Por Rubens Antonio
Interessados contactar:
Bruna Mota Pamponet
brunamotagestao@gmail.com
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A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.
O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Inicialmente, em Canudos, os sertanejos não contestavam o regime republicano recém-adotado no país; houve apenas mobilizações esporádicas contra a municipalização da cobrança de impostos. A imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com uma nova cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele novo local passaram a acusá-los disso, ganhando, desse modo, o apoio da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra o arraial de Canudos e os seus habitantes.
Aos poucos, construiu-se em torno de Antônio Conselheiro e seus adeptos uma imagem equivocada de que todos eram "perigosos monarquistas" a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial, devido, entre outros ao fato de o Exército Brasileiro sair derrotado em três expedições, incluindo uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, também conhecido como "corta-cabeças" pela fama de ter mandado executar mais de cem pessoas na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina, expedição que contou com mais de mil homens.
A derrota das tropas do Exército nas primeiras expedições contra o povoado apavorou o país, e deu legitimidade para a perpetração deste massacre que culminou com a morte de mais de seis mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas.
Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século 18 às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.
A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções.
A figura de Antônio Conselheiro
Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro", nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral.
Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e com a cobrança de tributos.
Acreditava ainda que a "República" (então recém-implantada no país) era a materialização do reino do "Anti-Cristo" na Terra, uma vez que o governo laico seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil, a separação entre Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".
A escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões, grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente paupérrima agrupou-se em torno do discurso do peregrino "Bom Jesus" (outro apelido de Conselheiro), que sobrevivia de esmolas, e viajava pelo Sertão.
O governo da República, recém-instalado, queria dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente pela cobrança de impostos. Para Conselheiro e para a maioria das pessoas que viviam nesta área, o mundo estava próximo do fim. Com estas ideias em mente, Conselheiro reunia em torno de si um grande número de seguidores que acreditavam que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.
https://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/
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Kinko Pelegrine
Por TV MARIA BONITA
Sempre quando olhava e olho essa foto do Padre Cícero morto no seu caixao, ficava e fico imaginando quem eram essas pessoas ao redor.
Hoje consegui identificar a pessoa que está ao lado do Padre olhando para seu rosto. Trata-se do Senhor José Bezerra, fazendeiro em Juazeiro, pai do ex-governador do Ceará Adauto Bezerra.
Veja Aqui
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&feature=youtu.be&v=WZzayhSn1KE&ab_channel=TVMARIABONITA
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Por Geraldo Júnior
Mas até na hora da morte Lampião teve "sorte", porque se tem sido pego com vida por seus inimigos, principalmente pelos Nazarenos, que tinham dívidas de sangue a serem cobradas, teria sofrido todo tipo de suplício, antes de ser finalmente eliminado. A vingança teria sido cobrada lentamente, sem pressa e sem hora para acabar.
Mas quis o destino que o célebre cangaceiro fosse eliminado em instantes e sem dar um único tiro sequer. Escapando assim mais uma vez das mãos de seus tão temidos inimigos.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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Por Beto Rueda
Os Coronéis do sertão, quase sempre grandes proprietários de terras, exerciam enorme poder de influência sobre a sua região. Controlavam a política, a economia, os cargos públicos e até a igreja.
Em áreas do interior do Nordeste, surgiram verdadeiras "nações de coronéis" com forças militares próprias que representou uma relação de desigualdade social, a impossilibidade dos cidadãos realizarem seus direitos e a precariedade ou inexistência de serviços assistenciais do Estado.
O reconhecimento da sua autoridade era medido pela quantidade de pessoas que trabalhavam para eles.
Alguns tornaram-se referências históricas, veja por Estados:
Pernambuco:
Francisco Heráclito do Rêgo, Romão Pereira Filgueira Sampaio, Francisco Filgueira Sampaio(Chico Romão), Antônio Angelino, Febrônio de Souza, Manoel Caribé( Né Caribé), Epaminondas Gomes, João Barracão, Francisco Martins de Albuquerque Filho(Chico Martins), Ângelo Gomes de Lima(Anjo da Jia), Zezé Abílio, Júlio Brasileiro, Antônio Serafim de Souza Ferraz(Antônio Boiadeiro), José Medeiros de Siqueira Campos, Manoel Inácio, Antônio Cavalcante, Francisco de França(Chico de França), Constantino Rodrigues LIns, Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, Antônio Clementino de |Carvalho(Antônio Quelé), Andrelino Pereira da Silva, Antônio Pereira, Antônio Alvesde Fonseca Barros, Cornélio Aurélio Soares Lima.
Alagoas:
Joaquim Antônio de Siqueira Torres, Paulo Jacinto Tenório, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, José Rodrigues de Lima Firmo, Manoel Rodrigues, Joaquim Rezende, Ulisses Luna, João Gomes Malta de Sá, José de Aquino Ribeiro, Elísio Maia.
Paraíba:
Jaime Pinto Ramalho, José Bruneto ramalho, Felizardo Leite, Augusto santa Cruz Oliveira(Sinhozinho do Areal), Aristides Ferreira da Cruz, Marçal Diniz, José Pereira Lima(Zé Pereira de Princesa).
Ceará:
Francisco Fernandes Vieira, Antônio Rósco Jamacaru, Isaías Arruda, Antônio Joaquim de Santana, José Belém de figueiredo, Cândido Ribeiro Campos, Raimundo Bento de Souza Baleco, Antõnio Mendes Bezerra, Pedro Silvino de Alencar, Joaquim Alves Rocha, Raimundo Cardoso dos Santos, Antônio Pereira Pinto, João Raimundo Macedo(Joca do Brejão), Mousinho Cardoso, José Inácio.
Rio Grande do Norte:
Salviano Batista, Pedro Ferreira das Neves(Pedro Velho), Ezequiel de Araújo Fernandes, José Bernardo de Medeiros, Tomás de Araújo Pereira(o Neto), Caetano Dantas Correia, Felinto Elísio de Oliveira Azevedo, Francisco Gurgel, José Bezerra de Menezes.
Sergipe:
Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Florentino Borba de Almeida, Bento de Melo Pereira, Gonçalo Faro de Rollemberg, José da Trindade Prado, José Inácio de Accióli Prado, Pedro Leopoldo de Araújo Nabuco,Otoniel Dórea, José Ribeiro da Jacoca, Napoleão Emídio, Antônio Ferreira de Carvalho(Antônio Caixeiro), Chico Porfírio, Hercílio Brito.
Bahia:
Clementino Matos, Horácio de Matos, Antônio Landulfo da Rocha Medrado, Felisberto Augusto de Sá, Francisco Augusto de sá, Manoel Fabrício de Oliveira, Militão Rodrigues Coelho,Anfilófio Castelo Branco, Aureliano de Brito Gondim, Franklin Lins de Albuquerque, Abílio Rodrigues de Araújo, João Sá, Saturnino Nilo, João Maria de Carvalho, Petronilo de Alcântara Reis, João Dantas dos Reis Portátil, Cícero Dantas Martins.
REFERÊNCIAS:
MORAES, Walfrido. Jagunços e heróis. São Paulo: Civilização Brasileira, 1963.
COSTA, Alcino Alves. Lampião além da versão: mentiras e mistérios de angico. Cajazeiras: Real Gráfica, 2011.
IRMÃO, José Bezerra Lima. Lampião a raposa das caatingas. Salvador: JM Gráfica, 2014.
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Amizade entre Candeeiro e Vinte e Cinco. Corisco bebia muito? As armas das mulheres e como era Dadá.
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Na terça-feira, 22 de maio de 1877, um visitante inesperado tocou a campainha do apartamento de Victor Hugo, 21 rua de Clichy em Paris. Quando o então mais famoso escritor da França abriu a porta, a surpresa foi imensa a ficar frente a frente com o Imperador do Brasil, Dom Pedro II.
Mesmo sendo um republicano convicto, Victor Hugo gostou tanto do encontro que passou alguns dias depois no Grand Hotel, na Praça da Ópera, e deixou para o monarca uma foto com essa comovente homenagem : “Para aquele que tem Marco Aurélio como antepassado”. Essas anedotas, junto a muitas outras, estão no livro agradável e bem documentado de Maurício Torres Assunção, “A historia do Brasil nas ruas de Paris”. Nos 174 endereços listados, o turista brasileiro vai encontrar novos motivos para gostar de Paris, bem como novos centros de interesses para definir seus itinerários.
Se Dom Pedro I só ficou uma vez em Paris, depois da sua abdicação, convidado de palácio em palácio pelo Rei Louis Philippe – mas preferindo se hospedar num palacete na rua de Courcelles, Dom Pedro II era apaixonado pela cidade. Marcou com a sua presencia todos os monumentos parisienses, especialmente nos bairros localizados entre o Louvre, a Opera e os Champs Elysées. Atrás de novidades técnicas ou científicas, frequentou o Institut De France, o Jardin des Plantes e o Jardin d’Acclimatation, visitou os esgotos e financiou o Institut Pasteur.
Para o viajante, a mais emocionante lembrança será talvez de caminhar pelo Parc Monceau onde ele gostava de andar, doente e sozinho, nos últimos dias do seu triste exílio. Por ironia da historia, os grandes inimigos do Império, os positivistas, estão também enraizados em Paris onde o movimento de “Amor, Ordem e Progresso” nasceu. No número 5 da rua Cayenne, no Marais, fica a Capela da Humanidade num prédio onde teria morada Clotide de Vaux de Ficquelmont, a musa do Auguste Comte!
O mais parisiense dos brasileiros foi sem dúvida Santos Dumont, o “pequeno Santôs” como era carinhosamente chamado. Nos 22 anos que passou em Paris, são 39 lugares selecionados no livro de Maurício Torres, desde o Jardin d’Acclimation ou o Campo de Jogo de Bagatelle de onde saíram as suas aeronaves, até o Café de la Paix, a Grande Cascade ou o Maxim’s onde ele gostava jantar. Numerosas placas comemoram suas façanhas, o seu primeiro recorde histórico (em Bagatelle), o segundo (em Saint Cloud), o seu impressionante acidente (na avenida Presidente Kennedy) ou seu segundo domicilio nos Campos Elíseos 114, na frente do qual pousava com seu pequeno balão “Baladeuse” ou, depois, com seu aviãozinho “Demoiselle”.
O pais que quase adotou a Marseillaise como hino oficial ainda marcou muitos lugares em Paris, nos passos de Villa-Lobos (Restaurante Le Boeuf sur le Toit, Salle Pleyel ou Maison de l’Amérique Latine), do Lucio Costa ( Maison du Brésil ou sede da UNESCO), ou do Oscar Niemeyer que afirmou suas ligações políticas desenhando a sede do Partido Comunista francês bem como a (antiga) sede do diário l’Humanité em Saint-Denis.
Com fatos inéditos ou poucos conhecidos, o livro do Maurício revela com muito humor essas relações excepcionais entre Paris e alguns dos mais famosos Brasileiros. Para o visitante, os seus legados arquitecturais, científicos, sociais ou culturais, celebrados em placas, monumentos e nomes de ruas, podem assim fazer de uma estadia na Cidade Luz uma viagem pela historia do Brasil.
Jean-Philippe Pérol
A História do Brasil nas Ruas de Paris, de Maurício Torres Assunção. Editora Casa da Palavra.
O Parque Monceau, onde passeava o Dom Pedro exiladohttps://leblogdoperol.com/2015/09/09/a-historia-do-brasil-nas-ruas-de-paris/
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Antes de Maria Bonita se tornar famosa como a mulher de Lampião, o rei do cangaço, uma outra mulher já fazia história no interior da bahia, bem no início do século vinte. Era Anésia Cauaçu. Foi a primeira mulher no sertão baiano de Jequié a usar calças compridas. Foi a primeira mulher a montar de frente, já que naquele período as mulheres montavam de lado numa cela chamada cilhão. Era uma mulher branca que lutava capoeira naquela época.
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Por Kydelmir Dantas
Patrícia também é responsável pela publicação da Revista TERTÚLIA e seu projeto literário concorreu ao Prêmio Jabuti 2020, ficando entre os 5 primeiros classificados no Brasil.
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Durante as entregas alguns foram responsáveis pela chave do cadeado das cadeias e também ajudaram a achar outros cangaceiros que ainda não haviam se entregado.
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