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terça-feira, 19 de junho de 2018

MONTADO NO PEIXE

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.925

Estava escutando uma entrevista política, em que a entrevistada defendia os bons políticos. Não sabemos muito o significado de bom. O próprio Jesus, ao ser chamado de bom Mestre, afirmou que ele não era bom, bom era o pai que estava no céu. A entrevistada dava conselho para que o eleitor estudasse a vida ativa do político para excluí-lo ou reelegê-lo. Mas o nosso povo ainda não tem consciência política. E talvez seja essa a grande arma dos candidatos a alguma coisa, principalmente, as chamadas raposas, que além de raposas, ainda são velhas raposas. Conhecem mais o eleitor do que intimidade da própria mulher ou vice-versa.


FOTO: (PAPEL DE PAREDE).
O político conhece profundamente a região onde atua e leva dose alta de psicologia em busca do voto. E se a sua região, como a nossa, possui mais de 50% de analfabetos e pobreza extrema, como encontrar consciência política nesta seara de sobreviventes? É por isso que se diz que o que elege o político é o dinheiro. Balela é dizer que Fulano ou Beltrano não se elege mais nunca devido a sua má administração. Isto só funciona se o político não tiver dinheiro ou apoio financeiro sem limites. Pertinho das eleições os viveiros são abertos e os milhares de “peixes” procuram bolsos vazios, bocas famintas e consciências sem miolos.
Eles, os donos do poder, sabem que depois da eleição, o Zé Povinho, no geral, não procura saber nada a respeito da administração. Quer apenas uma visita, uma tapinha nas costas, um favorzinho de nada e a esperança de mais cedo ou mais tarde, outro “peixe” no bolso liso e nada mais. E se a maioria age dessa maneira, por que se preocupar com a minoria consciente? Ah, amigo, isso é no Sertão, no Agreste, no Mangue, seja onde diabo for. E não adianta aquela conversa de saber escolher. Como escolher se são sempre os mesmos! Dessa maneira bate-se na velha tecla tão usada por certo senador: só a educação pode mudar esse país. E como a educação também anda de muletas, esticam-se os dias de prestação de contas.
Segue o país montado no “peixe”, até quando Deus quiser.

FOTO: (PAPEL DE PAREDE).


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O MUNDO DE LEVY (PARABÉNS PELO ANIVERSÁRIO)

*Rangel Alves da Costa

Já se faz quase dois anos que tenho Levy ao meu lado como se fosse um filho meu. E assim é, pois verdadeiramente Levy é um filho meu, pois o mesmo amor de um filho para com um pai e o mesmo amor de um pai para com o filho.
E tenho Levy como filho por diversas outras razões. Ele “adotou-me” como pai e eu o adotei como filho. Que bom que seja assim. Sempre que deseja um brinquedo, logo pede à mãe para me telefonar. E comigo fala na certeza que será atendido. Lindo isso, não?!
Levy gosta de estar comigo, de continuar na minha presença, de andar e passear ao meu lado. Levy gosta de me dar à mão e ir comprar “chimbra”, como ele chama bola de gude. Levy gosta que eu sente ao lado dele e coloque vídeos para ficar assistindo e comentando. Pergunta e pergunta.
Levy sente saudade de mim e eu sinto saudade dele. Sempre pede à mãe para telefonar e falar comigo. Conversa e conversa e de vez em quando cisma que eu devo comprar um cavalo (que ante ele chamava “caralo”) pra ele ou um “tratorzão bem grandão”. Ou simplesmente diz que “o pneu de minha biciqueta tá furado”. Isso é lindo, não?!
Sinto saudade dele e do jeitinho todo especial de ser dele. Pequenino ainda, todo miudinho ainda, mas já crescido o suficiente para compreender e dialogar com muitas realidades da vida. Atento, observador, instigante, nada lhe foge da atenção. Por isso que de vez em quando surge com cada uma de espantar.
Algumas vezes já escrevi sobre ele, principalmente para dizer de sua fala engraçada e do seu jeitinho tão próprio de nomear as coisas e animais: “caralo” para cavalo, “bererrerinho” para bezerro, e outro que ainda não descobri o que realmente seja: “coló”. Já não fala mais assim, já sabe dizer corretamente o nome de tudo e do mundo inteiro.


Também já escrevi sobre o seu jeito de ser: “Desconfiado, cismado, não gosta de fazer amizades à primeira vista. Sempre chega um tanto taciturno, silencioso, fechado, sem qualquer palavra ou sorriso. Mas daí em diante, acaso encontre alguma oportunidade, começa a se soltar de vez, principalmente se não estiver sob os olhares nem a atenção da mãe. Então o Pequeno Levy desanda de vez, começa com traquinagens sem fim, se solta de não mais parar. Curioso, querendo saber de tudo e conhecer de tudo, pergunta e mais pergunta, repete, nunca se contenta. Um amor de criança, lindo, com voz toda especial, pois pronuncia palavras ao seu modo e com um jeitinho bem sertanejo. É também o meu Pequeno Levy, pois já nos acostumamos a nos gostar, a sermos amigos, a nos amar. De vez em quando ele chega pra mim e diz: gosto de você não. Mas é prova do quanto gosta. Não sai do meu lado, sente segurança ao meu lado, brinca e reina comigo, me tem como um verdadeiro pai e o tenho como um verdadeiro e querido filho. Amo meu Pequeno Levy”.
Hoje Levy completa cinco anos de idade. O próprio Levy estava tão ansioso para que esse dia chegasse que até parecia se tratar de uma idade em que alcançaria a maioridade. Vivia dizendo que ia completar cinco anos e depois disso ia mudar de escola. Desde muito que já convidava amigos para comer do bolo de seu aniversário. Aliás, seu jeitinho humano e compartilhador de ser é um dos aspectos mais bonitos que pode existir.
Nada do que tem Levy se nega a dividir. Se é um doce, um bolo ou uma brincadeira, logo ele oferece ou convida os seus amiguinhos. E perante os seus avôs então. Chega à casa da avó com qualquer dinheiro e logo oferece para comprar pão ou outra comida. Não para ele, mas para a família. Com seu avô Badinho a mesma coisa. Pergunta se aquele dinheiro dá pra comprar ração para o gado, coisa que ele tanto ama.
Diz ainda que quando crescer vai trabalhar muito e ter dinheiro para que não falte nada para os bichos, para que não falte ração nem água. Tudo isso nascido de um menininho que no dia de hoje completou cinco anos. E já de um coração tão imenso quanto o seu jeito tão bonito e tão especial de ser.
Parabéns, meu Pequeno Levy. Agora mesmo telefonei e ele me perguntou se quer que guarde um pedaço de bolo. E ai de Mylla, sua mãe, se não guardar. Sei que ele terá o maior prazer do mundo em chegar pertinho de mim e oferecer o pedaço de bolo. Que lindo, meu rapazinho. Saiba que você é todo imensamente lindo ao meu coração!

Escritor
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A FERRO E FOGO: 80 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO E MARIA BONITA

Reportagem WEBDOC

Há 80 anos, morria Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e sua companheira Maria Bonita. O homem que desenhou um rastro de violência na Caatinga deixou um legado inestimável para seu povo.


00:00 · 16.06.2018 / atualizado às 11:06 por Fernando Maia - Repórter

Um Nordeste miserável, assolado por secas intermitentes, abandonado pelo poder público e entregue ao jugo dos coronéis da política foi cenário fácil para o surgimento do cangaço, movimento de banditismo que teve seu auge nas décadas de 20 e 30 do século passado, sob o comando de Lampião, que entrou para a clandestinidade empurrado por uma desavença familiar. Uma rixa com seu amigo de infância e desafeto a partir da adolescência, Zé Saturnino, em Serra Talhada (PE), desencadeou um dos mais sangrentos capítulos da história brasileira.

Com o agravamento da rivalidade, a família de Virgulino deixou suas terras e se mudou para Alagoas. Mas a perseguição não acabou. Por influência política, Zé Saturnino acionou seus contatos em Alagoas. Zé Lucena, chefe de Polícia foi até a moradia dos Ferreira e acabou matando o pai de Virgulino. O episódio foi o estopim para Lampião entrar no cangaço em busca de vingança, pelo grupo do Sinhô Pereira que, dois anos depois, deixou a vida de cangaceiro e entregou a chefia do bando ao filho de José Ferreira, que assumiu as rédeas da organização belicosa.

A versão mais plausível para a morte do Rei do Cangaço, numa Gruta em Angicos, no Município de Poço Redondo (SE), em 28 de julho de 1938, aponta que o coiteiro Pedro de Cândido, que morava abaixo de Piranhas (AL), foi comprar mantimentos a um comerciante chamado Joca Bernardes. Entre as mercadorias adquiridas, pegou oito quilos de queijo. A expressiva quantidade levantou a suspeita de Joca. Ele sugeriu ao sargento Aniceto que interrogasse Pedro de Cândido, que ele forneceria o paradeiro do cangaceiro mais procurado do País. Os métodos de intimidação (ameaça de morte e tortura) usados no interrogatório surtiram efeito. Pedro revelou a localização do Rei do Cangaço.

https://www.youtube.com/watch?v=ub2DMtNGvAc

De imediato, o sargento Aniceto passou um telegrama para o tenente João Bezerra, usando a expressão "tem boi no pasto". O tenente entendeu o recado e rapidamente organizou uma volante que saiu sob o seu comando de Delmiro Gouveia (AL) de caminhão. Três volantes, com 50 policiais, atuaram na chamada batalha de Angicos. As de Aniceto e João Bezerra e a comandada pelo soldado Ferreira. Dos 35 cangaceiros que estavam no local, 11 foram mortos e decapitados; e 24 conseguiram fugir.

Herói/bandido

Além dos 80 anos de morte, completa Lampião 120 de nascimento. Há divergências sobre a data, mas a mais provável é 4 de junho de 1898, indicada no batistério da Diocese de Floresta (PE). As ações de Lampião pela Caatinga são repletas de controvérsias. Para uns, o bandoleiro era herói, um justiceiro social que buscou uma sociedade mais equânime, igualitária; para seus desafetos e algozes, não passou de um assassino frio, calculista e impiedoso. Independentemente dessa querela, é fato que o homem que saqueou o Nordeste devolve hoje com juros tudo aquilo que surrupiou de suas vítimas.

https://www.youtube.com/watch?v=YNqug_WB1Po

Seu legado pelos sertões do Nordeste, em particular, Pernambuco, Bahia e Alagoas é impressionante. O turismo, a gastronomia, as artes, incluindo a música, a dança, o teatro, a literatura, vários museus e trilhas por onde passou são a prova da influência viva de Lampião, Maria Bonita e sua entourage. A reportagem refez a trajetória de Virgulino pelos sete estados nordestinos onde atuou com desenvoltura - Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia - para mostrar como as gerações pós-cangaço aproveitaram esse legado.

LEIA AINDA:

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/mobile/cadernos/doc/batalha-na-serra-grande-se-consolidou-como-a-maior-vitoria-1.1955220

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A BATALHA NA SERRA GRANDE, TRAVADA NO DIA 26 DE FEVEREIRO DE 1926, NA CIDADE DE CALUMBI (PE)

Reportagem Bando de Lampião
Na casa para onde os feridos na batalha de Calumbi foram levados, se vê a Serra Grande, local em que Lampião obteve a sua maior vitória no cangaço

A Batalha na Serra Grande, travada no dia 26 de fevereiro de 1926, na cidade de Calumbi (PE), é considerada a maior vitória do bando de Lampião. Nela, o Rei do Cangaço demonstrou sua expertise e sagacidade. Enfrentou toda a elite da Polícia pernambucana. O resultado foi a morte de pelo menos 11 policiais; outros 14 saíram feridos. Nenhum cangaceiro Morreu. - 00:00 · 16.06.2018

Calumbi (PE). O enfrentamento motivou o ex-policial, pesquisador e colecionador Lourinaldo Teles a escrever, após seis anos de pesquisa, o livro “A maior batalha de Lampião- Serra Grande e a invasão de Calumbi”, o que valeu na época para Virgulino Ferreira o título de Imperador do Sertão. Para se ter uma ideia do material conseguido por Lourinaldo, ele coleciona mais de 300 projéteis retirados da serra onde foi travada a luta, além de cartuchos vazios, a maioria encontrados com um detector de metais. Nos cálculos do escritor, pelo menos cinco mil tiros foram deflagrados no evento no qual Lampião demonstrou toda a sua condição de estrategista.

Quando tomou conhecimento que o major Theófiles Torres seria nomeado comandante geral das forças volantes do interior pernambucano, Lampião, já sabendo que o principal objetivo do militar era prendê-lo ou matá-lo, buscou uma maneira de desmoralizá-lo. No dia 24 de novembro, sequestrou Pedro Paulo, o Mineirinho, representante da Shell na região. Seguiu para a Serra Grande, entre os municípios de Flores, de quem Calumbi se emancipou em 1964, e Serra Talhada. No local, além de ser acostumado a acampar, tinha no entorno vários coiteiros. 


Lampião enviou uma carta para as autoridades de Serra Talhada exigindo uma quantia em dinheiro para liberar Mineirinho. A Polícia foi até o local do sequestro para levantar pistas. Enquanto isso, o cangaceiro e seu bando praticavam ataques e sequestros na região, numa indisfarçável tentativa de levar as volantes ao local onde cerca de 116 homens estavam entrincheirados.

Segundo o pesquisador, oficialmente a Polícia contava com 296 soldados, mas o número real seria 350, contra 116 cangaceiros. Num confronto que começou às 8 horas da manhã e foi concluído às 17 horas, o saldo foi o seguinte: 10 mortos e 14 feridos entre as forças policiais. Nenhum cangaceiro saiu ferido. 

“Esse é o relato oficial. Entretanto, consegui encontrar pelo menos mais um outro policial que faleceu, conforme depoimento de seus familiares. Foi uma batalha extraordinária. Lampião estava armado até os dentes com o arsenal que recebeu em Juazeiro do Norte. Do outro lado, estava toda a elite da Polícia de Serra Talhada. É considerada a maior batalha de Lampião, pelo número de envolvidos, de mortos e feridos e munição deflagrada, pelo menos uns cinco mil tiros, se contarmos em torno de dez balas por homem”.

Na companhia de Lourinaldo, visitamos a casa de Zé Braz, no Sítio Tamboril, onde os feridos ficaram. “Sete dos mortos foram enterrados numa cova coletiva, depois que os três primeiros foram colocados em sepulturas individuais. Os 14 feridos vieram para cá. Esse pilão aqui é o original. Aqui os pintos eram jogados e o pilão era usado para triturar as aves junto com água. O preparo era dado aos feridos. A crendice popular indicava que aqueles que bebessem e não vomitassem escapavam; do contrário, morreriam. O certo é que todos os pintos do sítio foram sacrificados nesse dia”.

De cima da linha férrea da Transnordestina, Lourinaldo aponta para a região onde os homens de Lampião se entrincheiraram. “O local é conhecido até hoje como Serrote de Lampião. Era o ponto perfeito. Do alto da serra, se via tudo o que se passava embaixo. Além disso, existiam olhos d´água e muitos animais para a caça. Outro fator importante: vários amigos de Virgulino, antes de ele entrar para o cangaço se tornariam seus coiteiros. Por ali, quando adolescente, ele levava e trazia mercadorias para negociar em Triunfo e outras cidades com os irmãos, conhecendo cada centímetro daquela terra. Enfim, ele escolheu o território ideal para desafiar as forças oficiais”. 

Polêmica

Embora reconheça em Lampião um “homem astuto, extremamente estrategista e inteligente”, Lourinaldo contesta o entendimento de que o Rei do Cangaço, capaz de práticas cruéis contra seus inimigos, jamais abusou de mulheres. “No meu primeiro livro, já citei um caso envolvendo uma mulher casada. A pedido da família, o nome não foi mencionado. Entretanto, brevemente lançarei outra publicação, intitulada “Lampião, o Imperador do Sertão”, no qual narrarei dois outros abusos, também de mulheres casadas. Já recebi a autorização das famílias para citar os nomes e o farei”.

Lourinaldo destacou que o que mais lhe impressionou na história do Rei do Cangaço “foi sua capacidade de liderar mais de cem bandidos da pior espécie”. Sobre o fato de policiais utilizarem os mesmos métodos de tortura praticados pelos cangaceiros, o pesquisador disse não haver a menor dúvida disso e tem uma explicação. 

“Muitos personagens estiveram dos dois lados. Quelé do Pajeú, por exemplo, foi inspetor de Polícia em Triunfo (PE). Saiu da Polícia para se tornar cangaceiro de Lampião, com quem se desentendeu. Abandonou o bando e foi ser sargento na Polícia da Paraíba. Corisco era soldado do Exército. Quando saiu, entrou para o cangaço”.

Coleção

O pesquisador possui em sua coleção particular, além de centenas de balas e cartuchos encontrados na Serra Grande e até em Angico, punhais que pertenceram aos cangaceiros Joaquim Teles de Menezes, Meia-Noite e Félix Caboge. Mas uma arma tem um valor inestimável. É a que Luiz Pedro, considerado braço direito de Lampião, matou acidentalmente Antônio, irmão de Virgulino. O fuzil é o mesmo com o qual Antônio pousa em suas pernas para a famosa foto de Lampião e o restante da família, em Juazeiro do Norte. 

O escritor e colecionador conta que todos estavam bebendo e jogando baralho no acampamento, quando Antônio bateu na rede onde Luiz Pedro estava deitado com o fuzil engatilhado. A arma disparou um tiro certeiro em Antônio. Tal era a confiança de Lampião em Luiz Pedro que poupou sua vida, mesmo ele tendo tirado a do próprio irmão.

O fuzil foi deixado por Luiz Pedro na casa de uma irmã, chamada Elvira, que, muitos anos depois da sua morte, entregou a arma a Lourinaldo.

 LEIA AINDA:


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DONA DULCE, ÚLTIMA REMANESCENTE VIVA , PELO MENOS QUE SE SAIBA, DO BANDO DE LAMPIAO.

Por Martha Menezes

o que é isso, minha filha? 

EU COM TODO CARINHO, RESPONDO, É BABA DE BOI, MINHA MÃE. FRUTAS QUE A GENTE COMIA A 50 ANOS ATRÁS. HOJE SE TORNOU RECORDAÇÕES DO NOSSO PASSEIO. 

DEUS CONTINUE CUIDANDO DA SENHORA!

TE AMO, DOCE DULCE!

Do acervo do Sálvio Siqueira

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?multi_permalinks=1036667879830661&notif_id=1529428642910467&notif_t=group_activity

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A GENIALIDADE DE LAMPIÃO


Por Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

Após a chacina na fazenda Tapera dos Gilo, Lampião saiu conduzindo seis cangaceiros baleados. Três deles estavam mortos. Ao chegar no Jacurutu, na propriedade do sobrinho de Gilo Donato do Nascimento (patriarca da família Gilo), Manoel Maneca, ela capturou seis trabalhadores que estavam em um corte de madeira e os obrigou a carregar os mortos e baleados, adentrando as caatingas do Tamboriu. 

Cristiano Ferraz, André Gercino (guia) e Marcos De Carmelita Carmelita , na sepultura dos cangaceiros. Foto tirada por Betinho Numeriano, ex-vereador do município e pai de Bia Numeriano, vereadora atual.

Logo mais a frente, ele liberou os rapazes e enterrou em uma só cova, os corpos dos companheiros. Para despistar as volantes, a genialidade do rei do cangaço aflorou quando ele demarcou o local colocando seis pedaços de madeira, simbolizando que todos tinham sido abatidos e não seguia com os feridos, sendo que somente três tinham sido sepultados.

 Marcos De Carmelita Carmelita e Dona Cicera Rezadeira.



Como explicar tamanha inteligência e estratégia do Rei do Cangaço? 

Dona Cicera Rezadeira, ainda viva e lúcida, residindo em Floresta, conheceu esse local na sua juventude e viu os seis pedaços de madeira que Lampião deixou enterrados.

Extraído do livro - As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta. (Marcos De Carmelita Carmelita e Cristiano Ferraz).

https://www.facebook.com/profile.php?id=100005229734351

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LANÇAMENTO DE LIVRO


No próximo sábado, dia 21 de julho às 16:00 – 17:00, o escritor Junior Almeida estará lançando o seu mais novo livro com o título "LAMPIÃO, O CANGAÇO E OUTROS FATOS NO AGRESTE PERNAMBUCO", na Praça Souto Filho, Heliópolis, Garanhuns - PE, 55295-470, Brasil.


https://www.facebook.com/events/1822907611350387/?notif_t=plan_user_invited&notif_id=1529419348375146

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TESTEMUNHA OCULAR DEPOIMENTO DE CHIQUINHO RODRIGUES

Antes, vamos lembrar de uma resposta de Aderbal Nogueira em entrevista.
Em que assunto ou personagem está trabalhando ou qual gostaria de estudar para a publicação desta pesquisa. Enfim qual a próxima novidade que teremos em nossas estantes? 
Meu próximo trabalho não é um vídeo, mas um livro. Um trabalho que tem como foco as minúcias do cangaço. Relatos que nunca foram escritos. Posso até antecipar um trecho: Gravando um depoimento do Sr. Chiquinho Rodrigues sobre o dia do ataque do cangaceiro Gato a Piranhas, na tentativa de libertar Inacinha, aquele tiroteio terrível, em certo momento ele diz: “– Olhe, foi a primeira vez que vi um homem sem chapéu!” Se não me engano, ele se refere ao Juiz da cidade que passa correndo por ele sem o chapéu. Avalie a importância que o chapéu tinha para o sertanejo?
Aderbal disponibilizou o material.
https://www.youtube.com/watch?v=6V62j-98vV8

Depoimento colhido em 1998 

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O ADEUS AO PROFESSOR-CANGACEIRO JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO.


Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
Professor José Romero Araújo Cardoso

Semana passada conversamos por um longo tempo e fizemos planos para produzirmos em conjunto trabalhos sobre o cangaço... mas sem aviso prévio e sem se despedir o amigo cangaceirólogo e amante das coisas do nordeste Professor José Romero Araújo Cardoso, natural de Pombal no estado da Paraíba, nos deixou nessa última sexta-feira (15/06/2018) vitimado por problemas respiratórios, na cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte, onde residia.

A importância e a qualidade de seus trabalhos colocará seu nome para sempre nos anais da história cangaceira e do Nordeste brasileiro e servirá como base de consultas para essa e as futuras gerações de estudiosos dos temas supra citados.

Diante do acontecimento recuso-me a dizer "Adeus" e quero simplesmente dizer "Até Logo", pois acredito que um dia voltaremos a nos encontrar nos caminhos da eternidade e com o poema abaixo despeço-me desse grande ser humano e importante estudioso dos temas cangaço e Nordeste.

Vá com Deus Professor-Cangaceiro!

"A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.


Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.


Me dêem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.


Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.


Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.


Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.


Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.


A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?


Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho...


Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela
como sempre foi" (Henry Scott Holland).

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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MAIS LIVROS COM SOBRE CANGAÇO

Por Francisco Pereira Lima

Indicação Bibliográfica. Aqui estão alguns livros importantes para o estudo e a pesquisa do Cangaço. Durante essa semana, cada dia, irei divulgando essa rica bibliografia Cangaceiro e nordestina, que são centenas de ótimos livros. Pela grande quantidade será impossível divulgar todos. Amanhã vem mais. 

Quem desejar saber os preços ou adquirir estes e outros 300 títulos: 

franpelima@bol.com.br e 
WhatsApp 83 9 9911 8286.

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