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terça-feira, 2 de julho de 2013

MEMORIAL DA BATALHA DE JENIPAPO

Por: João de Sousa Lima

Durante minha estadia em Teresina para participar do Salão do Livro do piauí, o amigo Wilson Seraine me proporcionou alguns momentos inesquecíveis, conhecemos alguns museus e um dos momentos mais marcantes foi conhecer o Memorial da Batalha de Jenipapo.

Busto na entrada do memorial de jenipapo

O memorial fica ao lado do cemitério onde foram assassinados e enterrados vários sertanejos que lutaram nessa batalha.

PARA ENTENDER UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA:

A Batalha do Jenipapo  foi um confronto entre partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa, que procurava evitá-la, ocorrida no dia 13 de março de 1823, às margens do riacho de mesmo nome, localizado na região do atual município de Campo Maior, na província do Piauí. Ela é considerada fundamental no  processo de independência e consolidação do território brasileiro.


Além da população do Piauí, maranhenses e cearenses participaram do levante popular contra as tropas lideradas pelo Major João José da Cunha Fidié, que desejavam manter a região sob domínio lusitano e sufocar os movimentos de independência. O embate pode ser visto como um dos momentos chave da adesão da província piauiense ao processo emancipatório brasileiro.

 João de Sousa Lima e Jadilson no Memorial de Jenipapo

Com o retorno de D. João VI a Portugal a independência foi oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente Dom Pedro I em São Paulo, às margens do rio Ipiranga, no entanto,o gesto não representou a integração de todas as províncias do país.

Algumas armas do Memorial de Jenipapo

Com a intenção de impedir o crescimento das idéias separatistas, o governo português enviara desde 1821 para o Piauí o veterano das guerras napoleônicas, major Fidié. A intenção era manter a província ligada a Portugal e estabelecer com o Maranhão e Grão-Pará uma área de domínio lusitano.

Detalhes de uma arma exposta no Memorial de jenipapo

Após a declaração da independência do Piauí feita a 19 de Outubro de 1822, em Parnaíba, o comandante português reúne suas tropas e parte de Oeiras em direção à Parnaíba, a 13 de novembro, para combater os emancipacionistas liderados por Francisco Inácio da Costa, José Francisco de Miranda Osório, José Marques Freire, Luís de Sousa Fortes Bustamante Sá e Menezes, Simplício José da Silva, Luis Rodrigues Chaves, João da Costa Alecrim, José Antônio da Costa Cardoso e Alexandre Nery Pereira Nereu.

Wilson Seraine e João visitando o Museu da Batalha de jenipapo

Fidié chega a Campo Maior e, no dia 13 de março de 1823, pela manhã, onde tem início a batalha entre suas tropas bem armadas e experientes e brasileiros sem treinamento militar, utilizando paus, pedras e outros materiais de pouco poder ofensivo. Devido a superioridade bélica, o que se viu à beira do Jenipapo foi um massacre. 

Placa

Mesmo com a derrota do movimento popular, a Batalha do Jenipapo tornou-se decisiva para afastar o major João José da Cunha Fidié do Piauí e consolidar a independência e a unidade territorial do Brasil. Enfraquecidas, as tropas fiéis à coroa seguiram para Caxias, no Maranhão, onde foram derrotadas por piauienses, maranhenses e cearenses, a 31 de julho de 1831.

A Batalha do Jenipapo é um capítulo fundamental no processo de consolidação do território nacional e a data do acontecimento passou a ser estampada, a partir de 2005, após aprovação da Assembleia Legislativa do Piauí, na bandeira do estado.

Nota: Duas fotos não foram inseridas devido problemas na página.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço: 
João de Sousa Lima

 joaoarquivo44@bol.com.br
joao.sousalima@bol.com.br

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Paixão à Primeira Página

Por: Sara Saraiva
 Sarinha na casa de Chico Pereira em Nazarezinho

Participar da experiência do Cariri Cangaço Parayba tornou-se mais que especial devido ao livro 'Vingança, não', do Padre Pereira Nóbrega. Tive a oportunidade de lê-lo dias antes do evento!


Sou apenas uma iniciante no assunto, não tenho embasamento teórico. Li o livro com olhos leigos, sem críticas, apenas sentimento. E foi paixão à primeira página. Fiquei cativada de tal modo que cheguei a me emocionar em certos capítulos e criei uma enorme empatia pela família Pereira, por sua luta , e principalmente, pela mensagem que eles passam. Assim, pisar no solo onde essa história aconteceu tornou-se algo mágico.

Visualizar os detalhes, embora ruídos pelo tempo, da casa de Chico Pereira e imaginar a ansiedade de Maria Egilda, a angústia de Francisco Pereira, a chegada dos cangaceiros, os cercos da polícia... Transportar a imagem que criamos a partir da leitura e ver que tudo foi tão real... É fascinante. Não há outra palavra para descrever a sensação além dessa.

 
Sarinha e Manoel Severo, Casa de Chico Pereira

Vivo em meio a textos rápidos na internet e uma juventude que desconhece a própria história. Participar desse evento, para mim, foi como um despertar. Observar a seriedade e o compromisso com que os fatos passados são discutidos e analisados trouxe-me uma grande curiosidade acerca do Cangaço e da história do nordeste em geral. Resgatá-la, estudá-la e entender o contexto em que se desenrolaram os acontecimentos é uma forma de reconhecer erros, refletir, compreender realidades e mais, evoluir.

A obra de Padre Pereira, por exemplo, foi-me uma grande oportunidade de reflexão. Embora narre uma história de violência, há uma moral esplêndida divulgada logo no título do livro. Uma vez que a própria sociedade induzia a vingança, e que os interesses políticos e econômicos influem mais que o âmbito humano, ver a determinação de Jarda em conduzir seus filhos, com sucesso, a um caminho de perdão, apesar de toda injustiça acometida a família, é um exemplo de persistência e humanidade. Ressalto, deste modo, um trecho do livro que descreve bem esse valor:

  "Vingar-se é menos do que humano, porque é próprio das feras. Perdoar é mais do que humano, porque é próprio de Deus.''


Sara Saraiva
Fortaleza

http://cariricangaco.blogspot.com
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Caravana Cariri Cangaço percorre o Nordeste Por: Aderbal Nogueira


Em razão do ano eleitoral não tivemos a edição do Cariri Cangaço 2012, entretanto foi possível realizar um maravilhosa Caravana Cariri Cangaço por várias cidades de nosso nordeste, palcos de muitos episódios marcantes do ciclo do cangaço.

Esse vídeo documentário, produzido pela Laser Vídeo, do confrade Aderbal Nogueira, mostra um pouco do que foi a visita da Caravana Cariri Cangaço aos municípios de Serra Talhada, Triunfo e Floresta em Pernambuco; Piranhas e Delmiro Gouveia em Alagoas; Canindé e Poço Redondo em Sergipe e ainda Paulo Afonso, Santa Brígida e Jeremoabo na Bahia. Na verdade uma das mais sensacionais viagens do Cariri Cangaço.
Bom vídeo !

Manoel Severo

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