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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O HUMILHANTE FIM DO VALENTÃO JOÃO JANUÁRIO.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=adYuddlFzZ0&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Nesse vídeo o ex-comandante de Força Policial Volante baiana, José Mutti de Almeida "Mutti", conta a história do valentão João Januário, um velho e conhecido desordeiro que foi integrado nas Forças Volantes baianas que naquela época combatia o cangaceirismo e o banditismo nos sertões do Nordeste. Um elemento de alta periculosidade que chegou a desafiar e encarar notórios chefes de Volantes baianas a exemplo do Tenente Arsênio Alves de Souza e o temível Santinho (Ladislau Reis de Souza), sendo expulso de ambas as Volantes por insubordinação e por obra do destino foi integrado na Força Volante comandada por Mutti, onde não foi diferente, chegando inclusive as vias de fatos com o comandante. Quer saber o como terminou essa história? Assistam o vídeo e se inscrevam no canal para receber todas as nossas publicações e postagens. 

Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões.

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Forte abraço! 

Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaçologia Shorts e Arquivo Nordeste. 

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A CAPELA QUE SANGRA E A DEGOLA DE ZÉ BONITINHO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=ru2W22KB97U&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Quer ajudar nosso canal? Nossa chave Pix é o e-mail: narotadocangaco@gmail.com 6º vídeo da série Rota do Cangaço - Poço Redondo, onde os pesquisadores Rangel Alves da Costa e Orlando Carvalho falam sobre outras três mortes da Chacina do Couro. Também um depoimento intrigante do Sr. João da Aruanda sobre a capela que sangra e fechando o vídeo, a degola de Zé Bonitinho. 

Ilustrações: Matheus Almeida Cordeiro Violão: Beto Sousa Link desse vídeo: https://youtu.be/ru2W22KB97U

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LIVRO DO GUILHERME MACHADO.

     Por José Mendes Pereira


Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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ANTONIO AMAURY

 Por Kiko Monteiro


A seguir postamos espetacular entrevista concedida pelo mestre Antonio Amaury Corrêa de Araújo, o paulista mais nordestino de todos os paulistas, um dos ícones do estudo e pesquisa da temática cangaço no Brasil, uma das presenças mais honrosas no Cariri Cangaço.

Manoel Severo, Antonio Amaury e Danielle Esmeraldo

A entrevista foi feita ao amigo Kiko Monteiro por ocasião do Cariri Cangaço e transcrita no prestigiado blog "Lampião Aceso" do querido confrade, a qual transcrevemos para os leitores do blog Cariri Cangaço.

Antonio Amaury e Waldir Junior

Qual é o filho preferido do acervo? (Sobe o conjunto de sua obra...)Assim morreu Lampião.E de outro autor?"Lampião" de Ranulfo Prata.

- Qual é literatura recomendada para um calouro?

- Vai soar com autopromoção, mas entre os mais de 200 títulos existentes eu indico que comecem pelo meu acervo que foi fruto de uma pesquisa séria além de muita intuição para repassar depoimentos e narrativas de quem viveu o cangaço.

- Atualizando números: Com o aparecimento de Durvinha, Moreno e Aristéia quantos personagens desta história foram entrevistados por Antonio Amaury?

- Moreno e Durvinha não acrescentaram nada, entenda, para o que já sabíamos. Aristéia tem menor importância ainda, pois só viveu seis meses num subgrupo, nunca participou de um combate e nem sequer conheceu Lampião, Maria Bonita etc. Possuo precisamente sete mil entrevistas a maioria em arquivo de áudio. As mais importantes seriam: Sinhô Pereira, João Ferreira e Mané Veio foram peças de grande valia para a construção da história.

- Quem foi o primeiro?

- Foi uma figura apagada, filho de um coiteiro que tinha 15 anos quando conheceu Lampião na ocasião de uma visita à fazenda do pai. Mas no ano de 67 eu tive um contato coletivo... um acúmulo de conhecimentos com vários envolvidos conheci: Dadá, João Bezerra, Mocinha (irmã de Lampião ainda viva).

- Quais destes contatos foram os mais difíceis?

- Quase sempre com soldados houve certa resistência para dar depoimentos.

- Amaury teve que pagar para obter entrevista?

- Sim, várias vezes.

- Qual o contato que não foi possível e lhe deixou de certo modo frustrado?

- Aconteceu mais de uma vez, mas lamento mesmo não ter tido um encontro com o jornalista Melchiades da Rocha ele era do jornal "A noite ilustrada" do Rio de Janeiro e estava em Angico três dias após o Massacre, ele viveu aquele momento conversamos por telefone eu insisti para um encontro, mas ele não cedeu, não quis aproximação.

- Um cangaceiro?

- Balão.

- Um volante?

- Manoel Neto.


- Um coadjuvante?

- Tenente João Maria, de Serra Negra. (Hoje Pedro Alexandre-BA).

- Uma personagem secundária?

- Jogo para esta posição na pirâmide o cabo Antonio Honorato, dá impressão que teve grande importância, ele se rogava "o homem que atingiu Lampião", mas nunca foi provada a sua ação.

- O que pretende fazer com as centenas de horas em entrevistas colhidas em vídeo?

- Estamos com a proposta de um estúdio e possivelmente vamos criar uma coletânea de vídeos afinal são mais de 250 horas de imagens.

- E quanto às peças e relíquias é real o desejo de montar um museu particular?

- Sim, mas já existe uma exposição itinerante com parte de meu acervo que atualmente circula pelo nordeste sob os cuidados de Ricardo Albuquerque neto de Adhemar Albuquerque da ABA films.

- Nós que gostaríamos de ver um filme que retratasse um cangaço autêntico, fiel aos fatos, sem licença poética, sem erro primário enfim sem exagero da ficção lamentamos a eterna necessidade de se ter finalmente uma produção digna da saga, de preferência um épico ou uma trilogia, enquanto isto não foi possível qual a película mais lhe agradou?

- O mais próximo com a verdade Corisco o diabo loiro, com Leila Diniz e Mauricio do Vale.

- Eleja a pérola mais absurda que já leu sobre Lampião?

- Ultimamente tenho ouvido cada balela que é difícil destacar a pior, mas "Alguém" disse... pessoas descompromissadas afirmaram para um jornal: Lampião tinha pretensões de ser governador.

- Além da nova edição ampliada da obra Assim morreu Lampião qual a próxima novidade que teremos em nossas estantes?

Assim morreu Lampião ainda está encaminhada, "Cidades invadidas ou visitadas" também, estou preparando um livro sobre "Maria Bonita", mas meu próximo livro mesmo, o qual esperava ter lançado aqui no Cariri Cangaço é "Lampião, herói ou bandido?" a editora não me entregou a tempo de viajar.

Antonio Amaury, Ivanildo Silveira e Alcino Costa

- Qual é o capitulo preferido do mestre Amaury?

- A história do cangaço é um tema tão controverso tem capítulos extraordinários e chocantes. Elejo três: Lampião em Juazeiro, Mossoró, e a batalha de Serra Grande.

- Diante de tantas polêmicas surgidas posteriormente a tragédia em Angico alguma chegou a fazer sentido, levando-o a dar atenção especial ex.: Ezequiel reaparece anos mais tarde, João Peitudo filho de Lampião, O Lampião de Buritis e esta, mais recente sobre a paternidade de Ananias?

- Sim, o caso Ananias, pois acompanhei de perto. Foi interessante até determinado ponto, depois achei por bem recuar.

- Qual foi o melhor momento deste Cariri Cangaço?

- Gostei de todas as palestras, mas as mais interessantes foram a do Promotor Ivanildo Silveira e a de Honório de Medeiros.

Antonio Amaury a Kiko Monteiro

Entrevista concedida ao Blog Lampião Aceso.

http://cariricangaco.blogspot.com/2009/10/antonio-amaury-por-kiko-monteiro.html

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CEGO ADERALDO FAZ O RETRATO DE LAMPIÃO EM VERSOS

Acervo do José João Sousa

Em Arapiraca, Alagoas, certa vez, quando me perguntaram que ideia eu fazia de Lampião, peguei a viola e cantei esse improviso que ainda hoje é repetido pelos sertões do Nordeste:


O retrato de Lampião

Eu descrevo com capricho:

Não brigando, era simpático,

Dentro da luta era um bicho,

Com o seu terno de mescla

E alpargata de rabicho...


Pulava igualmente a gato,

Com o rifle e a cartucheira

Mais um rifle pequenino

Que tinha na bandoleira

E um revólver Anagão

Chamado espanta-ribeira.


Ostentava na cabeça

Um grande chapéu de couro,

O seu pescoço era ornado

Com um lindo colar de ouro.

Se lia no rosto dele:

“Não suporto desaforo.”


Zé Antonio do Fechado

Foi um grande valentão:

Zé Dantas, João Vinte e dois

Era uma assombração...

Jesuíno brigou muito,

Mas não como Lampião.


Fonte: Jornal de Poesia

https://www.facebook.com/

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CHICO PEREIRA PERSONAGEM MÚLTIPLO

 Por: Guerhansberger Tayllor

Guerhansberger Tayllor e Narciso Dias


Partindo da ideia de que a história é ciência e que a memória seria uma das suas matrizes, Le Goff (1992) aponta que a memória faz parte do jogo do poder que autoriza manipulações conscientes ou inconscientes, que obedece aos interesses individuais ou coletivos. Já a história, como todas as ciências, tem como compromisso a busca por verdades, bem como a desconstrução dos discursos memorialísticos. Como historiador, através deste trabalho, busco compreender como foram fabricadas as memórias sobre o cangaceiro Chico Pereira, investigando quais os interesses que estavam em jogo no seu processo de construção.  
Entendendo Chico Pereira como um personagem múltiplo e que sobre o seu corpo se inscreveram inúmeros significados dito pelos outros, penso como esses sentidos forjaram e definiram memórias sobre esse cangaceiro. Para tanto, trabalho o conceito de capitalização dos corpos, desenvolvido por Michel de Certeau, em seu livro a “Escrita da História”. Isso implica no investimento de significados que empreendem verdades sobre o que é dito sobre os corpos dos outros (nesse caso, o de Chico Pereira) instituindo memórias. Michel de Certeau apresenta esse conceito quando discute a conquista da América pelo europeu, quando este escreve a história a partir do lugar do vencedor, o Ocidente, a partir do gesto de silenciar o outro.   

  Assim sendo, colonizar o corpo do outro é habitá-lo, no sentido de dominá-lo através de valores do “eu”. 7 Foi por meio das inscrições sobre o corpo de Chico Pereira que suas memórias foram fabricadas a partir de signos interessados, com vontades de mobilizar verdades, seja como sendo um corpo incriminado pelos jornais e processos criminais (trabalhados no primeiro capítulo), seja como o injustiçado e vítima do seu meio social construído pelos signos do seu filho no livro Vingança, não (desenvolvido nos dois últimos capítulos). 

Michel de Certeau  

Este trabalho de caráter historiográfico propõe pensar como a escrita do livro Vingança, não constituiu uma inscrição memorialística para decodificar o corpo do cangaceiro Chico Pereira. Através do conceito de lugar social de produção, busco problematizar os discursos interessados da escrita da história na construção de memórias que estabeleceram lembranças e esquecimentos para se entender a história de Chico Pereira. Antes de apresentar os capítulos, gostaria de confidenciar para o amigo (a) leitor (a), que o título deste trabalho Nas redes das memórias: as múltiplas faces do cangaceiro Chico Pereira carrega um rastro biográfico deste jovem historiador.  

Nas redes das memórias porque, na infância, lembro-me quando meus pais saíam de casa para trabalhar e eu corria para a casa de minha avó paterna (Luiza, a quem carinhosamente chamo de “Pris”). Ela, afetivamente como sempre, estendia a rede no alpendre da casa, convidando-me para dormir. No vai e vem da rede, ouvia “estórias” que ela contava sobre um livro que havia lido nos tempos de professora. Este livro se chama Vingança, não. Lembro que minha avó falava em um tal de Chico Pereira e eu a perguntava: “– Quem foi Chico Pereira, vó?” Ela respondia: “– Foi um cangaceiro, meu filho. Mas que não fazia mal a ninguém. Foi um jovem injustiçado. Mataram o pai dele, e ele teve que se vingar”. 

Cariri Cangaço em Visita a Fazenda Jacu, de Chico Pereira

As forças das minhas escolhas e do destino me trouxeram até a escrita deste trabalho, aqui estou tentando me aventurar pelas redes das memórias interessadas, que produziram múltiplas faces para o cangaceiro Chico Pereira. Esse título foi também uma forma de homenagear a minha querida avó Luiza. Só agora posso tentar esboçar uma resposta à pergunta que fazia na rede das memórias da minha “Pris”: – Quem foi Chico Pereira, vó? Para tanto, gostaria de convidar o amigo leitor para conhecer como montei essa resposta nos três capítulos apresentados a seguir.  

No primeiro capítulo, procuro compreender como o cangaço passou a ser objeto de estudo da escrita da história e como seus primeiros escritos tecem memórias sobre esse fenômeno e os seus sujeitos. Para isso, uso os livros: O Cabeleira (1876), de Franklin Távora; Heróis e bandidos: os cangaceiros do Nordeste (1917), de Gustavo Barroso; Lampeão: sua história (1926), de Érico de Almeida; e Lampião (1933), de Ranulfo Prata. Esses dois últimos forjaram uma memória negativada sobre os corpos dos cangaceiros. Partindo disso, problematizo a construção de uma “memória maldita” sobre o corpo do cangaceiro Chico Pereira, que foi empreendida pelos discursos interessados dos jornais e dos processos criminais. 

No segundo capítulo, busco problematizar a reconstrução memorialística sobre Chico Pereira, mobilizada pela publicação do livro Vingança, não; escrito pelo seu filho sacerdote, Francisco Pereira Nóbrega. Usando o conceito de lugar social de produção, desenvolvido por Michel de Certeau, almejo entender como o discurso lançado pelo livro parte de um lugar que condicionou as escolhas feitas pelo autor para reescrever a história do seu genitor. No segundo momento, analiso as condições e possibilidades que proporcionaram a escrita do livro Vingança, não; ser aceita dentro da ordem discursiva de seu tempo. 

No último capítulo, proponho uma análise do livro Vingança, não, pensando como o filho reescreveu a trajetória do pai no cangaço. Para depois, apresentar como a escrita da história desse personagem se apropriou das memórias trabalhadas até aqui, ao tomar Chico Pereira como objeto de estudo. Em outras palavras, qual memória foi lembrada ou esquecida pelos pesquisadores? A “maldita”? Ou a redentora escrita pelo autor de Vingança, não? A partir de agora, espero apresentar ao amigo leitor o que concebo com as múltiplas faces do cangaceiro Chico Pereira. 

Continua...


Guerhansberger Tayllor

Pesquisador de Lastro, PB
Parte de Monografia:
"Nas Redes das Memórias:As múltiplas faces do Cangaceiro Chico Pereira"

https://cariricangaco.blogspot.com/2016/07/chico-pereira-personagem-multiplo-por.html?fbclid=IwAR1xpvL8OwzOvQ_hdRUNTVJvZ1aTZMDbMaWD7r6Dq8Yvtgw-Mv1zSaMK29o

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TRABALHO DO ARTISTA PLÁSTICO CARNEIRO CARNEIRO.

Foto do Artista plástico Carneiro Caneiro
Foto do Artista plástico Carneiro Caneiro
Foto do Artista plástico Carneiro Caneiro
Foto do Artista plástico Carneiro Caneiro

Grandes obras!

O artista é muito simples. Veja que ele está simplesmente calçado com chinelos. Parabéns para ele.

Se usar alguma dela ou todas em seus trabalhos, não se esqueça de colocar o nome do artista plástico, que é Carneiro Carneiro. É um direito que assiste a ele.

https://www.facebook.com/carneiro.carneiro.7712

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CANGAÇO EM CASTELO DO PIAUÍ: O CANGACEIRO QUE SE ESCONDIA NA FURNA DAS BROTAS

 Por Augusto Júnior Vasconcelos

https://blog-carlossoares.tumblr.com/post/155524409453/desenhos-cangaceiro-e-cavalo-de-pau-nankin

Os cangaceiros foram homens do Sertão que cansados da vida dura, da opressão dos coronéis e do governo, viveram à margem das leis, fazendo as suas próprias, a chamada lei do cangaço.

Originalmente eram, sertanejos, vaqueiros e jagunços de coronéis, mas por alguma insatisfação se debandaram para o cangaço.

O cangaço teve sua origem no final do século XVIII com José Gomes, vulgo Cabeleira e o mais famoso deles foi Virgulino Ferreira da Silva “O Lampião” que para muitos era um bandido e para outros, herói.

O término do cangaço ocorreu na época da Era Vargas e pouco se sabe sobre histórias de cangaceiros no estado do Piauí. Por ser uma região limítrofe com outro estado, em Castelo do Piauí os cangaceiros passavam porque a região era corredor migratório entre o Ceará e o Maranhão e também por ser lugar de vegetação semiárida, onde esses bravos e destemidos homens costumavam se esconder.

Uma das primeiras descrições abrangentes sobre a Vila de Marvão (atual Castelo do Piauí) em relação ao banditismo foi escrita em documento pelo ouvidor da Capitania do Piauí, Antônio de Moraes Durão, que disse:

“Esta Vila de Marvão é a pior de toda a Capitania porque se acha no sítio mais seco e fúnebre da mesma. Tem únicas três casas ou moradores, para melhor dizer, pois ainda que aquelas sejam mais, não tem inquilino algum. O vigário, o juiz, o escrivão e o pior é que nem esperança deixa desses aumentos por lhe faltarem todos os princípios condizentes para os mesmos”.

No texto Durão comenta principalmente o problema do incontrolável banditismo nas regiões limítrofes com o Ceará, o que pode caracterizar o começo do Cangaço.

Mais recentemente na década de 1930 a localidade Brotas que dista 12 km da sede do município de Castelo do Piauí, uma furna como dizem os populares se referindo a cavernas, serviu de abrigo e moradia para um cangaceiro de nome Joaquim Francisco.

O cangaceiro Joaquim Francisco

Sua origem é desconhecida, sabe-se apenas que ele desertou de um grupo que passou por aqui e teria ficado na região das Brotas. Contam alguns moradores mais antigos do lugar que o cangaceiro usava uma das furnas da localidade para se esconder da polícia e que no local existia um tesouro.

Seria parte dos roubos que o cangaceiro guardava?

Certo dia, tudo transcorria como de costume, Joaquim fez seu café usando rapadura para adoçar a bebida. O silêncio era total, quebrado de vez em quando pelo vento e canto das aves que ecoava ao longe.

A hora do almoço se aproximava e sentado tranquilo no interior da furna, Joaquim assava um pedaço de carne seca em uma trempe montada próximo dele que parecia está supimpa, quando de repente foi surpreendido por uma guarnição da polícia.

O ataque surpresa foi oriundo de dias de observação dos passos do cangaceiro, que alvejado pelas costas, caiu morto ali mesmo.

O cangaceiro morreu sem sequer ter tempo para alguma reação e segundo se ouvia falar em outrora, ele teria sido traído por um companheiro de bando que viu todo o quiprocó escondido no mato e voltou para procurá-lo e ir atrás de parte do roubo que fizeram no Ceará e que Joaquim teria escondido na Vila de Marvão, na região das Brotas quando por aqui passaram fugindo de uma volante.

Vale mencionar também aqui que a Furna das Brotas é um sítio arqueológico que apresenta muitos indícios da presença do homem primitivo em suas paredes rochosas.

Texto: Augusto Júnior Vasconcelos.

Fotos: Juscelino Reis

Foto do cangaceiro meramente ilustrativa retirada da internet.

Se inscreva no canal do Blog do Augusto Júnior no YouTube: 

YouTube.com/blogdoaugustojunior

 https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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O CANGACEIRO SILVÉRIO

Por Matheus Bastos

No ano de 1929 no sertão do Ceará, o cangaceiro Silvério que é apadrinhado do Coronel Nesinho, ataca uma família de pequenos fazendeiros por terem desobedecido as ordens do cruel Coronel. Durante o ataque a fazenda é totalmente destruída, com a proprietária e mãe do protagonista, Dona Cidinha, tendo seu pescoço decapitado pelo cangaceiro e sua cabeça pendurada como aviso. Dirigido por Carlos Coimbra, é um dos mais importantes nordesterns, faroestes ambientados culturalmente e narrativamente no Nordeste. Foi escolhido como representante brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro na cerimônia do Oscar 1961, mas não foi indicado.

Disponível apenas no Youtube: 

https://www.youtube.com/watch?v=Bm7rcfVgkU0&t=369s

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LIVE DO CANGAÇO ETERNO

 Por Nelton Araújo

Venho aqui agradecer pela super Live de ontem ( 27 ) com os mestres do estudo do tema, Aderbal Nogueira e Sérgio Dantas, sem dúvidas foi um momento de grande aprendizado para todos nós apaixonados pela história.

Grato também a todos que estiveram acompanhando e os que não conseguiram ou não sabiam da Live, o link está aí abaixo.

https://youtu.be/ZLqx51viKUc

Forte abraço e Deus abençoe a todos.

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ESCRAVIDÃO ANIMAL

 Clerisvaldo B. Chagas, 27 de janeiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.649


      Na primeira curva da AL-120, Santana do Ipanema – Olho d’Água das Flores, era destaque uma granja que produzia mais de 2.500 ovos/dia. Limite entre a zona rural e urbana a citada granja pertencia ao senhor Milton dos Anjos, apontada por todos como a “granja de Seu Milton”. O local, segundo a embalagem do produto, chamava-se Lagoa do Mato. Um grande empreendimento para Santana e região, sem nenhuma dúvida. Mas as circunstâncias não permitiram a continuação do negócio e o terreno da granja foi vendido ao Loteamento Colorado, um núcleo residencial previsto para 800 residências, inclusive com estabelecimentos comerciais mais próximos à pista. Os lotes foram escalonados por ruas desde às margens da AL-120 até uma altura de 340 metro de altitude. Uma interessante colina antes escondida pelo matagal que cercava a granja.

Paisagem vista da última rua, topo da colina do bairro iIsnaldo Bulhões (foto: Ângelo Rodrigues).

O Loteamento colorado já construiu mais de cem residências, a maioria com arquitetura futurista de telhado embutido. Muitas construções ainda estão sendo feitas, porém, antecipadamente o local ganhou status de bairro com o nome Isnaldo Bulhões. Salvo a pista AL-120, o novo bairro é totalmente margeado por terras de fazenda. No topo da colina, a última rua só tem um lado, o outro é uma faixa de terra natural ajardinada de construção proibida. A paisagem é de tirar o fôlego. À noite, de um lado, inúmeros sítios iluminados. Do outro, o centro de Santana a piscar suas luzes lá embaixo. É de se passar uma noite só contemplando a paisagem paradisíaca. O Bairro Isnaldo Bulhões, calçado com pedras, é agora a nova elite santanense que sonha com pavimentação asfáltica.

Ainda aparecem cobras, lagartos, formigas pretas, corujas buraqueiras e pássaros diversos tal o quero-quero. Eis aí o histórico do bairro mais recente de Santana do Ipanema.  Na parte de baixo, ao lado da pista, encontramos restaurante, churrascaria, posto de gasolina, Loja de material de construção e o IFAL (Instituto Federal de Alagoas).  Agora a margem direita do rio Ipanema ficou assim, de Oeste a Leste, isto é, das imediações do Hospital da Cajarana à saída para Olho d’Água das Flores, Bairros: Paulo Ferreira (antigo Floresta), Domingos Acácio, Santa Quitéria, Santo Antônio e Isnaldo Bulhões.


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