Maria Bonita
Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita, nasceu no dia 8 de Março de 1911, no sítio Malhada da Caiçara, do município de Paulo Afonso, que na época era município gloriense, no Estado da Bahia. Foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros armados. Era filha de José Felipe e Maria Gomes de Oliveira, a dona Maria Déia. Segundo o escritor e historiador do cangaço João de Sousa Lima, Maria Bonita tinha os seguintes irmãos:
1910 - Benedita Gomes de Oliveira,
1913- Antonia Gomes de Oliveira,
1916- Amália Gomes de Oliveira,
1920- Joana Gomes de Oliveira,
1922 - Olindina Gomes Oliveira,
Francisca Gomes de Oliveira,
Ozéas Gomes de Oliveira,
José Gomes de Oliveira,
Arlindo Gomes de Oliveira,
Ananias Gomes Oliveira e
Izaías Gomes de Oliveira
Com 15 anos de idade, Maria Bonita resolveu matrimoniar-se com um sapateiro, José Miguel da Silva, conhecido nas redondezas por Zé Neném, e segundo alguns escritores afirmam que ele eram primo da futura cangaceira.
Zé de Neném
Essa união, Maria não foi muito feliz, e as brigas do casal eram constantes. Durante o tempo em que viveu com o sapateiro, Maria jamais engravidou, e até falavam em boca miúda que Zé de Neném era estéril.
Como as brigas não paravam em seu lar, Maria Bonita procurava o aconchego da família, indo para a casa dos pais, e em 1929 Lampião apareceu por lá, e ela carente, logo se apaixonou pelo facínora, quando ele já tinha quase 33 anos de idade, e ela com menos de vinte anos.
Lampião e Maria Bonita
A família vivia em Santa Brígida, Bahia, lugar por onde Lampião costumava passar a caminho do Sergipe. Os pais de Maria Bonita tinham pelo capitão Virgulino respeito e admiração.
A mãe contou a Lampião que sua filha era sua admiradora. E no ano seguinte, ao passar pela fazenda, Virgulino levou Maria, com o consentimento de sua mãe.
Durante os oito anos que viveu com Lampião, teve quatro gestações, sobrevivendo apenas uma menina, a Expedita Ferreira, que nasceu em 1932 e foi criada anonimamente por coiteiros.
Expedita Ferreira da Silva
No bando de cangaceiros Maria Bonita era tratada como a esposa do chefe, respeitada por todos os comandados de Lampião, e pela sua braveza e beleza, típica da mulher sertaneja: baixinha, cheinha, olhos e cabelos escuros, dentes bonitos, pele morena clara. Mas por má sorte, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, finalmente a bela Maria Bonita foi pego e degolada ainda viva pela polícia, e mais dez cangaceiros, entre eles estava o seu amado Virgulino Ferreira da Silva, o rei Lampião. Alguns cangaceiros escaparam da chacina, entre eles:
Balão,
Sila,
Zé Sereno,
Candeeiro,
Juriti,
Maria, sua amada e outros e...
Depois da chacina os cangaceiros que escaparam, a maior parte procurou se entregar à polícia. Mas os cangaceiros Moreno e Corisco continuavam segurando o movimento do seu ex-rei.
Mas os cangaceiros Moreno e Durvalina, abandonaram o cangaço em 02 de Fevereiro de 1940, liberando os demais componentes.
Corisco e Dadá
E teimosamente, Corisco e Dadá continuavam pelas caatingas do nordeste, e infelizmente em 25 de maio de 1940, o último cangaceiro foi morto pelas malditas armas do tenente Zé Rufino.