Por: José Mendes Pereira
13 de Dezembro
de 2012 Mossoró está homenageando a sua padroeira “Santa Luzia”. A cidade está
recebendo gente de todos os Estados brasileiros. As festividades dedicadas à
Santa Luzia tiveram início no dia 3 de Dezembro, encerrando hoje, com uma
procissão saindo do Mosteiro Santa Clara, no bairro Dom Jaime Câmara,
caminhando pela Avenida Presidente Dutra, no grande Alto de São Manoel,
passando pela Ilha de Santa Luzia, terminando na Catedral de Santa Luzia. A procissão
já é tradição, a mais conhecida festa religiosa em Mossoró.
BIOGRAFIA DE
SANTA LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR
Luzia ou Lúcia
nasceu em Siracusa, ilha da Sicília, era de família nobre, muito bela. Conta-se
que seus olhos eram tão lindos que encantavam os rapazes. Luzia viveu mais ou menos entre os anos 283-304, Séc. IV, d.C durante o reinado
do tirano, Imperador Dioclesiano.
Imperador Diocleciano
De família
nobre e cristã, muito prendada, desde cedo tinha decidido consagrar sua vida ao
Senhor e assim, fez votos de virgindade perpétua. Luzia recebeu um dote milionário para seu casamento. Após a morte de seu pai,
sua mãe lhe prometeu a um jovem, nobre, porém pagão. Luzia prometeu que iria refletir sobre o casamento, mas decidiu optar por seus
fotos de fidelidade a Nosso Senhor. Sua mãe,
Eutíquia, tinha sofrido uma grave doença. Luzia conseguiu convencê-la a ir ao
túmulo de Santa Ágeda, de onde, milagrosamente voltou totalmente curada. Então
Eutíquia aconselhou e aprovou que a filha mantivesse seu voto de virgindade. Quem não conformou
com isso foi seu noivo. Que enfurecido denunciou Luzia ao Imperador
Dioclesiano que a levou a julgamento.
Uma lenda, conta-se que Luzia arrancou seus olhos colocou em uma bandeja e os
entregou ao noivo, que tinha antes fascinado pela beleza deles, mas em
vez de ficar cega, no mesmo instante surgiram outros olhos mais belos do que os
de antes.
Dioclesiano
interrogou Luzia, que não negou sua fé. Pelo contrário, afirmou sua vida de
consagração a Jesus Cristo e sua fidelidade à Santa Madre Igreja..
Tendo sido obrigada por Diocleciano a adorar os deuses falsos, Luzia se recusou
dizendo essa frase heróica:
"Adoro somente meu único Deus e
Senhor e a Ele prometi fidelidade e amor!"
Foi então
levada pelos carrascos a um prostíbulo, como castigo pelo seu voto de
virgindade. Mas sendo forçada, dez homens não tinham forças para levantá-la do
chão. Decidiram matá-la ali mesmo. Os carrascos
então lhe jogaram azeite fervendo, mas Luzia saiu ilesa. Somente um golpe de
espada que lhe deram na garganta foi capaz de matá-la. Era o ano de 304 d.C. (Por isso
Santa Luzia também é invocada como defensora contra os males da garganta).
Desde o século
IV, ela é invocada como Santa. Em 1894, seu martírio foi confirmado após a
descoberta de uma inscrição sobre seu túmulo em Siracusa, e cuja trazia sobre
ele uma inscrição em grego antigo falando sobre a sua morte.
Em 1039, época
das cruzadas e das invasões muçulmanas com o desejo de proteger as relíquias
da santa, um general bizantino pediu que fossem trazidas para a cidade de
Constantinopla seus restos mortais; hoje se encontram na Catedral de Viena, e
algumas outras relíquias na Igreja de Siracusa.
Igreja de Santa Luzia em Mossoró
Santa Luzia é uma santa de devoção popular, assim como muitos outros. Os santos
não são deuses, não devem ser adorados. Mas devem ser venerados, isto é, ao
lermos sobre a vida de um santo (a), percebemos algo mais. O que levaram esses
homens e mulheres a uma coragem e uma firmeza heroica de sua fé, a
ponto de resistirem ao sofrimento e dar a sua vida por amor a Cristo. Uma das
coisas que os santos nos ensinam é a vivência das virtudes teologais: a
fé, esperança e a caridade. Sem elas é impossível viver a santidade. Os santos
foram gente como eu e você, com limitações humanas. Não nasceram santos, mas, eles buscaram seguir e viver ao máximo a palavra de
Deus. Foram discípulos e missionários de Jesus. Muitos pregaram o Evangelho com
sua própria vida. Uma das coisas que mais devemos imitar nos santos é que, eles nunca renegaram
sua fé em Jesus Cristo e na Igreja. Pelo contrário, ambos estiveram sempre
juntos. http://elmandovaleriano.blogspot.com.br
Santa Clara
Também será
homenageada Santa Clara, representada pela teatróloga Luzia Paiva Fernandes.
Luzia Paiva Fernandes - cunhada do administrador deste blog
Santa católica nascida em Assis, ducado de Spoleto, na
Itália, fundadora da Ordem das Clarissas e designada padroeira da televisão
(1958), pelo papa Pio XII. De uma rica família italiana, sua mãe, Hortolona,
teve uma gravidez muito complicada, quase perdeu o bebê, mas clamou aos céus a
graça de ter aquele filho e, em meio a muitos riscos, finalmente deu à luz a
uma menina perfeita e sadia e a mãe sentindo-se agradecida e iluminada, dar à
filha o nome de Clara. À medida que ela crescia, perguntava-se por que todas as
meninas do mundo não tinham a mesma sorte que ela. Também se perguntava sobre
os muitos mistérios da vida e da morte de todos os seres sobre a face da terra.
Em meio a tantas indagações, já adolescente, viu sua família armando um bom
casamento com um rapaz de sua classe social, com quem ela pudesse seguir o
curso de prosperidade e nobreza de sua própria estirpe. Porém ela estava
envolvida em pensamentos totalmente alheios a idéia e especialmente depois de
ouvir falar de um grupo de pessoas que renunciara às riquezas materiais e se
dedicava à meditação, à discussão dos mistérios, ao trabalho social e ao
cuidado dos animais e das plantas. Procurou o líder desse grupo, de nome
Francisco, um homem cuja popularidade crescia a cada dia por sua extrema
bondade e compreensão e cujos seguidores, vivendo na maior simplicidade,
traziam no rosto a alegria e nos olhos a benevolência. Influenciada por São
Francisco, recusou o casamento arranjado pelos pais para desgosto de sua família,
fugiu de casa, cortou seus longos cabelos louros, abdicou de toda a fartura e
de todos os privilégios, aos quais estava acostumada e refugiou-se na capela de
Porciúncula, onde o fundador da Ordem Segunda de São Francisco fez seus votos.
Passou a dedicar sua vida aos pobres, aos bichos, à reflexão e à meditação,
buscando atingir um sentido maior para a vida e logo muitas mulheres
juntaram-se a ela, inclusive sua mãe e a irmã, santa Inês, e passaram a ser
conhecidas como as Clarissas, em homenagem a sua líder. Logo as clarissas se
instalaram no convento de São Damião, onde ela foi feliz com a ordem dos
franciscanos e lá viveu pelo resto de seus dias como a líder feminina do grupo,
as chamadas Clarissas. Como abadessa (1216), iniciou seu trabalho para substituir
a regra beneditina, adaptada para sua ordem, por outra impregnada do espírito
de Francisco. Resumidamente, além do privilégio da perfeita pobreza, nem a
comunidade podia possuir bens, a ordem das clarissas destaca-se por seu
objetivo apostólico: a vida penitencial de oração pela igreja e a sociedade.
Inocêncio IV aprovou a regra definitiva dois dias antes da sua morte, em Assis,
também sua cidade natal. Conta-se que em seu leito de morte, viu com absoluta
clareza, tudo o que acontecia no momento no ritual de aprovação das regras pelo
papa e narrou tudo às clarissas que a acompanhavam e elas confirmaram
posteriormente que suas visões estavam corretas. Por isso tornou-se a padroeira
da televisão (1958).
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1756.html