O Auto da
Compadecida; comédia dramática, lançado em 2000, dirigido por Guel Arraes, com
roteiro de Adriana Falcão, João Falcão e do próprio Arraes, e baseado na peça
teatral Auto da Compadecida de 1955 de
Ariano
Suassuna, com elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um Coração, ambas do
mesmo autor, além de influências de Decamerão, clássico de Giovanni Boccaccio,
trata-se de um dos mais festejados filmes brasileiros de todos os tempos .
O Auto da
Compadecida foi gravado aqui em Cabaceiras !!!
Meus amigos cantor Alan Jones, Railton Melo, Pedro Nascimento e João Augusto Braz, sei que vocês por serem ainda muito crianças na época, não foram festeiros daquele clube “Forró do João de Mocinha” estabelecido à Rua da Harmonia em Mossoró, no grande Alto de São Manoel, fundado entre os anos de 1966 a 1967, por Francisco de Assis Lemos (o Chico), filho do homem que o forró recebera o seu nome, mas sabem que durante muitos anos, aos sábados e aos domingos à noite, algumas vezes uma matinê no sábado, animou os festeiros do São Manoel e de outros bairros com o som da amada sanfona, triângulo e zabumba, onde lá o cavalheiro pegava a sua dama e só no bico do sapato, divertia a si mesmo e a sua morena, ali aconchegado, de ponta a ponta o casal rodopiava o salão do ambiente.
https://www.youtube.com/watch?v=kMroPPlV7_Q&ab_channel=M%C3%BAsicaDiscoVinil - Intercalei o vídeo só como efeito de ilustração do meu trabalho
O forró não
tinha regras para se participar da festa, podia entrar quem quisesse, mulher de
bons modos, mulher de vida livre, desde que pagasse a entrada de acordo com o
preço estabelecido na portaria, mas rigorosamente, respeitasse o ambiente. Nada
grátis, afinal, o dono fazia gastos e mais gastos com instrumentos musicais e procurava
manter o conjunto com bons músicos, para que o forró funcionasse nos finais de
semanas, e fizesse mais ainda sucesso e divertisse os festeiros.
O nome do
conjunto era “Os Diamantinos” de propriedade do Chico que começou com
instrumentos improvisados, e aos poucos, foi se aperfeiçoando, e era
administrado por seu pai João de Mocinha, tendo como componentes: Crooner
Antonio Alexandre da Cunha Filho (vulgo Tota). No triângulo João Batista (vulgo
Doidelo), este é meu primo de 2º grau, porque as nossas avós eram irmãs. Ainda
no triângulo e bateria o Antonio Airton de Carvalho (já falecido) e no baixo o
Edilson de Teotônio irmão de Alcimar dos Teclados.
Só como ilustração do meu trabalho - https://www.youtube.com/watch?v=YzjjHCUFRdE&ab_channel=GabilyVEVO
Quando Edilson
saiu do grupo quem assumiu o contrabaixo foi o Geniel também meu primo de 2º
grau, filho do Olegário Ismael Jácome e de Francisca de tia Adelaide Maria da
Conceição. Na guitarra era responsável pelo som um jovem com o vulgo de Chico
Cascudo.
Com este nome, o conjunto musical “Os Diamantinos” permaneceu durante 13 anos, e foi uma
homenagem a uma freira do Ceará, amiga do padre Sales que por aqui vivia, e
sugeriu aos proprietários este nome de fantasia, o qual foi muito bem escolhido
e abençoado por Deus.
O proprietário
do clube acreditou e com muito sacrifício, investiu, chegando a ser uma das
casas de shows melhores da periferia de Mossoró. O forró do João de Mocinha era
tradição na cidade e conquistou a população fazendo grande sucesso. Esta foi a
primeira fase do conjunto musical “Os Diamantinos” que durou de 1966 a 1979.
2ª. Fase da Banda Diamantinos de Mossoró que recebeu o nome de The Black Som.
A segunda fase
do ”Forró do João de Mocinha” teve início em 1979, quando o conjunto “Os
Diamantinos”deixou de existir, recebendo o nome de “The Black Som” considerada
a fase de “ouro” do grupo, tendo sido comprado mais instrumentos com maiores
potências no que diz respeito a decibéis. Nesse período, alguns componentes
deixaram de fazer parte do conjunto, como por exemplo: Geniel que deixou o
grupo e que a sua vaga de baixista foi preenchida por um jovem chamado Neto. O cantor de “Os Daimantinos” o “Tota” permaneceu até dois anos no “The Black
Som”, mas posteriormente ele deixou a banda, e a vaga foi preenchida pelos
cantores Sales de Aleixo e uma jovem com o nome de Aledir.
A fama do
forró fez com que o Chico investisse mais ainda, comprando instrumentos como
teclado, caixas de som de alta potência, além de baterias e tumbas de alto
curto.
O forró andava
bem, obrigado! Mas quando o proprietário resolveu colocar um empresário, que
havia mudado o nome para “The Black Som”, e por ironia do destino, não se sabe
se foi afastamento dos festeiros, porque já existiam outros clubes nas
periferias de Mossoró, ou se foi administração do empresário que não chegou a
satisfazer aos frequentadores, e a partir daí, o conjunto caminhou para a
decadência.
E para ver se
recuperava o sucesso que fez o conjunto antes, pai e filho resolveram convidar
os antigos componentes como o Tota, o Geniel, o Airton, o João Batista
(Doidelo), o Edilson..., e como ninguém quis mais fazer parte do grupo, ele foi
fracassando sem mais ter casa cheia no ambiente, e assim foi de água abaixo,
chegando a falência.
Se o grupo “Os
Diamantinos” fez bastante sucesso, mais ainda fez o “The Black Som”, e com a
entrada do empresário o conjunto perdeu o rumo, chegando o proprietário
encaixar os seus instrumentos, guardando-os, esperando por uma outra
oportunidade, a qual nunca mais existiu.
Que pena! Um
clube que fez muito sucesso só restou a saudade a quem nele frequentou e o
prédio todo desmoronado que ainda tenta resistir em pé as suas paredes.
Minhas
Simples Histórias
Como
eu escrevo histórias fictícias e não fictícias diferencie as minhas histórias fictícias das não fictícias. Esta é real. No tempo desta banda, eu sou testemunha. Não me foi contada. Até hoje, ninguém escreveu sobre ela. Somente eu fiz registro da existência desta famosa banda em Mossoró.