Clerisvaldo B.
Chagas, 6 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.040
Aproveitando a
tarde fastidiosa do último sábado fui resolver negócio no centro do Bairro São
José. A festa do humilde trabalhador esposo de Maria, já havia terminado e
apenas várias peças de um parque de diversões permanecia interditando a Avenida
principal – um erro que se repete sempre causando transtorno aos transeuntes –
O foguetório que animava a festa também estava silencioso e pude apreciar com
mais tranquilidade os montes da Zona Sul que circundam Santana. Vistos da chã
do Bairro São José, fez gosto em apreciar o verdume das colinas, dos serrotes e
das serras que na cidade representam a situação rural. E no meio
daquele bonito verde, consequências das últimas chuvas de verão e início
de outono, deu para enxergar parte superior das obras do
santuário que está sendo construído no topo da serra Aguda.
IGREJA DE SÃO JOSÉ, FUNDADA 1993. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
A imagem à
Senhora Santa Ana, será a maior imagem sacra do planeta e o santuário aos seus
pés será obra de primeiro mundo. Ora, se da chã do Bairro São José será
visível, imagine a imagem vista do entorno do hospital regional da Cajarana, um
dos melhores mirantes artificiais da cidade e bem próximo à serra Aguda. Mas,
por outro lado também fomos à Ponte do Padre, para uma olhada ao Largo do Juá,
trecho mais largo do rio Ipanema onde prestavam serviços os antigos canoeiros.
Água nova havia chegado, porém, não o suficiente para remover o tapete de
plantas aquática que se formou por causa da poluição. E mais abaixo, o poço dos
Homens se encontrava nas mesmas condições do poço do Juá.
Assim, amiga e
amigo, o que passa de bom na serra, passa de ruim no rio Ipanema seco. O Dia do
Rio Ipanema, oficialmente falando, ainda não conquistou o respeito e a
seriedade dos escalões mandatários do estado. Quanto custa um mutirão de
limpeza no trecho urbano do rio, Barragem/Bebedouro? Ingratidão ao pai do filho
desnaturado! Ingratidão do santanense ao acidente geográfico que ajudou a
povoar o Sertão e fez nascer com toda pujança o núcleo habitacional de senhora
Santa Ana! Mas bem diz o ditado: “Pão dormido é esquecido”.
Mas quem sabe!
Um dia aparecerá um filho da Natureza, um verdadeiro filho de Deus, cuja missão
divina ganhará troféu aqui e de onde foi enviado!
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