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domingo, 25 de novembro de 2012

Eita cabra de sorte! - NOVO TEMPO, FERIDO

Novo Tempo é o nº 4

Vasculhando nosso HD na sessão de velhos textos encontramos este episódio envolvendo o cabra Novo Tempo do sub grupo de Zé Sereno. Foi transcrita pelo coronel Geziel Moura de Belém do Pará.

No município de Porto da Folha (SE) existia a fazenda Lagoa de Crauá de João Domingos que também era coiteiro de Lampião e Zé Sereno. Numa certa feita os cabras tiveram um tiroteio com as volantes de Zé Rufino e Cabo Besouro. Dentre mortos e feridos Novo Tempo foi alvejado no braço e logo retirado do campo de batalha e colocado no mato pelos seus amigos. Após o combate os cangaceiros fogem sendo avisado por Zé Sereno que tal cabra não se encontrava entre eles. Novo Tempo andou vagando uns dois dias pelas caatingas sergipanas procurando auxilio, já tendo seu ferimento do braço em lastimável estado inclusive com larvas e inchaço causando fortes dores.

Leônidas, o filho da dona da fazenda Pedra D’água foi quem avistou Novo Tempo se aproximando de tal fazenda, gravemente ferido e começou a cuidar do cabra a base de creolina pois as larvas (varejeiras) já se espalhavam pelo corpo todo e logicamente se concentrando no braço lesado que inclusive já cheirava mal. Após este tratamento inicial Novo Tempo pede um cavalo e mesmo ferido parte com destino a fazenda Cuiabá com grande dificuldade durante dois dias no mato.

As moscas varejeiras retornam ao ferimento do cabra e mais larvas surgem em tal lesão, já no sexto dia resolve procurar socorro na fazenda Pau Preto de Antônio Carvalho grande coiteiro sergipano. Novo Tempo encontra um vaqueiro da fazenda chamado Antônio José quase sem força e o mesmo se prontifica para ajudá-lo levando-o até um lugar no mato bem fechado e tirando o revólver 32 do próprio Novo Tempo encosta o cano da arma no ouvido do pobre cangaceiro e dispara. Quando o falso coiteiro ia começar a rapinagem dos bens de Novo Tempo chega Juriti e Balão.

Esses dois cangaceiros vieram devido aos tiros que ouviram e perguntaram para Antônio o porquê do tiro e também por Novo Tempo. O coiteiro mentiroso falou aos cangaceiros que foi uma cobra que acabara de matar e que Novo Tempo estava ali próximo, vale lembrar que esses dois cabras vaziam parte do sub grupo de Zé Sereno, que como já se sabe era cunhado de Novo Tempo, e que este chefe de cangaceiro tinha mandado várias patrulhas para tentar encontrar seu cunhado.

Os dois cabras foram em busca de Novo Tempo e o coiteiro aproveitou e montou seu cavalo e fugiu para a fazenda Santa Filomena também de Antônio Carvalho pois sabia que ali se encontrava seu patrão. Juriti e Balão ao chegar no lugar indicado pelo coiteiro já pensava em levar o cadáver do amigo mas quando Alçi chegou não encontrou o corpo do cangaceiro só sangue fresco no local e marcas de alguém que se arrastara pelo mato feito cobra. Mais adiante os cabras encontraram Novo Tempo saciando sua sede.

Os cabras pegaram o amigo e foram pegar seus cavalos e perceberam que o coiteiro não mais estavam ali. Novo Tempo mais morto que vivo foi levado para a fazenda Mandassaia onde era o coito de Zé Sereno sendo tratado pelo próprio cunhado se alimentando apenas de alimento liquido. Dias depois Zé Sereno pergunta para Novo Tempo: 

- O ferimento do braço foi na fazenda de João Domingos e esse buraco na cabeça?

Novo tempo não conseguia se expressar direito devido a lesão na cabeça mas conta ao cunhado tudo o que aconteceu com Antônio José, o coiteiro traidor. Quando Antônio José chega na presença de Antônio Carvalho e conta todo o ocorrido, o coiteiro-mor diz: 

- Você se meteu em desgraça pois saia dela, de sua família eu cuido, mas para vc não dou um tostão furado.

Este coiteiro ainda ficou escondido pelo mato algum tempo, mas não aguentando volta para sua casa na Fazenda Pau Preto. Zé Sereno chega em tal fazenda pega o Judas e o leva para o mesmo lugar onde tentou matar Novo Tempo, penduram Antônio de cabeça para baixo e começa a balançar o corpo do coiteiro e no vai e vem os punhais são usados pelos cangaceiros de Zé Sereno que matam Antônio José desta forma. Muito tempo depois logo após as entregas Sereno disse ao cunhado: 

- Cunhado, você não está estranhando este caroço no pescoço,

Novo Tempo responde: 

- Estou sim...

Zé Sereno então diz que é a bala de Antônio dos Pau Preto e pergunta se Novo Tempo quer que ele extraia a bala com o consentimento do cunhado Zé Sereno pega uma faca de lâmina bem afiada derrama cachaça e extrai a bala que entrou pelo ouvido e que cujo projétil o corpo estava rejeitando.

Vale ressaltar que Novo Tempo morreu de velho em algum lugar de Minas Gerais.

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Opinião - O período das entregas

Em pé: Barreira, Santa Cruz, Vila Nova e Peitica. Sentados: Pancada, Vinte e cinco e Cobra Verde

O período das entregas

O confrade orkutiano Geziel Moura compartilhou conosco não somente e opinião sobre a necessidade de se abordar um capítulo muito importante para o estudo e compreensão do cangaço. Bem como a resposta do confrade Sérgio Dantas.

Eu enquanto estudante do cangaço sempre defendi que tal pesquisa poderia ser mais específica, explico:

Alguns autores já se arvoraram neste enfoque como por exemplo, Maria Cristina Mata Machado e seu livro "As táticas de guerra dos cangaceiros", Frederico Pernambucano em seu "Estrelas de couro" ainda no prelo, Oleone Coelho e seu "Lampião na Bahia" . Assim, tais autores fizeram um recorte razoável de parte da temática cangaceirista e com um bom aprofundamento as discutiram, fugindo da generalização superficial que se leva as repetições de sempre como: Lampião em Angico morreu ou não?, Lampião bandido ou herói ? etc.etc...

Diante disso suponho que o período da anistia dos cangaceiros conhecida como "as entregas" seria um interessante objeto de investigação por parte dos pesquisadores, pois tal momento se configura na minha ótica lacunas dentro da pesquisa Lampiônica.

SD corresponde: Cabra pessoalmente eu acho que o estudo do cangaço ainda tem algumas lacunas não estudadas com a devida profundidade, dentre elas o período das entregas, não sei dizer que dificuldades existem para escrever sobre este período tão interessante e que culminou com o fim deste movimento no nordeste, mas pouca coisa já li sobre este processo de anistia.

Cabras como Moreno e Zé Sereno fugiram e nunca pagaram por seus crimes? Fico me perguntando não existia buscas? Seria muito proveitoso elucidar como realmente ocorreu essas entregas.


*Legenda da fotografia: "A rendição do grupo de Pancada". De pé: Barreira, Santa Cruz, Vila Nova , Peitica. Sentados: Pancada, Vinte e cinco e Cobra Verde.

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Mais uma do rei do baião - Luiz Gonzaga



Seu Reginaldo Silva, 59, trabalhou produzindo os shows do Mestre Lua durante 12 anos, entre 1977 e 1989, quando Luiz Gonzaga faleceu. Mora em Juazeiro do Norte e hoje dirige a Fundação Vovô Januário, criada para ajudar as crianças pobres de Exu.

Comer com as mãos

Teve uma vez que eu tava na casa dele e ele chegou dizendo: 

“Vamo almoçar, vamo almoçar”. 

Aí eu fui no banheiro e ele perguntou: 

“Ué, rapaz, vai fazer o quê no banheiro?”.

Respondi que ia lavar as mãos. Aí ele me disse novamente: 

“E por acaso você vai é comer com as mãos, é?”.


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LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor:Kydelmir Dantas


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O blog do Mendes e Mendes está no caminho certo. Não desista de acessá-lo, pois o nosso blog não publica coisas que o seu filho ou filha não possa ver. É um blog que mantém as melhores postagens sobre cangaço e cultura. 

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Último dia da semana dedicada à Anathália Cristina Queiroga Pereira

Por: José Mendes Pereira
Anathália Cristina Queiroga
*1990 - + 2012

Antes de ler o que segue clique no link abaixo. Se não funcionar leve-o até ao google.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2012/05/direito-que-anathalia-cristina-queiroga.html

Hoje estará completando 6 meses do falecimento de Anathália Cristina

Anathália Cristina Queiroga Pereira nasceu no dia 31 de Março de 1990, na cidade de Pau dos Ferros – região Alto Oeste Potiguar, conhecida como “Tromba do Elefante”, a 180 km da capital do Oeste Potiguar, Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte.


Filha de Júlio Batista Pereira natural de Assu, no Estado do Rio Grande do Norte, e Edilza Custódio de Queiroga, natural de São Francisco do Oeste, cidade adjacente a Pau dos Ferros.


Desde que se casaram seus pais são empresários no ramo gráfico, e residem em Pau dos Ferros desde os anos oitenta.

Jefferson Queiroga - Engenheiro

Anathália Cristina era filha única, além do irmão Jefferson Queiroga, sendo este já formado “Engenheiro”, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com sede em Natal.


Seus avós maternos: Raimundo Soares de Queiroga e Ana Custódio de Queiroga, os quais residem na cidade de São Francisco do Oeste, próxima a Pau dos Ferros.


Seus avôs paternos: Francisco Manoel Pereira e Natália Batista Pereira, ambos naturais de Mossoró – Estado do Rio Grande do Norte.

Escola Estadual José Guedes do Rego - Pau dos Ferros

Anathália Cristina aprendeu as primeiras letras na Escola Estadual José Guedes do Rego, na cidade em que nasceu.

Escola Estadual 4 de Setembro - Pau dos Ferros

Posteriormente matriculou-se na Escola Estadual 4 de Setembro, onde concluiu o ginásio, e no ano seguinte matriculou-se no Colégio e Curso Evolução, "uma repartição particular", para cursar o 2º Grau.

Colégio e Curso Evolução - Pau dos Ferros

Após concluir o 2º Grau fez vestibular no curso de Direito, na Universidade Potiguar, na capital natalense. Sendo aprovada, passou a ser aluna daquela universidade, cujo título “Advogada” receberia este ano de 2012.

UnP - Universidade Potiguar - Natal - RN

Adeus, Anathália! Um dia, todos nós, parentes e amigos,  estaremos juntinhos de você. Poderá demorar, mas não teremos outro caminho. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será exatamente o mesmo que você seguiu para se encontrar com Deus.

Depoimento do pai, Júlio Batista Pereira

Júlio Batista Pereira e Anathália Queiroga

É uma das maiores dores que pai e mãe podem receber. Geralmente, nós, pais, esperamos que o filho ou os filhos acompanhem-nos até o cemitério para depositar os nossos corpos em uma urna fúnebre. Mas os pais levarem seu ou seus filhos para sepultá-los, é uma dor inexplicável. Acontecimento que jamais esqueceremos na vida. Nossas mentes não conseguem apagar esta dor ou o que aconteceu. 


Anathália era uma excelente filha. Só nos deu gosto enquanto permaneceu no nosso meio. Jamais foi preciso reclamá-la, e desde criança, ela mesma sabia o que era o certo e o que era errado. Uma grande amiga do Jefferson, seu irmão. Sempre foi estudiosa, inteligente, alegre, carinhosa a sua maneira, sempre gostou de nos ajudar. 


Nunca reclamava de nada. Se desse certo ela gostava, mas se não desse certo era como se nada tivesse nos pedido. Bastante brincalhona, conquistava amizade facilmente. Tinha um coração generoso. 


Anathália estaria se formando este ano de 2012 em Direito. Mas o Deus resolveu levá-la para fazer parte do seu reino. Falava que o seu sonho era ser delegada da Policia Federal. Era o que ela almejava. Muitas são suas qualidades. Anathália nos deixou um vazio enorme, um pedaço de nós se foi junto com ela.


Adeus, minha filha! Que Deus a proteja sempre juntinho dele, e um dia, nós nos encontraremos novamente, mas desta vez, na casa do SENHOR.

Anathália Cristina Queiroga Pereira faleceu no dia 25 de Maio de 2012.


 Se você quer saber o que aconteceu com Anathália Cristina Queiroga Pereira clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2012/05/direito-que-anathalia-cristina-queiroga.html

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