No embate com
a Volante baiana comandada pelo célebre Tenente Zé Rufino, auxiliado pelo
sargento José Fernandes, Corisco foi morto e Dadá teve sua perna direita
atingida por um tiro de fuzil, tendo que ser amputada posteriormente.
A imagem que
acompanha a matéria foi publicada pelo jornal baiano A Tarde em sua edição de
11 de junho de 1940.
"Na entrevista que fez Luiz Conrado de Lorena e Sá ao Sinhô Pereira, seu primo, apresento esta pergunta com a resposta do cangaceiro Sinhô Pereira:
Luiz Conrado de Lorena e Sá -
Quais os fatos que mais perturbavam você?
Sebastião Pereira o Sinhô Pereira - Vários. No começo tudo o que eu fazia errado dava certo. Com o
passar do tempo tudo o que eu fazia certo dava errado."
Era o caçula de 22 irmãos. Entrou para o cangaço no ano de 1916, após a morte do irmão NÉ DADU. Logo organizou o seu respeitado bando de cangaceiros, para executa alguns membros da família Carvalho.
Foi um dos maiores expoentes na história do cangaço. Em 1922, com sérios problemas de saúde e a mente bastante arrasada, abandonou o cangaço, deixando Lampião como seu sucessor. Rumou para o estado de Goiás.
Em entrevista dada a Luiz Conrado de Lorena e Sá, em 1971, respondendo à perguntas. e uma delas foi:
Lorena perguntou-lhe: - Por que Virgulino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?"
Sinhô Pereira respondeu: - Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dé Araújo comentou que a boca do rifle de Virgulino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.
Dé Araújo era o apelido de Manoel Cavalcanti de Araújo (ou Rodrigo de Souza Nogueira, nome que adotou ao sair do cangaço), filho de João Antônio de Souza Araújo e Pacífica Benvinda Cavalcanti de Albuquerque.
Sinhô Pereira foi considerado o maior inimigo dos Carvalhos de todos os tempos. Era conhecido em Lagoa Grande-MG, como Francisco Maranhão e Chico Maranhão. Viveu maritalmente com uma senhora de nome Alina Araújo.
A
ex-cangaceira Otília ao lado do Ten. Zé Rufino, o algoz do seu marido no
cangaço, o cangaceiro Mariano. Conheciam? A pesquisa as vezes nos traz muitas
coisas interessantes. Uma pena que Zé Rufino ficou cortado nesta imagem.
Leiam o que respondeu o Sinhô Pereira ao seu primo Sr. Luiz
Conrado de Lorena e Sá:
Lorena e Sá - É
verdade que você anteviu a genialidade de LAMPIÃO?
Sinhô Pereira - Dos homens que deixei em armas no Pajeú, só Virgolino podia chegar à
celebridade. Os demais eram formiga sem formigueiro. Minha profecia foi
cabalmente comprovada. Lampião nada aprendeu comigo. Já nasceu sabendo".
INDEPENDENTE DA MINHA
INFORMAÇÃO, VAMOS LER O QUE ESCREVEU MARIANE ANNA CALEAZZI SOBRE SINHÔ PEREIRA.
Por: Marlene
Anna Caleazzi
Sebastião Pereira vulgo Sinhô Pereira o homem que comandou Lampião só que de todos os cangaceiros o mais famosos foram Cabeleira António Silvino Lampião e Corisco e duas mulheres Maria bonita e Dada Maria bonita esposa de Lampião e Dadá esposa de Corisco o cangaço ganhou mais fama com a entrada de Virgulino Ferreira da Silva vulgo lampião e Cristino Gomes da Silva Creto vulgo Corisco.
No interior de
Minas Gerais foi fotografado de frente pela primeira vez depois que saiu de sua
terra natal, por volta de 1922, aquele que durante muito tempo teve fama de ser
o terror do Nordeste: Sebastião Pereira, o Sinhô Pereira, comandante de
Lampião.
Ao ouvir os
boatos que Lampião, seu vizinho, amigo de infância e companheiro do início do
cangaço, estaria vivo, foi categórico: “Lampião está morto, tenho certeza. Se
estivesse vivo, ele me procuraria” Diante de tanta certeza, as dúvidas
certamente desaparecerão, pois poucas pessoas conheceram tão bem quanto ele o
Capitão Virgulino Ferreira.
A vida dos
dois nordestinos lendários esteve estreitamente ligada por muitos anos, mas
suas origens foram diversas. Sinhô Pereira descendente do Barão de Pajeú de
Flores, fidalgo político que levou para Vila Bela, hoje, conhecida por Serra
Talhada, a civilização europeia, com todos os seus requintes. Em sua casa
existia boa música, bebidas finas e pratos de sofisticado estilo. Em sua
fazenda, Pitombeira, ele costumava ter em enormes cômodas e arcas 300 redes de
dormir, 300 travesseiros e centenas de lençóis de linho para servir aos seus
hóspedes. Sinhô ostentava, tanto pelo lado materno como paterno, o que nos
sertões naquela época se chamava de “fina linhagem”.
No entanto, os
Pereira viviam em luta com seus primos Carvalho, desde o início do império.
Existem versões de que essa luta era tão antiga que vinha de Portugal. As duas
famílias mandavam matar os seus homens, de emboscada ou a descoberto, a tiro ou
com arma branca.
Num desses
episódios sangrentos morreu Manuel Pereira da Silva Jacobina, conhecido pelo
apelido de Padre Pereira, por ter estudado em seminário. Sua filha, dona
Chiquinha, matrona destemerosa, achou que a vingança não devia tardar. E, para
consumá-la, convocou nada menos que seu próprio filho Luiz, apelidado Luiz
Padre.
Sinhô Pereira
à direita e Luiz Padre à esquerda
Luiz planejou
a morte do mais pacato dos Carvalho, Eustáquio (seu próprio avô era conhecido
por ser homem de paz e a idéia era olho por olho! Executante da vindita: Né
Dadu Pereira. Após a morte de Eustáquio, dona Chiquinha achou que seu filho
Luiz passara a correr perigo constante. Chamou, então, o sobrinho Sebastião,
que vivia em sua companhia desde que ficara órfão. E como fosse bravo e
conhecedor de armas, colocou-o como uma espécie de guarda-costas do filho:
"-De hoje em diante, Sebastião, disse ela, você acompanhará meu filho em
todas as tarefas de briga e vingança”.
Foi assim que
Sebastião Pereira passou a ser o rifle vingador por excelência de sua turbulenta
família. Unido ao seu primo Luiz, quatro anos mais moço, apetrechados os dois
de armas e ódios, quase acabaram com os Carvalho. Juntos, incendiaram toda a
região do Pajeú. Mais de 100 combates travaram com as polícias de vários
Estados nordestinos, além das lutas com os Carvalho. Acabaram se transformando
nos mais temíveis dos cangaceiros da época.
Entre 1920 e
1922, Sebastião já conhecido como Sinhô Pereira foi procurado por três jovens
sertanejos, nascidos nas proximidades de sua casa e cujo pai trabalhava na
fazenda de sua família. Os jovens eram Antonio, Virgulino e Livino. Alegavam
perseguições da polícia, contavam arbitrariedades e pediam para se alistar no
bando. Aceitos, passaram a obedecer cegamente a Sinhô.
Família de
Lampião
Os sangrentos
acontecimentos que se sucederam são do conhecimento geral. E o próprio Sinhô
Pereira, hoje com 81 anos de idade, vivendo pacatamente no interior de Minas,
próximo da cidade de Patos, costuma contar. Entre os fatos que ele lembra mais
vivamente está um encontro sangrento numa fazenda: “Nem gosto de falar, parece
até mentira. Esta luta foi das últimas que enfrentei ao lado de Lampião. Éramos
11 contra 122”.
Por volta de
1922, Padre Cícero e outros políticos se esforçaram para que Sinhô e Luiz
Padre, dois rapazes bem nascidos, deixassem o cangaço para ir tentar vida nova
em Goiás.
Sinhô Pereira
conta: “Aceitamos a proposta e começamos a empreender a fuga, uma verdadeira
operação militar. Durante quase um ano tentamos contornar as barreiras
policiais, colocadas em toda a parte. Eu tinha convidado Lampião para me
seguir, nessa tentativa de escapar, e ele não aceitou. Achava que o cangaço era
sua vida. Viemos dar com os costados em Dianópolis, eu e Luiz Padre. Nesse
lugar, passamos a ser conhecidos como os piauis. Eu, particularmente, passei a
ser chamado Chico Maranhão ou Chico Piauí. O Sinhô Pereira cangaceiro estava
praticamente morto. Em Dianópolis, ficamos amigos do famoso caudilho Abílio
Wolney. Luiz Padre casou com uma sobrinha dele. Mas por causa do assassinato do
Major José Inácio de Barros, em que fomos injustamente envolvidos, começou a
haver luta violenta entre os Wolney e nós, os piauís. A nossa vida se tornou
muito difícil. Então fomos embora para Anápolis. Mais tarde, sempre procurando
paz, seguimos para Minas sob a proteção do coronel Farnesi Dias Maciel. Os anos
foram passando. Luiz Padre morreu em Anápolis, Goiás. Na Revolução de 30,
cheguei a ser comandante de um destacamento revolucionário, em Minas. Depois,
vim parar neste sertão. Não gosto que digam o nome do canto em que me meti,
porque quero paz. E preciso ficar com minhas lembranças".
Na pequena
vila em que ele vive ninguém sabe quem foi Sinhô Pereira. Ali é conhecido
simplesmente como Chico Maranhão, dono de uma farmácia e capaz de dar um bom
conselho a respeito de doenças. Ao seu lado, a neta e vários bisnetos. Na
farmácia de Sinhô Pereira, também funciona uma agência de correio. E foi
selando cartas que encontramos Sinhô Pereira, há 50 anos oculto dos fantasmas
do seu passado.
Tranquilo e
ainda rijo apesar da idade, ele diz: “Muitos crimes atribuídos a Lampião não
foi ele quem praticou. Existe muita lenda em torno de Virgulino. Antes de tudo,
fomos vingadores de injustiças. Foi pena ele não ter me acompanhado. Ainda
guardo a carta que me enviou, explicando porque queria ficar no Nordeste. Entre
outras coisas, era impressionante a ajuda que o povo dava a Lampião”.
Para os homens que dirigem os Estados e municípios brasileiros a cultura não é considerada de grande importância. Ou eles se enganam ou não têm nenhum interesse para cuidar dela. Mas eles precisam saber que a cultura é o conjunto de conhecimentos, tradições, ideias, símbolos, valores, costumes e práticas de um Estado, município ou país que se tornam características de um grupo, seja social, familiar, étnico, religioso e assim por diante. A cultura não pode faltar em uma nação. A cultura faz bem a uma nação que não pode viver sem ela.
A cultura brasileira ainda permanece no meio de nós porque existe uma porção de estudiosos que a sustenta viva com todo esforço, correndo atrás e registrando em livros, jornais e revistas os acontecimentos que se tornam históricos, e que muitas vezes, abandona o lar por alguns dias e vai pesquisar e entrevistar pessoas que têm um pouco de conhecimento sobre o assunto escolhido.
Muitos escritores e pesquisadores fazem estes trabalhos simplesmente pelo o prazer de pesquisar, registrar os fatos que serão históricos para as gerações de hoje e para as futuras, sem imaginarem o que irão ganhar, porque a publicação de livros é caríssima no Brasil, devido os custos tipograficamente. Eu fui tipógrafo e não estou mais atualizado sobre gráfica, mas eu via o quanto era altíssima a publicação de um livro na Editora que eu trabalhava.
Mas se dependesse dos governantes a cultura não existiria. Eles alegam a falta de dinheiro para mantê-la viva, mas recursos existem e existem muitos, o que não existe é vergonha na cara desses malandros, porque misturam os recursos públicos com os seus e depois não sabem separar o que é público do seu, aliás, saberem, sabem, é porque são raposas velhas mesmas. Roubam e quando são comprovadas as suas desonestidades, ninguém devolve nada ao cofre assaltado.
5 ossadas que devem ser feitas os (DNAs) para estudos, e saber se realmente têm procedências o que afirmam alguns estudiosos do cangaço.
Cabeça de Lampião
E qual seria a finalidade dos "DNAs"?
Uma das razões é ter a certeza a quem pertence aquela cabeça que está guardada no Cemitério Quinta dos Lázaros em Salvador. Sabemos que os escritores e pesquisadores não têm dúvidas que Lampião morreu na Grota do Angico, mas como eles são responsáveis por este trabalho de juntar todas as peças do dominó da literatura lampiônica, é muito importante o esclarecimento para desmascarar quem anda mentindo, dizendo que não é a cabeça do capitão Lampião.
A cabeça de Lampião que antes permanecia no Instituto Nina Rodrigues e ficou 30 anos, seis meses e nove dias insepulta, aguardando pronunciamento da Justiça, e só foi enterrada em fevereiro de 1969, no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador no Estado da Bahia, depois que a Presidência da República (governo Costa e Silva) o indultou.
Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio - BA.
E também, para tirar dúvidas que permanecem no meio de muitos brasileiros, os quais não acreditam que o capitão Lampião e Maria Bonita tenham sido assassinados na madrugada de 28 de julho de 1938, na "Grota do Angico", em Porto da Folha, atualmente pertencente à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe.
Lógico que a sua morte aconteceu lá mesmo em Sergipe, no Nordeste do Brasil, e não em Minas Gerais, mas esta dúvida, permanece diante de muitos, e faz uma porção de anos que já deveria ter sido esclarecida ao povo brasileiro através do "DNA".
Lampião de Buritis
A outra dúvida que continua viva no seio dos estudiosos do cangaço é sobre a ossada de um fazendeiro que viveu em Buritis, no Estado de Minas Gerais, e esse senhor, segundo o escritor José Geraldo Aguiarjá falecido; se dizia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro. O Aguiar detalhou tudo em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda"sobre o mesmo, a cidade onde faleceu, o cemitério que foi enterrado, o local do seu túmulo, o nome da esposa etc, e principalmente nomes de alguns filhos do suposto Lampião que residem por lá. Para isso, não será difícil encontrar os seus restos mortais. E o "DNA" tem que ser feito com urgência, para que o tempo não dê fim ao seu túmulo.
Lamentável! José Geraldo Aguiar faleceu ainda moço.
Mas vejam leitores, a mentira do depoente (vale lembrar que eu não me refiro ao pesquisador José Geraldo Aguiar, porque ele fez baseado nas informações do Lampião de Buritis), que se ver logo na sua fotografia; o olho direito de Lampião do nordeste brasileiro, é branco, isto é com glaucoma, e o olho direito do suposto Lampião de Buritis, nem aparenta cegueira. Sem sombras de dúvidas, o homem mentiu mais do que devia ao pesquisador José Geraldo Aguiar.'
Dúvidas não só minhas, mas tenho certeza que muitos que estudam o cangaço têm.
1 - Para que Lampião tivesse renunciado o cangaço como disseram alguns que não têm compromisso com a verdade, sobre os estudos cangaceiros, que ele teria feito acordo com o tenente João Bezerra da Silva, chefe alagoano das volantes policiais que atacou a "Grota do Angico", para fugir do coito, teria sido um dia antes da véspera da chacina, isto é, no dia 27, e na madrugada de 28 de julho de 1938, seria a vez do ataque com segurança aos cangaceiros, porque os reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita já não mais estavam lá.
Tenente João Bezerra está sentado à esquerda
A suposta e mentirosa fugida da "Grota do Angico" seria fácil Lampião enganar aos seus cangaceiros, coisa que ele jamais faria covardia com o(s) (as) seu(s) sua(as) amado(a)(as) amigo(a)(as). Se Lampião tivesse essa ridícula intenção de colocar os seus comandados na mira de uma metralhadora, bastaria ele ter comunicado ao seu bando que iria fazer visita a um amigo juntamente com Maria Bonita, e desapareceriam de uma vez por toda. Mas jamais isso aconteceu. Lampião estava no coito na madrugada do ataque aos facínoras, e ele era bandido mesmo e perigoso, assumido, mas jamais faria tamanha covardia com os seus companheiros de crime. O cangaço era uma família, e construído de amigos de verdade.
Ao centro Sila e à direita Zé Sereno
A noite que se passara lá na "Grota do Angico" a "Sila" que era companheira do ex-cangaceiro Zé Sereno, esteve sentada em uma pedra fumando com Maria Bonita. E enquanto isso, ela percebeu luzes um pouco distantes em sua frente, como se fossem lanternas. Mas a Maria disse a ela que não se preocupasse, aquilo que ela estava vendo não assustava, era vaga-lume.
Grota do Angico onde foram assassinados Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros.
Uns falam que tudo foi combinado entre o tenente João Bezerra da Silva e o capitão Lampião, para que ele e sua Maria Bonita fossem embora, e depois que partissem, as volantes fariam a chacina aos cangaceiros que haviam ficado. Mas isso não tem procedência e muito menos credibilidade, porque o desejo de todos policiais que procuravam os cangaceiros nas caatingas, principalmente os reis do cangaço Lampião e Maria Bonita, era eliminá-los do sertão sertanejo, e que com certeza, receberiam troféus, e que na história cangaceira, ficasse registrado eternamente quem teria sido o homem responsável pelas mortes dos reis do cangaço.
2 - Nada existe para dizer que Lampião não morreu na "Grota do Angico", Isto é indiscutível e fantasia de quem escreveu e saiu espalhando. Ele morreu naquela madrugada de 28 de julho de 1938. Mas é preciso ser realizado com urgência o teste do "DNA" com os restos mortais do fazendeiro Lampião de Buritis, para colocar um ponto final nesta história tão sem graça e sem fundamento, que é do fazendeiro que se fazia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro.
Cabeça de Lampião
3 - Por que o suposto Lampião de Buritis afirmou ao escritor José Geraldo Aguiar que não poderia aparecer, e só permitia a publicação da sua entrevista quando ele morresse, aí sim, o pesquisador podia publicar o seu trabalho sobre ele?
Ora! Após cinquenta anos que havia sido feita a chacina aos cangaceiros de Lampião, inclusive ele e a Maria Bonita foram assassinados, todos os marginais que escaparam do ataque estavam libertos pelo indulto do então Presidente da República Getúlio Vargas, e ainda temia algo?
O certo é que ele não era o Lampião do Nordeste do Brasil, e sabia demais que, se fizesse exposto das suas invencionices, os escritores e pesquisadores do nordeste os pegariam de imediado na mentira. Então, o melhor mesmo era ser rei do cangaço ocultamente na região Sudeste do Brasil.
4 - "Vou morrer no ano que vem!"
O que eu sei e aprendi bem direitinho a lição, através dos escritores e pesquisadores que o capitão Lampião era um grande estrategista, mas evidente, aquele que adivinha o que irá acontecer com ele, e anunciar até o ano da sua morte, nunca ouvi falar isso dele em lugar nenhum.
5 - "O óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição". Por que o suposto Lampião de Buritis tinha tanto medo de ser lembrado no meio do povo brasileiro? A verdade era porque ele soltava uma mentira atrás da outra. Ou então estava se escondendo de outros problemas dele, até mesmo contra a justiça de um Estado qualquer do Brasil. Lampião de verdade não temia autoridade nenhuma quando estava no cangaço, e muito menos depois que foram indultados todos os cangaceiros
6 - O suposto Lampião de Buritis disse ao escritor José Geraldo Aguiar que fugiu da chacina, porque recebeu ajuda de algumas pessoas amigas, inclusive o seu padim pade Cíço Romão Batista de Juazeiro do Norte, que teria o ajudado também para se ocultar do nordeste.
Incrível! Quando aconteceu a chacina da "Grota do Angico" aos cangaceiros, o padre Cícero Romão Batista da cidade de Crato e radicado em Juazeiro do Norte, já fazia 4 anos e 8 dias que estava tranquilamente repousando em seu belo túmulo. O religioso morreu no dia 20 de julho de 1934, e ajudado ao "Lampião de Buritis" na madrugada de 28 de julho de 1938, para desaparecer do nordeste através de milagres, e principalmente depois de morto, com certeza, o padre não lhe fizera de forma alguma. O Buritis criava coisa com coisa e o amigo Aguiar acreditava.
Túmulo do padre Cícero Romão Batista
Observe amigo leitor, de Virgulino Ferreira da Silva o suposto Lampião de Buritis passou a ser chamado João Teixeira Lima, e foi sepultado com o nome Antonio Maria da Conceição. Que medo ele tinha ainda da polícia, hein! Mentiroso o depoente! O José Geraldo Aguiar não criou. Escreveu o que depoente informou.
Mas esta de padre Cícero Romão Batista ter ajudado o suposto cangaceiro para fugir da "Grota do Angico", irá ficar na história como uma grande falha por parte do escritor, por não ter percebido que o religioso morreu no ano de 1934, e o que aconteceu com o fujão suposto "Lampião de Buritis" foi em julho de 1938. Que falha do escritor e jamais será consertada! Mas o erro pertence a nós mesmos racionais. Os animais irracionais jamais erraram e nem errarão algum dia desse.
Meu grande amigo escritor José Geraldo Aguiar, por onde estiver, nada tenho contra o que você escreveu, apenas um erro grande sobre o padre Cícero, o resto você repassou o que lhe informaram, mas tudo fantasiado pelos seus depoentes.
Ezequiel Ferreira
Também existem as dúvidas até hoje sobre o ex-cangaceiro Ezequiel Ferreira da Silva, o irmão mais novo do capitão Lampião, que a sua morte indiscutível, aconteceu no dia 24 de abril de 1931, em Paulo Afonso, Bahia, no povoado chamado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois. O tenente Arsênio que conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira.
Cruz fixada nas proximidades da Lagoa do Mel (Povoado Baixa do Boi - Paulo Afonso/BA). Local onde ocorreu o combate entre o bando de Lampião e a Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza. Pesquisadores Sandro Lee e João de Sousa Lima ladeando a cruz do Ezequiel Ferreira da Silva fixada nas mediações onde aconteceu o confronto entre o bando cangaceiro e a Volante baiana. - http://cangacologia.blogspot.com/2018/07/cruzes-do-cangaco.html
"A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) e fugiu levando a peça que deixaria a matadora inutilizável. Nesse dia Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antonio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel. Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do cangaço no nordeste brasileiro". (J. de Sousa Lima).
Ângelo Osmiro e João de Sousa Lima - http://joaodesousalima.blogspot.com/2014/08/cariri-cangaco-em-sousa-paraiba-os.html
Muitos estudiosos do cangaço já escreveram sobre a morte do Ezequiel Ferreira da Silva, inclusive os escritores e pesquisadores João de Sousa Lima e Ângelo Osmiro Barreto. O João fez trabalho sobre o fim do ex-cangaceiro Ponto Fino juntamente com o pesquisador e cineasta de Fortaleza Aderbal Nogueira.
Mas aí não termina a história. No ano de 1984, apareceu em Serra Talhada um homem de idade avançada, e foi hospedado na casa do Sr. Genésio Ferreira, primo de Lampião verdadeiro, e segundo ele, dizendo ser Ezequiel Ferreira da Silva irmão mais novo dos Ferreiras, que precisava tirar documentos e cuidar de uma possível aposentadoria. Ele disse que ficou no grupo do irmão até julho de 1938, quando Lampião fez uma reunião para comunicar aos companheiros que abandonaria o cangaço, e com ele, fugiram disfarçados: Lampião, Luiz Pedro Cordeiro ou do Retiro, Félix da Mata Redonda e ele, tendo ficado no Estado do Piauí, mas Luiz Pedro e Lampião tomaram o destino de Goiás, onde o rei do cangaço teria morrido no ano de 1981.
Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira
O mais interessante é que na lista dos que estavam no coito lá na Grota do Angico, organizada por pesquisadores o Ezequiel Ferreira não aparece, e nenhum que sobrou da saga do capitão Lampião, nunca relatou que ele estava lá. Para alguns que acreditam nesta hipótese é porque ainda não viram a lista e nem têm interesses de vê-la. O mais correto para eles é acreditarem no que foi dito por pessoas que nem pesquisaram, apenas acompanharam o disse me disse de rodas de amigos.
O cangaceiro Luiz Pedro
O suposto Ezequiel Ferreira da Silva falou ao Genésio Ferreira que o ex-cangaceiro Félix da Mata Redonda também teria fugido com eles, antes dos policiais iniciarem a chacina aos cangaceiros. Mas em nenhum momento ele fez referência sobre o cangaceiro Félix da Mata, isto é, onde teria ficado depois que se separaram.
Sobre os documentos que ele não tinha ainda não dá para a gente acreditar, porque o senhor José Ferreira dos Santos não deixou nenhum dos seus filhos sem serem registrados, e por que somente ele não fora inscrito em cartório nenhum em Vila Bela, atualmente Serra Talhada, ou em outra cidade de Pernambuco?
O cangaceiro Félix da Mata Redonda
A história da morte do Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião - o suposto Ezequiel disse que ele morreu em 1981. Já o José Geraldo Aguiar diz em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" que o perverso e sanguinário capitão Lampião morreu com o nome de Antônio Maria da Conceição, em 3 de agosto de 1993, em Buritis, no Estado de Minas Gerais. De ambas as partes são histórias que a gente não tem como acreditar. Ezequiel informa uma data, já o José Geraldo Aguiar esclarece outra.
Suposta Maria - https://manoelhiginoconsultor.wordpress.com/tag/o-livro-de-jose-geraldo-aguiar/
O fotógrafo José Geraldo Aguiar diz em seu livro que a Maria Bonita (oficialmente Maria Gomes de Oliveira) viveu por lá com o nome de Maria Teixeira Lima, e teria morrido aos 67 anos em 3 de agosto de 1978, na cidade de Montes Claros, no Estado de Minas Gerais.
Mas o suposto Ezequiel Ferreira não falou que Maria Bonita os acompanhou quando fugiram da "Grota do Angico" em julho de 1938. Tanto o suposto Lampião de Buritis como o que se dizia ser o próprio Ezequiel Ferreira criaram datas sem fundamentos para os falecimentos da Maria Bonita e do capitão Lampião. Sendo assim, nós que estudamos o cangaço de modo geral, notamos que as histórias dos dois depoentes, tanto o Lampião de Buritis como o do Genésio Ferreira não têm fundamentos de forma alguma.
Agora aparecem as sepulturas das cangaceiras Rosinha Soares filha do vaqueiro Lê Soares, e também da ex-cangaceira Lídia Pereira, companheira do ex-cangaceiro Zé Baiano, que foi morta a pauladas por ele mesmo.
Pesquisador Robério Santos
Estas novidades são bastantes importantes para os que estudam o cangaço de modo geral. Elas foram descobertas pelo jornalista, escritor e pesquisador do cangaço Robério Santos, que desde alguns anos vem fazendo um excelente trabalho sobre a literatura lampiônica. E além do que ele escreveu para o nosso aprendizado, fez belas gravações das covas das duas ex-cangaceiras. Parabéns para o escritor!
https://www.youtube.com/watch?v=d6nPz8Jjbms
E agora, será que isso irá ficar como as outras ossadas que estão até hoje sem uma comprovação, que são ou não dos verdadeiros Ferreiras? O Brasil quer saber, principalmente o nordeste brasileiro.
Quem tomaria de conta disto? As cidades que pariram estes cangaceiros e cangaceiras. Dizem que para ser feito um "DNA" de cadáver histórico, é uma burocracia assustadora. Mas se todos governantes quiserem, nada será difícil.
OS "DNAs" do suposto Lampião de Buritis e do Ezequiel Ferreira da Silva ficariam por conta da cidade de Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, já que foi ela quem os pariu.
A ossada da ex-cangaceira Rosinha do facínora Mariano Laurindo Granja quem pagaria as despesas do "DNA" seria a cidade de Poço Redondo, porque o seu berçário de nascimento foi em terras poçoredondense. Tenho certeza que se isso for pedido por alguém ao prefeito em exercício ele mandará realizar o "DNA" da sua famosa cangaceira.
Acho que se o escritor Alcino Alves Costa estivesse vivo batalharia com a prefeitura de Poço Redondo para que o "DNA" da suposta Rosinha Soares acontecesse.
Escritor e ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves Costa autor do livro Lampião Além da versão Mentiras e Mistérios de Angico.
Já a ossada da ex-cangaceira Lídia Pereira de Souza que era lá de Salgadinho, em Paulo Afonso, no Estado da Bahia, ficaria aos cuidados desta cidade, para realizar o "DNA" da sua filha, e mostrar a toda população que na verdade, que aqueles restos mortais são (não) da ex-cangaceira Lídia, considerada a mulher mais bonita de todas as mulheres do bando do afamado e sanguinário capitão Lampião.
Adquira-o através deste e-mail: franpelima@blo.com.br
Tenho plena certeza que todos os escritores e pesquisadores do cangaço brasileiro que organizam a literatura lampiônica merecem ser reconhecidos pelos seus trabalhos. E tenho certeza, quantos deles estão esperando que seja feito pelo menos o "DNA" do Lampião de Buritis, lá do Estado de Minas Gerais?
Mas parece que as cidades que são as verdadeiras mães destes e destas facínoras temem a verdade, e se isolam por total dos que tentam com responsabilidades completarem o dominó do cangaço, principalmente da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia".
O cordelista e cantor Pedro Motta Popoff
Se você quiser saber mais sobre Rosinha de Lé Soares que era companheira do cangaceiro Mariano Laurindo Granja, e de Lídia Pereira de Sousa do ex-cangaceiro Zé Baiano, adquira com urgência este livro. O autor passou 11 anos pesquisando para nos entregar uma grande obra sobre o cangaço. O livro tem 740 páginas, 4 centímetros de altura e é do tamanho de folha ofício.
Informação ao leitor:
O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. E nada irá prejudicar o que os cineastas do cangaço gravaram, e nem o que os escritores e pesquisadores já escreveram.
Fique tranquilo.
Jamais contrariarei o que os estudiosos sérios do cangaço registram.
São apenas as minhas inquietações sobre o que informaram os depoentes.