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terça-feira, 20 de agosto de 2013

O LIVRO DO FOTÓGRAFO JAECI GALVÃO

Publicado em 20/08/2013 por Rostand Medeiros
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Para aqueles que gostam da história da capital potiguar (e creio que para grande parte da minha geração) certamente a maior referência quando se desejava conhecer como era Natal no passado, sempre foi contemplar o maravilhoso trabalho do fotógrafo Jaeci Galvão.

Não quero dizer que os trabalhos de Bruno Bougard, Manuel Dantas, João Alves de Melo e outros fotógrafos que clicaram a terra potiguar não merecem respeito e consideração. Longe disso. Apenas quero dizer que para mim, foi vendo o trabalho de Jaeci, que sonhei com uma Natal que não existe mais e não conheci.

O trabalho deste homem é de tal forma uma referência, que ao observarmos muitas das fotos antigas que ele realizou, contemplamos com maior nitidez a nossa história.

Agora o trabalho e a vida de Jaeci Galvão está em um maravilhoso livro, realizado pelo seu filho, o igualmente talentoso Fred Galvão.  Intitulado “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”, a obra possui 278 páginas, com muitas fotos do trabalho de Jaeci Galvão junto a nossa sociedade, fotos históricas da cidade de Natal e instantâneos que mostram toda a vida de um homem que trabalhou buscando o melhor ângulo de uma cidade chamada Natal.

O lançamento de “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA” ocorre nesta quarta feira, dia 21 de agosto de 2013, ás seis da noite, no tradicional Iate Clube de Natal. O valor do livro é de R$ 50,00.

Parabéns ao amigo Fred Galvão por “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”!

http://tokdehistoria.wordpress.com/2013/08/20/o-livro-do-fotografo-jaeci-galvao/

Não deixe de ler neste mesmo blog do Rostand Medeiros

A HISTÓRIA DO TIROTEIO NO SÍTIO TATAÍRA E A INCRÍVEL RESISTÊNCIA DO CANGACEIRO MEIA-NOITE

Extraído no blog do historiógrafo e pesquisador do cngaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Francisco Guilherme de Souza – 18 de Agosto de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Francisco Guilherme de Souza, nasceu em Mossoró a 19 de outubro de 1910. Começou a trabalhar muito cedo, já que seus pais eram pobres agricultores, passando a integrar a grande massa trabalhista aos 16 anos de idade. Segundo a opinião da Professora Ivonete Soares, que traçou a sua biografia, “A partir de então, experimentaria não só a sacrificada e indigna labuta a que eram submetidos aqueles trabalhadores, mas também as agruras próprias de quem participou ativamente da luta trabalhista em meio ao contexto histórico marcado pela repressão política e ideológica definida pela Primeira República Brasileira.” 

Francisco Guilherme de Souza

Cedo também passou a participar do movimento político e sindical. Era membro do Sindicato do Garrancho e do Partido Comunista do Brasil – PCB, sendo, ainda no dizer da Professora Ivonete, “alvo da repressão aplicada aos ditos “comunistas”.
               
Pagou um preço alto pela ousadia de participar de um movimento de classe trabalhista. Depois do movimento comunista que ficou sendo conhecido como “Levante de 35”, houve uma intensa busca aos membros do Partido e Chico Guilherme, como era mais conhecido, foi preso e enviado para o Rio de Janeiro, ficando dois meses detido numa delegacia e, posteriormente transferido para a Colônia Correcional Dois Rios, na Ilha Grande. Neste período, esteve detido por seis meses e quatorze dias. Foi julgado, em 1937, pelo Tribunal de Segurança Nacional e enquadrado na Lei de Segurança Nacional, sendo condenado a cumprir dois anos de prisão e trabalhos forçados na cidade de Mossoró.
               
Em 1935 o Sindicato do Garrancho era desativado, voltando suas atividades na década de 1940, através da atividade do Bispo Dom Jaime Barros Câmara, por isso que nessa nova fase o sindicato ficou sendo conhecido como “Sindicato do Bispo”.
               
Com a anistia em 1946, o Bispo entrega a diretoria do sindicato aos antigos membros da referida instituição, sendo que no período de 1946 a 1950 o sindicato passa a ser presidido pelo próprio Francisco Guilherme de Souza, que também assumiu sua secretaria em mandato posterior, de 1950 a 1952.
               
“Este período da história das lutas populares e sindicais, foi marcado pela influência inconteste do PCB, sendo que, em Mossoró, a luta dos trabalhadores do sal confundiu-se com a luta do próprio partido, pelo menos até 1935.”
               
Não sendo um homem de estudos, aprendeu política na prática, na militância, no dia-a-dia, na clandestinidade. Sua matriz filosófica foi o marxismo, ciência que adotou como “dogma” e norteadora de sua vida. Por força dessa teoria, lutou por melhores condições de vida dos trabalhadores, vida essa que ele conhecia muito bem. Foi um sonhador; “sonhou e lutou no plano local e universal em sintonia com a teoria marxista e os ideais partidários, por maior justiça social e pelo aprofundamento da democracia, como meio a atingir uma sociedade mais justa, fraterna, ecologicamente equilibrada e auto-sustentável, humanista e libertária. No plano interno do PCB/PPS sempre combateu o dogmatismo e o sectarismo, concebendo-o como um organismo aberto à renovação das idéias e dos métodos, em um marco de respeito à pluralidade das idéias e concepções. Ainda hoje continua defendendo intransigentemente a radicalidade democrática, com o aprofundamento da democracia nas relações econômicas, sociais e pessoais, através do pleno exercício da cidadania, inclusive buscando a supremacia da sociedade civil sobre o Estado.”
               
Embora não tendo galgado os degraus de uma universidade, foi Doutor Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, por seus relevantes serviços prestados a sociedade mossoroense e norte-rio-grandense. Morreu aos 91 anos, vítima de infecção generalizada – provocada por infecção urinária e diabetes. Pôde dizer, como disse São Paulo em carta a Timóteo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com