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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os cangaceiros de Bezerra Neto


           
            José Bezerra Neto, 71 anos é comendador, jornalista, escritor, e art-designer. Alagoano, de Palmeira dos Índios. tem três livros publicados: O Homem no Deserto; Esfinge – a saga do leão coroado (em 2001) e ZUMBI – o deus negro dos Palmares (2002) E um no prelo: Relevos de Piranhas, com farto documentário sobre o rio São Francisco, passagem do imperador D. Pedro II por Alagoas, a vida do cangaço e industrialização do nordeste, por Delmiro Gouveia.
            De 2003 para cá, além de escrever, vem trabalhando numa coleção de pinturas plásticas por meio do computador que já consta com um acervo de mais de 100 obras. As telas retratam a paisagens nordestinas, o folclore de Alagoas, vultos históricos, igrejas, casario e figuras da vida cotidiana.
            A descoberta de um novo estilo de arte, que mistura texturas no computador para virar tela de alta plasticidade, levou Bezerra Neto - a tornar-se um "pintor plástico", que usa a tecnologia dos softwares para compor belíssimos quadros sobre pessoas e vultos históricos do Nordeste, transformando o material colhido em excelentes obras de arte. Das páginas de um jornal antigo, capturou fotos, em preto e branco - chapadões gráficos - do bando de Lampião, aquele que assombrou e levou terror aos sertões nordestinos.
            Pintou "o rei do Cangaço", Maria Bonita e outros, que ganharam novas nuances. Espie.













Texto extraído e editado do Blog do Bezerra: Cangaceiros

"Lampião Aceso"

SEMINÁRIO DE MARIA BONITA

Acompanhe os flases da participação do Grupo Teatro Total até ontem, dia 24 de março, no Seminário Internacional de Maria Bonita. Pawlo Cidade (diretor) e Romário Góes (ator) caminharam pela trilha de Angicos, visitaram Piranhas-AL, Canindè do São Francisco-SE e em Paulo Afonso, na Bahia.

 Casa do coiteiro Pedro Cândido


 Pawlo e Romário na trilha de Angicos
 Piranhas - Alagoas

 Doces curiosos em Poço Redondo - Sergipe
 Romário na pedra em que Virgulino morreu
 Pawlo Cidade
 Kiko Monteiro, amigo do blog Lampião Aceso
 Manoel Severo, amigo do Cariri Cangaço
 João de Souza Lima (historiador de Paulo Afonso e Pawlo Cidade
 Romário Góes, em Piranhas. Ao fundo a ponte que divide o estado de Sergipe
 Abertura das discussões em Piranha, Alagoas
 Travessia do Rio São Francisco
Pawlo e Romário na Casa do coiteiro Pedro Cândido


Extraído do blog: "Cangaço"

Honório entrevista Manoel Severo

Danielle, Severo e Honório de Medeiros

Manoel Severo é um gentil-homem empreendedor de alto nível. Do nada, à custa de disciplina e talento, criou esse evento acerca do Cangaço, Coronelismo e Misticismo, que é referência no Brasil. Este ano, em Setembro, estaremos todos juntos lá, no Cariri, sob sua batuta.
         
Ao blog honoriodemedeiros.blogspot.com, gentilmente, Severo concedeu esta entrevista:
           
Blog: tudo pronto para o Cariri Cangaço deste ano? Quando será, quantos palestrantes, os temas...
           
Severo: Na verdade, o Cariri Cangaço não pára, é encerrando uma edição e já começando a formatar e preparar a próxima; entretanto, para um evento desta natureza e com abrangência e capilaridade que ele acabou assumindo, neste mês, vamos dedicar mais atenção à finalização de sua programação. Este ano o Cariri Cangaço terá como sub tema “Da Insurreição a Sedição”, trazendo para nossos convidados dois episódios marcantes da história de nosso Cariri: a Insurreição de 1817, onde irão despontar personagens como:

Bárbara de Alencar,
Martiniano de Alencar e
Tristão Gonçalves, e a Sedição de Juazeiro, quando

 Padre Cícero e Floro Bartolomeu se levanta contra o governo de

http://www.juanorte.com.br/Edi-047-06-09-09/imgs/img-colunahora.jpg
Franco Rabelo, protagonizando um dos épicos da história de nosso Ceará.
           
Teremos 16 Conferências seguidas de Mesa de Debates, com temáticas versando não apenas acerca do Cangaço, mas temas nordestinos, passando pelo Messianismo, Coronéis, Arte, Música, Fotografia, Cinema, dentre outros.
            
Blog: Quantos municípios estão envolvidos no evento? O Estado participa?
            
Severo: o evento que iniciou com quatro municípios, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha, agora conta com mais três importantes cidades: Aurora, Barro e Porteiras, cenários também de importância ímpar dentro do contexto do ciclo do cangaço do inicio do século passado. O governo do estado do Ceará ainda não confirmou sua participação, mas não temos dúvidas que teremos o apoio do senhor secretário da cultura,

Professor Pinheiro e
do senhor governador Cid Gomes.
             
Blog: Qual a previsão de público?
             
Severo: Já temos a confirmação de 118 pesquisadores e escritores de todo o Brasil. Serão representações de 14 estados da federação, além de um público participante nas sete cidades anfitriãs, de cerca de 1.300 pessoas, entre estudantes, professores, curiosos, público em geral.
           
Blog: abra o jogo e diga quais os maiores problemas que vc enfrenta para montar um evento dessa natureza!
            
Severo: sem dúvidas, e não é privilégio do Cariri Cangaço, o maior problema é a questão financeira, pois o evento exige uma infra-estrutura muito pesada, em todos os sentidos, só para os amigos terem uma idéia, no ano passado acolheu com hospedagem, alimentação e transporte, 104 personalidades do universo da pesquisa de temas nordestinos; ainda temos toda parte de mídia, de infra-estrutura dos espaços, enfim, o custo é considerável, e este ano já temos confirmados 118 convidados especiais. Considerando essa questão como a primordial, o resto fica por conta do empenho e dedicação de uma equipe formada por mais de 120 profissionais de todos os municípios, universidade, institutos culturais, enfim, que é a alma do Cariri Cangaço.
            
Blog: ainda há muita coisa a ser conhecida em relação ao Cangaço, em termos de fatos, ou o tema já se esgotou?
           
Severo: Não vejo o Cangaço como um tema estático ou mesmo esgotado em suas possibilidades de pesquisa, entendimento e ou aprofundamento.

           
A enorme influência que o fenômeno acabou determinando às sociedades rurais em sua área de atuação e hoje difundidas na música, na poesia, na estética, na arte, na culinária, na medicina sertaneja, no entendimento da relação do homem com seu habitat, enfim, nos remetem a um universo inesgotável, inclusive vindo agregar ainda mais valor ao trabalho dedicado desses grandes vaqueiros da história, pesquisadores, memorialistas, escritores... Por isso não vejo o cangaço como algo que já não tenha o que comentar, estudar, discutir.
            
Blog: em termos de avanço no estudo do Cangaço, o que vc pode apontar de novo?
               
Severo: Justamente o que nosso amigo Honório de Medeiros provoca, rsrsrsrs: a Nova Onda do Cangaço; com um olhar diferenciado, analítico e sem preconceitos, contando com a participação das academias, dos centros culturais, das sociedades literárias, enfim; o que vejo de novo nesta seara do estudo e pesquisa do tema é justamente esse novo viés, ou seja, a partir das várias áreas do conhecimento humano, se criar um ambiente favorável para se entender melhor esse que foi sem dúvidas um dos mais marcantes episódios de nosso sertão.
              
Ao final é deixar um grande abraço e convidar a todos para nos dá o prazer de compartilhar conosco momentos inesquecíveis em nosso Cariri Cangaço 2011, entre os dias 20 e 25 de setembro, no Cariri do Brasil.

Manoel Severo, ao blog honóriodemedeiros.blogspot.com
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