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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Comentário de Alfredo Bonessi sobre texto de Aderbal Nogueira



Capitão Bonessi
            O pesquisador Aderbal é um arquivo vivo da história do cangaço. Parabens pela exposiçao do vídeo.


            O fato apresentado que gira em torno da saída o capitão do cangaço é bastante controverso e faz parte dos tais "mistérios de Angicos".
Lampião

              Vejam bem, se Lampião carregava 5 Kg de ouro em uma lata seria para qual finalidade? - para deixar o cangaço ou seriam destinados a filha Expedita, ou outro investimento?


              Mas se ele tivesse manifestado a vontade de sair Sila saberia e teria nos contado.

A cangaceira Sila

              Mas Sila nos disse que a reunião seria para colocar as conversas em dia, rever o pessoal e bolar um plano para pegar Zé Rufino que estava querendo passar de pato a ganso.

O Coronel José Rufino

O cangaceiro Corisco

             Corisco chegaria na quinta pela manhã e Labareda quando? - onde estava? não poderia faltar importante reunião.

O cangaceiro Labareda

             Segundo Zé Sereno e Durval o capitão viajaria na quinta pela manhã, mas entrou na bla cedinho.

Zé Sereno é o da esquerda

             Se o capitão pretendia largar o cangaço Maria não teria se queixado a Sila, na boca da noite, em cima da pedra que fica defronte a barraca e a gruta, fumando, porque ela não fumava na frente do capitão por respeito a ele, nos seguintes termos: não aguento mais essa vida...andando daqui para acolá, esse homem teimoso não quer largar essa vida...etc".

 
Lampião e Maria Bonita

Alfredo Bonessi - GECC-SBEC


Este conteúdo é um comentário do capitão Alfredo Bonessi,
 sobre um texto do escritor Aderbal Nogueira.
Não houve aumento de palavras e nem tão pouco exclusão,
apenas fiz uma ilustração.

Foi extraído do Blog: "Cariri Cangaço".
3 de março de 2011

“Procurar a verdade é fácil, difícil é aceitá-la”

Por: Juliana Pereira Ischiara


            Todos nós sabemos que a história oficial sempre foi contada sob a ótica dos vencedores, em detrimento dos vencidos, porém, ter a coragem de discordar do que está posto e oficializado é bem mais complicado do que parece.
              Sente-se receio de ser ridicularizado e criticado ou mesmo ser tido como reacionário e tolo, dentre muitos outros adjetivos deselegantes.
             Aceitar uma opinião contraria nem sempre é uma tarefa fácil, aceitar uma teoria contrária a todas já sedimentadas, aí sim o coisa fica ainda mais delicada. Quantos cientistas sociais foram duramente criticados por discordarem de fatos racionalmente impossíveis de terem ocorrido? Muitos. Quantas obras maravilhosas foram ridicularizadas quando de seus lançamentos só porque trazia impresso uma teoria diferente da já aceita? Muitas. Quantos pesquisadores desistiram de continuar suas pesquisas por terem sido levianamente criticados? Vários...

             Pesquisar não é uma tarefa fácil, ser um pesquisador sério e comprometido com a verdade, independente da enxurrada de críticas severas com a qual será recebido seu trabalho é mais difícil ainda.

              Pesquisar fenômenos como cangaço, messianismo e coronelismo é praticamente dizer que o pesquisador está procurando uma dor de cabeça grande, uma surra de urtiga, pois depois de expor seus trabalhos, ele estará na berlinda e nem sempre seus próprios colegas, amigos e ou confrades vão estar lá para lhe apoiar.
              Abraçar, parabenizar, apoiar um trabalho que trás uma opinião unânime é fácil, difícil é fazer o mesmo quando este mesmo trabalho é contrário a tudo que já se falou sobre o mesmo tema. O comum é se afastar para que não respingue em você as criticas que seu amigo autor da obra irá receber.

              Nem todos são capazes ou estão preparados para repetir a célebre frase do filósofo Voltaire, quando disse: “Eu posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las”.

              Meus queridos amigos e confrades, adjetivos como amizade, lealdade, fidalguia e respeito estão cada vez mais difíceis de serem usados com sinceridade.
               Perdoe-me se aproveito o artigo de meu mestre e pai, para fazer este desabafo, mas já estou cansada de críticas levianas, descabidas, deselegante e desrespeitosas aos trabalhos publicados, aos autores, colecionadores, cinegrafistas, cineastas, pesquisadores, estudiosos ou mesmo curioso. Crítica é salutar e bem vinda desde que seja com o intuído de acrescentar, melhorar, somar, jamais com a intenção de desmerecer, denegrir e ofender. Vamos respeitar e analisar os trabalhos de forma racional e respeitosa.

Alcindo e Juliana
                 Meu querido mestre, parabéns pelo artigo, como sempre, excelente. Além de merecer todos os créditos por parte dos pesquisadores.

Saudações cangaceiras

Juliana Ischiara

Pesquisadora, sócia da SBEC e membro da família Cariri Cangaço.


Este artigo é um comentário da pesquisadora Juliana Ischiara sobre um texto de Alcindo Alves da Costa. Não houve nenhuma modificação.
Foi extraído do Blog: "Cariri Cangaço".

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