Por José Mendes Pereira
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terça-feira, 8 de agosto de 2023
UM SILÊNCIO NO SEU ROSTO.
COMO ARQUIVO EM NOSSO BLOG - MÚMIA DA RAINHA TIYE
Por História e Cultura do Mundo
A múmia da
Rainha Tiye foi encontrada dentro da segunda câmara lateral da tumba de
Amenhotep II. Encontrado em 1898 por Victor Loret, descobriu-se que o túmulo de
Amenhotep II havia sido usado mais tarde pelo sacerdócio egípcio antigo como um
depósito para muitas múmias reais, abrangendo as dinastias 18 e 19.
Tiye é
originalmente considerada por alguns egiptólogos como tendo sido ou
"supostamente ter sido" enterrada na nova capital de seu filho,
Akhetaton (moderna Tel el-Amarna), com a presunção de que o corpo da rainha e
os outros membros da realeza de sua família foram transferidos depois que a
nova capital de seu filho desabou após sua morte. Depois, há a teoria de que
Tiye seria enterrada na tumba de seu marido Amenhotep III.
Veja supostamente a sua aparência no tempo de vida.
https://www.facebook.com/AfricanizeOficial/photos/a.591610747649356/2327148124095601/?type=3
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/por-anos-nao-reconhecida-a-intrigante-mumia-da-rainha-ti-avo-de-tutancamon.phtml
Informação:
Se os links acima não abrirem, leve-os ao google.
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MATA GRANDE
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.941
Estamos
encerrando a série de cidades montanhosas do Maciço de Mata Grande, extremo
Oeste de Alagoas, após Água Branca, Inhapi e Pariconha. O município de Mata
Grande já teve seu auge histórico tanto quanto se chamava Paulo Afonso, quanto
na denominação moderna de Mata Grande. Tem muitos destaques físicos e mil
histórias para contar. Foi a cidade alagoana que repeliu ataque de Lampião e
seu bando, impedindo-o de entrar na urbe. Situada a uma altitude de 635 metros,
a cidade dista da capital, Maceió, 280 Km. Mata Grande possui uma população de
mais de 21.000 habitantes e que são chamados mata-grandenses. Seus grandes
festejos de Emancipação Política acontecem no dia 5 de junho, data da sua
Emancipação em 1902.
O
aspecto de Mata Grande é diferente de tudo que você já viu. Ladeirosa,
agradável e bela, a sua padroeira é Nossa Senhora da Conceição celebrada em 22
de dezembro, dia em que a cidade toda se engalana e demonstra toda a fé dos
corações dos seus munícipes. Suas terras de altitude são férteis e sua
vegetação antiga e arbórea permitiu que o município chegasse ao título oficial
que possui e se consolidou. Quanto ao alcance da sua agricultura, é bom dizer
da satisfação que se tem de uma listagem galante: algodão, banana,
cana-de-açúcar, cebola, feijão, laranja, mamona, mandioca, manga, melancia,
melão, milho, tomate... E por aí vai.
Mata Grande
muito abasteceu a região e além região, de rapaduras, graças aos seus engenhos
rapadureiros, assegurados pela cana-de-açúcar, bafejada pela a sua altitude. A
paisagem das montanhas encanta acumulando belezas por todos os recantos do
relevo e traduz um orgulho alagoano: o pico mais alto do estado de Alagoas: a
serra da Onça, nos seus arredores, com mais de 1.000 metros de altitude.
Ultimamente a cidade ganhou acesso asfáltico também com intercessão pela
BR-316. Pode-se se chegar a Mata Grande pela rodovia AL-145 Água Branca – Mata
Grande, também
Quem conhece
valoriza.
Vamos lá!
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PONTOS DE REFERÊNCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de agosto de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.939
Achamos que as autoridades, quando houvesse um marco importante da história da cidade, pudesse registrar e arquivar no Patrimônio Público a bem da histórico municipal, caso tivesse de ser extinto, até por catástrofes naturais. O problema é que os compromissos dos ignorantes, os não estudiosos do seu torrão, a má vontade com o patrimônio coletivo ou a empáfia desajustada, prejudica pesquisadores, estudiosos e uma tradição histórica. Estamos nos referindo aos inúmeros casos que acontecem neste país chamado Brasil. As coisas simples, de tradição até seculares, fazem parte da cultura de um povo, seja popular, seja elitista. Vamos nos referir a três coisas do cotidiano santanense desde os tempos dos nossos avós.
“As Cajaranas”, lugar marcado por um conjunto de árvores chamadas cajaranas, situadas no final da antiga rodagem para Olho d’Água das Flores. O lugar “Cajarana”, hoje rua situada por trás do Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo, por existir ali uma frondosa cajarana. Um marco que dividia o trecho urbano do rio Ipanema em dois; uma craibeira baixa, de tronco muito grosso e torto, situada na margem direita do rio, na curva perto da antiga olaria de “Seu Piduca. O pé de mulungu muito antigo à beira do caminho abaixo da famosa fazenda de Isaías Rego – estrada para a serra do Poço. E a craibeira frondosa por trás da delegacia de polícia, onde se armavam os circos que chegavam à cidade. Olhem o destino desses patrimônios de Santana do Ipanema de longa e longa tradição:
As cajaranas foram cortadas, ficando apenas os tocos. Quem fez o crime? A cajarana do outro lugar Cajarana, já havia sofrido um atentado de incêndio por um bêbado ou um irresponsável. Foi derrubada por uma forte ventania e, o lugar continua sendo chamado Cajarana. Até o hospital é denominado pelo povo de Hospital da Cajarana. Da craibeira do rio Ipanema, restou apenas o toco. Quem praticou o crime? O pé de mulungu, também foi cortado na surdina. Só o toco ficou. E a craibeira dos circos, foi derrubada por ordem do, então prefeito Paulo Ferreira, que não atendeu inúmeros pedidos da sociedade, inclusive, um apelo nosso num jornalzinho maçônico da época. Assim a história de um município vai se apagando e seus habitantes, viram alienados da história.
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GAMÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de agosto de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.939
O senhor Cariolando Amaral, dono de farmácia por muitos anos em Santana do Ipanema, era muito sério, porém grande folião em nossos carnavais. Usava uma permanente gravata borboleta que não era dispensada em nenhum momento do dia. Aliás, era a única figura da cidade, que conservava esse hábito antigo de elegância. Sempre estava entre o balcão da farmácia e a calçada, jogando gamão com seus parceiros cativos. Quando foi construída a primeira pracinha de Santana, no largo, hoje, prof. Enéas, “Seu Carola”, como era conhecido, doou os três bancos de cimento sem encosto e, segundo testemunhas, para representarem suas três filhas pequenas, na Pracinha João Pessoa. Mas Seu Carola também se tornou delegado civil por um bom tempo e atuava na sua farmácia, primeiramente no “prédio do meio da rua”.
O que chamava atenção naquele estabelecimento comercial, era o busto de um negro forte, careca e lustroso, envergando uma barra de aço, propaganda de um remédio. Quando demoliram o prédio do meio da rua, ficou no solo da farmácia e na rua, um verdadeiro mar de bainhas de facas espalhadas. Com o tabuleiro de gamão em cima das pernas suas e do seu adversário, o jogo era constante. Copo de couro para misturar e jogar os bozós (dados) e as pedras de marcação que eram sementes de mulungu, grandes, vermelhas e belas, atraiam os olhares dos “perus”. E como crianças ou adolescentes, tentávamos adivinhar de onde vinham aquelas sementes tão bonitas. Mas eram sementes dos tantos mulungus que havia na região periférica da cidade.
Dizemos sem certeza que a farmácia de Seu Carola se chamava “Farmácia Amaral”. Era o tempo em que as pessoas compravam muito maná e Seu Carola vendia bastante esse produto. A farmácia, com a demolição do prédio do meio da rua, passou a funcionar em um dos compartimentos comerciais do casarão da esquina, onde funcionou no primeiro andar, o “Hotel Central”, de Maria Sabão. As partidas de gamão passaram a ser na sombra que fazia à tarde, na parte da escadaria do hotel. E como se dizia como forma de desprezo: “Gamão é jogo de velho...” Será que o gamão tinha o poder de driblar as mazelas da vida?
Ah, só se perguntasse ao negrão que torava aço na farmácia Amaral de Seu Carola!.
MULUNGU (FOTO: TEREZINHA TAVARES)
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