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terça-feira, 14 de abril de 2020

90 ANOS DA GUERRA DE PRINCEZA – CRONOLOGIA DE UM CONFLITO JOÃO DANTAS EM PRINCEZA


Deflagrada a Guerra de Princeza, muitos simpatizantes da causa ou desafetos do presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque vieram à Princesa em visita ao coronel José Pereira Lima. Alguns se apresentavam até com algum subsídio financeiro que ajudasse a proporcionar melhor desenvolvimento da luta, outros com propostas estratégicas com o intuito de derrotar, o mais breve possível, o presidente paraibano. Um desses foi o advogado paraibano João Duarte Dantas. Vindo também em visita a seus familiares (pais) no município de Alagoa de Monteiro (atual Monteiro) em 08 de março de 1930, fez extensiva sua viagem até Princeza. Ali chegando no dia 10, Fez-se hóspede do coronel Zé Pereira até o dia 14 do mesmo mês. Acompanhado de um seu irmão – José Duarte Dantas -, visitou o palacete de Epitácio Pessoa de Queiroz Sobrinho, onde se reuniram para confabular sobre as possibilidades da abertura de uma frente de luta vinda do vizinho Estado do Rio Grande do Norte, para combater a polícia de João Pessoa. Adquiriu com isso as simpatias do coronel, porém, por motivos da perseguição sofrida pelo Chefe de Polícia da Paraíba, Adhemar Vidal, teve de fugir da Paraíba, em 25 de junho, para a cidade do Recife tornando impossível a realização dessa empresa. Nesse mês de março estavam agitadas as dissenções políticas e exacerbada a luta que Princeza travava contra a polícia da Paraíba. João Dantas e seus familiares já estavam sendo alvos de campanha difamatória através do órgão oficial do Estado da Paraíba, A União. O advogado vinha recebendo constantes ataques daquele jornal, o que era extensivo também a seus familiares. Prova disso é que, durante sua estada em Princeza, João Dantas expediu telegrama ao cunhado do presidente João Pessoa, o senhor Celso Cavalcanti, na cidade de Monteiro, com o seguinte teor:


“Princeza – 12-03 – Coronel Celso Cavalcanti – Alagoa de Monteiro – Acabo saber vossos propósitos contra meu pae, irmãos, aos quaes visitei dia oito, deixando-os nesse município alheios movimento Suassuna, José Pereira, unicamente ocupados labores fazenda, onde não há gente armada, armamentos, nem intuito lucta. Estive sede esse município, palestrando juiz e escrivão, constatando paz, normalidade reinantes. Sciente desnecessário aparato armado vos cercastes, bem como propósitos hostis contra minha família, vos declaro responsável qualquer desacato venha ella soffrer. Saudações João Duarte Dantas”.

Como vemos, já aí, João Dantas respondia às ameaças oferecidas à sua família com prenúncio de retaliação, o que realmente veio a acontecer. Nesses cinco dias que permaneceu em Princeza, o advogado de 42 anos de idadeinteirou-se de todas as ações promovidas pelos líderes dos chamados “Libertadores de Princeza”, visitou alguns locais de combates, conheceu a cidade, ciceroneado pelo próprio José Pereira, passeando pela rua principal, conheceu a Igreja Matriz e visitou algumas das residências mais importantes da cidade, atendo-se mais demoradamente ao pé do monumento (estátua) construído em homenagem ao ex-presidente Epitácio Pessoa, ocasião em que tecera o seguinte comentário: “Antes não tivesse sido erguida!”. Ao que o coronel, ponderado como era,replicou: “Não, doutor Dantas, o homem que aí está homenageado fez por merecer. O que hoje acontece, são contingências do destino”. Pouco tempo depois, em 25 de maio, João Dantas teve de fugir da capital paraibana para não ser preso pela polícia de João Pessoa, refugiando-se no Recife onde em 26 de julho daquele fatídico ano, assassinou o presidente João Pessoa. Foi esta a única vez que Dantas esteve em Princeza.

(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 14 DE ABRIL DE 2020).


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POSSÍVEL FILHA DE LAMPIÃO



Dona "Luzia" uma possível filha de Lampião que em idade avançada luta contra o tempo a espera da boa vontade de familiares do cangaceiro-mor para realizar um exame de DNA para comprovar se ela é ou não filha do Rei do Cangaço.

Espero que essa história venha a ter um desfecho favorável.

Texto: Geraldo Antônio de Souza Júnior
https://youtu.be/RozN-tnaDjc


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AS MULHERES NO CANGAÇO


Por Raquel Nogueira

Penedinho quis entrar no bando de Lampião, mas o Rei do Sertão tinha olho de lince e não o admitiu no seu bando. Canário, sem o mesmo olho de lince do Rei do Cangaço, o admitiu em seu grupo, Penedinho esperou a oportunidade certa e matou Canário numa madrugada, no dia 12 de Agosto do ano de 1938, poucos dias depois da morte dos onze de Angico do outro lado do Rio São Francisco.

No rancho em que estava Canário, quedaram Maria Adília, Xexéu, Delicado, Sabia, Quina-Quina, Pitombeira, uma outra mulher e um outro cangaceiro, o assassinato de Rocha aconteceu dessa forma: Enquanto este misturava farinha de mandioca com açúcar em uma cuia, Penedinho pegou o mosquetão com a desculpa de que ia limpar a arma, matou Canário e lhe cortou a cabeça. Chegou à fazenda do Coronel com a cabeça de Canário e o Coronel imediatamente mandou um de seus moradores avisar ao tenente Zé Rufino que partiu com sua volante e encontrou o corpo de Canário no mesmo local do assassinato e cento e cinquenta contos de réis.

Maria Adília não derramou uma lágrima sequer pela morte do companheiro, depois das entregas ela ficou presa durante cinco dias, a colocaram numa cela junto com outros presos, mas dois soldados a tiraram de lá e ela ficou na cela livre da delegacia durante esses dias.

Durante a vida sofrida e violenta do cangaço ela só teve notícias dos familiares depois das entregas, pois muitos deles foram para a cidade de Propriá. Seu pai, Antônio Mulatinho, a recebeu bem e sua mãe, Dona Madalena, teve uma alegria tão forte em saber que a filha estava viva e ali na sua frente que ficou três dias deitada na cama sem falar. No outro dia ela foi se entregar então o pai dela foi à casa do patrão, que fez uma carta para o Capitão24escrevendo sobre a entrega da filha e indo para a delegacia junto com ela. O capitão a indagou se ela foi cangaceira e bandida ela confirmou, mostrando a fibra de mulher valente e cangaceira que foi ela disse que estava ali para o que desse e viesse e que se ele queria matá-la, o momento seria aquele. Foi nesse momento em que ela foi presa e os dois soldados colocaram ela na cela livre e como estava grávida e provavelmente num estado adiantado, o capitão deu ordens para ela ir ter a criança na capital de Sergipe, mas como ela conhecia um sargento da volante ele a instruiu a dizer que estava com dor de dente e com dor nos quartos. Um dos soldados desconfiou e a chamou de peste, dizendo que ela não tinha nada e que devia ser levada mesmo para Aracaju, o sargento mandou que o soldado tivesse respeito por ela e não a chamasse daquele nome.

(Nogueira Emídio; As mulheres no Cangaço, páginas 65,66 e 66 Editora Clube de Autores).


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NOTA DE FALECIMENTO!


 Por Anildomá Willans

Quem faleceu aproximadamente às 18h30 de hoje no Hospital São Vicente em Serra Talhada foi João Saturnino da Maniçoba, filho de Zé Saturnino. O corpo vai ser velado no BM e amanhã está indo para o São Miguel, onde será o sepultamento.

Faleceu aos 90 anos.

Aproximadamente 6 dias atrás quebrou o fêmur e foi feito a cirurgia, em consequência teve uma crise renal e levou a óbito.


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NOVOS BAIANOS, MORAES MOREIRA, POMBO-CORREIO POUCO DORME, LONGE AVOA!!


Por José Serra

Fato curioso que trago na lembrança dos Novos Baianos de final dos anos sessenta. Meus pais tinham uma pequena granja na Bandeirantes 6353, Vargem Grande, que se localizava em frente onde está hoje o Projac da Globo, na época eram sítios tranquilos. Mais adiante, ficava uma chácara em que viviam alguns “hippies”, todos cabeludos, as jovens com típicas saias de ciganos, magricelos, passavam o tempo a cantar e tocar instrumentos de corda e percussão, andavam descalços e fumavam cigarrinhos.

Sítio do Camorim, Novos Baianos, 1967 - BahiaNova

Baby, Paulinho, Moraes .....Sítio do Camorim, Novos Baianos, 1967/68.  BahiaNova

Às vezes aparecia um ou dois deles na nossa granja para compra do frango, entrava e ficava esperando alguns minutos minha saudosa mãe fazer a depena do galináceo. Lembro-me de Paulinho e Moraes Moreira com bandolim sentado embaixo do caramanchão de maracujás e passava a dedilhar trechos das músicas. Ainda não tinham a fama. Eu muito garoto, observava a maestria do guitarrista. Certa vez Paulinho me convidou pra bater bola na pelada no sítio. Algumas vezes eu fui e até já me vi em foto da época. A Baby e a mulher de Paulinho distribuíam camisas coloridas, era uma alegria só. Depois da pelada era encarar uma gamela que se servia de um panelão de arroz, outro com macaxeira frita e uma bacia com frango desfiado de forno (este eu conhecia!).

Pelada de bola  - Sítio do Camorim, Novos Baianos, 1967/68  - BahiaNova

Bacia de frango desfiado. - depois da bola  - Vídeo Fantástico

Anos se passaram os Novos Baianos ganharam o mundo, estouravam nas rádios e tevês, entre shows carreando multidões! Preta, pretinha! Besta é tu! Menina dança! ..... Já não precisavam viver em comunidade de hippies baianos em bairro distante, sucesso absoluto, cada um na sua!

Primos em visita à granja. -  Herculano, Isabel e Ana.

Os galpões eram separados para as vacinas obrigatórias.

Hoje é a tristeza, Moraes Moreira, tal qual o pombo-correio, ave que quase não dorme, partiu para uma avoada de responsa! Pra junto do Sítio encantado do Deus dos justos! Acabou chorare!


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REPORTER DIARIO com Davi Jurubeba


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JOSÉ SATURNINO - PARTE 1


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