Seguidores

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

MOURÃO: ACORDO ENTRE BOLSONARO E TEMER PODE AUTORIZAR VENDA DA EMBRAER


Por Agência Estado
Foto Daniel Ferreira - Metrópoles

Para vice-presidente eleito, aval do governo à negociação do KC-390 e da parte comercial da fabricante brasileira com Boeing sairá logo.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que, se o presidente Michel Temer procurar Jair Bolsonaro para conversar sobre o negócio entre Boeing e Embraer, o aval do governo brasileiro à operação poderá sair rapidamente. Mourão defendeu a união das companhias e considerou “fundamental” à fabricante brasileira ter um “peso pesado ao lado dela”.

De acordo com a parceria anunciada, a Boeing deterá 80% de participação na joint venture, que vai combinar ativos na área de aviação comercial, pelo valor de US$ 4,2 bilhões. Houve acordo ainda de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390. De acordo com a parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na parceria e a Boeing, os 49% restantes.

“O negócio pode ser decidido de comum acordo se o presidente Michel Temer procurar o presidente Jair Bolsonaro, os dois conversarem e concordarem. Aí, já podem fechar isso”, disse Mourão, na tarde desta segunda-feira (17/12). O acordo entre as duas companhias já está no Palácio do Planalto para avaliação do governo brasileiro.

Questionado sobre o negócio, o vice-presidente eleito disse ser favorável. “Sou a favor da sanção. [O negócio] É fundamental para a Embraer diante da concorrência a que ela está exposta internacionalmente”, disse, ao lembrar que a principal concorrente da brasileira no mercado de aviões de médio porte, a canadense Bombardier, já está aliada à grande competidora da Boeing, a europeia Airbus. “É importante que a Embraer tenha um peso pesado ao lado dela”, declarou.

https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/mourao-acordo-entre-bolsonaro-e-temer-pode-autorizar-venda-da-embraer?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O SERROTE DO CRUZEIRO

 Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.025

Os mais velhos iam dizendo, apontando a pequena cavidade no rochedo: “Essa é a marca do pé do menino Jesus, quando passou por aqui”. E tão ingênuos que éramos jamais poderíamos contestar a afirmação dos adultos. Assim também se dizia que no pé da alta cruz que abraçava os arredores, havia moedas enterradas por Lampião. E que ali no cimo do lajeiro, fora lugar de negócios entre o chefe cangaceiro e o prefeito fulano. Muita munição ao bandido para que não invadisse a cidade. Claro, tudo conversa mole dos adultos naqueles passeios domingueiros ao monte mais querido de Santana do Ipanema. Vamos colher fachos das macambiras para brincar com os colegas; visitar a capela de Santa Terezinha ou as suas ruínas; ver as poças verdes e os abrigos dos urubus; contemplar lá para trás o serrote Pintado (hoje reserva Tocaia); sentar ao pé da cruz e filmar com a vista o belíssimo cenário do vale.

Serrote do Cruzeiro. (B. Chagas, livro 230).
Velho cruzeiro! Fincado nas rochas na passagem do século XIX para o século XX. Substituído apenas uma vez. Capela à santa Terezinha, construída em 1915, como motivo de promessa. Caída e reerguida na década de 60; caída novamente e reerguida de forma estranha na década de 90. Antigo Morro da Goiabeira rebatizado como Serrote do Cruzeiro, após a sua cruz. Quantos milagres no serrote e quantas promessas pagas no monte sagrado de Santana!
Cercado por segunda mata de caatinga é servido por uma trilha maquiada que conduz ao topo. Silêncio absoluto na subida ou farfalhar de lagartixas pela folhagem seca do solo. Às vezes, guinchos de saguins vindos da Reserva. Passagens de cabeças sob ramagens de arbustos e arvoretas na trilha tortuosa. E vamos subindo, subindo, parando, descansando, apreciando... No crâneo, foto, foto para a capa do romance “Deuses de Mandacaru”. É ali no início da subida que uma paz inexplicável invade o coração de quem a busca. O começo de meditação profunda que faz um bem danado ao praticante. Folhas ao chão, sossego na alma.
Que saudade do monte!
Quando voltar a Santana, nova incursão pelo serrote, solitária ou com você.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FIQUE INFORMADO - OUTRAS MODALIDADES

Por Miguel Dantas
https://www.publico.pt/2018/12/17/desporto/noticia/jovem-portuguesa-invisual-conquista-bronze-mundial-surf-1854998

Marta João do Paço, cega de nascença, garante que a modalidade lhe concede uma sensação de "liberdade". Aos 13 anos, amealha o primeiro prémio para Portugal na competição.

Jovem portuguesa cega conquista bronze no Mundial de surf adaptado Marta João do Paço, cega de nascença, garante que a modalidade lhe concede uma sensação de "liberdade". Aos 13 anos, amealha o primeiro prémio para Portugal na competição.

Apesar de só praticar surf há pouco mais de um ano, Marta João do Paço, 13 anos, surpreendeu tudo e todos no campeonato mundial de surf adaptado, que decorreu entre os dias 12 e 16 de Dezembro, em San Diego, Califórnia. A adolescente portuguesa — atleta do Surf Viana de Castelo (SVC) — conseguiu mesmo a medalha de bronze, naquela que marca a segunda participação portuguesa na competição internacional.

https://www.publico.pt/2018/12/17/desporto/noticia/jovem-portuguesa-invisual-conquista-bronze-mundial-surf-1854998

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FAGNER & GONZAGÃO - SANGUE DE NORDESTINO - LUIZ GONZAGA & FAGNER - 1984

https://www.youtube.com/watch?v=0JPNP0RxfQ8&feature=share&fbclid=IwAR1FU4lVLcwkjiphl-TxF1WRKdkAkhi4NjyYrCOvAkuTF6qdiS0T5dYhZA8

Publicado em 25 de jan de 2014

LUIZ GONZAGA & FAGNER Gravadora: RCA Victor (BMG Music, Nº 109.0129) Lançamento: 1984 (LP) - 2002 (CD) SANGUE DE NORDESTINO (Luiz Guimarães) Quando eu vim da minha terra foi com dor no coração Quando eu vim da minha terra foi com dor no coração Quando lá deixei meus pais, meus parentes, meus irmãos Aquela gente querida faz parte da minha vida Como vou dizer que não Se eu não sentisse saudade tanto assim eu não diria Se eu não sentisse saudade tanto assim eu não diria Minha historia era sem versos, inspiração não teria Era uma dor sem jeito que jorrando do meu peito Coração se afogaria Se passaram muitos anos, mas a saudade ficou Se passaram muitos anos, mas a saudade ficou Levar a vida se encantando, sufocando a minha dor Sou sangue de nordestino Marcado pelo destino de ser sempre um sofredor.

Categoria
Música neste vídeo
Música
Artista
Luiz Gonzaga & Fagner
Licenciado para o YouTube por
SME (em nome de Sony BMG Music Entertainment); UBEM, UMPG Publishing, ASCAP e 1 associações de direitos musicais.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FIQUE POR DENTRO - BOLSONARO “DESCONVIDA” CUBA E VENEZUELA PARA SUA POSSE

Por Rafaela Benez
Foto Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ordenou que os convites para a posse presidencial no dia 1º de janeiro, enviados aos chefes de Estado da Venezuela, Nicolas Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fossem desfeitos. Em novo comunicado emitido pelo Itamaraty, ambos os países foram informados que seus chefes de Estado não estavam mais convidados para a cerimônia em Brasília. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

No domingo (16/12), Bolsonaro afirmou no Twitter que não iria convidar líderes de “regimes que violam as liberdades de seus povos” para a posse dele. Em seguida, a assessoria de Maduro afirmou que havia recebido o convite. Os comunicado são enviados com pelo menos um mês de antecedência para que haja tempo hábil para a adoção de todas as providências diplomáticas e de segurança dos chefes de Estado.

Ainda segundo a reportagem, o líder venezuelano iniciará novo mandato em 10 de janeiro ficando no poder até 2025, a legitimidade da reeleição de Maduro foi contestada dentro e fora do país. O ditador está no poder desde 2013 e assumiu após a morte de Hugo Chávez, de quem era vice.

Em 10 de janeiro, Maduro iniciará um novo mandato, previsto para até 2025. Ele foi reeleito em maio deste ano, numa eleição cuja legitimidade foi contestada dentro e fora do país. O ditador está no poder desde 2013 e assumiu após a morte de Hugo Chávez, de quem era vice.

Essa é a primeira vez desde a redemocratização que países são deixados de fora da posse presidencial. Maduro, por exemplo, esteve na posse de Dilma Rousseff em 2015, assim como os então presidentes José Mujica (Uruguai), Michelle Bachelet (Chile), Evo Morales (Bolívia) e Horacio Cartes (Paraguai), além dos vice-presidentes Joe Biden (EUA) e Li Yuanchao (China).

Clique no link abaixo para você ler mais sobre o assunto:

https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/bolsonaro-desconvida-cuba-e-venezuela-para-sua-posse?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MÃE DE EX-BBB NAYARA MORRE APÓS ESPERAR 12 HORAS POR LEITO EM HOSPITAL

Por Saullo Brenner

A jornalista gravou momentos de tensão e os compartilhou com fãs, revelando ter passado mais de 12 horas à espera de um quarto no hospital.

Nayara de Deus, ex-participante do Big Brother Brasil 18, levou uma notícia triste aos fãs nesta segunda-feira (17/12). Após passar horas de tensão com a mãe em um hospital público, esperando por atendimento, Nayara anunciou que Lúcia Helena morreu pela manhã.

Na quinta-feira (13), a ex-BBB registrou sua jornada em um hospital de São Paulo. Com um quarto já reservado, Nayara revelou ter esperado mais de 12 horas para a mãe ser atendida. Dona Lúcia lutava contra um câncer no pulmão em estado avançado e, segundo a jornalista, já sofreu com “problema na coluna, anemia aguda, [e] um monte de complicação”.


A comunicadora, contudo, se mostrou otimista ao lado da mãe. “12 horas cravadas de espera. Isso porque eu já tinha reservado o quarto pra internação. Pelo menos tem muita gente aqui dizendo que é referência esse hospital nesse tipo de procedimento”, relatou.

Quando a espera completou 14 horas, Nayara chorou. “Agora a gente está na enfermaria e eu estou com minha mãe em um colchonete, em uma maca estreita”, disse ela na época.

Clique no link abaixo para ler mais outros assuntos:

https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/celebridades/mae-de-ex-bbb-nayara-morre-apos-esperar-12-horas-por-leito-em-hospital?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EM 1929 JORNAIS BAIANOS REGISTRAVAM... O MAIS ANTIGO FILME SOBRE LAMPIÃO


Por Rubens Antonio 

Aproveitando a puxada dos nossos amigos Guilherme Machado e Robério Santos no grupo cangaceirólogos, aqui cenas do mais antigo filme realizado sobre o Cangaço... 1ª matéria Publicado em 27 de novembro de 1929, no “Diario de Noticias”, Salvador, Bahia.. 

Ele procurava mostrar ações do bando de Lampeão já ocorridas, até então, na Bahia. A equipe de filmagem e atores se deslocaram até os locais dos eventos e, com base nos testemunhos locais, filmaram. Não sei onde foi parar, mas parece que chegou a ser apresentado em Salvador. 

A Cinematographia grava os crimes do Bandido



Nesta imagem, à esquerda, a câmera, à direita, reconstituição de um tiroteio.

Estamos numa epocha em que factos de tamanha sensação não podem ter a sua descripção limitada ao registro da imprensa; elles, graças á divulgarização da cinematographia, são mostrados, ao vivo, ao povo.

Em todo o mundo civilizado assim occorre, com a modernização dos novos processos de reportagem. Todo o mal que o bandoleiro faz ás nossas populações sertanejas é salientado, mediante uma reconstituição de scenas verdadeiras, honestamete feitas, nos proprios locaes onde ellas se verificam e mediante o testemunho de pessoas sabedoras dos factos. A empresa Nelli–Film, bahiana, se incumbe da organização dessa pellicula sensacioal.

É dificil distinguir–se qual o crime mais perverso

O reporter soube da confecção desse “film” e tranto investigou que acabou encontrando o sr. José Nelli, chefe da empresa. Palestraram. O industrial relatou as difficuldades que teve de vencer, da deficiencia de personagens aos trabalhos de reconscituição.
– Qual o crime de maior sensação?
Fica–se na duvida. Virgolino tem cem requintes de malvadez. E não é um valente nem um heroe. Assassina covardemente, para roubar ou por mero prazer.
– Posso, porém, dissenos o sr. Nelli, dizer–lhe que a morte da mulher queimada que se avantaja a tudo. Pretendera ella envenenar Lampeão, que, desconfiado, descobriu o ardil e ordenou que, amarrada a uma arvore, della fizessem uma tocha humana. Realizou–se, assim o homicidio. No cinema, isso é de grande effeito.
 A enguia da caatinga
– E por onde andou filmando:
– Pela zona do Rio do Peixe, Queimadas, Serrinha, etc. Apanham–se os factos “in loco”, sob o rigor da verdade.
– Que diz da acção da policia?
– Que procura atacar o grupo.
Essa caça faz–se com grandes sacrificios, porque Lampeão é como a enguia: some–se sempre na caatinga, fugindo.
– Tem reproduzido combates?
– Oh! diversos, bem como passagens curiosissimas, a que serve de moldura uma excellente natureza, prodiga em scenarios. E claro que teremos de solicitar o auxilio da Policia. Mostrado o bandido, é indispensavel divulgar o que tem sido a acção dos seus perseguidores implacaveis."
 27 de novembro de 1929, no “A Tarde”:
No Rastro dos Bandoleiros. As proezas de Lampeão e de seu sinistro bando num film

O sr. José Nelli, conhecido operador cinematographico, resolveu fazer um grande film de divulgação das façanhas de Lampeão e do seu terivel bando.

O intuito do sr. Nelli é, revivendo os moticinios e scenas de vandalismo do faccinorara apresental–o tal qual elle é: simplesmente um animal senguinario. Para isso o sr. Nelli esta percorrendo todo o nordeste reconstituindo os crimes de Virgulino. Os clichês acima mostram a estação de Rio do Peixe e uma scena do film.

 Os clichês acima mostram a estação de Rio do Peixe e uma scena do film.

Pescado no Cangaço na Bahia

Adendo Lampião Aceso 

O título deste filme não foi citado na matéria do jornal pois estava em fase de produção. Concluído, ele foi batizado de LAMPIÃO, A FERA DO NORDESTE e outra remetência foi LAMPIÃO, O TERROR DO NORDESTE. Tratou-se de um longa-metragem silencioso.


Chegou a ser exibido em São Paulo no ano de 1931: de 20 a 22.de novembro no Royal; 1º de dezembro no Colombo; 2 de dezembro no São José; a 03.de dezembro no Cambuci; 04 de dezembro, no Glória. e nos dias 22 e 23.março de 1932 no Oberdan.

Sinopse

    "... Meia dúzia de apanhados da capital (Salvador) atoamente. Uma vista de Ilhéus da mesma forma. Um horrível apanhado da feira de gados em Feira de Santana. Um cafezal. Um canavial. Uma locomotiva chegando a Juazeiro. Um apanhado do Rio São Francisco. Uma vista péssima de Bom Jesus da Lapa. (...) Lampião ataca um rancho qualquer. Ataca Riacho Seco. (...) Outra cena Lampião cerca uma fazenda. Aparece a casa do 'coronel'. O coronel e a filha estão na sala de visitas. Ele de pés descalços, assentado num frangalho de cadeira, lê um retalho de jornal. A moça lava roupas num caixão de gasolina. Lampião entra na sala. O coronel protesta. Assassinam-no pelas costas. Lampião entra para um quarto. Vem lambendo os beiços...". (Cinearte, 16 de Abril de 1930)

As locações foram: Salvador; Ilhéus; Feira de Santana; Juazeiro; Rio São Francisco; Bom Jesus da Lapa; e Riacho Seco cidades do estado da Bahia.

Observações e resenha:

A revista Cinearte de 30 de Abril de.1930 informa que o filme estava programado para o Teatro Olímpia, de Salvador, mas teve a sua exibição proibida pela polícia. "Filme de enredo e cenas documentárias, com um ator no papel do Capitão Virgolino". muito provavelmente o primeiro filme de enredo rodado na Bahia".
A revista ainda publicou o seguinte comentário:
Tudo filmado com a pior fotografia do mundo, sem noção alguma de arte e realidade. A interpretação é pavorosa! Tudo horrível! Como filme Lampião é mais prejudicial à Bahia que o próprio bandoleiro”.
As pesquisas de Dídimo em seu livro "O cangaço no cinema Brasileiro" não apontaram referências aos nomes dos atores que trabalharam na obra. Em alguns sites há uma referencia de direção para Guilherme Gáudio porem o Dicionário de Filmes Brasileiros (longa-metragem), de Antônio Leão Neto, traz apenas a menção de José Nelli como produtor e Antônio Rogato na fotografia.

Pioneiros do tema cangaço

Quem pesquisar sobre os primórdios do cinema de cangaço vai identificar o filme Filho sem mãe, de Tancredo Seabra no ano de 1925, o primeiro em que aparece um grupo de cangaceiros e alguns de seus sinais de identidade, tais como trajes, armas, acampamentos etc.  
Sangue de irmão de Jota Soares em 1926.

Segundo Luiz Felipe Miranda em “Cinema e Cangaço – História” (1997), houve ainda um curta,chamado  Lampião, o banditismo no Nordeste, “do qual se desconhecem autoria e procedência [...] apresentado por volta de 1927” (1997, p.93). 

Em Lampião, A fera do Nordeste, uma ficção com cenas documentais. o rei cangaceiro já teria o papel de protagonista e, provavelmente, é o primeiro filme a abordar o cangaço como tema central. O filme relata o episódio da chacina do Rio do Peixe, na Bahia, mostrando Lampião monstruoso e sanguinário que matava ate criancinha, lançando ao ar e aparando com seu punhal.

Estes quatro títulos citados estão infelizmente desparecidos.

Fontes:

1) Cinemateca.gov.br

2) NORDESTE: MISERABILISMO LOCAL/SUMMA NACIONAL
Estudo de Sebastião Guilherme Albano da Costa.
Disponivel no: Razony Palabra

3)  Revista Fenix  O cangaço no cinema brasileiro: Um olhar panorâmico  estudo de Anderson R. Neves - Universidade Federal de Uberlândia – UFU.Disponível naRevista Fênix
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2012/12/em-1929-jornais-baianos-registravam.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“DECIDI QUE SERIA MEU ETERNO SEGREDO”, DIZ VÍTIMA DE JOÃO DE DEUS

Agência Estado
ISTOCK/FOTO ILUSTRATIVA

A mulher de 24 anos relata que deixou os abusos em segredo por muito tempo por sentir culpa, medo e vergonha.

Em meio aos depoimentos de mulheres que contam ter sido abusadas pelo médium João de Deus está o da Flávia (nome fictício), de 24 anos. Ela afirma que deixou a violência sofrida guardada por anos por sentir culpa, medo e vergonha. A seguir, o relato:

“O abuso aconteceu quando eu tinha 20 anos. Mas, antes disso, eu já frequentava a CDI (Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia) por anos, desde meus 13. Eu tinha um carinho muito grande pelo médium João (de Deus), sempre fazia questão de cumprimentá-lo. Em uma viagem, se não me engano em janeiro de 2015, fui na sala dele após os atendimentos da manhã, provavelmente eu fui pelo fato da entidade me pedir para ir falar com ele, pois nessa época eu pedia ajuda pelo vestibular.

MAIS SOBRE O ASSUNTO


Nessa parte, eu não lembro muito bem o que conversamos, mas o abuso foi quando ele me levou para um corredor na sala, e me pediu para ficar de costas, nisso me falou que iria passar energia. Muito rápido ele levou a minha mão para o pênis dele e pediu para que eu mexesse o quadril. E eu fui fazendo, mas sem entender nada, apenas pensando o que está acontecendo?

Após isso, ele me levou para o banheiro, onde tem uma cadeira, e essa cena é forte na minha cabeça: eu estava praticamente masturbando ele, ele sentado e eu de joelhos, chorando, não entendendo nada. Não lembro se ele pediu para fazer sexo oral. Quando acabou o ato, essa outra cena também ficou marcada: eu lavando a mão na pia e chorando muito mesmo, e ele do lado falando que eu não precisava chorar.

Foi apenas essa vez que aconteceu, porque em nenhuma outra vez eu estava sozinha com ele ou, quando entrava, era conversa muito rápida, pois havia mais pessoas para conversar com ele. Eu decidi não contar para ninguém, pois foi tempo até relacionar isso como um abuso.

Eu guardei isso por anos. Primeiro porque você se sente culpada, se questiona porque deixou que isso acontecesse. Vergonha, medo, como eu iria denunciar uma pessoa que tem uma legião que o acompanha e que tem uma enorme força em todos os sentidos?

Minha família frequentava a CDI também, houve curas em nossa família. Eu não queria estragar essa fé deles também, sabe? Então decidi que esse seria meu eterno segredo. Eu coloquei esse abuso como uma coisa para meus subconsciente esquecer, para evitar pensamentos, traumas e paranoias.

Estou chocada pelo fato disso ter acontecido com centenas de outras mulheres. Eu voltei algumas vezes na CDI após ter acontecido o abuso, mas pelo fato de ter fé nos trabalhos das entidades, evitava ele e o meu carinho por ele deixou de existir.”

https://www.metropoles.com/brasil/decidi-que-seria-meu-eterno-segredo-diz-vitima-de-joao-de-deus

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MORRE EM BRASÍLIA, AOS 93 ANOS, O CONSTITUINTE GERALDO CAMPOS

Por Maria Eugênia

Morreu, na madrugada desta segunda-feira (17/12), o ex-deputado federal constituinte pelo DF Geraldo Campos, 93 anos. Fundador do Partido da Social Democracia Brasileira, o tucano teve complicações e não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

Pioneiro no DF, Campos foi eleito em 1986 e participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988. Após o mandato, presidiu o PSDB no Distrito Federal até receber o cargo de presidente de honra.

O velório será nesta terça-feira (18), das 8h às 11h, na Capela 1 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O sepultamento está previsto para as 11h30.

Geraldo Campos foi um dos primeiros homens a habitar Brasília, em 1958, quando a cidade ainda estava em construção. Em 1960, foi eleito presidente da Associação dos Servidores da Novacap e passou a lutar, junto com os operários responsáveis pela construção da capital, por melhores condições de vida na região. Comandou a associação até 1964, quando o Regime Militar cassou seu mandato.

https://www.metropoles.com/colunas-blogs/janela-indiscreta/morre-em-brasilia-aos-93-anos-o-constituinte-geraldo-campos?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MAIS UM DOCUMENTÁRIO CHEGANDO EM NOSSO CANAL YOUTUBE.

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
https://www.youtube.com/watch?v=4vHgT0NCTng&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0hbyuDgOjzpUDRMyqprYL4NwhmQVSti9A2FPsFgxYQfZvF362v9yX4LYo

Entrevista com a Professora Rosália Antônia Pereira (Rosalia Pereira), amiga da família do casal de ex-cangaceiros Moreno e Durvinha e uma das responsáveis por cuidar do casal cangaceiro durante seus últimos tempos de vida.

Senhora de segredos e particularidades do casal, Rosália Pereira resolve nos contar alguns casos que ouviu e presenciou durante o tempo em que esteve presente no dia a dia do antigo casal de cangaceiros do bando de Lampião.

Um homem temível e sanguinário e uma jovem sonhadora e inexperiente que se envolveram no passado e escreveram juntos uma história de muito sangue, dor e sofrimento. Pessoas que fizeram parte de uma época diferente da nossa, frutos de um sertão nordestino onde a ordem praticamente era inexistente e cuja população vivia sob a mão de ferro e o domínio político dos coronéis, onde ser forte e valente eram alguns dos requisitos de sobrevivência.

Nessa entrevista conheceremos alguns segredos e particularidades que envolveram principalmente, os últimos anos de vida, do casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“ESTIVE COM A NAVALHA NO PESCOÇO DE LAMPIÃO”


MAS OS “CAIBRAS” DO BANDIDO FICARAM EM VOLTA EMPUNHANDO OS RIFLES. SENSACIONAL NARRATIVA DO BARBEIRO QUE DEPOIS DE CORTAR OS CABELOS DE VIRGULINO FERREIRA, FUGIU, APAVORADO, PARA O RIO

Rua do Acre, nº 11. Aí funciona um modesto salão de barbeiro. Meia dúzia de “fígaros” se entregava afanosamente a escanhoar os rostos de outros tantos fregueses.

O “carioca-repórter” havia prestimosamente informado que ali encontraríamos algo de interessante, com relação a Lampião. Por isso, um repórter, cujas barbas ainda não haviam sido raspadas, ali foi ter e ficou à espera de ser atendido.

Enquanto passava o tempo, como de propósito, alguém falou sobre a morte de Virgulino Ferreira. Dizia:

- Na verdade, jamais acreditei que Lampião existisse de fato. Julgo tudo uma balela!

Replicando-lhe, um dos oficiais falou:

- Isso o senhor pensa. Mas Lampião era mesmo um cangaceiro. Pelo menos temos aqui um colega que já teve ensejo de vê-lo pessoalmente, aliás com muito desgosto, pois é por temos de Lampião que ele veio para o Rio.

O repórter aguçou os ouvidos. Encontrava mais facilmente do que pensava o assunto importante que motivava a sua presença no salão.

Agora, o homem descrente também mostrava curiosidade e quis saber quem era Lampião.

Não foi difícil. O barbeiro não fez segredo e respondeu prontamente, à primeira interpelação:

- É aquele. E apontou para um rapaz, tipo nortista, também entregue ao trabalho de cortar o cabelo a um freguês.

O HOMEM QUE FEZ A BARBA E CORTOU O CABELO DE LAMPIÃO E SEUS SEQUAZES

Nesse momento o repórter julgou azada a sua intervenção. Fê-lo de maneira a provocar mais celeuma em torno do assunto e forçar o esclarecimento de novos detalhes.

O barbeiro que havia apontado seu colega, de fato, prontamente ajuntou:
- Olha, moço, o João de Deus Aragão é baiano e algumas vezes nos falou a respeito de seu encontro, dizendo mesmo que havia sido forçado a fazer a barba de Lampião e seus sequazes. Não foi mesmo, Aragão? – perguntou ao indicado, como a querer confirmação do que afoitamente narrara.

O outro não parecia muito inclinado a falar sobre o assunto e apenas respondeu:

- É.

Insistimos.

- Para que falar nisso?

- E por que não?

Não tenha receio: Lampião está mesmo morto...

João de Deus Aragão sorriu e aquiesceu, então, em fazer-nos a narrativa.

- Foi em 1928 que o fato se verificou – começou. Morava eu então na fazenda Vaz Salgado, Vila do Amparo, no estado da Bahia, onde tinha o meu salão. Nessa época, em uma certa manhã, cerca de 8 de 30 horas, subitamente a localidade foi invadida por um grupo numeroso de homens montados a cavalo, fartamente municiados. Prontamente foram reconhecidos como sendo bandidos de Lampião, o já famoso “terror do cangaço”. Com ele vinham, entre outros cangaceiros, os não menos temíveis “Corisco” e “Esperança”, bem como um cunhado de Virgulino Ferreira, conhecido por Modesto.

A guarnição policial, composta de sargento e três praças, tratou de fugir, logo que circulou a notícia da aproximação dos facínoras, certos de que se ali permanecessem, seriam exterminados sanguinariamente, dado o já proverbial ódio que Lampião tinha aos “macacos”, como chamava aos elementos da polícia.

Penetrando na pequena vila, Lampião tomou de surpresa a coletoria local, cujo coletor de então, Sr. Antônio Gonzaga Leite, e o escrivão Vicente Ferreira de Castro se submeteram sem a menor resistência. O chefe político de Amparo, Sr. Melchiades Rodrigues da Silva, já a esse tempo havia também deixado sua residência, indo para Ribeirão do Amparo.

EMOÇÃO QUE SE RENOVA

Tomando posse do dinheiro existente na repartição, Virgulino intimou o coletor a mandar preparar o almoço para ele e sua gente, de que se incumbiu a família do mesmo funcionário, todos temerosos de uma vingança, se não aquiescessem.

Depois disso, Lampião mandou chamar-me. Dois “caibras” compareceram até onde eu me encontrava e me levaram em sua companhia. Sentia um pavor indescritível, mas que podia fazer?

Nesse momento João de Deus Aragão interrompeu sua descrição. Olhamo-nos mais fixamente e notamos que uma extraordinária palidez estava estampada em sua face. Percebemos que ainda eram profundas as recordações que guardava daqueles instantes de emoção e pavor que então passara.

Controlando-se, e à insistência de todos que ali se encontravam ouvindo atentamente a narrativa, prosseguiu o barbeiro:

- Quando cheguei à sua presença, Lampião ordenou-me: - “Vá para a sua barbearia e prepare as ferramentas, porque vai atender a mim e aos meus “caibras”.

Mais horrorizado ainda, ante essa perspectiva, à qual não podia e nem tinha coragem para fugir, tratei de cumprir o mandado. Ajeitei tudo direitinho, apesar de que o medo fez-me cair o pincel e a bacia em que a espuma era feita. Fiquei esperando. A demora foi pequena, mas pareceu-me que séculos haviam se passado até quando o bando transpôs os umbrais do salão, tendo à frente o seu temível chefe, seguido de perto por “Volta Seca”. Este era ainda rapazola, encarregado de tomar conta da cavalhada, mas já demonstrava o que seria breves dias depois.

Novo intervalo se fez na narrativa, logo a seguir retomada:

- Lampião entrou. Deixou sua arma encostada a um canto, mas não quis tirar senão o chapéu, conservando as cartucheiras, a “lambedeira” e outros muitos petrechos que conduzia em volta do tórax. Os outros cangaceiros, porém, ficaram ao meu redor, com regular distância, todos de arma em punho, prontos a atirar em mim na hipótese de que pudesse dar um golpe em falso. Mesmo que eu quisesse, assim, sob a pontaria dos facínoras, não me atreveria a tentar qualquer gesto suspeito. Entretanto, quase que cometia uma fala involuntária. É que sentia as pernas trôpegas e tremor incontrolável no corpo, até as mãos.

Percebendo o que se passava, Virgulino disse-me:

Está com medo, “mestre”?

E acrescentou:

- Não tenha receio, que aqui ninguém lhe fará mal...

Empregando toda a minha vontade, consegui cumprir a tarefa. Aparei os cabelos de Lampião, que ele trazia muito compridos, deixando-os à altura da nuca, fazendo-lhe ainda a barba. Quando terminei, entregando-me uma cédula, com grande admiração minha, o facínora falou-me:

- Toma esses 20$000 pelo serviço meu e do meu pessoal.

Deixei o dinheiro sobre a banqueta, receoso de conservá-lo na gaveta e menos ainda no bolso. A seguir, continuei o trabalho, atendendo a todos os “caibras” que se iam revezando, enquanto Lampião caminhava para a porta e mandava que a multidão ali postada – toda formada de gente humilde – se afastasse.

E gritou para os curiosos:

- Vão saindo daqui. Está muito calor.

É claro que não foi preciso nova ordem. Todos, num relance, deixaram o local, amedrontados.

FUGIU E NEM QUIS ALMOÇAR

- As pessoas importantes da vila não quiseram ver “Lampião”? – perguntamos.

- Qual o quê – retrucou prontamente João de Deus. Fugiram todas, logo que souberam que o “capitão” estava em Amparo.

E o homem que afirma ter estado com a navalha no pescoço de “Lampião” prossegue:

- Quando acabei o serviço, os cangaceiros deixaram-me sozinhos, partindo para outros pontos da vila, a fim de se apoderarem de tudo quanto ali encontraram, que representava valor e de fácil condução, como joias, dinheiro e um cavalo. Logo que os vi distantes, tratei de correr para a casa de minha mãe, Maria das Mercês Eliot, que ainda vive no Amparo. Apesar da insistência dessa, não quis almoçar. Apanhei imediatamente minha mala, com umas poucas pelas de roupa, deixando a Vila e indo para o lugar denominado Bando de Cipó, com a mala às costas, tomei um caminhão que ia para os lados de Ilhéus. Dormi uma noite inteira na sarjeta, mas na manhã seguinte continuei a marcha para São Salvador, de onde, em 1934, vim para aqui.

Havia ele encerrado sua palpitante narrativa, mas ainda lhe fizemos uma pergunta:

- Nunca mais voltou à sua terra, para rever os pais e amigos?

João de Deus Aragão tinha um relâmpago nos olhos quando nos respondeu: 

- Nunca. É ainda muito viva a impressão daqueles momentos de pavor, para que eu lá retornasse.

“A NOITE” (RJ) - 30/07/1938
O barbeiro João de Deus em foto ilustrativa da matéria, esta, parte integrante da série de publicações produzidas pelo jornal carioca imediatamente após a morte de Lampião.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1819914748137393&set=gm.970523566489921&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ADQUIRA ESTES LIVROS SOBRE "CANGAÇO"

Por Moa Assunção


Sugestão de bons livros para presentear os amigos no Natal: pedaços da História do Brasil. 


A nova obra sobre Lampião, do Wagner Barreira, sobre a Revolução de 1932, do Luiz Octávio, e sobre a Revolução de 1924, de minha autoria. 


Disponíveis nas melhores livrarias (as poucas que sobraram) do Brasil. 

Abraços a todos, felicidades, carpe diem!

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

blogdomendesemendes

Não teno muita certeza, mas acho que estes livros você os encontrará com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com