Digo ao leitor ou aos leitores que nada eu tenho contra ao cineasta que fez esta gravação com este senhor, porque não é ele que afirma isso, e sim, o depoente do vídeo.
Não tenho como acreditar nesta narração, apesar da idade, precisamos respeitadá-lo, mas, o nome da filha de Lampião e Maria Bonita que é Expedita ele não sabe. Chama-a o tempo todo, na entrevista de Benedita. Imagina as informações sem fundamentos que ele repassou ao repórter ou a escritores e pesquisadores do cangaço por aí.
Benjamin Abraão Botto, Maria Bonita e Lampião
O depoente nem devia falar o que segue, porque a história sobre Expedita Ferreira Nunes não ser filha do capitão Lampião, e sim, de um suposto senhor chamado João Maria de Carvalho, já é contada a ele por outra pessoa através de fofoquinhas. Assunto totalmente desnecessário nesta entrevista, porque as datas que se relacionam a este caso contado por ele, nenhuma delas bate.
Vejam bem. Ele afirma que uma pessoa (assunto perigoso, segundo ele, mas não revela o seu nome) disse-lhe que Maria de Déia (Maria Bonita) teve um romance amoroso com este senhor acima citado por ele. Mas é uma informação sem credibilidade. A razão da minha dúvida e creio que também de todos aqueles que pesquisam a "Empresa de Cangaceiros Lampiônica e Cia", e assistiram os seus relatos; é que Maria de Déia entrou para o cangaço em meados do ano de 1929. E a princesa do cangaço Expedita Ferreira Nunes nasceu no dia 13 de setembro do ano de 1932. Se ela tivesse nascida em 1931, daria para ser verdade.
Em setembro deste ano dona Expedita Ferreira Nunes completará os seus longos 89 anos. A filha dos reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita reside na capital de Aracaju, no Estado de Sergipe.
Expedita Ferreira,
filha de Virgulino Ferreira o Lampião e Maria Bonita.- https://br.pinterest.com/pin/483925922456499047/
Possivelmente, Maria Bonita engravidou em dezembro de 1931 ou no início deste ano de 1932. Mas se ele acha que esse namoro aconteceu, com certeza, Maria Bonita levou para a caatinga em sua calcinha uma porção de espematozoides do senhor João Maria de Carvalho.
Expedita Ferreira
Nesse período citado por ele Maria Bonita estava muito apaixonada pelo seu amor capitão Lampião, e jamais sairia das caatingas para corneá-lo. Isto é uma história sem fundamento.
Quem assiste ao vídeo percebe logo que este senhor depoente faz pausas como se estivesse criando as suas informações para entregar ao repórter. Mas o repórter nada tem a ver com isso, porque é a sua obrigação registrar o que um depoente qualquer lhe conta sobre isso ou sobre aquilo, já que a sua profissão é gravar fatos que com a continuação do tempo se tornarão históricos.
Se Lampião estivesse vivo quem seria capaz de difamar a sua rainha Maria Bonita? Aí sim, eu queria ver Lampião cobrando dos maldosos na unha do guaxinim:
Caro leitor: Não use este material na literatura lampiônica, porque ele não tem nenhum valor para o tema, e quem sabe, o meu raciocínio
esteja totalmente equivocado.
São apenas as minhas inquietações assim como dizia Alcino Alves Costa.
Um cerco
policial formado em torno de uma casa de fazenda. Um cangaceiro completamente
cercado e um desfecho inusitado. O resto eu deixo por conta do nosso amigo
pesquisador José Tavares de Araújo Neto e Carrinho Farias... lá da terra da
Cabocla Maringá. Sem mais delongas. Assistam e ao final deixem seus
comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para
receber todas as nossas atualizações.
Forte abraço... Cabroeira!
Atenciosamente:
Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do
canal.
Não deixa de reservar um cantinho em sua estante para estes dois livros escritos pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.
Aqui temos 3 e-mails para você escolher com quem fazer a sua compra. Com qualquer um, o seu pedido será atendido com todo carinho e o mais rápido possível. Não deixa para depois, porque livros com o tema "cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, escritores e pesquisadores. Peça logo!
Trecho do
documentário Xaxado - A dança de cabra macho. Mostra o xaxado em suas várias
formas através do olhar do Grupo de xaxado Cabras de Lampião. Com depoimentos
de diversas pessoas contemporâneas de Virgolino Ferreira, contam um pouco do
que viram na época do cangaço. Direção de Camilo Melo. CAMMAR ÁUDIO&IMAGEM.
Fatos curiosos sobre
o início dos entraves entre os irmãos Ferreiras e seus vizinhos. Também o
encontro de Luiz da Cazuza com uma irmã de Lampião décadas depois.
Terezinha
Maria Miranda Espíndola, mais
conhecida como Tetê Espíndola (Campo
Grande, 11 de março de 1954), é uma cantora, compositora, multi-instrumentista, considerada detentora de
uma das mais belas e exóticas vozes nacionais. Ao longo de seus mais de 40 anos de
carreira, ganhou inúmeros prêmios pelo seu trabalho voltado para a
experimentação e recriação do universo ecológico brasileiro.
Biografia e
Carreira
Nascida
em Campo Grande, numa família que
tornou-se icônica a partir da arte da maioria dos irmãos. Dos sete filhos de
Alba Miranda Espíndola e Francisco Espíndola Neto, Humberto, Sérgio, Geraldo Espíndola, Alzira (Alzira E),
Marcelo (Celito) e Marcos Jerônimo (Jerry Espíndola) despontaram para a música. Apenas
Valquíria que tornou-se enfermeira, não dedicando-se totalmente a arte. Tetê
herdou de sua mãe a inspiração para a música. Na
infância gostava de ouvir música clássica e aos oito anos já apreciava
os conjuntos paraguaios que tocavam nas rádios. Ouvia The
Beatles, Jovem Guarda, Janis
Joplin e Bossa Nova, que marcaram sua adolescência.
Influenciada
pela mãe e pelo irmão e artista plástico Humberto Espíndola, começou a desenvolver os
dons artísticos entre as sessões de teatro que a
mãe e o irmão encenavam em casa, para se divertir, e ouvindo rádio. Sua mãe
cantava muito em casa, o que a fascinava. Sua veia artística também era
influenciada por seus tios trigêmeos, irmãos de Alba, que se apresentavam
tocando piano a
seis mãos em diversos lugares, inclusive em um evento com a presença do então
presidente Getúlio Vargas.
O primeiro dos
irmãos a introduzir-se na música e aprender a tocar violão foi Sérgio, que ensinou a Geraldo,
que por sua vez ensinou à caçula Tetê. Não se adaptando ao violão, ela passou a admirar um outro instrumento
musical tocado por Geraldo. Em 1976, Tetê ganhou sua primeira craviola, um
instrumento de doze cordas criado pelo cantor e instrumentista Paulinho
Nogueira e, que nas palavras de Marta Catunda (2016) "o criador queria um
instrumento que transitasse entre a música folclórica (viola caipira), de raiz,
mais popular, e a música erudita (alaúde/cravo). Pretendia uma guitarra
acústica, meio viola e alaúde, um híbrido de popular/caipira/erudito. Seu
sobrinho Stênio Mendes dedicou-se ao instrumento alguns anos. Mas foi Tetê
Espíndola que deu vida nova à craviola em sua carreira.Ela vem se dedicando a
compor nesse instrumento há mais de 40 anos. A craviola convida para uma
exploração mais livre que a do violão por ter um braço mais longo e pela sonoridade
de suas cordas oitavadas. É um instrumento que proporciona aberturas inusitadas
para a composição harmônica, esta salta do exercício cotidiano de tocar".
Em 1968, os irmãos Tetê,
Geraldo, Celito, Sérgio e Alzira, com permissão dos pais, decidiram ganhar
dinheiro e trabalhar no que gostavam e assim formaram o grupo LuzAzul e
passaram a executar cantorias na estrada que liga Campo
Grande a Cuiabá. E foi nos arredores de Mato Grosso do Sul, cantando
com os irmãos, de cidade em cidade, que Tetê se descobriu, num local
chamado Chapada dos Guimarães.
Começou a testar sua voz cantando todos os dias.
Aos 14 anos,
Tetê ganhou um festival de música em Campo Grande, com a canção
"Sorriso", cuja letra fora escrita pelo irmão. A partir de então,
Tetê começou a pensar em seguir carreira em outros estados. Após anos cantando
para o público de Campo Grande, em 1977 o Grupo
LuzAzul decide ir para São Paulo tentar
carreira profissional. Vão primeiro Celito e Tetê. Eles chegam e começam a
tocar em bares e boates. Os dois, vendo que estavam se consolidando, abriram
espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para a Capital Paulista.
Os irmãos
fazem testes em diversas gravadoras e acabam aprovados, fechando contrato com a
Polygram/Phillips, e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul
para Tetê e o Lirio Selvagem, lançando assim seu
primeiro trabalho em 1978. Em 1979, o grupo de sucesso Tetê e o Lírio Selvagem se
desfaz, e a gravadora decide lançar Tetê em um disco solo, Piraretã,
em 1980. Esse
disco marcou o encontro de Tetê com Arrigo
Barnabé. Tetê foi a primeira a gravar uma canção dele,
"Tamarana", em parceria com o Paulo Barnabé. A partir daí. os irmãos
passam a seguir carreira solo, cada um gravando seus discos, mas os irmãos não
pararam de gravar discos juntos.
Em 1981, ao lado de
Arrigo Barnabé, defende no MPB Shell a valsa "Londrina", composta por
Arrigo, que recebe o prêmio de melhor arranjo por Cláudio Leal. Em 1982, entre muitas
experimentações sonoras feitas em de sessões com Stenio Mendes e Theophil Mayer
(inclusive com exibição pela TV Cultura em
um especial), surge o disco Pássaros na Garganta, lançado pela gravadora
Som da Gente, no qual a estética do som é batizada por Arrigo Barnabé de
"sertanejo lisérgico".
De acordo com
Alan Silus (2020), Tetê é casada com Arnaldo Black, arquiteto e produtor
cultural com quem teve dois filhos: o primeiro, Daniel Espíndola Black, mais
conhecido como Dani Black, nascido em 08 de dezembro de 1987, seguiu a
carreira artística da mãe, tendo gravado dois discos em estúdio: Dani
Black (2011) e Dilúvio (2015) e dois discos ao vivo EPSP Ao
Vivo (2013) e Ao Vivo no São Luiz (2017). A segunda filha,
Patrícia Espíndola Black, nasceu em 19 de março de 1990, formou-se em Cinema e
Audiovisual pelo Centro Universitário SENAC e cursa Mestrado em Cinema em
Portugal. Diferentemente da mãe e do irmão, a arte de Patrícia não é a música:
fez do vídeo sua prática profissional.
"Mesmo
com uma predileção pelo audiovisual, ela não se desvinculou das raízes da
música. Produziu e dirigiu o curta-metragem A Voz do Poço (2013) que
a partir das memórias de infância de sua mãe e dos seus tios, narra um fato
sobre um poço de dentro do qual se ouvia uma voz chamando a avó Alba. Além
disso, há a presença da sincronia com a figura do boi — universo presente na
casa dos irmãos Espíndola". (SILUS, 2020). "A obra recebeu críticas
elogiosas de cineastas brasileiros como Joel Pizzini e Carlos Nader, e foi
selecionado por diversos festivais como Festival de Cinema Gramado, Mostra
Tiradentes, Festival de Curtas de São Paulo, e o francês Signes de Nuit. Ganhou
o prêmio de melhor filme pela escolha do juri no 9º Cine MuBE São Paulo".
(SP CULTURA, 2016 citado por SILUS, 2020).
Na transição
dos anos 1980 para os anos 1990 além da dádiva de ser mãe, Tetê foi a
representante brasileira no Festival The Concert Voice, em Roma, no ano de 1988, em sua primeira
viagem internacional. Em 1989, canta no New Morning (Paris) e no Festival
de Jazz da Bélgica. Com uma bolsa da Fundação Vitae, em conjunto com
Marta Catunda e Humberto Espíndola vão à Amazônia numa
expedição em busca do "canto do uirapuru".
Gravam uma série de sons de pássaros, que depois de catalogado, e parte das
experimentações musicais feitas por Tetê na Amazônia, gera o disco Ouvir/Birds (1991).
Tetê passa
alguns anos se dedicando à família, e em 1998, junto com a irmã
Alzira, gravam o disco acústico só de canções regionais/tradicionais - Anahí.
Quando então, aparece o disco Vozvoixvoice, dirigido e produzido por
Phillipe Kadosch, no qual o conceito aplica-se em fazer da voz, todos os
instrumentos (baixo, bateria, guitarra, sopros, etc.). Em 2003, Tetê participa
em dois projetos junto com a família - Espíndola canta e O que
virou, e em 2005 lança
o disco Zencinema só com canções de Arnaldo
Black.
Em 2006,
realizou a expedição Água dos Matos, na região Centro Oeste, descendo de
chalana os rios Cuiabá e Paraguai, oferecendo shows e oficinas gratuitas aos
povos ribeirinhos, com diversos artistas. No mesmo ano e no ano seguinte
participou de várias apresentações com a soprano Adélia
Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente
produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do
trabalho. Seu trabalho incorporou pesquisas realizadas com sons de pássaros,
influência de temas regionais e fusões do acústico com o eletrônico.
Em 2014, lança
pelo selo SESC um álbum duplo, contendo a versão remasterizada do LP Pássaros
na Garganta (1982) com o CD inédito Asas do Etéreo (2012) comemorando os 30 de
“Pássaros na Garganta” um trabalho histórico, um ícone da MPB, sinônimo de
vanguarda e prestígio, deu a Tetê o prêmio da APCA como artista revelação. Uma
obra musical que revela a gravura pós-impressionista do Centro-Oeste e teve o
importante papel de colocar Tetê em evidência, apontando suas composições
inovadoras e uma intérprete rara.
Asas do Etéreo
traz composições inéditas uma aventura multitonal e timbrística no encontro com
os mais importantes instrumentistas brasileiros, parceiros de sua trajetória
musical. Do piano magistral de Egberto Gismonti a escaleta personalíssima de
Hermeto Pascoal, alternam-se personalidades da nata musical brasileira como
Arrigo Barnabé, Jaques Morelenbaum, DuoFel, Felix Wagner, Paulo Lepetit, Teco
Cardoso, Bocato, Marcelo Pretto e Dani Black. O lançamento do Álbum
aconteceu em 2014 com a participação de todos os convidados com sucesso total
em duas noites.
Em 2017 lança
Outro Lugar, um CD com músicas inéditas, sobrepostas por diversos momentos de
sua carreira a desaguar em um disco de muitas épocas e lugares - físicos e
emocionais. Cada canção propõe a cor e o território em que foi composta: São
Paulo, Campo Grande, Bonito, Rondonópolis, Campos do Jordão, Brasília e Paris.
São parceiros especiais e de longa data, como Marta Catunda, Bené Fonteles,
Arrigo Barnabé e o imortal Manoel de Barros e, também aqueles que há muito são
cantados pela intérprete: Geraldo Espindola, Philippe Kadosch e Arnaldo Black,
autor da musica que dá o titulo ao CD. A turnê "Outro Lugar" promoveu
shows nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza com o quarteto de
cordas “Quintal Brasileiro”, dentre outros convidados e, também em Brasilia,
Recife e Porto Alegre em versão solo com sua craviola.
Em cada faixa,
um instrumentista convidado, uma timbrística explorada e uma paisagem sonora
percorrida. Da harpa paraguaia ao vibrafone, do piano a cítara, passando pela
tampura, ukulele, violão de 7, ao quinteto de cordas. Únicos, os instrumentos
criam a espacialidade e seu universo, porém juntos expandem em gêneros brasileiros,
por territórios ainda virgens. A produção musical foi dividida com seus
parceiros de estrada: o baterista Sandro Moreno, o pianista e sanfoneiro Adriano
Magoo e Alex Cavalheri na produção de estúdio. Na mixagem e masterização o
requinte do francês Phillipe Kadosch, produtor responsável por outros discos em
parceria com Tetê.
Em pesquisa
apresentada por Silus (2020), "no dia 23 de novembro de 2016, Tetê, Alzira E e Ney
Matogrosso abrem a 11ª Balada Literária de São Paulo com o show Em
Tercina, no qual cantam “músicas de raiz”, do centro brasileiro, já retratadas
pelas irmãs em Anahí, além de outras novas canções. A partir desse show, o
diretor regional do SESC, Danilo Santos de Miranda, convida os três para
gravarem um disco com essas canções. Esse projeto iniciar-se-ia em 2017 e
culminaria em 2019 com o mais recente lançamento pelo selo SESC: Recuerdos".
"O disco
conta com 13 faixas, com uma superprodução e direção artística, nas quais as
irmãs interpretam e tocam canções que rememoram as origens caipiras do centro
oeste do país. Além disso, a capa, que literalmente é uma obra de arte, foi
desenvolvida a partir do recorte de uma das telas do consagrado artista
plástico Humberto Espíndola. Ao longo do CD nota-se também a voz inesquecível
do conterrâneo Ney Matogrosso — que participa de 5 faixas — trazendo toda uma
sonoridade especial à unção das duas vozes-Espíndola". (SILUS, 2020).
Em 2020
participa dos 40 anos da Vanguarda Paulista num show no dia do aniversario de
São Paulo no Teatro Municipal de SP com vários artistas. E desenvolve o
projeto Na Toca com Tetê, no qual apresenta ao público, via redes sociais
(Instagram, Facebook e YouTube) versões de músicas que marcaram sua carreira,
sempre acompanhada de participações especiais.