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sexta-feira, 21 de junho de 2019

ILUSÃO

Francisco de Paula Melo Aguiar

É ilusão acreditar em feitiço.
Mandinga, cartomante ou simpatia.
Relação tóxica não traz beneficio.
Só produz discussão e agonia.

Ah! Não é sapiência, é prudência.
Que todo santo e/ou profano detém.
Não é questão de clarividência.
Se o amor próprio em si não tem.

O santo e/ou profano vive do que faz.
O certo e/ou errado é conseqüente.
É aí que à sorte e o destino se desfaz.
É a ilusão a aventura indolente.

Na vida tudo passa como o vento.
Não é sorte, nem destino é vocação.
O casar e/ou não casar, prevento.
É o sentimento indolor da missão.

A cada momento tudo se faz
E se desfaz sem aviso prévio
Do céu e do inferno, contumaz
Não é sorte, destino ou sortilégio.

O labirinto do mundo sem fim
Rua sem entrada e sem saída
Onde o sal e açúcar é trampolim
Mar de ilusão, cidade sem avenida.

A Ilusão é o parnaso loquaz
Que existe entre o dito e não dito
Confunde história com estória, jaz
Nunca acerta ou erra, haja predito.

https://www.recantodasletras.com.br/poesiassurrealist

as/6678140

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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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ZÉ SATURNINO - PRIMEIRO INIMIGO DE LAMPIÃO


Publicado a 16/11/2017

ZÉ SATURNINO – PRIMEIRO INIMIGO DE LAMPIÃO. Trecho do documentário O PISTOLEIRO DE SERRA TALHADA exibido pela Rede Globo de Televisão no ano de 1977. O documentário mostra uma das poucas filmagens em que aparece o célebre Zé Saturnino que foi o primeiro inimigo de Lampião. No vídeo Zé Saturnino fala sobre a sua questão envolvendo Lampião e seus irmãos. Esse documentário foi publicado inicialmente e na íntegra por Matheus Santos.

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ARISTEIA E SUA ENTRADA NO CANGAÇO


Toda moeda tem 2 lados e toda história tem controvérsias; muita gente só enxerga o que quer enxergar e muitos generalizam tudo sem se quer se dar ao trabalho de pesquisar, estudar, tentar compreender etc etc.

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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CORONEL DELMIRO GOUVEIA (GERALDO SARNO, 1979



Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém - construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release) Prêmios Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília, 11, 1978, Brasília - DF.. Grande Prêmio Coral no Festival de Havana, 1979 - CU.. Prêmio São Saruê - Federação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, 1979. Melhor Diretor - Troféu Golfinho de Ouro, 1979 - Governo do Estado do Rio de Janeiro Elenco: Falco, Rubens de (Coronel Delmiro Gouveia) Parente, Nildo (Lionello Lona) Soares, Jofre (Coronel Ulisses Luna) Berdichevsky, Sura (Eulina) Dumont, José (Zé Pó) Graça, Magalhães (Gal. Dantas Barreto) Sena, Conceição (Mulher de Zé Pó) Freire, Álvaro (Tenente Isidoro) Déda, Harildo (Coronel Zé Rodrigues) Adélia, Maria (Dona Augusta) Bourke, Denis (Mister Hallam) Alves, Maria (Jove) Almeida, Henrique (Oswaldo) Gama, João (Chefe da estação) Wilson, Carlos Ribeiro, Sue Guerra, Hélio (Sertanejo) Ficha completa da Cinemateca Brasileira: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...

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PROTESTOS NA AL-101 SUL

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.130

(FOTO: RAQUELQUINTELA/REAL DEODORENS)
Larissa Bastos, da Gazetaweb, registrou o protesto dos pescadores e marisqueiras, na AL-101 Sul:
“Pescadores e marisqueiras bloquearam parcialmente a AL-101 Sul, na altura da Barra Nova, na manhã desta quinta-feira (20). Eles protestam contra a falta de transparência dos órgãos públicos na divulgação dos motivos da mortandade dos peixes na lagoa Manguaba”.
 “Os trabalhadores fazem parte da Colônia Z-06, de Marechal Deodoro. Segundo a 5ª Companhia Independente de Polícia Militar, a manifestação foi contida pouco depois do início e aconteceu de forma pacífica. O Centro de Gerenciamento de Crises da PM também foi chamado ao local”.
É lamentável que trabalhadores sejam ameaçados pela mortandade de peixes que se repete ano a ano. Uma forma triste de desperdiçar comida. Como veremos no texto abaixo, eles não acreditam mais nos técnicos que sugerem as causas. Mas o problema anual da mortandade, não parece ser fácil para os investigadores, mesmo sendo pessoas especializadas.
“Mais cedo, os pescadores e marisqueiras foram às marinas localizadas em Marechal Deodoro para tentar impedir que os barcos tivessem acesso à lagoa. Eles pedem uma reunião com o governador Renan Filho, o Ministério Público do Estado, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Câmara dos Deputados”.
“Com diversas faixas, eles também tentavam conscientizar a população que passava pelo local sobre o problema da mortandade dos peixes, registrada de forma mais agravada no último domingo (16). ‘Sedimentos, gás sulfídrico, chuvas fortes, esgoto, tudo enganação. Queremos soluções’, estampavam alguns dos cartazes”.
Milhares de pessoas vivem da pesca das lagunas principais do estado. Sempre ficam as dúvidas se o problema é causa natural ou lançamento de produtos químicos nas águas pelas indústrias e trazidos pelos rios.
É triste contemplar os peixes mortos.
A coisa é muita séria para a fonte de renda dos pescadores.
       (FOTO: Rachel Quintela/Real Deodorens).

PAIXÃO E GUERRA NO SERTÃO DE CANUDOS [DOCUMENTÁRIO /1993 - NARRAÇÃO: JOSÉ WILKER]


Publicado a 10/03/2013

Documentário produzido ao longo de 3 anos, "Paixão e Guerra no Sertão de Canudos" de Antônio Olavo conta a epopeia sertaneja de Canudos. No percurso de 180 cidades e povoados de Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia, o vídeo reúne raros depoimentos de parentes de Antônio Conselheiro, contemporâneos da guerra, filhos de líderes guerrilheiros, historiadores, religiosos e militares. Narrado por "José Wilker"
Categoria
Música neste vídeo
Canção
Artista
Fábio Paes featuring Dercio Marque
Álbum
Canudos e Cantos do Sertão
Licenciado ao YouTube por
ONErpm (em nome de CMA Digital Music)
Canção
Artista
Fábio Paes
Álbum
Canudos e Cantos do Sertão
Licenciado ao YouTube por
ONErpm (em nome de CMA Digital Music)
Canção
Artista
Fábio Paes featuring Jurema Paes
Álbum
Canudos e Cantos do Sertão
Licenciado ao YouTube por
ONErpm (em nome de CMA Digital Music)

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O “TÔ NEM AÍ” DA JUVENTUDE DE POÇO REDONDO

*Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Diferentemente da juventude e da população em geral da povoação ribeirinha de Bonsucesso, por exemplo, a grande maioria do jovem da cidade de Poço Redondo, no sertão sergipano, não está nem aí para a sua história, a sua cultura, o seu glorioso passado e nem para a preservação da memória do que quer que seja.
Importante parcela dessas jovens mentes se mostra totalmente distanciada e omissa com relação a tudo que signifique conhecimento através do passado. Como se vivesse segurando um calendário onde cada dia que passa tem sua folha simplesmente rasgada, então procura vivenciar apenas o seu momento e parece dizer a si mesmo que isso é tudo, que basta e que se dá por satisfeita.
Lamentável que assim aconteça, mas é esta a realidade. Possível observar que quando há um engajamento ou envolvimento maior com a cultura e as tradições, isto se dá de forma pontual, através de ações específicas. Jovens do xaxado, do teatro, da capoeira, da música, da quadrilha junina, da sanfona, e atuando apenas em tais limites. E não jovens que transitem ou interajam com uma diversidade cultural maior.
Tantas vezes, ao jovem do xaxado ou da quadrilha interessa apenas saber dançar e personificar o xaxado ou a quadrilha, mas sem a preocupação de conhecer ao menos o histórico local sobre tais tradições. Para muitos estudantes, a história e a cultura são preocupações surgidas apenas quando professores repassam tarefas que digam respeito ao conhecimento das origens e do percurso histórico. Feito o trabalho escolar, ou se esquece ou tudo se torna um tanto faz novamente.
Não há, na verdade, um relacionamento prazeroso e produtivo, de conhecimento e de divulgação, entre a juventude e o seu berço de nascimento. Muito jovem não conhece nada ou pouco sabe do potencial histórico, cultural e turístico de Poço Redondo. Muito jovem passa pela estrada de Curralinho sem saber o motivo de aquela via se chamar Estrada Histórica Antônio Conselheiro.


Não será absurdo acaso algum jovem afirmar que a Gruta de Angico está localizada em Piranhas ou Canindé, ou que o Poço de Cima é apenas um local que dizem que existe, mas não sabe bem onde fica nem o porquê desse nome. Muito jovem há que não sabe sequer o porquê do nome “Poço Redondo”. Zé de Julião continua desconhecido à maioria da juventude. Por que isso pode acontecer?
Ora, simplesmente pelo fato de que se tornou “cultural” o desconhecimento local sobre suas origens e sobre si mesmo. Conforme anteriormente afirmado, parcela considerável da juventude só está se importando mesmo com o dia e com a hora e com o que tenha a fazer nesse dia e nessa hora. Olhar o passado parece ser cansativo e desinteressante demais. Conhecer as riquezas históricas e culturais do município parece ser enfadonho e desnecessário demais.
“Não sou velho, sou jovem”, tendem a dizer. “Tenho apenas de curtir, de farrear e tirar onda”, igualmente podem dizer. Tudo bem, cada um faz aquilo que bem entender como mais útil. Mas uma coisa é certa: do passado, das origens e das raízes, ninguém foge. Desde o sobrenome de cada um à sua linhagem familiar, tudo é passado.
Dar importância e procurar conhecer as origens de seu berço de nascimento é como se estivesse conhecendo e valorizando seus pais e os pais de seus pais, desde as mais distantes raízes. Conhecer a cultura e a s tradições locais é como conhecer a si mesmo, ainda que os modismos tudo façam para transformar o autêntico no imprestável. Por fim, para resumir tudo o quanto acima foi exposto, apenas uma pergunta:
Quantos jovens de Poço Redondo conhecem o acervo do Memorial Alcino Alves Costa?

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

ASSOMBRAÇÕES NO CANGAÇO

Xaxado na hora da morte

Por Wanessa Campos



Dando sequência  "As Assombrações do Cangaço" vem agora  a segunda história  também repassada por João Jurubeba, em Serra Talhada, nos anos 70. Jurubeba foi um dos maiores perseguidores de Lampião. Ele contou para Amaury Correa como foi a morte de Dona Jacosa, a avó de Lampião. Ela, idosa, morava em Carqueja, hoje Nazaré, Floresta e com idade avançada quase não saia do quarto. Sempre recebia visitas da vizinhança.

João Jurubeba é o 3º a direita
Acervo Lampião Aceso

Certa noite, as mulheres passaram a escutar um barulho diferente, parecendo com baile. O barulho ia aumentando cada vez mais parecendo Xaxado. As batidas dos pés no chão iam cada vez mais se aproximando como quisesse entrar na casa. As mulheres assustadas correram apavoradas. Na porta, pessoas se juntavam, mas ninguém tinha coragem de entrar. Dentro do quarto, se ouvia o barulho do Xaxado invisível.

O volume da cantoria oscilava, bem como as batidas dos pés, mas não paravam. Alguém teve a ideia de chamar uma rezadeira para “puxar” o terço. Jogaram água benta na casa toda e a cantoria não cessava. Certo momento, se ouvia perfeitamente a cantoria com várias vozes:

Olé mulé rendeira

Olé Mulé renda,

Tu m ‘ensina a fazer renda

Qu’eu ten’sino a namorá


Dona Jacosa agonizava e a cantoria não parava. Isso demorou mais de um dia, até que certa noite, o Xaxado aumentou e ao mesmo tempo uma forte ventania apagou todas as lamparinas. Fez escuro total, a cantoria parou. Ouviu-se então um estrondo e com ele,  Dona Jacosa partiu. Ficou o relato contado pelos mais velhos.

Pescado no Mulheres do Cangaço

OLINDA, POESIA DE VERLUCE FERRAZ - PRA HOMENAGEAR A CIDADE ETERNA: OLINDA.

Por Verluce Ferraz
https://www.youtube.com/watch?v=OTOtu1SqylY&feature=share

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