da MPB.

http://cifrantiga2.blogspot.com.br/2010/07/volta-seca.html

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CORONEL ANTONIO DO PRADO FRANCO


Como prometido, foto do Coronel Antônio do Prado Franco, dono desde 1914 do Engenho Central onde o pai de Volta Seca trabalhou, também Volta Seca era um coiteiro de Lampião. Em 1932 ele foi denunciado por um engenheiro, levando-o a cortar relações com Virgulino. Veio a óbito em 1 de junho de 1939.

Fonte: facebook
Página: Robério Santos com Pedro Souza

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MARIA GOMES DE OLIVEIRA A MARIA BONITA


No próximo dia 08 de Março deste, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, a rainha do cangaço estará aniversariando. Muitos pensam que o dia 08 de Março, que é o dia da mulher, é uma homenagem à cangaceira Maria Bonita, mas não tem nenhuma ligação com ela, apenas ela teve a sorte de nascer no dia 08 de Março, que se faz homenagem à mulher. Mas mesmo que ela foi uma mulher diferente, isso não impede que ela tenha direito à esta homenagem. Ela também era um ser humano, uma senhora, e além disto, era mãe. 

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A CARTA DE UM FAZENDEIRO, AO AMIGO, RELATANDO A PRESENÇA DE LAMPIÃO, EM SUA REGIÃO, JEREMOABO, RARA!


O fazendeiro Manuel Vieira de Andrade - "Seu Né", de Bom Conselho, hoje, Cicero Dantas, fala da presença de Lampião em sua região e a ameaça de invasão às suas terras, Seu Né, vem a ser o pai de Joãozito Andrade, o melhor criador de Nelore do Brasil, e salvador da extinção dos caprinos Canindé, graças aos seus esforços, o Brasil, deve ao mesmo, a melhoria do gado nelore, a não extinção do bode canindé e a criação da raça caprina trindade, tudo isso em pleno sertão de Jeremoabo, esse é um verdadeiro herói nacional, nunca aqueles, tenham certeza!





Fonte principal - A trajetória de vida e vocação de um sertanejo
De - Joaozito Andrde e Erenilda Amaral.
Pesquisa - Gilmar Teixeira.


Fonte: facebook

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