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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EX-SOLDADO ALEMÃO RECONSTRÓI SUA HISTÓRIA COM FANTASIA DE PAPAI NOEL NO RS

By Rostand Medeiros

GÜNTER OBAL LUTOU NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL COM APENAS 16 ANOS. APOSENTADO, ENTREGA PRESENTES HÁ MAIS DE UMA DÉCADA EM PORTO ALEGRE.
Günter Obal, de soldado do exército alemão na Segunda Guerra Mundial, a Papai Noel no Rio Grande do Sul. Günter virou Papai Noel ao ser recrutado por agência em Porto Alegre (Foto: Luiza Carneiro/G1)
A figura do bom velhinho cercado de duendes, sorrisos e guloseimas é reinventada ano após ano nas comemorações natalinas. Shoppings e escolas reconstroem novos papais noéis, que agora competem pela atenção de crianças cada vez mais conectadas. Günter Obal, 84 anos, pode ser considerado um destes arquitetos da atenção.
O alemão que lutou na II Guerra Mundial ainda adolescente, carrega há 12 anos, além do saco vermelho, histórias reais e um sotaque forte e autêntico. “Sou o legítimo Papai Noel”, diz com bom humor, acomodado na cadeira preferida da sua casa em Porto Alegre.
Para o aposentado, tornar-se Papai Noel foi mais uma das surpresas da vida. A temporada em um sítio na cidade de São Francisco de Paula, no interior do Rio Grande do Sul, fez com que ele deixasse a barba branca característica crescer.
A Alemanha sobre o domínio Nazista era uma nação extremamente militarizada, até para as crianças. Na foto vemos membros da Juventude Hitlerista fazem exercícios de cabo de guerra.
De volta à Capital, foi descoberto por uma agência de eventos com a proposta de trabalho. A partir dali, sua rotina se transformou completamente, alternando diariamente entre a família e os shoppings de Porto Alegre. “Não apenas as crianças, mas as mães também me pedem muitas coisas. Normalmente imploram para que seu filho comece a dormir na própria cama e, então, tenho que inventar ursinhos mágicos protetores para ajudar”, conta Obal sobre a mística que cerca a figura. “O Papai Noel sabe coisas da cabeça das crianças que outros não sabem, ou não conseguem entender”, completa.
Eficientes canhões antiaéreos alemães de 88 m.m., capturados no Norte da África em 1943.
A delicadeza com as palavras é herança dos trabalhos manuais. O alemão estudou arquitetura de interiores antes da II Guerra Mundial eclodir. Então, foi recrutado junto com 18 colegas da faculdade para lutar contra a Rússia com canhões antiaéreos. “Apenas nove sobreviveram. Perdi toda a minha família entre 1941 e 1943. Meu pai era Oficial da Polícia e foi levado para uma região longe da minha”, lembra. Sobre os combates, Günter sofre com as lembranças. “Fui atingido nas costas e sangrei muito, mas sobrevivi. Vi muitas pessoas morrerem. Lutei em um inverno rigoroso, em 1945, com frio de -25ºC. Muitas crianças ficaram congeladas e tanques de guerra passavam por cima. Não desejo para ninguém”, fala.
Após o combate Obal passou um ano e meio preso: “Fui preso pelos ingleses, mas tive sorte. Alguns amigos acabaram nas mãos dos russos e tiveram que trabalhar em minas de carvão”. Quando a Guerra acabou, ele era um jovem sem estudos e com a cidade natal tomada pelas novas políticas, que incluíam a inserção do polonês como língua oficial. “Cresci na Prússia que acabou se tornando Polônia depois. Então, sem estudos e futuro, fui para a Bavária e peguei gosto pela pintura em porcelana. Foi ali que me transferiram para o Brasil”, retoma.
Recomeço
Abraçado pelo povo brasileiro, Obal reconstruiu a vida e formou família no Sul ao se casar com a também alemã Susi Obal, 77, com quem teve dois filhos. Para os cinco netos, ter um avô Papai Noel sempre foi motivo de orgulho. “Hoje já estão todos crescidos, a mais nova tem nove anos. Mas sempre gostaram de contar para todos os amigos que o Papai Noel do shopping era seu avô”, fala Susi. Embora muitas pessoas brinquem que ela é a Mamãe Noel, a mulher não aprova o apelido. “Ajudo a cuidar da agenda, preparo a roupa, chamo o motorista que também vai vestido de vermelho. Este é um momento só do Günter”, enfatiza.
Ficha de um garoto alemão que servia na artilharia antiaérea durante a guerra. Chama atenção a pouca idade do combatente
Diferente dos Natais frios europeus, no Brasil Günter se adaptou às tradições cristãs. Para cada símbolo atribui significados que aprendeu durante a infância, como o pinheiro, que representa a vida. “Na Alemanha o único sinal de vida no inverno é o pinheiro, que continua verde e intacto. É a partir dele que temos certeza que há prosperidade”, explica. Em casa, entretanto, as festividades têm de ser realizadas antes. Na noite do dia 24, Günter está ocupado entregando presentes. “Comemoramos o Natal no último final de semana, dia 18. Como nossos filhos são homens, gostam de passar também com a família das esposas”, conta Susi.
Günter e a mulher Susi, que não se considera Mamãe Noel: "É um momento só dele" (Foto: Luiza Carneiro/G1)
Embora aposentado dos shoppings, Günter revela que não quer parar com a atividade. Para ele, ser Papai Noel é poder ajudar famílias e crianças. “Já juntei casais que tinham se separado através de um pedido do filho. Meu único conselho é praticar sempre o amor e a paz”, finaliza.
FONTE – Portal G1

Extraído do blog:
"Tok de História", do historiógrafo Rostand de Medeiros

ORAÇÃO DE FECHAMENTO DE CORPO DE CANGACEIRO



ORAÇÃO DE FECHAMENTO DE CORPO DE CANGACEIRO

Justo juiz de Nazaré, filho da Virgem Maria,
Que em Belém foste nascido entre as idolatrias
Eu vos peço, Senhor, pelo vosso sexto dia
E pelo amor de meu padrinho Ciço
Que o meu corpo não seja preso, nem ferido, nem morto
Nem nas mãos da justiça envolto
Pax tecum. Pax tecum. Pax Tecum.
Cristo assim disse aos seus discípulos
Se os meus inimigos vierem para me prender
Terão olhos, não verão
Terão ouvidos, mas não ouvirão
Terão bocas, não me falarão
Com as armas de São Jorge serei armado
Com a espada de Abraão serei coberto
Com o leite da Virgem Maria serei borrifado
Na arca de Noé serei arrecadado
Com as chaves de São Pedro serei fechado
Onde não me posam ver nem ferir, nem matar
Nem sangue do meu corpo tirar
Também vos peço, Senhor,
Por aqueles três cálices bentos
Por aqueles três padres revestidos
Por aquelas três óstias consagradas
Que consagrastes ao terceiro dia
Desde as portas de Belém até Jerusalém
E pelo meu Santo Juazeiro
Que com prazer e alegria
Eu seja também guardado de noite como de dia
Assim como andou Jesus no ventre da Virgem Maria
Deus adiante, paz na guia
Deus me dê a companhia que sempre deu a Virgem Maria
Desde a casa santa de Belém até Jerusalém.
Deus é meu pai, Deus é meu pai,
Nossa Senhora das Dores minha mãe
Com as armas de São Jorge serei armado
Com a espada de São Tiago serei guardado para sempre

Amém


Esta é uma reza conhecida como "oração para fechamento de corpo", recitada em alguns centros umbandistas. Sua origem, no entanto, remonta aos tempos do cangaço, onde era comum a crença de que aquele que soubesse alguma oração de corpo-fechado e tomasse seus cuidados, estaria protegido contra a peste e as balas mortais dos inimigos.
Lampião e seus cangaceiros recitavam esta oração diariamente. O líder do cangaço acreditava que a força da fé era suficiente para protegê-los dos perigos naturais do Sertão, assim como contra o aço, a lâmina afiada de facas, punhais e espadas, além das bruxarias e mordidas de animais peçonhentos. Reza a lenda que sua crença era tamanha que costumava afiançar a seus cangaceiros: "nenhum fio de cabelo cairá de minha cabeça, se esta não for a vontade de Deus".
Outro guerreiro, séculos antes, tornou-se símbolo da proteção divina: São Jorge, que corresponde, na mitologia, ao Orixá dos exércitos e dos guerreiros. Reza a lenda que Jorge era um guerreiro da Capadócia (Turquia), que com suas armas teria salvo uma princesa das garras de um dragão. Como Lampião, Jorge da Capadócia foi condenado à morte. Lampião, por sua rebeldia aos coronéis do sertão. Jorge, por ter renegado os deuses do império.

Embora não seja considerado santo pela Igreja católica, São Jorge é um santo do povo. Sua oração também é recitada por devotos como um pedido de proteção divina contra os males visíveis e invisíveis. Lampião incluiu em sua oração de fechamento de corpo não só vários elementos da oração a São Jorge, como principalmente a imensa religiosidade que recobre o povo sertanejo.


Luís Carlos Prestes, porque este falava em dar terra aos pobres. Já o revolucionário Prestes respeitava o cangaceiro Lampião porque o enxergava como um futuro comandante guerrilheiro.

Lampião supostamente ganhou a patente de capitão em 1926 do "governo federal", quando foi convocado pelo



Padre Cícero para combater a Coluna Prestes, que cortava o Brasil pregando a justiça social. Lampião era perspicaz. Ficou com os 100 contos de réis que o governo lhe deu, mas jamais combateu a Coluna. Lampião respeitava quem seria mais tarde comunista,
O fim da história a gente já conhece: Prestes acabou preso, e Lampião, decapitado. As orações ficaram e ficarão, como símbolo de fé e respeito pelo divino.

Postado por William Veras
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Cíceros... Por:Leopoldo Kaswiner


Nos acostumamos a ter a maravilhosa companhia de nosso confrade Leopoldo Kaswiner, 
ou simplesmente Leo, 
o competente e talentoso fotógrafo, que encanta a todos com o seu olhar diferenciado e que ao longo desse tempo todo nos traz imagens inesquecíveis de nosso Cariri Cangaço.
Desta vez te convidamos a conhecer um pouco mais a arte de Leo, na exposição "Cíceros.."

Leo Kawisner e Dario Castro Alves

A partir de hoje, no MAC do Centro Dragão do Mar, em Fortaleza
vale a pena visitar.


FREI DAMIÃO

Frei Damião de Bozzano, nascido Pio Giannotti, OFMCap (Bozzano, 5 de novembro de 1898 - Recife, 31 de maio de 1997) foi um frade italiano radicado no Brasil. Era filho dos camponeses Félix Giannotti e Maria Giannotti.
Começou sua formação religiosa aos doze anos, quando foi estudar em um colégio de padres. Aos dezenove anos foi convocado para o exército italiano e participou da Primeira Guerra Mundial. Aos 27 anos diplomou-se em teologia pela Universidade Gregoriana em Roma e foi docente do Convento de Vila Basélica e do Convento de Massa.
O frade capuchinho, ordenado sacerdote em 25 de agosto de 1923, veio do norte da Itália para o Brasil no início da década de 1930, estabelecendo-se no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, sendo venerado por fiéis, principalmente nordestinos, pois foi nessa região que ele viveu a maior parte de sua vida, fazendo peregrinações pelas cidades, dando comunhão, confessando, realizando casamentos e batismos. Por muitos nordestinos considerado como santo, encontra-se atualmente em processo de beatificação desde 31 de maio de 2003.[1]
Por dia, muitas cartas chegam ao Convento de São Félix, contando fatos de cura, milagre, que a ciência não consegue entender.
Frei Damião, recém-chegado ao Brasil.
Frei Damião recém-chegado ao Brasil
Sua primeira missa foi nos arredores da cidade de Gravatá, em Pernambuco, na capela de São Miguel, no Riacho do Mel. Anualmente, no mês de maio, realiza-se naquela cidade as Festividades de Frei Damião: uma grande caminhada sai da Igreja Matriz Nossa Senhora de Santa'Ana (no centro de Gravatá) e vai até a Capela do Riacho do Mel.
Na cidade de Recife, mais precisamente no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, onde se encontra seu corpo, acontece desde sua morte no final de maio Celebrações para Frei Damião.

Em 27 de setembro de 1977, recebeu o título de Cidadão de Pernambuco e, em 4 de maio de 1995, o título de Cidadão do Recife.
Frei Damião ocupou-se em disseminar “as santas missões” pelo interior do Nordeste. “As santas missões” eram um tipo de cruzadas missionárias, de alguns dias de duração, pelas cidades nordestinas. Nessas ocasiões, era armado um palanque ao ar-livre com vários alto-falantes onde o frade transmitia os seus sermões. Quando perguntado sobre os objetivos de suas “santas missões” aos sertanejos, o frei respondia que um dos objetivos era “livrá-los do Demônio, que queria afastá-los da Igreja e fazê-los abraçar outro credo [...]”. Evangélicos do Nordeste acusam-no de discriminar e incentivar perseguições a religiosos de outras denominações cristãs. [2]
Conseguia arrastar multidões para ouvir suas palestras e tornou-se um fenômeno de popularidade religiosa no Nordeste, só comparável ao “Padim Ciço”, de Juazeiro do Norte. A propósito, Frei Damião é aclamado pelos católicos locais como o legítimo sucessor do Padre Cícero Romão Batista.

Acompanhado por multidões por onde passava, nunca abandonou suas caminhadas e romarias pelas localidades, no qual acompanhava com ele sempre, um terço e um crucifixo, as quais fazia com seu devotado amigo Frei Fernando. Só parou poucos meses antes de falecer, devido ao agravamento de seu problema na coluna vertebral, fruto da má postura de toda a vida.
Frei Damião de Bozzano faleceu no Hospital Português no Recife, e seu corpo está enterrado na capela de Nossa Senhora das Graças, de quem era devoto, no Convento São Félix, no bairro do Pina, no Recife. Sua vida é retratada no livro do escritor Luís Cristóvão dos Santos, Frei Damião - O Missionário dos Sertões.

Na ocasião de sua morte, em 31 de maio de 1997, o governo de Pernambuco e a prefeitura de Recife decretaram luto oficial de três dias.
No interior de Pernambuco, na cidade de São Joaquim do Monte, todos os anos milhares de romeiros chegam para prestar suas homenagens ao Frade. O Encontro de Romeiros, ou Romaria de Frei Damião como é mais conhecida, acontece todos os anos entre o fim de agosto e início do mês de setembro. Programação religiosa e cultural modificam totalmente o aspecto da cidade. O ponto central da peregrinação é a estátua erguida em homenagem a Frei Damião localizada no Cruzeiro.
Em 2004, foi inaugurado o Memorial Frei Damião em sua homenagem, na cidade de Guarabira, Paraíba, uma das várias cidades em que o frade capuchinho percorreu em suas missões.[3] Neste memorial foi erguida uma estátua, que atualmente é considerada a segunda maior do Brasil[carece de fontes?].



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Praça do Codó - 09 de Agosto de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Existe em Mossoró uma Praça, no centro da cidade, onde se prestou homenagem a Bento Praxedes Fernandes Pimenta, que foi político, homem de imprensa e funcionário público federal. Trata-se da Praça Bento Praxedes, ou Praça do Codó, como é mais conhecida. Mas por que o pejorativo Codó se sobressaiu ao nome do homenageado? É essa a história que passamos a narrar: 

No dia 18 de agosto de 1950, Mossoró foi visitada por uma grande comitiva da União Democrática Nacional – UDN, em propaganda das candidaturas do Brigadeiro Eduardo Gomes e do Ministro Odilon Braga à sucessão presidencial da República, além do Senador José Ferreira de Souza, Deputado José Augusto Bezerra de Medeiros, Manuel Varela de Albuquerque e Duarte Filho, estes candidatos ao Governo do Estado. O comício seria naquela mesma noite, na Praça Bento Praxedes, onde haviam armado um palanque de grandes proporções. 


Da construção do palanque, ficou encarregado o Sr. Francisco Sales dos Santos Bezerra (Sales de Avelino, como era chamado), um construtor com bastante experiência naquele tipo de estrutura. Mas dada a urgência dos trabalhos, Sales de Avelino resolveu simplificar: montou todo o tablado do palanque apoiado em tambores metálicos vazios, do tipo que ainda hoje é usado para coletar lixo. 

Naquela noite, a Praça se encheu de gente para o grande comício, e o palanque foi recebendo candidatos, senhoras e personalidades locais, em número de quase 100 pessoas. E quando os primeiros oradores se preparavam para o início da falação, o palanque desabou. Generalizou-se o pânico, houve correrias e provocações, tendo Sales de Avelino, por precaução, abandonado o local. 

O historiador Raimundo Soares de Brito foi testemunha ocular do evento. Segundo suas palavras, o palanque não caiu: afundou. Não resistindo o peso de tanta gente, os barris foram se deformando e o piso foi baixando, fazendo com que as pessoas sumissem da vista do público, já que as laterais do palanque ficaram intactas. 
Não houve feridos. Passado o susto, o comício pode ter início com discursos de alguns dos nossos oradores, além do major André Fernandes de Souza, em nome da UDN, do Dr. José Augusto, Odilon Braga e por fim do Brigadeiro Eduardo Gomes. 
Mas o trágico da história é que quase todos que subiram ao palanque da Praça do Codó, como ficou sendo chamada a partir de então, foram derrotados nas urnas. Eduardo Gomes e Odilon Braga perderam para Getúlio Vargas e o nosso conterrâneo Café Filho; Manuel Varela e Duarte Filho foram suplantados pelo mossoroense Dix-sept Rosado Maia e Silvio Pedrosa. José Augusto não conseguiu ser reeleito para a Câmara Federal, com a particularidade de não ter obtido nem um voto em Mossoró. Além de outros deputados estaduais e vereadores que também não foram eleitos. Foi mesmo um codó aquele comício da noite de 18 de agosto de 1950, pois codó, é uma palavra originária de um dialeto africano e o seu significado se aproxima do que em português entendemos como azar ou carma negativo. Há quem diga que o autor do batismo da praça como codó foi o Dr. Vingt Rosado, como uma forma de diminuir o ânimo dos adversários. 
E a maldição do codó tomou corpo no imaginário popular. Nenhum candidato queria usar a Praça que já tinha sido palco de grandes embates políticos. Até que em 1960 o “cigano feiticeiro”, apelido pelo qual era conhecido
Aluízio Alves, então candidato a governador do Rio Grande do Norte, num golpe de marketing sem igual na região, anunciou que iria exorcizar, como cigano, o feitiço que havia na praça. E mobilizando o eleitorado de Mossoró em memoráveis passeatas, cujo percurso varava a madrugada e o final era sempre na Praça do Codó, saiu-se vitorioso, acabando assim com a maldição. 
A maldição da praça foi tirada pelo “cigano feiticeiro”. Mas na memória popular, a Praça Bento Praxedes será sempre a Praça do Codó.
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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

Primeiros engenheiros agrônomos formados pela antiga Esam comemoram os 40 anos do curso

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Após 40 anos, alunos da primeira turma do curso de agronomia da antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam), atualmente Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), se reencontraram para relembrar a jornada durante graduação. O reencontro ocorreu no último sábado, 17.
Formados no ano de 1971 pela Esam, os 13 agrônomos resolveram promover o reencontro dos colegas para festejar os 40 anos da turma pioneira do curso de agronomia.
Os treze profissionais são: José Célio Holanda; Manoel Leonel Neto; Francisco das Chagas Nogueira; Jefferson Leite Calistrato. Boanerges Freire de Aquino; Humberto Otacílio de Mendonça; Elian de Lima Cosme; José Mendes de Araújo; Odaci Fernandes; Francisco de Assis; Maria Auxiliadora dos Santos; Pompeu de Medeiros e Valdir Alves.
Os familiares e amigos dos primeiros engenheiros agrônomos da Esam se juntaram a turma na programação alusiva realizada no último sábado. Após participarem de missa de ação de graças, o grupo promoveu o descerramento da placa nas dependências da Ufersa e confraternização à noite.
Para a engenheira agrônoma Maria Auxiliadora dos Santos, a sensação de estar na Universidade com os seus colegas é a mesma do filho pródigo. "É como voltar ao lar, às nossas origens. Essa turma para mim é como uma família e é uma satisfação reencontrar todos", diz.
Francisco de Assis Martins lembra que os alunos concluíram a graduação com a responsabilidade de serem os primeiros engenheiros agrônomos formados e tinham a missão de fazer a diferença no mercado. "Hoje eu vejo que os 13 concluintes daquela época conseguiram sucesso na profissão que escolheram. Todos hoje são bem-sucedidos e isso é uma grande felicidade", avalia o profissional.
O patrono da primeira turma de agronomia da então Esam é Jerônimo Dix-huit Rosado Maia e o paraninfo o governador José Cortez Pereira de Araújo.
Fonte: O Mossoroense.

REVENDO ARTIGOS - REUNIÃO-ANGICO, ANTES DA MORTE DE "LAMPIÃO"

Por SABINO BASSETTI
LAMPIÃO TINHA TUDO O QUE NECESSITAVA (REUNIÃO ANTES DE SUA MORTE).
Amigos do Cariri Cangaço,
No meu entender, os motivos de Lampião se manter vivo por tanto tempo na vida bandida foram vários.
Um deles é o fato dele respeitar o inimigo, não brigando quando não havia possibilidade de vitória como no caso do ataque a Mossoró e, outros de menor vulto. Outro motivo podemos dizer que seja o apoio que Lampião recebia dos coiteiros das mais diferentes classes. Tenho também que citar liderança que Lampião tinha sobre seus cabras não importando a importância que este ou aquele tivesse no grupo. E por fim a coragem natural que o rei dos cangaceiros possuia.
Quanto a ligação que Lampião tinha com coiteiros e protetores de grande projeção, era importante e proveitosa para os dois lados.
Sendo amigo e, prestando favores a Lampião, o fazendeiro, comerciante ou qualquer pessoa importante não teria suas propriedades, seus empregados e também suas famílias molestadas pelo cangaceiro.
Em contra partida, Lampião tinha em suas mãos tudo aquilo que nescessitava com bastante facilidade. Além disso, negociar com Lampião, era uma razoável fonte de renda. Mas não podemos negar, que existiram coiteiros importantes que serviam a Lampião apenas por amizade. Como exemplo das desvantagens de não se ter um bom relacionamento com Lampião, é lembrarmos do coronel Petronilo Reis, que logo depois de conhecer Lampião tornou-se seu inimigo sofrendo então enormes prejuizos.
Tempos depois da morte de Lampião, falou-se que ele iria se encontrar com seus sub grupos em Angico, para tratar, da sua retirada do cangaço ou uma possivel mudança de ares. Porém, poucos dias antes de Lampião chegar em Angico, ele esteve reunido com diversos de seus sub grupos e não tocou nesse assunto. Durante a semana que esteve em Angico, também lá esteve pelo mesmo periodo
Zé Sereno e todo seu grupo e, Lampião não disse uma palavra a ninguém a respeito de abandonar o cangaço ou o nordeste como se cogitou. O encontro de Angico foi apenas mais um encontro rotineiro de Lampião e seus sub grupos.
Taí meu caro Severo, espero que seja isso que o amigo queria. Estou a sua disposição para qualquer tipo de colaboração que eu possa dar. Como se diz aqui no interior de São Paulo: "nóis num entende muito, mais nóis vai empurrando devagar".
Abraço fraterno.

Sabino Bassetti
Pesquisador e escritor
Salto - São Paulo

FONTE/AÇUDE : Blog Cariri-cangaço (Dr. Severo)
Um abraço a todos.
IVANILDO SILVEIRA
Natal/RN


Porque a reunião no coito do Angico/SE?
Por: Aderbal Nogueira
Caro Sabino, venho aqui mais uma vez tentar colaborar com o debate e com esta história tão cheia de mistérios, como diz nosso amigo Alcino, que é o Cangaço. Pois bem, lendo sua matéria aqui no Cariri Cangaço, lembrei de dois depoimentos que gravei com amigos ex-cangaceiros, Candeeiro e Vinte e Cinco, depoimentos esses que tiveram um intervalo de aproximadamente 8 anos entre a gravação de um e de outro.
Um detalhe é que Candeeiro só encontrou com Vinte e Cinco cerca de 50 anos após o combate de Angico.
Gravei primeiro com Candeeiro, e quando gravamos com "25" ele nos narrou a mesma coisa que Candeeiro havia falado, sem que nós sequer tenhamos comentado o assunto. Ambos os depoimentos foram tomados por mim e pelo amigo Paulo Gastão.
Mais uma vez digo que eu, Aderbal, não estou dizendo absolutamente nada, não quero eu causar celeumas, apenas coloco ao público o que foi por mim gravado; tento somente colaborar com as pesquisas. Esse assunto no caso estava até esquecido por mim. Quando vi a matéria hoje no Cariri Cangaço é que lembrei.
Confesso que até pensei em não mais enviar esses vídeos para os blogs, pois pode parecer, como algumas pessoas já falaram que estou querendo me intrometer demais, porém o caso não é de intromissão e sim de colaboração. Por favor, receba o vídeo como algo a mais para as pesquisas.

Eu, Aderbal, não julgo se o depoimento é verdadeiro ou falso, afinal não estava no bando na referida época - 1938.
Por: Aderbal Nogueira - Pesquisador/documentarista do cangaço; Membro da SBEC
FONTE/AÇUDE: Blog Cariri-cangaço (Dr. Severo) Um abraço a todos. Vejam a matéria acima, analisem, tire suas conclusões e façam seus comentários.

IVANILDO SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Membro da sbec
Natal/RN
COMENTÁRIO DE ANÔNIMO
Desculpem a intromissão.
No meu pouco conhecimento do tema, entendo que Lampião armou algumas ciladas. Porém, o seu objetivo nunca foi de enfrentamento, ou seja, tomar uma decisão de ataque às Volantes. Ele, compreendendo aí o bando, lutava praticamente na defensiva, uma vez que o objetivo principal, era a prática do Cangaço Meio de Vida (roubar, extorquir, sequestrar visando resgate, inclusive, invenção sua, como modalidade criminal no cangaço).
A estratégia de Lampião era se possível, não confrontar e retirar-se como forma de preservar o bando. Não gosto de usar a palavra sorte, mas Lampião foi baleado cinco vezes. Os irmãos não precisaram de tanto. Acho que Lampião foi muito inteligente, não só no campo da estratégia da guerrilha, mas, no relacionamento com homens sequazes sanguinários, que este comandou por tanto tempo. Entendo que este usou certos estratagemas na condução do grupo.
Exemplo: Sempre se isolou do grande grupo, criando-se assim uma "aura". Era muito sério, quase não ria, não participava das brincadeiras e algazarras corriqueiras da cabroeira, sempre perdia nos jogos de cartas (podendo ser até proposital), sempre deu destaque e prestígio à cangaceiros tidos como muito valentes e de gênio difícil, caso de Sabino e Corisco, não interferia em brincadeiras e bebedeiras de cangaceiros, fato muito comum e diário, tendo sempre lugar tenente para resolver essas pequenas contendas.
 SOBRE ABANDONAR O CANGAÇO, realmente, nunca foi externado (segundo literatura) por parte de Lampião, o desejo de deixar o cangaço.
Porém, declarou Sila, que conversava muito com Maria, que esta questionava quase diariamente aquela vida de sacrifícios, chegava a discutir com Lampião, quase diariamente, incentivando-o a deixar o cangaço e usufruírem da riqueza já acumulada.
Entendo que, os pesquisadores, cientistas sociais, historiadores, escritores do cangaço, cabe o ônus e a obrigação de explicar, desvendar e elucidar os meandros da temática. Não cangaceiros e ex-cangaceiros, homens rudes, que vivenciaram uma época onde analfabetismo era a norma, sem nenhum objetivo político nas ações, habitando um sertão ermo e isolado da "civilização". Nunca li uma declaração bombástica de ex-cangaceiros. Um fato que estudiosos do cangaço desconhecesse.
As Suas informações são importantes para estudiosos? São. Porque, junto com uma gama de conhecimentos e informações acadêmicas já adquiridas, podem fazer cruzamentos de dados já obtidos na oralidade, tecendo e defendendo então, uma visão, um ponto de vista lúcido. Sem a necessidade e obrigatoriedade de ter sido contemporâneo do cangaço. Um abraço
Fonte:

José do Telhado escreve a Camilo Castelo Branco


Da correspondência recuperada de Camilo Castelo Branco
A José Eduardo Agualusa
 
Não era ainda hora do jantar, mas da cozinha evolava o cheiro de um souflé de bacalhau que apurava no forno. Camilo estava junto ao muro da propriedade, em S. Miguel de Seide, nos bancos de pedra em que costumava sentar-se a ler nas tardes de Verão com Ana Plácido. Ouviu o ferrolho a rodar e viu o rapaz do caseiro, Domingos, que trazia o correio entregue nessa manhã no hotel Vilanovense.
- Sua bênção, senhor D. Camillo, com permissão do senhor, aqui trago as cartas e revistas do correio.
- Entra, Domingos, já merendaste? Fila-te do bolo que a Joaquina fez e da fruta que quizeres, se é que não ficas para jantar, que tão bem cheira.
- Ná, senhor D. Camillo, o meu Paizinho espera-me para o ajudar nas dornas, antes das Avé-Marias. Por aqui lhe dou o correio; até logo e bem-haja.
Camillo agradeceu ao moço, dando-lhe as moedas que tinha na algibeira. Viu que o correio se compunha de revistas literárias, dos jornais do Porto da véspera e atentou numa carta maltratada, que se via ter sido dobrada, enrolada, manchada, cujas letras se deformaram. Mas era-lhe dirigida. O remetente era ilegível, apenas se lendo «…lanje – Angola». Seria de quem? De seu amigo Vieira de Castro ou de Zé do Telhado. Que tamanha ironia. Dois dos seus melhores amigos, que ele defendera, e sobre os quais escrevera, encontravam-se degredados na África Ocidental portuguesa.
Do lote de correspondência, foi a primeira carta que abriu, de forma resoluta e ansiosa. Era de José Teixeira da Silva, o famigerado aventureiro e salteador novelesco conhecido como Zé do Telhado. A carta estava escrita em letra grande, legível, espaçada. Felizmente, o sobrescrito protegera-a das humidades e nódoas que o marcavam por fora. Era este o seu teor, revelado, depois que foi encontrada em prateleira escondida da Casa de S. Miguel de Seide, por altura da remodelação do edifício:
«Excelentíssimo Senhor Camillo Castello Branco
Ilmo Visconde de Corrêa e Botelho
Mui talentoso e distinto escritor
S. Miguel de Seide

África Occidental portuguesa e Malanje, 14 de Julho de 1871
Esperando que a presente carta possa, sem contrariada demora ou extravio, chegar célere ao seu destinatário, porquanto deposito no seu portador enorme confiança, pretendo, por ella, fazer-lhe chegar as novas que hey por bem comunicar-lhe, Senhor Camillo. A carta foi expedida por um amigo que deixará Luanda no dia 21 próximo, em vapor que se prevê chegar a Leixões no dia 17 do próximo mês, de modo a encontrál-o ainda no Porto, antes de se dirigir a S. Miguel de Çeide. É ele o meu bom amigo capitão de fragata Emílio Magalhaens Roxo de Almeida, que conheci na malograda viagem que fiz para este degredo perpétuo em que me encontro, e que de muita valia se revelou, para além da amizade sincera que nos nutrimos de modo recíproco.
Relembrando as extraordinárias circunstâncias do nosso encontro, nesse ano de 1861, infausto para ambos, e correspondendo a solicitação de Vossa Excelência, quando juntos expiávamos responsabilidades mundanas na Cadeia da Relação do Porto, sou a honrál-o com notícias minhas e dos meus feitos actuaes.
Do que faço, por ora, nestes sertões dos confins do que chamam nosso Império das colónias, nada digno de fausto haverá a narrar, no que ao meu arranjo e labor pessoal diz respeito.
Estabelecido me encontro nesta vila de Malanje, que é pouco mais que projecto de aldeia, com posto administrativo, o presídio, o forte, oito casas de alvenaria e três dúzias de palhotas de nativos, que de pouco vivem, fazendo as suas lavras e delas tirando o que necessitam. Constituí família, tendo de minha mulher Conceição, já, três filhos varões. Prossigo, como saberá, o meu negócio de cera, bebidas e marfim.
Tenho-me, por isso, esforçado, por bons motivos, na actividade venatória de caça grossa, que é aqui coisa de grande empresa, sempre auxiliado por gente da família de minha nova mulher, que grande lealdade me vem demonstrando. O marfim é negócio que poderia ser bem mais rendoso, considerando o preço que as peças atingem na Flandres e Inglaterra, não fossem todos os intermediários que lucram o que não deviam.
Desta terra posso dizer que me tem sido agradável, tanto quanto é possível. Para além do grato bálsamo de uma família que, de novo, tive que constituir, devo confessar a minha admiração por esta gente nativa, que encontrei. Muitos destes gentios nunca viram brancos, sendo que me vêem como misto de curiosidade e ser sobrenatural. Têem ideas e conceitos muito simples, uns deles afirmando que de nada se importam de padecer nesta vida, porquanto após a morte, voltarão como brancos, para reviver o que de bom o Mundo tem para lhes dar.
Os cafres, embora sejam parcos em civilidade, não são bárbaros, no sentido nefasto do termo, tendo suas crenças e modo de pensar muito utilitários e voltados para a ingência do viver quotidiano, acreditando piamente nos oráculos dos feiticeiros e seus feitiços, com excepção de alguns que mais convivem com os missionários que estão vindo, diz-se, a evangelizar o território e os nativos.
Asseveram-me que, em tempos passados houve uma grande rainha Ginga, cujo exército heroicamente guerreou os nossos reis e seus representantes, passando depois a ser sua aliada.
Algumas vezes me perguntam, por missiva, os filhos que deixei no nosso torrão natal, que faço eu aqui no meio dos pretos, que me amancebei, inclusive, com uma (só depois do fallecimento de minha querida primeira esposa), sugerindo-me que me passe ao Brasil, onde se reuniriam commigo, ao que lhes respondo tal ser em contravenção à pena que recebi de degredo perpétuo para esta terra, a menos que quizesse, de novo, ficar sob a inclemente alçada da lei; sei, enfim, os meus deveres e minhas obrigações para com as auctoridades, não quero tornar a ser alvo de querellas e perseguições.
Se quer acreditar o que penso hoje no efeito da pena que recebi, aceito-a por boa e, não dizendo que me regenerei – pois me não senti nunca degenerado – o certo é que venho meditando nos meus feitos pelos quais fui condenado, e deles não me envaideço. Tenho-me tentado corrigir por mim, ajudando sempre os que mais precisam.
Houve ecos, aqui, de que o fidalgo Vieira de Castro, ao que julgo saber, seu grande amigo, terá assassinado a esposa, por infidelidade desta, e veio degredado para Angola, sem que eu saiba o sítio exacto do seu estabelecimento; farei por sabê-lo, a fim de poder valer-lhe, dentro das minhas pobres possibilidades.
No que ao seu pedido mais caro respeita, meu bom amigo, sobre palavras em uso pela população, que pudessem ser curiosas ou extravagantes, devo anunciar que as que registei não creio serem dignas de menção. De todo o modo aqui lhe deixo as que convenho em serem merecedoras de referência, do dialecto falado pelos nativos, que dizem ser língua quimbúndu:
Ndandu – significando abraço; kutondela – agradecer; kitololo – arrependimento; muxima – coração; sansuka – viver; kamba ria muxima – amigo do coração.

Do seu devotado e eterno admirador e kamba ria muxima
Para sempre ao dispor
José Teixeira da Silva
Extraído do blog: PetromaX

PRISÃO PREVENTIVA DO CANGACEIRO PANCADA EM 1939

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Cangaceiro Lino José de Souza (Pancada), entrega-se à polícia alagoana - Maceió em 1939


Pancada era chefe de sub-grupo de Lampião ERA CHEFE DE SUB-GRUPO DE LAMPIÃO.
(foto fonte guerreiros do sol)

PRISÃO PREVENTIVA DO CANGACEIRO VILA-NOVA 1939

Por: Guilherme Machado
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O cangaceiro Vila Nova se entrega à polícia em Maceió - Alagoas  em 1939  Nesta foto ele aparece ao lado de vários policiais e curiosos.
Fonte: Portal do Cangaço de Serrinha-BA.