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domingo, 21 de maio de 2017

NO SECULT

Por Kydelmir Dantas

No SELICULT - IFPB-Picui, tivemos a oportunidade de reencontrar amig@s e fazer novas amizades. Quinta-feira (18) participamos de uma mesa-redonda com os ESCRITORES DO SERIDÓ E CURIMATAÚ PARAIBANO, onde tinha as diversas vertentes da Literatura: Prosa, poesia, contos, crônicas, historiografia, trabalhos acadêmicos e Cordel; na sexta à noite, encontro com o amigo e parceiro (publicamos um cordel em parceria com o Braulio Tavares) Jessier Quirino - homenageado do seminário - para troca de informações e ele recebeu o cd do Programa A HORA DO REI DO BAIÃO feito pelo Professor Wilson Seraine Da Silva Filho





No sábado pela manhã uma passada pelas barracas da turma de Agroecologia, na feira de Picuí, encontrando com Robinho, Fred Pereira e sua turma, junto com os Sabores da Caatinga. 





Ainda neste sábado, fizemos parte do minicurso/palestra da Professora Livia e o Prof. Josias, sobre Cordel e HQs, juntamente com Liev Nikolayevitch Tchekhov, Fábio Azevedo e mais 15 participantes; fechando com o as palestras sobre "Música, História e Ditadura" dos Prof.s Edvaldo Lacerda e Virna Lúcia. 




Foram 3 dias muito produtivos e de novos conhecimentos e troca de experiências (conhecer a pesquisadora e escritora Fabiana Agra e a cordelista Gorete Lira, dentre outr@s, foram pontos a mais no evento). 




Parabéns a Profª Herta Cristina e toda sua equipe pela excelente programação e competência na realização deste 1º Seminário de Linguagens, Literatura e Cultura.

Fonte: facebook
Página: Kydelmir Dantas
Link: https://www.facebook.com/search/top/?q=kydelmir%20dantas


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UM CAFEZINHO, AGORA...

*Rangel Alves da Costa

Aqueles meus afetos estão perdidos e agora só me resta uma xícara de café. Mas amo do mesmo jeito. Sem boca pra beijar, roço o lábio na borda da xícara e me imagino sorvendo um beijo gostoso. Não quero pensar nisso agora. Já desde mais de duas horas que não tomo um cafezinho e necessito de seu afago. Uma pequena xícara, apenas, mas como uma companhia que me ouve e fala baixinho. E a tudo compreendo.
Não vivo sem um cafezinho. Acaso não houvesse nem o pó nem o grão, certamente derramaria na xícara um punhado de noite sem lua e depois, lentamente, sorveria um instante de alegria e prazer. Mas lá dentro a água já ferve e a xícara já está ao redor, o café também, então não há com o que me preocupar. Porém preocupo-me sim. Basta levar a xícara à boca e é como se no caldo oloroso e enegrecido também chegasse uma saudade grande. Saudade amarga, fervente demais, de coisas tão presentes e tão distantes.
Mas enfrento o medo para tomar um cafezinho agora. Sigo até o fogão e de lá retorno com a pequena xícara que diz muito mais que a largueza do mundo e de tudo. Não há poesia minha que não venha antecedida por um gole de café, não há prosa minha que não surja molhada de café, não há qualquer escrito que não chegue perfumado e com inigualável sabor. Talvez esteja no café minha inspiração, vez que sem qualquer gole também nada sei fazer. Sequer pensar. Depois de um cafezinho e um cigarro eu me torno poeta, profeta, filósofo, um sábio. Mas também menino, também nostálgico, também em busca de mim mesmo através de outros passos passados.



Fogo de chão, de tora e gravetos. A chama valseia pelo ar enquanto a chaleira repousa sobre o braseiro. Um momento mágico na vida interiorana de onde vim. Agora mudou, mas por lá nunca era um café qualquer. Café de verdade, café torrado, batido em pilão, peneirado, pronto para formar o caldo grosso ao ser juntado à água fervente. Daí era só esperar um pouquinho até que as borbulhas começassem a surgir e o líquido oloroso e aromático se derramar pelas bordas. Nem precisava de coador. Dali mesmo ia direto à xícara. E que coisa tão boa de recordar.
Mas quero um cafezinho, agora... E depois mais outro e mais outro. Adoro café. E café negro retinto, forte, sem açúcar, chegando ao oleoso perto dos lábios. Sempre gostei de café, mas não nesse metodismo apaixonado. Por muito tempo experimentei o café comum, desses servidos pelas mesas de jantares e desjejuns. Lembro-me muito bem que minha concepção de café se iniciou pelo seu aroma perfumado ao entardecer.
Na cidadezinha onde nasci, lá pelos sertões sergipanos mais distantes, o entardecer era uma verdadeira festa ao olfato, senão a todos os sentidos. Dona Lídia primeiro torrava o café em grão, depois batia no café pilão, para mais tarde despejar o pó no caldeirão fervente ao fogão de lenha, pois era muito café para servir a tanta gente ansiosa por uma xícara de seu esmerado preparo. E então, uma festa pelos ares. Quando fui lá implorar um pouquinho na xícara, jamais imaginaria que eu iria verdadeiramente me apaixonar. E me fiz assíduo daquela xícara a todo entardecer sertanejo.
Tempos depois, já na capital sergipana, passei a experimentar café de máquina de balcão. Uma delícia também, pois o autêntico café era despejado diretamente na água fervente da máquina e já descia borbulhando e oleoso. Hoje em dia está muito difícil encontrar um bom café pela cidade. Aquelas máquinas praticamente não existem mais. Os cafés modernos perderam o gosto e a essência. Mas isso não me faz menos apaixonado pelo café, que bebo desde as quatro da manhã até a noite chegar. Infelizmente café solúvel, mas não o que fazer. Esquento a água e depois despejo na xícara já com duas colheradas pequenas de grãos miúdos. Em seguida vou ao portão avistar e sentir a chuva caindo, reabrindo velhos baús na memória e recordando ainda aquele entardecer sertanejo e o café de Dona Lídia.
Por isso que bebo na xícara e na memória aquele cheiro gostoso de outrora. Dispenso o uísque, rejeito o bom vinho, mas peço-lhe encarecidamente que me traga um cafezinho. E agora.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE - EGEORN.


UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DGE
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID

Sequências didático-metodológicas para o ensino das temáticas urbano e rural. COMPONENTES: Francisco Cleilson Amorim Gois (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA); Moacir Vieira da Silva (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA). Bolsistas do PIBID/UERN/GEOGRAFIA Anderson Mikael de Souza Silva Débora Bruna Félix Gomes; Francisco Eronildo Lima de Melo Kelyson Henrique Freire de Souza; Tayline Cordeiro Pereira; Veroneide Maria de Oliveira; Victor Emanuel Soares Nogueira; Wendel Silva de Oliveira.

PROPOSTA DE OFICINA PARA O XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE - EGEORN
  
TÍTULO DA OFICINA:

Sequências didático-metodológicas para o ensino das temáticas urbano e rural.

EMENTA:

Processos socioespaciais e dinâmicas territorias; meio técnico dominante, consumo e migração; divisão territorial do trabalho (DTT); meio técnico-cientifico-informacional, consumo e cidadania; dinâmicas econômicas e disparidades socioespaciais;  urbano e rural, urbanidades e ruralidades.

COMPONENTES:

Francisco Cleilson Amorim Gois (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA);
Moacir Vieira da Silva (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA).

Bolsistas do PIBID/UERN/GEOGRAFIA

Anderson Mikael de Souza Silva
Débora Bruna Félix Gomes;
Francisco Eronildo Lima de Melo
Tayline Cordeiro Pereira;
Veroneide Maria de Oliveira;
Victor Emanuel Soares Nogueira;
Wendel Silva de Oliveira.
  
PÚBLICO:

Estudantes de graduação e pós-graduação, professores e alunos da educação básica.

MATERIAIS:

Material impresso do passo a passo e para algumas atividades xerografadas;
Kit multimídia: Data show com computador, extensão, adaptadores, som;
Lápis, canetas, folhas em branco A4, pincel e apagador de quadro branco;
Bexigas, confete.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A MODA DE LAMPIÃO

Material do acervo do pesquisador  do cangaço Renilson Soares

Andar no sertão nordestino com uma roupa que pesava cerca de 30 quilos pode parecer loucura, ainda mais em uma época em que 80% dos deslocamentos eram feitos a pé. Mas para os cangaceiros, que não se importavam com o desconforto, com cansaço ou mesmo com a morte, o importante era se vestir bem, com uma estética tão peculiar que poderia facilmente identificá-los. 



Tanto foi assim que as várias camadas de roupas e acessórios que compunham o figurino de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, não perdiam em nada – no quesito peso – às armaduras dos cavalheiros medievais ou às couraças dos samurais japoneses.



“Certa vez Lampião chegou em uma cidade sergipana, entrou em um armazém e aceitou a proposta do dono do local para pesar toda a roupa e equipamentos que ele tinha pelo corpo. Chegou a quase 30 quilos, isto que ele tirou o fuzil e os depósitos [cantis] de água”, afirma o historiador Francisco Pernambucano de Mello.




Ao contrário de qualquer bandido ou criminoso, que deseja ocultar sua identidade, os cangaceiros usaram roupas que chegaram a beirar o carnavalesco – termo usado pela imprensa em 1928. Eram nômades, o que os “forçava” a levar tudo o que precisavam pelo corpo, em dois bornais, para viagens curtas, e quatro, para as mais longas. 



Eles quase proclamaram, a partir do traje, a condição de cangaceiros com muito orgulho. “Estes homens não eram puramente criminosos, tinham o pudor de se insurgir contra valores coloniais que não desejavam aceitar. 


A condição de insurgentes é matéria-prima para o surgimento de uma expressão de arte na qual estes ideais precisaram se materializar de modo visível”, diz Mello.

by gazetadopovo.com.br (Vida e cidadania/a moda de lampiao)


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HOJE, 21 DE MAIO DIA DO PROFISSIONAL DE LETRAS.


Adendo:
José Mendes Pereira

"Hoje é o meu dia!"

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DUAS FOTOS DO MESMO ÂNGULO DA IGREJA DA MISERICÓRDIA EM JOÃO PESSOA RUA DUQUE DE CAXIAS.

 Por: Jerdivan Nóbrega de Araújo

Sua edificação data do início do século XVII, provavelmente, de 1612, pois não há certeza devido ao desaparecimento dos arquivos durante a invasão holandesa. Foi matriz até 1671

Obra pertencente ao estilo maneirista, primeira fase do barroco, é especial pela sua simplicidade e chama atenção por seus grandes paredões de pedra cálcaria e argamassa. Inclusive, é a única igreja antiga de João Pessoa a conservar a construção original do seu exterior.
Foi construída com recursos próprios do Senhor de Engenho Duarte Gomes da Silveira, que buscava trazer para o estado a instituição assistencialista Ordem da Misericórdia, presente em diversas capitanias do Brasil, apoiada pela coroa portuguesa.


Autêntico representante da arquitetura colonial da Paraíba, em 1938 a Igreja da Misericórdia é tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Já foi remodelada duas vezes mas apenas em seu interior 


Na primeira metade do século XX, o hospital da Santa Casa da Misericórdia, anexo à igreja, foi demolido por não atender aos requisitos da vigilância sanitária e transferido para o Hospital Santa Isabel. Até hoje a igreja serve de espaço para os rituais e liturgias católicas, sendo uma das poucas a ter continuado em funcionamento durante a invasão holandesa.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVRO NA PRAÇA DE UM MESTRE NA PESQUISA DA HISTÓRIA DO CANGAÇO: JOÃO DE SOUSA LIMA


MAIS UMA JOIA NARRATIVA TEMÁTICA!

“MULHERES CANGACEIRAS” ... Já em pré-encomendas: Lançamento do livro: 75-988074138.
Colorização magistral de Maria Bonita, na capa da obra, de Rubens Antônio.
Base do escritor Sousa Lima: Paulo Afonso, Bahia (que adveio do histórico município de Glória).

Fonte: facebook
Página: Luiz Serra
https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE - EGEORN - TÍTULO DA OFICINA: Sequências didático-metodológicas para o ensino das temáticas urbano e rural.


UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DGE
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID

PROPOSTA DE OFICINA PARA O XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE - EGEORN

TÍTULO DA OFICINA:

Sequências didático-metodológicas para o ensino das temáticas urbano e rural.

EMENTA:

Processos socioespaciais e dinâmicas territoriais; meio técnico dominante, consumo e migração; divisão territorial do trabalho (DTT); meio técnico-cientifico-informacional, consumo e cidadania; dinâmicas econômicas e disparidades socioespaciais;  urbano e rural, urbanidades e ruralidades.

COMPONENTES:

Francisco Cleilson Amorim Gois (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA);
Moacir Vieira da Silva (Professor-Supervisor do PIBID/UERN/GEOGRAFIA).

Bolsistas do PIBID/UERN/GEOGRAFIA

Anderson Mikael de Souza Silva
Débora Bruna Félix Gomes;
Francisco Eronildo Lima de Melo
Tayline Cordeiro Pereira;
Veroneide Maria de Oliveira;
Victor Emanuel Soares Nogueira;
Wendel Silva de Oliveira.
  
PÚBLICO:

Estudantes de graduação e pós-graduação, professores e alunos da educação básica.

MATERIAIS:

Material impresso do passo a passo e para algumas atividades xerografadas;
Kit multimídia: Data show com computador, extensão, adaptadores, som;
Lápis, canetas, folhas em branco A4, pincel e apagador de quadro branco; Bexigas, confete.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O ÚLTIMO COMBATE DE LAMPIÃO

Material do acervo do pesquisador do cangaço José João Souza

O último tiroteio de Lampião foi no mês de dezembro de 1937, contra as volantes de Zé Rufino e cabo Besouro, na fazenda Crauá, pertencente a João Domingos, no município de Porto da Folha, no estado de Sergipe. 


No rápido combate morreu o cangaceiro Barra Nova.

Do livro: Lampião, nem herói nem bandido, a história
De: Anildomá Willans de Souza.

Fonte: facebook
Página: José João Souza
Grupo: Historiografia do Cangaço
Link: https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

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XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE (EGEORN) OFICINA: EDUCAR PELA PESQUISA – EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E ENSINO BÁSICO. Ministrantes: EQUIPE DO MESTRADO PROFISSIONAL EM GEOGRAFIA-CAICÓ


UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – FAFIC
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA - DGE
XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE (EGEORN)

OFICINA:
EDUCAR PELA PESQUISA – EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E ENSINO BÁSICO

Ministrantes: EQUIPE DO MESTRADO PROFISSIONAL EM GEOGRAFIA-CAICÓ

Andressa Carla Nóbrega de Azevedo Faria
Antonio Izidro Sobrinho
AurinéiaCandida dos Santos
Jemima Silvestre da Silva
José Alves Calado Neto

PÚBLICO: estudantes de graduação e pós-graduação, professores e alunos da educação básica.

MATERIAIS:
Material impresso do passo a passo ;
Kit multimídia: Data show com computador;
Pincel atômico;
5 folhas de papel madeira ou cartolina

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO FEZ TURISMO EM RECIFE ? Lampião, de enfermo a turista

* Por Geraldo Duarte

Popularmente e nas narrações dos biógrafos de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, a sabença de seus ferimentos, em refregas, e enfermidades outras, faz-se conhecida.

Afirmam ter sido vítima de cinco lesões à bala. No ombro e virilha, ocorridas em 1921, em Conceição do Piancó, Paraíba. No ano seguinte, recebeu um tiro de raspão na cabeça. “Só por um milagre escapei” - disse o cangaceiro-maior ao doutor Otacílio Macedo. Projeteis, em 1924, 1926 e 1930, atingiram-lhe o dorso de um pé, à omoplata e o quadril, respectivamente. Ocorrências essas registradas nos municípios de Serra do Catolé, Belmonte e Floresta, Pernambuco, e Itabaiana, Sergipe.

O traumatismo da região inguinal, talvez, haja provocado seu modo de andar coxeante.

O jornal Correio de Aracaju, de 03/08/1938, divulgou notícia procedente de Maceió, afirmando que Aristéia Soares de Lima, que pertenceu ao cangaceirismo, se entregou. À polícia, em Santana de Ipanema, declarou que Virgulino “gostava de fotografar-se de pince-nez” e “era corcunda, coxo e cego de um olho.”.

De certeza, a saúde do capitão do Batalhão Patriota fragilizava-se com sérios problemas oftalmológicos.

A perfuração do globo ocular direito, causada por espinho ou garrancho de planta da caatinga, na década de vinte do século passado e, ainda, uma doença degenerativa que afetava a vista esquerda, poderia concorrer para uma cegueira funcional. Segundo relatos, esta visão era prejudicada por um leucoma que provocava intenso lacrimejar. Etiologias infecciosas comuns no Nordeste, como sarampo ou tracoma, podem ter sido causa, conforme estudos de especialistas.

Afora tais males, somava-se o de fotofobia, obrigando Virgulino à utilização permanente de lentes escuras.

Em 1929, por insistência de Maria Bonita, em face dos constantes incômodos visuais do amásio, levou-o a trajar-se com roupas habituais de proprietários de terras locais, modificar a aparência física e procurar atendimento médico. Foi internado, sem que lhe identificassem, no Hospital da Caridade de Laranjeiras São João de Deus, interior sergipano.

O oftalmologista Antônio Militão de Bragança atendeu-o, tratou-o, extraiu-lhe o órgão vazado e cuidou do outro. Quase um mês de assistência hospitalar levou a recuperação.

Pagas todas as despesas, em uma madrugada, furtivamente, partiu. Antes, escreveu em parede do quarto: “Doutor, o senhor não operou fazendeiro nenhum. O olho que o senhor arrancou foi o do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião.”.

O chefe da cangaceiragem aterrorizou cidades de sete estados nordestinos, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Jamais estivera em uma capital. Isso, até 19 de outubro de 1926.

Anterior ao tratamento comentado e procedido pelo doutor Antônio Bragança, o “Rei do Cangaço” necessitou de intervenção terapêutica mais complexa, somente realizada em clínicas oftálmicas especializadas.

A dificuldade acreditada insolúvel para o bandoleiro mostrou-se facílima para o coronel e deputado José Abílio de Albuquerque Ávila, seu coiteiro e fornecedor de armamentos e munições. A solução era viajar à mauriceia.

Não confiando em ninguém na vida, incluído o próprio Abílio, Lampião acampou cinquenta de seus cabras na fazenda do acompanhante, como garantia e segurança para a ida, a estada e o retorno da arriscada empreitada.

Disfarçado de latifundiário, usou barbas crescidas, óculos escuros, chapéu de massa, terno elegante e preparou-se para a viagem com seu protetor.

De trem, rumaram de Garanhuns para o Recife.

Ali, submeteu-se a terapêutica ambulatorial com o então famoso cirurgião Isaac Salazar da Veiga e, durante a permanência, fez-se verdadeiro turista.

Pasmou-se com o intenso movimento de veículos pelas ruas e de pessoas nos estabelecimentos comerciais. Admirou-se com a imponência das igrejas. Visitou-as e nelas rezou. Passeou em bondes elétricos, indo à Olinda, quando conheceu a Sé e o Seminário. Surpreendeu-se com a imensidão do oceano, que desconhecia, e impressionou-se com os tamanhos dos navios. Conheceu o Cinema Royal, na rua Nova, onde assistiu a um filme, em cartaz, sobre a atividade militar. O Palácio do Campo das Princesas e o Quartel do 2º Batalhão mereceram especiais atenções. Frequentou o restaurante do Hotel Leão, na rua do Rangel, à época dos mais preferidos pelo público.
Turismo intenso viveu Lampião em sua temporada recifense

* Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.


Fonte adquirida: facebook
Página: José João Souza
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RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DE POMBAL/PB.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo/Ignácio Tavares de Araújo
Ignácio Tavares de Araújo e Jerdivan Nóbrega de Araújo

Uma foto descontraída de jovens pombalenses. Não tive como identificar, mas com certeza são da família Capuxu e Oliveira, já que estava no álbum de Eudócia. Acredito que seja da década de 1940.


Foto de Francisco Alves / Tixo. Essa pedra é no caminho para "Outra Banda", indo pela Rua de.Baixo. Ignácio Tavares



Esta é a famosa pedra redonda, quando o rio enchia servia de trampolim para nossos saltos mortais a despeito das preocupações de nossas mães Ignácio Tavares

Dora era casada com seu Genésio. Morava na Rua de Baixo, em uma casa de esquina, com terraço grande, onde passávamos tardes brincando e conversando. Isso em 1969. Era tia de Rubevan Formiga

Jerdivan Nóbrega de Araújo


Rio Piancó meio zangado. Jerdivan Nóbrega de Araújo



A jornalista, editora e tradutora Rosa Freire d’Aguiar Furtado, viúva do economista pombalense Celso Furtado. Jerdivan Nóbrega de Araújo


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