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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

O ARTESÃO DOS CANGACEIROS

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2024.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.083

Visitei mais uma vez o famoso artesão santanense, Roninho.  O homem estava entre as peças da sua criação e que naquele momento trabalhava nos olhos de um personagem novo da sua coleção. Roninho é caricaturista em desenho, mas que levou esse estilo no qual é mestre, para suas criaturas feitas com uma grande variação de material, tendo como base o ferro. Assim passei pela sala de exposição do seu Atelier com inúmeras peças enfileiradas nas prateleiras, com predominância de cangaceiros. Na sala contígua a oficina da sua criatividade. Vendas, encomendas e sonhos vão se acumulando no cérebro dinâmico do artista e as peças vão saindo e se materializando conforme a imaginação do autor. A gente fica até receosa de está atrapalhando o seu mister.

ARTESÃO RONINHO EM LOCAL DE TRABALHO ( FOTO: B. CHAGAS).

O artesão e desenhista Roninho está nas páginas do meu livro, O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema. Edição primeira esgotada e hoje nas bibliotecas de todas as escolas municipais de Santana, Passou a ser o livro referência de consulta municipal sobre a história da “Rainha do Sertão”. Roninho surge com seus desenhos quando personagens da época não deixaram fotos. A criatividade do escritor se encontra com a criatividade do artesão, enriquecendo a obra citada acima e qualquer outra, E mesmo assim formamos um trio vivo perto um dos outros no humilde Bairro São José: Artesão Roninho, escritor Clerisvaldo e o artista cantor Dênis Marques. E por falar em Dênis Marques, foi esse famoso cantor santanense que animou o lançamento do livro acima.

Entretanto após outros assuntos como Roninho, afirmamos que ainda não lançamos oficialmente os romances “Fazenda Lajeado”, “Deuses de Mandacaru”, “Papo-Amarelo” e “Ouro das Abelhas” mais o documentário “Santana: Reino do Couro e da Sola””. Todos em exposição e venda antecipada no “Restaurante Santo Sushi”. O amigo Dênis Marques já se prontificou à nova ação de lançamento a quem muito agradeço. Para mim somos três fábricas de sonhos capazes de retirar você de qualquer tipo de estresse: apreciando o artesanato cangaceiro de Roninho, lendo os romances do ciclo do cangaço de Clerisvaldo B. Chagas ou mergulhado nas românticas melodias interpretadas por Dênis Marques.

Tenho dito.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2024/08/o-artesao-dos-cangaceiros-clerisvaldo-b.html

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O CIENTISTA E O MOTOR

 Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica 3.082

Foi um sufoco para a população de Santana do Ipanema que dispunha de energia elétrica motriz, desde o ano de 1922, no início da sua existência como cidade. Mal terminara a sua fase de vila, a nova cidade começava com o pé direito. Era um motor enorme, alemão, que fornecia esse conforto. O motor começava a funcionar à noitinha e as luzes dos postes de madeira eram acesas e assim ficavam até a meia-noite. Antes das 24 horas, porém chegava o aviso que a energia iria embora, mediante três piscadelas. O restante da noite era na base do candeeiro e da placa a querosene ou gás óleo ou mesmo à base da “petromax, um luxo da época. Ao chegar ao ano de 1959, o velho motor alemão pifou. Santana passou 4 anos no escuro e somente muito mais tarde foi abastecida com luz elétrica de Paulo Afonso.

LOCAL HOJE REMODELADO ONDE FUNCIONOU O PRIMEIRO SALÃO DE ELETRICIDADE MOTRIZ. TERCEIRA PORTA SUBINDO APÓS A ESQUINA QUE DAVA PARA O RIO IPANEMA. (FOTO: B.  CHAGAS/LIVRO 230 ICONOGRÁFICO AOS 23 ANOS DE SANTANA DO IPANEMA).

Santana no escuro, deixou de acelerar o progresso, mesmo assim, a dinâmica comercial que vinha desde o tempo de vila, não a deixou sem desenvolvimento. Jovens da sociedade local movimentaram-se numa liderança de campanha permanente a favor da luz. Assim foi criada a irônica Rádio Candeeiro que conclamava a população às ruas. Até passeatas à noite, com velas, lanternas e fachos, saíram ``as ruas. Eu estava presente. As lideranças destes movimentos – justiça seja feita – estavam a cargo de Henaldo Bulhões, Eraldo Bulhões e Adelson Isaac de Miranda. O governador da época, interventor major Luiz Cavalcante, não aguentou a pressão santanense e trouxe energia de Paulo Afonso, com grande festa e discursos na sua inauguração.

E Seu Agenor, casado com dona Mariquinha, pai de Lola, casada com o músico e motorista Zé Bicudo e, Dedé, solteira, que tomava conta do motor e chamado de cientista porque era um verdadeiro sábio em tudo que fazia, foi acusado pela exaustão do motor. Acho que uma injustiça para aquele senhor de óculos, cabelos grisalhos e sério. Foi vizinho nosso, uma casa depois. Antes, a casa que abrigava o motor era na Rua Barão do Rio Branco, sem reboco, paredes imundas de óleo. Tempos depois passou a funcionar à Avenida Nossa Senhora de Fátima em prédio construído para aquela finalidade. Era dividido em três partes: salão do motor, salão de escritório (recebimento mensal de contas da luz) e parte de tanques de refrigeração. Era um convênio entre empresa particular e prefeitura.

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PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA MOSSOROENSE

 Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 13 de maio de 1926 entrou em circulação o “Correio do Povo”, semanário dirigido pelo jornalista José Octávio, tendo como redatores Jeremias Limeira e Manuel Rodrigues, além de vários colaboradores. O jornal tinha feição moderna, fazendo época nos anais da imprensa mossoroense pelo desassombro de seus artigos em tremenda oposição ao Governo Juvenal Lamartine. Circulou até dias do ano de 1930. Mas esse foi apenas mais um dos jornais que circulou em Mossoró. O primeiro jornal a circular na cidade foi “O Mossoroense”, um semanário político, comercial, noticioso e literário, que teve o seu primeiro número circulando em 17 de outubro de 1872, apresentando-se com os seguintes versos de T. Ribeiro:   “Dissera Deus ao Sol: Surge, alumia! E iluminou-se o val, o monte, o albergue, o fruto, a flor, as palmas. Mas do espírito à luz chegara o dia, o seu fiat, enfim, diz Gutemberg, e fez-se o sol das almas”.  

“O Mossoroense” surgiu como um jornal político, de propriedade e redação de Jeremias da Rocha Nogueira, declarando-se depois como órgão do Partido Liberal de Mossoró e era dedicado aos interesses do Município, da Província e da humanidade em geral. Passou por várias fases, com intervalos entre elas, e hoje circula apenas de forma digital. E o terceiro jornal mais antigo do país ainda em circulação. Em 1876 surgiu o “Recreio Familiar”, um jornal de pequeno formato, dedicado à literatura, recreio e instrução do povo. Em 1901 apareceu o ECO, periódico humorístico e ilustrado. Em 18 de julho de 1902 surgiu “A Ideia”, órgão do Instituto Literário Dois de Julho, sob a direção de Olímpio Melo, R. Rubira, Soares Júnior e Alves Tavares. Era impresso na Tipografia Aurora Escocesa e saía uma vez por mês. Em 1903 foi lançada a “Trinta de Setembro”, revista manuscrita, órgão do Grêmio Literário Augusto Severo e o jornalzinho “Passatempo”, também manuscrito, do qual eram redatores Tércio Rosado, Elesbão Filgueira e Roboão Filgueira. Em 17 de janeiro de 1904 surgiu “O Comércio de Mossoró”, órgão do comércio, da indústria e da lavoura, que se autodenominava como “folha hebdomadária e matutina”. Em princípio tinha a redação única de Bento Praxedes, tendo depois alguns auxiliares, chegando a contar com a colaboração do Dr. Filipe Guerra, Reverendo Padre Pedro Paulino, Martins de Vasconcelos e dos acadêmicos José de Calazans, Bruno Pereira e Orlando Correia. O jornal era de propriedade do capitão João Carlos Wanderley, comerciante, residente em Macau, tendo como redator principal e diretor Bento Praxedes, redator secretário Irineu d’Albuquerque e gerente das oficinas Teófilo dos Anjos. O jornal, que era bem escrito, media 50 cm de comprimento por 35 de largura. Ainda em 1904 surgiu “O Mensageiro”, periódico literário, órgão da Mocidade Católica São Luís de Gonzaga e a “Revista União”, órgão mensal das sociedades literárias Dois de Julho e Mocidade Católica. Publicado seu primeiro número em 30 de julho, declarava no artigo de apresentação não ser nada mais, nada menos que a fusão dos dois periódicos A Ideia e O Mensageiro. Não havia redatores ostensivos, mas era bem escrito e dizia-se impressa na Tipografia Potiguar. Em 1905 surgiu “O Santelmo”, que era um jornalzinho literário, independente, crítico e noticioso, redigido por Francisco Bruno Pereira. “A Alvorada”, que surgiu no dia 13 de dezembro de 1907, sob a direção de A. Quintino. “A Atheneida”. O jornal A República, de 12 de abril de 1909 registrou o aparecimento do primeiro número desta revista, sob a direção do acadêmico Sousa Nogueira. Boletim da “ABC” – Órgão da Associação de Normalistas de Mossoró, cujo primeiro número desde boletim circulou no dia 12 de outubro de 1935, sob a direção do professor Alfredo Simonetti. Prometia circular nos dias de comemoração cívica. Era impresso no Atelier Escóssia. Boletim do Congresso Eucarístico Diocesano de Mossoró, que era exclusivamente destinado ao noticiário e propaganda do Congresso Eucarístico Diocesano de Mossoró. Este boletim circulava invariavelmente com quatro páginas, impressas em papel jornal, inserindo artigos, notícias, recomendações para o bom êxito da grande cruzada eucarística de 1946. “14 de Setembro” – Órgão anual dedicado aos interesses da Sociedade União dos Aristas. O primeiro número deste jornal circulou no dia 14 de setembro de 1928 em comemoração à data da fundação da Sociedade União de Artistas, fundada em 14 de setembro de 1919. Era composto e impresso nas oficinas gráficas do Atelier Octávio. “A Colmeia” – Órgão do Grêmio Lítero-Dramático Sagrado Coração de Maria, que reapareceu em 1940. “O Comerciário” – Jornal literário e noticioso bimestral. Órgão da Escola de Comércio União Caixeiral, tinha como diretor o acadêmico Thiers Rocha, redator Lahyre Rosado, secretário Gentil Fernandes e gerente Epifânio Costa. Temos conhecimento apenas do número 10, que circulou em 11 de abril de 1937. “Consagrando uma data” – Poliantéia dividida em duas partes: A primeira (ontem) dedicada ao movimento abolicionista de 30 de setembro de 1883, baseada em documentos históricos, e a segunda (hoje), em depoimento assinado pelos mais altos expoentes da vida intelectual, social e política do município. Impressa em papel nacional, nas oficinas do Atelier Escóssia, sob a responsabilidade da Prefeitura de Mossoró, foi editada em 21 de setembro de 1941. “Desfile” – Órgão da Associação de Normalistas do Ginásio Normal de Mossoró. O primeiro número circulou no dia 11 de agosto de 1946 e tinha como diretora Teresinha Leite e gerente Enoila Chaves. “A Escola” – Teve duas versões: uma de um grupo de anônimos, que se dizia órgão lítero-humorístico, que tinha como redator Raul Caldas. Temos notícia apenas do número 7, que circulou em 30 de maio de 1915. Era impresso na Tipografia Martins. O segundo jornal com o mesmo nome era publicado pelo Grêmio Literário Santa Luzia, tendo o seu primeiro número circulado em 31 de maio de 1933, tendo como redator José Augusto, secretário Laerte Fernandes e gerente Raimundo Soares. “O Espião” – Era um jornal humorístico que saia durante a festa de Santa Luzia. O primeiro número circulou em 3 de dezembro de 1954. Circulou diariamente nesse ano, dos dias 3 a 11 de dezembro, e não tinha redatores ostensivos. “Expressão” – Revista da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte. O primeiro número dessa revista circulou no dia 30 de janeiro de 1969, tendo como diretor João Batista Cascudo Rodrigues, diretor assistente, Raimundo Gurgel do Amaral, secretário Ramiro Augusto Nunes, secretário assistente, José Gomes Neto. Desde número constam relatórios sobre a Faculdade de Ciências Econômicas de Mossoró, Faculdade de Serviço Social, Faculdade de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Instituto de Letras e Artes. “Jornal do Oeste” – Quinzenário político e noticioso. Circulou o seu número 3 – ano I – em 4 de julho de 1948 e tinha como diretor e gerente o deputado Walter Wanderley, pertencente a bancada do Partido Social Democrático, na Assembleia Legislativa do Estado. “Meeting” – Mensário independente em prol da cultura de Mossoró. Tinha como diretores responsáveis Dorian Jorge Freire, Jaime Hipólito Dantas e José de Aragão Mendes. O número 2 circulou em setembro de 1953. “O Movimento” – Órgão do Centro Estudantil Mossoroense. Temos conhecimento de uma edição que circulou em 6 de abril de 1949, que tem como diretores Apolônio C. Figueira e Lauro da Escóssia Filho, redatores Jaime Hipólito Dantas, Dorian Jorge Freire e Wilson Lemos. “A Palavra” – Jornal literário e noticioso que tinha como diretor Abílio Xavier de Almeida. O seu número 7 circulou em 15 de agosto de 1926. “Poliantéia” – Revista comemorativa do primeiro aniversário de falecimento do jornalista Martins de Vasconcelos, composta e impressa nas oficinas de O Nordeste, pertencente a firma F. Vasconcelos & Irmãos, que circulou no dia 22 de dezembro de 1948, data do falecimento do jornalista José Martins de Vasconcelos. “Presença de Dix-sept Rosado” – Revista em homenagem ao ex-governador Dix-sept Rosado Maia, tragicamente desaparecido do desastre do Rio do Sal, na manhã de 12 de julho de 1951, próximo a Aracaju/SE. Foi editada em 30 de setembro de 1953. “Revista do 1º Congresso Eucarístico de Mossoró” – Revista que circulou em 1946, com 174 páginas, confeccionada pela Indústria Gráfica Brasileira S.A., de Recife/PE. “O Sempre Alerta” – Impresso em 6 páginas, tinha como diretor Bosco Afonso, redator-chefe Hermógenes Nogueira e secretário Francisco Delgado. O número 22 circulou em 5/6 de dezembro de 1965. “O Trabalho” – Órgão dedicado aos interesses da Liga Operária, que tinha como diretor-responsável Raimundo Reginaldo da Rocha e redatores Manoel Assis, Mário Cavalcanti e Lauro da Escóssia. Circulou em 1926. “A Voz do Estudante” – Órgão do Centro Estudantil Mossoroense, que tinha como diretor José Augusto Rodrigues e gerente-secretário Renato Costa. O primeiro número circulou no dia 10 de outubro de 1935 e era impresso no Atelier de Mossoró. “Gazeta do Oeste” – Fundada em 30 de abril de 1977 por Canindé Queiroz. “Jornal De Fato” – Fundado em 28 de agosto de 2000, sob a direção do jornalista César Santos. É o único jornal de Mossoró que continua sendo impresso. Em 2008 surgiu a “Folha Potiguar”, fundada pelo sindicalista Judas Tadeu, mas teve curta duração. “O Gazeta Potiguar” – Circulou pela primeira vez no dia 05 de junho de 2021, encabeçado por Gilberto de Souza, com a colaboração de Neto Queiroz, Regy Carte e Willian Robson. Esses fragmentos compõem parte da história da imprensa mossoroense, uma história que precisa ser contada com toda a atenção que merece, antes que a poeira do tempo a apague.  

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MAJOR ROMÃO FILGUEIRA

 Por Geraldo Maia do Nascimento


Alto, ossudo, dinâmico e valente. Foi uma das figuras marcantes na vida social e política de Mossoró. Era querido e respeitado. De memória prodigiosa, “conhecia como ninguém o passado mossoroense, cujos relatos, dias distantes, datas e localizações, repetia com o poder de sua extraordinária memória, que tornava sua conversa um centro de interesse e permanentes atrações”, nas palavras do memorialista Raimundo Nonato. Essa é a descrição que encontramos da figura de Romão Filgueira.


Francisco Romão Filgueira nasceu em Mossoró/RN a 09 de agosto de 1860, sendo filho legítimo de Antônio Filgueira Secundes e D. Maria Emília de Souza.
               
Muito jovem iniciou-se na vida prática com uma mercearia no mercado. Depois, fiscal da Câmara até 1880. Viajante comercial entre Mossoró e Recife. Encarregado das salinas de Alexandre de Souza Nogueira. Em 1885 voltou a municipalidade, tendo ocupado cargos de Tesoureiro, Procurador e Fiscal Geral, até 05 de janeiro de 1938, quando requereu aposentadoria.
               
Casou-se em 1883 com D. Benedita de Souza Filgueira, sua prima, nascida a 27 de fevereiro de 1865 e falecida a 20 de agosto de 1946.
               
Morou praticamente toda a sua vida na casa da Praça da Redenção, nº 220, que fora construída pelo seu pai, Antônio Filgueira Secundes, em 1867. Ali nasceram todos os seus filhos, num total de 16, sobrevivendo apenas 9: Silvério de Souza Filgueira, Maria Filgueira de Melo, Joaquina Filgueira Nogueira, Benedita Filgueira Filha (Ditinha), Júlia Filgueira Lopes (Julinha), João Batista Sousa Filgueira (Joãozinho), Augusto de Souza Filgueira, Alberto de Sousa Filgueira (Albertinho) e Francisco Romão Filgueira Filho. Aquele solar foi abrigo de muitos abolicionistas, teatro de sessões secretas, palco de decisões importantes pela abolição e, por tudo isso, tem um lugar reservado na história do grande feito mossoroense. É praticamente o último prédio existentes onde morou um abolicionista. Deveria ser tombado e transformado em Museu da Abolição.
               
Conhecia como nenhum outro o passado mossoroense. Viu a seca de 1877, a maior e mais trágica do Nordeste, nos seus quadros mais drásticos. Assistiu o ato de elevação da Vila de Mossoró ao predicamento de Cidade, através da Lei nº 620, de 9 de novembro de 1870. Ajudou o mestre Paulino a construir a estátua da Liberdade, na sua Praça, inaugurada em 30 de setembro de 1904. E assim, ano após ano, foi vendo e sentindo a evolução e o progresso de Mossoró.
               
O Major Romão, como era conhecido, com apenas 23 anos de idade e seguindo o exemplo do seu pai, entregou-se de corpo e alma ao grande movimento cívico em prol da libertação dos escravos. Foi um elo entre a Maçonaria e muitos próceres. Levou muitos negros foragidos até o Porto de Santo Antônio, a fim de serem embarcados para o vizinho Estado do Ceará, para evitar que os seus donos os encontrassem e que voltassem à condição de escravos. Foi um soldado atento e vigilante, bravo, idealista, um dos articuladores de tudo o quanto se fez em Mossoró em prol da libertação dos seus escravos.
               
Iniciou-se na Maçonaria em 13 de maio de 1885, na Loja “24 de junho”. Ocupou todos os cargos da Loja, sendo elevado ao Veneralato para o período julho de 1905 a junho de 1906. Foi eleito Venerável efetivo, Grau 30. Em sessão realizada em 24 de junho de 1941, foi condecorado com o título de Benemérito, pelos grandes serviços que prestou à sua Loja.
               
Romão Filgueira faleceu no dia 7 de setembro de 1958, em sua casa, na Praça da Redenção nº 220. Na manhã daquele dia, já muito doente, acordou ao som dos clarins, no momento em que as escolas desfilavam pela Praça da Redenção. De súbito, sentou-se na cama e interrogou aos presentes com um gesto. Queria saber o que estava acontecendo lá fora. Ficou sabendo que era o desfile em comemoração ao 7 de setembro. Ficou pensativo e depois voltou a deitar, ouvindo o som da Banda de Música que tocava lá fora, intercalado com os oradores que falavam sobre o grande feito da Independência. Às 18,00 horas, quando os clarins silenciaram, Francisco Romão Filgueira fechou os olhos para sempre.
               
Em seu livro “ZONA DO POR DO SOL”, Pongetti, Rio de Janeiro, 1964, o escritor Raimundo Nonato registra o falecimento de Francisco Romão Filgueira aos 98 anos de idade, com as seguintes palavras: “Figura de larga projeção em todos os círculos de atividades e movimentos da cidade da zona Oeste, o Major Romão Filgueira descendia de ilustre e tradicional família daquela terra, onde viveu durante quase um século, irmanado nas lutas e nas iniciativas do progresso do Município a que emprestou o melhor de suas energias e dos seus esforços”.
               
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ADQUIRA ESTA OBRA SOBRE CANGAÇO

Por José Mendes Pereira


Adquira com urgência esta maravilhosa obra sobre Cangaço - "Lampião a Raposa das Caatingas". Conheça o rei do cangaço desde a sua juventude até os seus últimos dias de vida, seus pais, seus irmãos, a causa de ter entrado para o cangaço, o seu maior inimigo chamado José Saturnino. 

Conheça todas os seus combates, suas rixas contra os poderosos, seus desafetos. O Lampião amigo e o Lampião vingativo. Ele não aceitava covardia. Quem o considerava, podia crer num homem honesto e amigo, mas se o traísse, melhor seria cavar a sua própria cova. O famoso capitão Lampião não perdoava covardia de ninguém. 

Conheça também a sua famosa e amada rainha Maria Bonita. Não deixa para depois, poderá não mais encontrar a obra do escritor José Bezerra Lima Irmão. Foram 11 anos de pesquisa. O livro tem 740 páginas, com informações de todos os seus irmãos, inclusive os irmãos de Maria Bonita. Aliás, o cangaço do nordeste brasileiro está dentro deste livro. Leia para conversar com os amigos o que você aprendeu depois de fazer leitura.

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A FACE OCULTA DE LAMPIÃO

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Por trás de aclamadas personalidades há um lado obscuro que ninguém está olhando. Neste programa documental e cheio de mistérios, abordaremos a face oculta das principais personalidades e instituições. Nesta edição: Lampião, o rei do cangaço.
__________ Para saber mais sobre Lampião, leia o artigo disponível em nosso site:
https://www.brasilparalelo.com.br/art... __________ Fontes: Pavinatto, Tiago. Da Silva: o Perfil de um Criminoso Conhecido e Famoso Pela Alcunha Lampião. 1. ed. Edições 70, 2023. https://www.nexojornal.com.br/explica... https://aventurasnahistoria.uol.com.b... https://blogcarlossantos.com.br/muito... ao/ https://brasilescola.uol.com.br/histo... https://www.revistaacademicaonline.co... o-vida-e-memorias-de-jose-saturnino-e-destaque-literario/#:~:text=Quem%20foi%20Jos%C3 %A9%20Alves%20de,Ferreira%20da%20Silva%2C%20O%20Lampi%C3%A3o. https://noticias.uol.com.br/colunas/c... caia-de-lampiao-para-matar-delator-do-pai-em-al.htm https://diariodonordeste.verdesmares.... https://www.esquerdadiario.com.br/spi... https://aventurasnahistoria.uol.com.b... stupros-no-cangaco-nordestino.phtml https://www.em.com.br/app/noticia/nac... elo-bando-de-lampiao-mulher-de-96-anos-passou-juventude-no-c.shtml https://www.gazetadopovo.com.br/vozes... r-ou-heroi/ https://tab.uol.com.br/noticias/redac... -dos-nomes-no-rosto-de-mulheres.htm https://aventurasnahistoria.uol.com.b... _____________ Precisa de ajuda para assinar? Fale com nossa equipe comercial: https://sitebp.la/yt-equipe-de-vendas Já é assinante e gostaria de fazer o upgrade? Aperte aqui: https://sitebp.la/yt-equipe-upgrade __________ Siga a #BrasilParalelo: Site: https://bit.ly/portal-bp Instagram:   / brasilparalelo   Facebook:   / brasilparalelo   Twitter:   / brasilparalelo   Produtos oficiais: https://loja.brasilparalelo.com.br/ ___________ Sobre a Brasil Paralelo: Somos uma empresa de entretenimento e educação fundada em 2016. Produzimos documentários, filmes, séries, trilogias, cursos, podcasts e muito mais. Nosso foco é o conteúdo informativo e educativo relacionado ao contexto social, político e econômico brasileiro.

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MARIA BONITA DEGOLADA VIVA

 Por Histórias da Vida Real

https://www.youtube.com/watch?v=S9r1B5Pi5k4

Veja, MARIA BONITA DEGOLADA VIVA, a curta trajetória de maria bonita no cangaço, foram apenas 8 anos ao lado de Lampião, Viveram uma linda história de amor que teve um final infeliz, Pena que maria Bonita foi vítima da policia nordestina, covarde e corrupta.
Os detalhes maiores dessa historia você vai encontrar no vídeo a seguir. #historiasdavidareal #mariabonitadegoladaviva Contato: artehoraciomoura@gmail.com

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LAMPIÃO: As misteriosas fotos que levaram o REI DO CANGAÇO à morte | Sobreposição | Episódio 2

 Por Politize !

https://www.youtube.com/watch?v=sJSBlrDi0jM

Você sabia que entre 1936 e 1937 Lampião e seu bando foram fotografados por um fotógrafo Libanês? Mas o que está por trás desse ensaio? E o que ele tem haver com a caça ao “Rei do Cangaço”? Te contamos tudo no segundo episódio de Sobreposição.

Sobreposição é uma série original da Politize!, que te convida a conhecer os mistérios por trás das fotos que marcaram a história política do Brasil. A cada episódio uma foto diferente, e a cada foto, um pedaço da história que ninguém nunca te contou.
📚 Confira as fontes utilizadas na produção desse vídeo! 💻 Politize!: “Era Vargas: 1930-1945” https://bit.ly/3rwYhsX 💻 Senado Federal: “Combate a Lampião quase entrou na Constituição de 34” https://bit.ly/3thwXzm 💻 O Povo: “Lampião fazia os partos e sonhava em ser governador” https://bit.ly/3PZsxWJ 📄 UNICAMP: "Lampião no imaginário popular” https://bit.ly/46CveTL 📄 Tok de História: “As faces e os relatos das vítimas de Lampião na Bahia” https://bit.ly/3tg3NAF 00:00 As lentes premiadas de Benjamin 00:43 A era dos Cangaceiros 01:58 As lendas em imagens: O Ensaio 03:08 Lampião através das fotos 04:03 A luta contra os Cangaceiros 06:21 Objetivo alcançado, Lampião executado! 06:50 No próximo episódio ⭐ PORTAL Politize!: www.politize.com.br ⭐ TikTok: https://bit.ly/3TE5Git ⭐ Instagram: https://bit.ly/3F4m7kd ⭐ Twitter: https://bit.ly/3VNsLRN

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