Prestes a completar 72 anos, o músico é homenageado por quatro dos principais músicos da cidade, que abraçaram o projeto que decidiu reler seu trabalho em formato instrumental
Quando o músico João de Deus nasceu em 16 de junho de 1949 era dia de Corpus Christi. Sua mãe, Adália, aproveitou para batizar o filho em alusão à efeméride. Ungido pelos céus e por sua mãe, logo receberia o dom que o move até hoje. João de Deus nasceu em Caraúbas, mas tem fortes ligações com Mossoró. Atuou e vem atuando na música, ganhando a simpatia e admiração de outras gerações de músicos. Sua carreira sólida e, embora merecedora de maior reconhecimento, é marcante a ponto de quatro dos principais músicos da cidade proporem releitura em um de seus trabalhos. O quarteto abraçou o projeto que decidiu reler “Folheando” em formato instrumental e na frequência do jazz.
Como a música se manifesta cedo para os grandes instrumentistas, João de Deus não fugiu à regra. Aos 12 anos já integrava a banda de música de sua cidade-natal, uma influência que veio de seus bisavós. Inclusive, o seu bisavô Elízio Fernandes chegou a atuar como maestro por mais de 40 anos. Evidente que a música era parte envolvente na vida daquele garoto. “Ele é um dos músicos mais completos que eu conheci. Já presenciei tocando vários instrumentos como bateria, saxofone, baixo, guitarra, flauta, entre outros. Sou fã demais. É muito merecida esta homenagem ao João”, comentou o guitarrista Alison Brazuca, que chegou a tocar com João de Deus em 99, durante incursão em Brasília.
Alison é um dos experientes integrantes do quarteto que decidiu produzir a música, já disponível no Youtube. Modernizar o som deste artista septuagenário foi o desafio que Alison, ao lado do maestro Gideão Lima, do violonista e guitarrista Márcio Rangel e do guitarrista Amilton Fonseca tiveram de enfrentar. Os músicos que conviveram com o artista caraubense/mossoroense buscam manter seu som em evidência para os mais jovens que ainda não o conhecem. “Este é o sentido da homenagem. Manter viva a contribuição de uma lenda viva da música local que merecia ser melhor aclamado”, explicou Márcio Rangel.
Os músicos que revisitaram o trabalho “Folheando”, de João de Deus: (em sentido horário) Gideão Lima, Márcio Rangel, Amilton Fonseca e Alison Brazuka
“Para a minha geração, quando ouvíamos falar em guitarra, a referência era João de Deus. Ele tem esta história. Ele se confunde com a música mossoroense”, comenta Amilton.
O trabalho tem a participação do próprio João de Deus, que abre o clipe com solos de guitarra em levada jazzística, complementados com dosagens de arranjos dos demais músicos. Ele gostou do resultado e se manifestou: “Muito agradecido com essa rica homenagem pelos meus amigos músicos talentosos da nossa terrinha”, disse João de Deus. “Chorei de emoção pois a minha alma se alegrou. Não é à toa que um dos conceitos de música diz assim: A música é o alimento da alma. Parabenizo pelos arranjos e improvisos que fizeram enriquecendo meu Folheando”.
“Folheando” trata-se do trabalho composto pelo músico. A versão é conduzida com muito sentimentalismo, em drives sutis, educados, arpejos precisos e sonoridade refinada em amplo repertório de técnicas do quarteto responsável pela homenagem.
Ao lado da esposa e musicista Zélia Ferreira, em uma de suas performances no palco
João de Deus mostra-se vital para os apreciadores da música e com muita vitalidade na execução da canção. Ou seja, segue em forma, capacidade musical forjada desde a adolescência em Caraúbas, até seguir com os pais para Natal, onde participou pela primeira vez em banda, tocando no grupo Apaches, como contrabaixista. O baixo passou a ser seu companheiro por toda a vida, alternado pela guitarra em certos momentos. A esposa Zélia Ferreira conta que ali foi só o início da série de bandas por onde passou: Natallian Beatles, Terríveis, De Victory, Roda de Samba de João de Orestes…
“Folheando” é somente um exemplo do seu set list de composições concedido a outros artistas. Jorge de Altinho, Raio da Silibrina (SE), Kátia de Troia e Zé Lima já beberam das produções do artista local. “João sempre foi muito dedicado à música. Chegou a fugir de casa, aos 13 anos, para tocar em Recife. Depois de alguns anos, foi tocar na banda 2001, nos anos 70, até começar sua carreira em Mossoró, onde influenciou muita gente”, lembra Zélia.
Gideão, que faz parte do projeto concorda. “Ele ainda hoje é um espelho, como foi em toda a sua trajetória musical”, afirma. “Tive o imenso privilégio de participar, junto com Alfredo, da produção musical de um de seus CDs já no meio gospel”.
A carreira gospel, acentuada por Gideão, foi o resultado de um ponto de virada na vida de João de Deus. Em 1996, o músico foi vítima de grave acidente e diante da situação, decidiu buscar o caminho da religião e da fé a partir de então.
Após acidente, João de Deus decidiu seguir carreira gospel e produziu quatro discos
Além do disco produzido por Gideão, João de Deus concebeu outros quatro álbuns com a sua banda Gilgal, com canções compostas por ele e arranjadas também pelo filho, o baterista Ridjel. “Algumas músicas estão no Youtube, tocadas e cantadas ao lado de sua esposa”, explica o baterista.
Prestes a completar 72 anos, em junho, João de Deus tem a história relembrada a partir de seus maiores admiradores na música mossoroense e potiguar e de integrantes do seu mais recente projeto, ligado ao gospel. “João é hoje a história do folclore musical para nós, com 71 anos. Em seu DNA estão registradas as cifras e as notas musicais de cinco gerações seguidas. Deus o poupou da morte precoce, quando do acidente, e deixou viver este momento em mais uma página da sua história”, contou Zélia. A música e os admiradores do som de altíssima performance agradecem.
Amigos rastejadores do Lampião Aceso, em 1999 eu e um grupo de amigos que faziam parte da revista Nordeste off Road, captaneada por Jorge Ferraz e Dário Castro Alves, juntamente com o montanhista Rosier Alexandre e o "Monossilábico" Paulo Gastão, estivemos no Raso da Catarina. Na ocasião fomos guiados pelo amigo Elso e pelo amigo Jean, ambos do IBAMA.
Visitamos a tribo dos índios Pankararés e uma nascente de água no meio do Raso, onde Lampião e seu bando se refrescavam.
Em um outro trecho do vídeo tem a viagem que fizemos com a SBEC em 2004, onde o nosso amigo Múcio Procópio nos deu uma aula de campo extraordinária. Na ocasião comemoramos também o Centenário de Paulo Gastão, (muito embora ele negue), a viagem foi uma brincadeira só.
Agora mais uma vez estaremos em um grupo de dez amigos visitando e pesquisando naquele solo milenar, dessa vez na companhia de outros bons amigos como, Valentin Antunes, Alfredo Bonessi, Sandro Caldas, Pedro Luiz, Afrânio Marmita, onde seremos guiados por João de Sousa e teremos mais uma vez o privilégio de ter como professor o mestre Múcio Procópio.
Um abraço a todos!
Aderbal Nogueira
Fotaleza,CE.
OBS: Estaremos também em Piranhas, AL na companhia do nosso amigo e eterno guardião da grota de Angico, Jairo Oliveira.
ia 28 de céu azul, limpo,
maravilhoso e sol moderado, excelente para um passeio nos campos. Foi nesse
tempo em que deixamos a cidade em busca da zona rural. Mato chovido e campos
verdes, perfume da mata nas narinas ansiosas e árvores frutíferas por toda parte,
íamos em direção ao sítio Sementeira localizar uma devota do padre Cícero
Romão. Conseguimos o primeiro objetivo e fomos recebidos com intensa alegria e
gentilezas, até conseguirmos da senhora procurada, um leque de depoimentos de
graças obtidas por ela. A devota contava graças alcançadas, se emocionava,
chorava e interrompia o diálogo, por minutos... Isso também fazia emocionar
seus entrevistadores. Ao fim de uma longa conversa todos estávamos felizes,
radiante com tudo que estava acontecendo.
ESTÁTUA AO PADRE CÍCERO DIANTE DA SUA IGREJINHA NO BAIRRO LAJEIRO GRANDE. (FOTO: B. CHAGAS).
Com mais duas graças alcançadas,
catalogamos com numeração, título e foto, avançando assim em nossa proposta
inicial, contínua e imutável. Passamos em mais da metade do livro que está
sendo arquitetado “100 Milagres Nordestinos”, inéditos. Estamos bem próximo dos
¾ dos testemunhos propostos e ainda falta visitarmos a Associação de Romeiros
da cidade de Ouro Branco, cujos associados vão a pé a Juazeiro todos os anos.
Entretanto, ainda nos falta também uma visita a um sítio rural distante de
Santana e ouvir um grande empresário santanense que também sempre está indo a
pé a Juazeiro. Estamos prevendo que o livro estará encerrado antes da grande
festa da pedra do Padre Cícero, dia 20 de julho, onde o livro será distribuído
gratuitamente aos devotos em geral, aos depoentes dos milagres e ainda o envio
do livro à Diocese do Crato, Ceará.
Como é prazeroso pesquisar!
Pesquisar qualquer coisa a que você se propôs; e quando as descobertas são
realizadas ao vivo na zona rural o prazer se apresenta dobrado. Mas é bom saber
que são importantes o amor ao que se faz, paciência, algumas condições
financeiras e de transportes, claro, além do tempo disponível. Mas como
advertimos outra vezes, pesquisar é como pescar ou caçar. Dia não se pega
peixe, é o dia do peixe. Dia você retorna abarrotado da sua pesca. Porém, não
deveremos apenas confiar na sorte, mas sim, planejar o mínimo para o êxito que
vai coroar o seu dia.
Esquecemos de pedir autorização
sobre divulgar o nome do nosso parceiro na Sementeira que estava com esposa e
filho naquela empreitada.
Uma das fotos
de Pelé mais conhecidas no mundo inteiro foi tirada em 6 de outubro de 1976,
num jogo amistoso beneficente entre a Seleção Brasileira e o Flamengo. Sua
autoria é de Luiz Paulo Machado, fotógrafo freelancer da extinta revista Placar
no RJ, que fez o clique antológico. Numa entrevista, Machado falou sobre a
foto: "Eu não vi o coração imediatamente, vi que eu tinha feito uma boa
foto. Mas eu não sabia até o momento da revelação, se houve algum problema ou
se correu tudo bem".