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sábado, 30 de dezembro de 2017

COM OU SEM BARBA!!!

Por Sálvio Siqueira

A maioria dos registros fotográficos dos cangaceiros do cangaço lampiônico, principalmente aquelas produzidas por Benjamin Abrahão, esses aparecem barbeados.

Esse detalhe de rostos barbeados ou não, também nos são mostrados na maioria dos registros do contingente das Forças Volantes que os perseguiam.


Mesmo portando os objetos para se barbearem, tanto esses quanto aqueles, as vezes não tinham como realizarem o hábito de se barbear.


Pois bem, nos registros abaixo, mesmo havendo outras imagens, foram os que separamos, uma em 1927 quando do registro em Limoeiro do Norte, CE e a outra nove anos depois ,em 1936, no Estado alagoano, onde Virgolino Ferreira aprece com barba, e em uma delas, com barba e um bigodão.

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MOSSORÓ: A CAPITAL DO SEMIÁRIDO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

A cidade de Mossoró, localizada no semiárido do Estado do Rio Grande do Norte, foi agraciada com o significativo título de “Capital do Semiárido“, pela Lei Federal 13.568, de 21 de dezembro de 2017, sancionada pelo Presidente da República Michel Temer. A proposição deste título foi feita pela Deputada Federal Sandra Rosado em 2013, através do Projeto de Lei 6.164-A, de sua autoria.

Esta importante designação de Capital do Semiárido, que a cidade de Mossoró recebeu, tem muito haver com as atividades científicas da antiga ESAM -Escola Superior de Agricultura de Mossoró, hoje UFERSA - Universidade Federal Rural do Semiárido. Durante as décadas de 1970 e 1980, a então ESAM já divulgava, com orgulho, na contra-capa de todos os livros da Coleção Mossoroense, que na época era editada pela Fundação Guimarães Duque, da ESAM, a frase: “ESAM - a Única Escola de Agronomia do Brasil Semiárido“. Com o passar do tempo, surgiram outras Escolas de Agronomia nesta região e a ESAM deixou de fazer esta divulgação.                                                

Desde a fundação da ESAM, em 1967, que a sua programação de ensino, pesquisa e extensão é dirigida para o Semiárido do Rio Grande do Norte e do Nordeste.                                                   Em 

1990, o Prof. Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia, idealizador e um dos fundadores da ESAM, escreveu um livro com o título “Benedito Vasconcelos Mendes-O Sábio do Semiárido“, em reconhecimento aos trabalhos técnico-científicos realizados por este professor da ESAM, que dedicou toda a sua vida profissional ao estudo da natureza e do homem do Semiárido, pesquisando alternativas tecnológicas para uma melhor convivência do sertanejo com as secas regionais.    
                                       
O primeiro livro escrito pelo professor Benedito Vasconcelos Mendes, publicado pela Editora Nobel, de São Paulo, em 1985, tem como título “Alternativas Tecnológicas para a Agropecuária do Semiárido”.                          
O CETASA - Centro de Tecnologia Agropecuária para o Semiárido, que contempla vários projetos de desenvolvimento regional, todos eles voltados para a região semiárida do Nordeste, a exemplo do CEMAS - Centro de Multiplicação de Animais Silvestres, do MUVICA - Museu Vivo da Caatinga (tipo de jardim botânico de plantas do Semiárido) e vários projetos de qualificação profissional, para uma melhor atuação no Semiárido, a nível de Mestrado, Doutorado e outros tipos de cursos, foram idealizados pelo professor Benedito Vasconcelos Mendes, na antiga ESAM.

O Professor Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia, como editor da Coleção Mossoroense, que foi idealizada, criada e dirigida por ele, desde a sua fundação em 1949 até 2005, data de sua morte, editou o maior número de livros sobre o Semiárido brasileiro que a História registra, de modo que quem se dedicar a estudar assuntos relacionados à região semiárida nordestina, necessariamente, tem que pesquisar em livros da Coleção Mossoroense. 
                                             
O nome da universidade que sucedeu a ESAM, Universidade Federal Rural do Semiárido, contempla o vocábulo “Semiárido”, como garantia do seu propósito de continuar a dar prioridade ao desenvolvimento do Semiárido.  
                                                      
Como vimos, este galardão que a nossa cidade acaba de conquistar (Capital do Semiárido), que vai proporcionar uma maior identidade da cidade com a região onde ela está inserida, tem sua justificativa nos trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela nossa querida UFERSA.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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MELHOR IDENTIFICAÇÃO DA FAMÍLIA DE LAMPIÃO, EM FOTO FEITA EM JUAZEIRO, NO INÍCIO DE MARÇO DE 1926.


IDENTIDADES: 1- Zé Paulo, primo; 2 -Venâncio Ferreira (tio); 3 - Sebastião Paulo, primo; 4 - Ezequiel, irmão; 5 João Ferreira, irmão; 6 -Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua frente, sentada); 7- Francisco Paulo, primo; 8- Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica) 9 - ZÉ DANDÃO, agregado da família. 

SENTADOS, da esquerda para direita: 10 - Antônio, irmão; 11-Anália, irmã; 12 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira); 13 -Maria Mocinha, ou Maria Queiroz, irmã; 14-Angélica, irmã e 15 - Lampião.

Dos nove irmãos da família Ferreira, dois estão ausentes nesta foto: LEVINO, que morrera no ano anterior, 1925, no sítio Tenório, Flores do Pajeú/PE, em combate contra as volantes paraibanas dos sargentos Zé Guedes e Cícero Oliveira. E VIRTUOSA, que, sinceramente, não sei dizer se simplesmente não quis aparecer na foto, ou já era falecida.

Élise Jasmin afirma no seu LIVRO CANGACEIROS, que esta foto foi feita por Lauro Cabral de Oliveira, que dividiu então com Pedro Maia, a fama de fazer as fotos de Lampião, bando e familiares em Juazeiro, Março de 1926.

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/2015/11/melhor-identificacao-da-familia-de.html

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MARIA DO CAPITÃO...

Por Dalinha Catunda

MARIA DO CAPITÃO...

Salve Maria Bonita
Maria do capitão.
Mulher forte destemida
Que viveu sua paixão
Nos braços d’um cangaceiro
Que não tinha paradeiro
Mas roubou seu coração
*
Salve Maria Bonita
Que pegou sua estrada
Seguindo seu coração
Apenas ele e mais nada.
Os passos de Virgulino
Era mesmo seu destino
Estava determinada.
*
Salve Maria Bonita
E salve sua decisão.
Preferiu correr perigo
Preferiu viver paixão
Fugiu da vida pacata
Por não querer ser ingrata
E magoar seu coração.
*
Salve Maria Bonita
Maria do lampião
Companheira tão fiel
Do famoso Capitão.
Ao lado de seu amante
Levando vida errante
Fez história no sertão.
*
Salve Maria bonita
Que na história ficou.
Dou vivas ao centenário
Da mulher que se rebelou
Para viver sua opção
Sem ligar para o padrão
Que a sociedade ditou.

- Dalinha Catunda - 2011.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1789745734371509&set=gm.1871875553124947&type=3&theater&ifg=1

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CABROEIRA REUNIDA

Por Noádia Costa

Cabroeira reunida nas quebradas do sertão . Cangaceiro Canário, cangaceiro Gato, Inacinha, Moça e Ricardo Pontaria. Cachorro sem identificação. 

Foto: Benjamin Abrahão

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PREZADOS, SAUDAÇÕES:

Por Charles Garrido

É sempre uma alegria renovada, estar ao lado dos nossos diletos leitores, desejando a todos um ano novo próspero, de muitas realizações e, sobretudo, cheio de saúde e paz de espírito.

Em nossa última postagem do decorrente, traremos o relato da cangaceira Sila, onde a mesma nos contará como foi o angustiante momento de sua entrada para o cangaço.

Deixaremos a análise das imagens, após lermos o texto, por gentileza.

"Já estava tudo acertado, não tinha mais como fugir do meu destino. Zé Sereno havia resolvido que eu ia ter que acompanhá-lo na vida do cangaço. Caso recusasse, eles matariam todos os meus familiares. Não havia saída. Só tinha catorze anos, era ingênua e inocente.


Chegou o momento e partimos em retirada. Me deram um chapéu, um bornal, um lenço e uma arma curta para defesa pessoal, mas eu não sabia atirar e nem havia tempo para aprender. 

Passamos o dia todo caminhando. 

Tinha uma mulher chamada Neném, que acompanhava o marido, Luís Pedro. Em princípio, iríamos nos encontrar com Lampião, apenas no dia seguinte. Essa era a única coisa boa que eu tinha em mente, pois queria conhecer aquele homem que todos temiam e admiravam ao mesmo tempo.

Continuávamos caminhando, eu só fazia chorar. Foi quando Neném, me chamou e disse:

- Menina, vá se acostumando, você ainda irá chorar muito.

Esqueça seus irmãos, seus pais, seus amigos... pois sua família agora somos nós.


Continuamos andando. Eu não entendia o porquê deles caminharem o tempo todo de orelha em pé e, o último, cuidando de apagar o rastro dos outros.

Até que depois de tanto caminhar pelo mato, chegamos à uma casa, era final da tarde. Achávamos que estava tudo bem. Foi quando de repente, Luís Pedro chama Zé Sereno, e diz:

- Zé, aí tem "moca"

Quando eu ia perguntar o que diabo era "moca", não deu mais tempo, ouvi foi o "pipocado" de bala. 

Os macacos chegaram de supetão.

Eu, por ser nova no bando, não sabia o que fazer. 

Já estava quase tudo escuro, não dava para enxergar direito e o barulho era ensurdecedor. A gente tinha que fugir e, só quando clareavam os tiros, era que conseguíamos dar alguns passos. 

Havia uma cerca de arame nos fundos da casa, se conseguíssemos ultrapassá-la, estaríamos mais seguros. E assim tentamos. Porém, a minha mais nova amiga; Neném, quando foi tentar pular, levou um tiro e já caiu morta. 

Meu Deus, nunca tinha visto ninguém morrer, ainda mais assim de um modo tão trágico. Não podíamos tentar socorrê-la, pois víamos que o caso era sem jeito. Quem ficasse, poderia morrer também. Todos os outros conseguiram escapar do tiroteio.

Luís Pedro estava desolado, desesperado.

Finalmente, o dia seguinte chega. 

Eu não consegui pregar um olho sequer e, sabíamos que até o fim da tarde, iríamos encontrar Lampião e os demais cangaceiros.

No meio do caminho até o coito, encontramos três trabalhadores numa roça, eles não sabiam quem éramos nós, pois as roupas eram muito parecidas, tanto as das volantes, quanto as dos cangaceiros. Luís Pedro se aproximou deles e perguntou:

- Me digam uma coisa, se vocês virem os cangaceiros por aqui, o quê irão fazer?

- Com certeza iremos entregar à volante (disse um deles, ingenuamente)

- Vocês vão é morrer . (Luís Pedro)

O cangaceiro, revoltado e enfurecido com a perda da companheira, saca de seu parabélum e impiedosamente mata os três sertanejos indefesos e inocentes à sangue frio. Foi outra cena que jamais esqueci e era apenas o meu segundo dia na vida do cangaço.


Seguimos viagem.

No final da tarde, finalmente chegamos onde estavam os outros. Não tinha como não saber quem era o chefe. Um homem alto, magro, cheio de ouro, até o óculos brilhava.

Logo ele chegou até nós, e perguntou:

- Zé Sereno, quem é essa menina?

- É Sila, minha mulher (Zé Sereno).

- Mas ela ainda é uma criança (Lampião).

- Com o tempo ela se acostuma (Zé Sereno).

Lampião, como já era de esperar, tratou logo de perguntar:

- Luís, cadê Neném?

Luís Pedro, que até então passara a maior parte da viagem calado, não suporta mais e desabafa aos prantos, abraçado ao velho amigo:

- Lampião, mataram a minha companheira.

Foi a primeira vez que vi um "homem feito", chorar".

Caros leitores, leiamos agora um pequeno trecho do depoimento do Sr. Renilson, cujo qual, à época, ainda uma criança de apenas oito anos de idade, conversou com Luiz Pedro, poucos minutos antes da morte de Neném, quando os cangaceiros chegaram de surpresa na propriedade de seu pai, um fazendeiro bem sucedido na região:

"Eu estava no terreiro da casa e me lembro como se fosse hoje. De repente, chegou um grupo de pessoas estranhas, que nunca tinha visto antes na vida. Eram catorze no total, onze homens e três mulheres. Todos muito enfeitados e cheios de ouro".

Um deles veio até mim e perguntou:

- Menino, cadê seu pai?

* Está lá dentro.

Ele, mais quatro, foram logo entrando e eu segui atrás.

Quando meu pai viu os homens, tentou manter a calma e perguntou ao que estava a frente:

- Quem é o senhor?

* Luiz Pedro, cabra de Lampião.

Lembro demais da feição do meu velho, que apesar do susto, tentou não demonstrar medo e, foi logo dando as boas vindas:

- Os senhores devem estar com fome. Vou mandar preparar almoço  para todos, mas por favor, não façam nada com a minha família.

Luiz Pedro foi muito educado e respondeu:

- O senhor pode ficar tranquilo, não iremos mexer com ninguém, só queremos comida e água.

Outra cena que jamais esquecerei, foi quando, mesmo dando garantia que não iriam nos fazer mal, uma das moradoras da fazenda que foi servir a comida, na hora em que chegou à sala e viu os homens todos fortemente armados, literalmente, urinou-se na roupa. Aquilo foi um alvoroço só, ela ficou paralisada, sem conseguir dizer uma só palavra. E por incrível que pareça, Luiz Pedro, em respeito ao momento constrangedor, mandou que todos os homens se retirassem do recinto e, somente após terem limpado o local e retirado a coitada, foi que todos retornaram para almoçar.

No fim da tarde, meu avô tinha uma gramofone e resolveu colocar uma música. Nisso, dois cangaceiros, cada um segurando seus fuzis, começaram a dançar, fazendo de suas armas, respectivas damas.

Já estava chegando o final da tarde, o bando partiu em retirada. 

Poucos minutos depois, ouvimos o mundo se acabando. Eles se encontraram com uma volante e, no tiroteio, a companheira de Luiz Pedro foi morta a tiros. Meu pai foi lá, horas após o ocorrido e, ainda chegou a ver o corpo dela que, no dia seguinte, foi exposto ao público, numa localidade chamada Mocambo".

Vamos à análise das imagens, por gentileza:

1 – Neném e Luiz Pedro.
2 – Sila e eu, no ano de 1999, no município de Poço Redondo-SE.
3 e 4 – O Sr. Renílson (hoje professor de matemática, aposentado) cedendo-nos uma memorável entrevista, na casa do pesquisador Antônio Amaury, em São Paulo, no ano de 2014.

Amigos, vejam que intrigante, Sila, quando citou sobre o triplo homicídio cometido por Luiz Pedro, não somente eu estava presente, mas sim, vários outros colegas pesquisadores e, ela foi bastante enfática em seu relato, inclusive, em nenhum momento enalteceu a figura de seu companheiro (Zé Sereno) ou de si mesma. Entretanto, o próprio pesquisador Antônio Amaury, nunca acreditou nesse fato. O Sr. Renilson, certamente, seria a pessoa apropriada para nos dar mais informações do acontecimento trágico.

Vejam o que ele respondeu:

- Aquela região era muito pequena, todo mundo se conhecia. Seria impossível acontecer um triplo assassinato, sem que ninguém ficasse sabendo. Eu, hoje com oitenta e seis anos, é a primeira vez que escuto falarem sobre isso.

Senhores, permitam-me uma opinião pessoal, eu não vejo motivo algum para Sila ter mentido. Percebam, era apenas o seu segundo dia no cangaço e, um fato dessa natureza, não esquecemos jamais. A hospedei na minha casa em duas ocasiões e, fiz a mesma pergunta sobre esse episódio, inúmeras vezes, para ver se ela entrava em contradição e, posso garanti-los, a velha cangaceira nunca titubeou. Sempre repetiu o mesmo relato de forma retilínea e fiel aos depoimentos anteriores. Portanto, eu prefiro acreditar nela. Porém, repito, isso é apenas um humilde parecer desse que vos escreve, fiquem à vontade para tirar suas próprias conclusões.

Um grande abraço a todos.
Feliz 2018!
Charles Garrido.
Pesquisador.
Fortaleza-CE.

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DEPOIMENTO DO ECONOMISTA SÍLVIO BULHÕES, FILHO DO CASAL CANGACEIRO “CORISCO” E “DADÁ” FALANDO SOBRE O CASAMENTO DE SEUS PAIS E DO Sr. JOSÉ ALVES DE MATOS (EX-CANGACEIRO “VINTE E CINCO”)

https://www.youtube.com/watch?v=3SEQW_KYoD0&feature=youtu.be

“Bulhões e o ex-cangaceiro Vinte e Cinco falam um pouco do casamento de Dadá e Corisco e de como era Dadá no grupo.”

Mais uma produção Aderbalvídeo

Publicado em 30 de dez de 2017
Bulhões e o ex-cangaceiro Vinte e Cinco falam um pouco do casamento de Dadá e Corisco e de como era Dadá no grupo.
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AMIGOS A GENTE ENCONTRA...

Por Kydelmir Dantas

"Amigos a gente encontra / O mundo não é só aqui / Repare naquela estrada / Que distância nos levará / " (Quem Me Levará Sou Eu (Dominguinhos)...

Uma amizade sincera que tem mais de meio século... Nestas fotos há uma distância de 20 anos (1997 - 2017), a mesma pose, na mesma rua em Nova Floresta-PB, e continuamos os mesmos amigos e companheiros de sempre... José Demá (PRETO de Nozim) - Kydelmir de dona Angelita de seu Né - Audivam Azevedo (VANVAN de João Neco)... Que 2018 nos traga saúde, paz, trabalho e amores, sem medo de sermos felizes.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=519862585046458&set=a.110106342688753.1073741828.100010681625071&type=3&theater

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LAMPIÃO, O ESTILISTA DO SERTÃO...

Por Verluce Ferraz

Muito importante frisar que Lampião não se comportava de forma comum, não priorizava conquista ou cortejo para mulheres em postura quase celibatária, pois sua preocupação se concentrava em si e em todos os outros cangaceiros por ele comandados, com um excesso de tabus para afastar a figura feminina, sob o pretexto de que elas traziam mal para todos. Vamos seguir a trilha arqueológica para ver a maneira como o cangaceiro foi aumentando seus desejos capazes de tornar segredos as suas fantasias.


Encontramos em Lampião um estilista imerso em um mundo de fantasias, cultura e conhecimentos atávicos a espalhar sua criatividade e percepção do belo com tradução e posterior expressão de tudo que durante a vida lhe fora apresentado em várias circunstâncias, ao olhar para os objetos mais simples ou detentores de estética específica. 


Os penduricalhos que o cangaceiro agregava ao corpo, alguns era de grande utilidade, como exemplo a canequinha, para beber água, o bornal para acondicionar comida ou munição; outros, porém, eram para enfeitar-se demonstrando seu narcisismo em alto grau. Passou a usar roupas coloridas e lenço no pescoço com uma argola para prender. 


Grande transformação aconteceu no psíquico do cangaceiro, quando passa de cangaceiro para capitão. A troca do adjetivo deu excelente resultado. Podemos agora compreender que o cangaceiro Lampião, embora inconsciente, se julgasse inimigo daqueles capitães que comandavam as Volantes, mas isso seria um equívoco, seu desejo de usar farda engalanada vem de uma ordem interior que agora vê transformar-se em ‘patente de capitão’, por isso não rejeitamos a hipótese que venha a justificar que, como capitão, seria o disfarce de seu brutal instinto de deter um grande poder. As fitas (divisas da farda) tornaram-se símbolo da vaidade. Vai decorar o chapéu com a flor de Liz. Há uma particular semelhança entre esses objetos, quando de uma análise mais profunda...

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DONA CABOCLA FAZIA COMIDA PARA O BANDO DE LAMPIÃO

Vídeo do acervo do cineasra Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=THutyebFMX8&feature=youtu.be

Publicado em 22 de mar de 2014
Pequeno relato de dona Cabocla onde ela se arrepende de ter contado que fez comida para Lampião. Ela contou quase 70 após a morte de Lampião. Por esse depoimento da para ver o peso de uma palavra dada. Esse vídeo só foi possível graças ao amigo João de Sousa Lima
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ERONIDES CARVALHO FILHO DO ANTONIO CAIXEIRO

Colorizada pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

"Eu entendo a noite como um oceano
Que banha de sombras o mundo de sol" - Zé Ramalho.



Mais uma sensacional colorização digitalizada do "mago dos pincéis". Parabéns! 

A cada trabalho o aperfeiçoamento é notado.

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