Seguidores

sábado, 11 de maio de 2024

ARIANO SUASSUNA em cerâmica - Peça do escultor piauiense João Borges

 


https://www.facebook.com/photo/?fbid=7695524020508663&set=a.242978375763302

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

1945 – ALGUNS ASPECTOS DA GRANDE PONTE AÉREA CRIADA PARA TRAZER OS SOLDADOS AMERICANOS DA EUROPA ATRAVÉS DE NATAL

 

Uma Ideia Desse Retorno e Os Momentos Desses Militares em Parnamirim Field

Autor – ELTON C. FAY – Redator da equipe da Associated Press.

Publicado Originalmente no THE BINGHAMTON PRESS, de Binghamton, New York, EUA, edição de sábado, 25 de agosto de 1945

CADERNO DE CORRESPONDENTES: SOLDADOS RETORNANDO AOS ESTADOS UNIDOS POR VIA AÉREA A UMA TAXA DE 700 HOMENS POR DIA.

Natal, Brasil – Mais de 32.000 soldados vindos da Europa para casa, passam por esta Base Aérea dos Estados Unidos na região oriental da América do Sul. Eles passam em um fluxo constante. Mais de 700 homens por dia vem em aviões de Casablanca, Norte da África, em voos de até 17 horas. Apenas alguns dias a mais e eles estarão em casa.

Esses jovens tiveram sorte. Eles são prioridade máxima. Em geral, eles são homens destinados a baixa do serviço ativo. Separados de suas antigas organizações militares e movendo-se como indivíduos eles não teriam prioridade de viagem, que foi definida originalmente quando era urgente a redistribuição de soldados para os campos de batalha do Pacífico. Sob circunstâncias normais eles seriam os últimos a sair Europa por navios oceânicos, demorando alguns meses para isso.

Parnamirim Field – FOTO GETTY – IVAN DIMITROV

Mas a maior companhia aérea do mundo – A Força Aérea do Exército dos Estados Unidos e o seu Comando de Transporte, no entanto, tinha aviões – centenas deles a mão.

Este é um exemplo aonde o caminho mais curto para casa pode ser através do trecho mais longo. De navio eles teriam de percorrer cerca de 3.000 milhas, e de avião mais do que o dobro dessa distância. Seguindo uma rota descendo para Casablanca, Marrocos, cruzando a linha do equador e atravessando o Oceano Atlântico até Natal. Depois voando através do Caribe até os Estados Unidos. Em navios de transporte de tropas os soldados levariam em média 10 ou 12 dias através do Atlântico Norte. Já fazendo a viagem aérea pelo Sul, eles alcançam os Estados Unidos em cerca de três dias.

O acampamento militar de Parnamirim Field – FOTO GETTY – IVAN DIMITROV

O Campo de Parnamirim e seu imenso acampamento militar é o ponto de transferência do soldado-viajante. Ele pousa aqui no meio do caminho para casa, geralmente em um avião de transporte quadrimotor Douglas C-54. Muitos talvez estejam cansados de ficar ouvindo o barulho dos motores por 17 horas e até um pouco mais. Fartos das rações K – mas com os Estados Unidos a apenas dois dias de viagem.

Desembarque de um militar americano de uma aeronave C-87, enquanto um técnico brasileiro prepara-se para colocdação de inseticida na aeronave contra a malária – FOTO GETTY – IVAN DIMITROV

O grande avião taxia até a linha principal, representantes do Exército Americano sobem a bordo, incluindo médicos que fazem a colocação de pesadas doses de spray inseticida que enche o avião. A ideia é evitar que os insetos que transmitem a malária desembarquem impunimente por aqui, ou sigam mais adiante.

Alguns Estão Assustados.

Douglas C-54 – Foto – US Army.

Um ou dois deles dormiram no caminho em seus assentos, ou enrolados em um cobertor no chão. Muitos dos homens, muitas vezes a maioria, nunca voaram antes.

Eles estão cansados. De vez em quando eles ficam com medo das sacolejadas no voo. A terra parece boa para eles. Eles contam e repetem o pior de seus medos que passaram na viagem – o salto sobre a água, sobre o Atlântico (sem perceberem que logo mais adiante estariam voando centenas de quilômetros sobre a selva amazônica).

So9ldados americanos em trânsito por Parnamirim Field Fonte – FOTO GETTY – IVAN DIMITROV

Houve alguns casos tremendos em que os soldados recusaram a seguir de avião pelo medo. Nesse caso estes eram despachados para Recife afim de embarcarem para casa no próximo navio a vapor. O Exército não pode obrigar seus homens a voar.

Seria possível em menos de duas horas transferir esses soldados dos grandes aviões transoceânicos para os transportes bimotores menores com destino ao Estados Unidos, mas os homens são mantidos aqui (Parnamirim Field) para dormir em beliches e ter refeições regulares.

A média de permanência deles é de 24 horas. O mau tempo daqui até Miami, Flórida, às vezes reduz o número de operações de voo diárias e exige uma estadia um pouco mais longa.

Não Consigo Sair Do PX

O objetivo é tornar a vida tão mais agradável possível. (Nenhum lugar é melhor que casa para um soldado indo nessa direção.) Natal, por uma aberração do clima, é um local fresco, varrido pela brisa constante, mesmo localizado em uma região seca.

Trabalho normal e diário em Parnamirim Field – FOTO GETTY IVAN DIMITROV

Para seguir os regulamentos de saúde do governo brasileiro o soldado em trânsito não pode sair desse posto, até mesmo para a cidade próxima de Natal. Mas ele encontra aqui um entretenimento melhor que a configuração média e uma chance de se exercitar, comer e dormir.

Esses soldados vão encontrar, no entanto, alguns aborrecimentos antes que ele tenha aquele pedaço de papel que vai libertá-los das regras, regulamentos e do exército. O oficial de instrução que conheci a bordo do avião me disse, com um sorriso irônico: “– Você vai descobrir que quanto mais perto chegar de casa, mais difícil será a guerra. Mantenha a camisa abotoada e as calças arregaçadas”.

Para um soldado que deseje realizar uma viagem de compras, este é o lugar. Possui um dos maiores posto de trocas (PX) do exército. Mensalmente, as vendas aumentam como US$ 500.000 (quinhentos mil dólares). O produto que está no topo da lista dos soldados para compras é a “bota mosqueteira”, uma meia bota de couro fabricada em toda a América do Sul. Bolsas de couro de jacaré vem em segundo lugar.

1945 – ALGUNS ASPECTOS DA GRANDE PONTE AÉREA CRIADA PARA TRAZER OS SOLDADOS AMERICANOS DA EUROPA ATRAVÉS DE NATAL - Um Pequeno Vislumbre Desse Retorno e Os Momentos Desses Militares em Parnamirim Field
Outro aspecto do C-54 – Foto – US Army

Alguns homens, cerca de meia dúzia por dia, descobrem que pequenas doenças interrompem a viagem para casa. Se eles mostram temperaturas alteradas, ou outras evidências de doenças, elas permanecem em Parnamirim até o problema desaparecer e assim evitar que alguma doença contagiosa se instale.

ELTON C. FAY foi um repórter da Associated Press que atuou nos conflitos que envolveram os Estados Unidos, desde a Segunda Guerra Mundial até a Guerra do Vietnã. Ele foi um dos poucos repórteres informados antes dos bombardeios do general Jimmy Doolittle contra no Japão em abril de 1942 e durante o resto do conflito escreveu sobre os principais eventos da guerra. Esteve em duas ocasiões em Natal e Parnamirim Field. Fay ingressou no serviço de notícias em Albany, New York, e mudou-se para Washington em 1932, cobrindo o antigo Departamento da Marinha e depois junto ao Pentágono. Faleceu aos 81 anos, em 1º de setembro de 1982.

Extraído do blog do escritor, historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros - https://tokdehistoria.com.br/2024/05/07/1945-alguns-aspectos-da-grande-ponte-aerea-criada-para-trazer-os-soldados-americanos-da-europa-atraves-de-natal/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

XAXANDO PELO BRASIL

Por Anildomá Willans

O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, de Serra Talhada/PE, retoma o Projeto Xaxando Pelo Brasil que agora vai para Salvador/BA, em circulação com seu espetáculo homônimo. A itinerância começou por Teresina, em março do ano passado.
Agora, no mês de maio, a trupe chega em Salvador com seu espetáculo, apresentando-se nos seguintes locais:
Dia 10 de maio (sexta feira), às 12h, na Escola de Dança da Funceb/CFA, Rua da Oração, n. 1, Pelourinho. Sala Céu.
Dia 11 de maio (sábado), às 15 h, no MAB /Museu de Arte da Bahia (Av. Sete de Setembro, 2340 - Corredor da Vitória, Salvador).
As apresentações serão gratuitas.
LIVRO - Aproveitando o ensejo, o pesquisador e escritor do cangaço, ANILDOMÁ WILLANS DE SOUZA, estará junto ao grupo lançando seu livro LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ.

O produtor Karl Marx, um dos dirigentes da Fundação Cultural Cabras de Lampião, explica o projeto “Xaxando Pelo Brasil busca através do Xaxado, uma das mais puras manifestações culturais da região nordeste do Brasil, resgatar a valorização da tradição popular, contemplando a estética dos movimentos corporais e do ritmo musical oriundo do sertão, além de despertar o público para a beleza e a criatividade do imaginário da cultura nordestina, cultivado ao longo das gerações, possibilitando à comunidade acesso à cultura”.


O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião é o maior divulgador desta dança e mantém a originalidade e autenticidade conforme criada pelos bandoleiros do sertão. É uma trupe de artistas sertanejos - exatamente da cidade que nasceu Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.

O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião trouxe os cangaceiros para frente das luzes e o Cangaço se transformou num show de arte com uma nova e revolucionária imagem do Rei do Cangaço. É um espetáculo que conduz o espectador a um mergulho no mundo mágico e místico do sertão.
O projeto Xaxando pelo Brasil é uma produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião e da Agência Cultural de Criação e Produção, com o incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"O DESTINO VINGOU CRISTINA"

Por Helton Araújo
A bela Cristina, nas hostes do cangaço foi companheira do chefe de subgrupo de Lampião, o cangaceiro Francelino José Nunes, vulgo Português.
Cristina teria se envolvido em um caso de traição com o também cangaceiro Antônio José dos Santos, vulgo Gitirana, cabra de Corisco. Esse fato causou grande reboliço em meio aos bandos, gerando grande desentendimento principalmente entre Corisco e Maria Bonita.
Português queria que Gitirana fosse morto, teria até ordenado que seu cabra Cícero Garrinchinha, vulgo Catingueira o executasse, porém, Corisco o impediu e colocou Catingueira em seu devido lugar.
Maria, achava injusto que Português ficasse desmoralizado, Corisco por sua vez não permitia que ninguém tocasse em seu cabra, Lampião no fim dessa confusão acabou aparentemente dando razão a Corisco, pois ele que era chefe de Gitirana.
A jovem Cristina, desesperada, pediu guarida no bando de Corisco, que a deixou ficar por uns dias, mas ela não poderia ali permanecer permanentemente, pois ele sabia que isso o traria grandes problemas. Dias depois, Cristina foi mandada por Corisco, com um coiteiro com destino a sua família, mal ela sabia o destino cruel que a reservava.
No final, ao que indica prevaleceu a vontade de Maria Bonita, que achava justo Português ter sua honra lavada, Cristina foi assassinada a facadas em 20 de Julho de 1938, seus algozes foram os cangaceiros Luiz Pedro, Juriti e Candeeiro.
Mas o destino reservava algo extremamente terrível para muitos dos envolvidos nesse caso.
O primeiro a perder a vida foi o cangaceiro Catingueira, ele que havia sido incumbido por Português para matar Gitirana e possivelmente também tentaria contra a vida de Cristina, foi morto em Alagoas em fevereiro de 1938, pela volante do Tenente João Bezerra que estava sob comando do então cabo Aniceto Rodrigues.
Uma semana depois da morte de Cristina, em 28 de Julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e Luiz Pedro foram alguns dos 11 cangaceiros mortos e decapitados na grota do Angico, em ação comandada pelo então tenente João Bezerra.
Em fevereiro de 1939, Português que estava preso em Santana do Ipanema, Alagoas, após ter se entregado às autoridades, foi morto no pátio da cadeia a tiros por um filho de menor de idade de uma de suas vítimas do passado.
Cristino Gomes da Silva Cleto, vulgo Corisco seria morto em maio de 1940 em Barra do Mendes, na Bahia, em ação comandada pelo então tenente José Osório de Farias, o afamado Zé Rufino.
Juriti em 1941, quando já estava anistiado decidiu voltar ao sertão sergipano e acabou sendo capturado pelo temido sargento Amâncio Ferreira da Silva, vulgo Deluz, esse com auxilio de seus capangas, amarrou e conduziu Juriti até um determinado local na região de Canindé, onde o jogou vivo em uma fogueira em chamas, ali Manoel Pereira de Azevedo, o Juriti, queimou em agonia até a morte.
Manoel Dantas Loiola, o popular Candeeiro, foi o único dos envolvidos na morte de Cristina a sobreviver, seu Né como também era conhecido no pós cangaço, faleceu já idoso em 24 de Julho de 2013 na cidade de Arcoverde, Pernambuco, aos 97 anos de idade.
Obs: Gitirana também sobreviveu ao cangaço, ao que indica entregou-se em Agosto de 1940. Uma linha de pesquisa diz que o mesmo faleceu pouco tempo depois vitimado pela tuberculose.
Por: Helton Araújo
Gostaram da história? Querem aprender mais sobre o cangaço? Então acompanhe nossos vídeos, garanto que tem muitas informações interessantes.

Deixo abaixo uma sugestão de vídeo. Com o título: "SUPER ENTREVISTA DO EX-CANGACEIRO VINTE E CINCO", segue o link abaixo
Não esqueça do link cabroeira.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

http://blogdomendesemendes.blogspot.com