Por Rostand Medeiros
CLEMENTINO JOSÉ FURTADO - Clementino Quelé, era chefe de família, tinha como
irmãos Pedro, Quintino, Antônio, José e Manuel (nezinho), todos considerados
homens dispostos, valentes e sabiam usar as armas.
Clementino é
descrito como um homem forte, de tez acentuadamente branca, que realmente
ficava com a pele vermelha quando tinha raiva e esta teria sido a razão de
Lampião apelidá-lo pejorativamente como “Tamanduá Vermelho”.
Quelé era
natural da ribeira do Navio, onde seguiu jovem para Alagoas, afastando-se de
Pernambuco por questões de disputa familiar. No retorno a sua família vem para
Triunfo, no sítio Santa Luzia(“Guerreiros do Sol”, 2004, págs. 220 a 225 de
Frederico P. de Mello). João Gomes de Lira em “Lampião-Memórias de um soldado
de volante”, 1990, págs. 123 e 124, ressalta que Santa Luzia era aonde morava o
pernambucano.
Quelé alcançou
o posto de subdelegado do seu lugar e impunha a ordem. Ele matou dois ladrões
de cavalos, respondeu processo e foi destituído do cargo. Em seu lugar assumiu
seu irmão Pedro José Furtado, ou Pedro Quelé. Em 1922, para livrar o valente
chefe da família Furtado do processo, o líder político Aprígio Higino
D’Assunção solicita deste e de seus irmãos votos na próxima campanha eleitoral
em Triunfo. Diante da recusa de Quelé em apoiá-lo, Aprígio ordena que uma força
policial com um oficial e quatorze praças saíssem à caça do valente. Tomé
Guerra, antigo amigo de Quelé, arranjou uma encrenca com o mesmo e entendeu de
matá-lo. Chamou um amigo, também disposto, Cícero Fonseca e juntos com
policiais botaram tocaia em Clementino. No momento de atirarem, Quelé percebeu
e atirou- se ao chão, disparando um tiro certeiro na cabeça de Cícero Fonseca.
Após a primeira ação, e o imprevisto, o restante do grupo ‘bota pegado’ no
‘Tamanduá Vermelho’. Este se esgueirando, consegue fugir por uma roça de palma.
O
Escritor/Historiador Frederico Pernambucano de Mello, na ob. Cit., tem outra
versão,”(...) um “certo Tomé de Souza Guerra”, do sítio Santana e outros homens
engrossaram a força policial que perseguia Quelé. Mas Cícero Fonseca era um
companheiro de Quelé, onde os dois bebiam na bodega de Sebastião Pedreiro,
quando a polícia cercou o lugar e deu voz de prisão(...)”. Na versão do
respeitado pesquisador,”(...) que conseguiu suas informações através do relato
de Miguel Feitosa, o antigo cangaceiro Medalha, o pobre Cícero ao colocar o pé
para fora da bodega foi crivado de balas(...)”. Sendo uma ou outra a versão
correta, sabe- se que este foi o motivo que fez aumentar a perseguição,
policial, a Quelé, dando motivo para ele e seus irmãos entrarem no cangaço
junto a Lampião.
Fonte: blog Tok de História por Rostand Medeiros
Fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com