“Minhas homenagens ao Mestre Joca Leiros que, dos caminhos e veredas de Macaíba, passou a caminhar sob as estrelas e pelas Estradas do etéreo, onde caminham os anjos e arcanjos da Paz e do Amor de DEUS”.
Numa tarde que findava parei pra ver se lembrava
Das Retretas da Pracinha, onde grupos de mocinhas
Passeavam de mãos dadas, em torno das balaustradas
Flertando como sentiam quem melhor se apresentava
No coreto e seu entorno, ali ficavam escolhendo,
Os parceiros desejados ou com quem sintonizavam,
na Praça de Macaíba, pois, era o grande momento.
Pouco tempo se passava e a Banda, então, descia
Com instrumentos na mão Aplausos da freguesia
A banda ali se formava, primando pela postura.
Na linha pela estatura, a farda qual armadura
E ali, os componentes, da Banda a desfilar
Mas o que mais empolgava era a batuta no ar.
Batuta do Mestre Joca, bem garboso a comandar.
Eis aqui, doces lembranças do Maestro e da Batuta
Pois um exemplo de luta, sonhando executar
Poesias musicais que o viram consagrar
Como excelente Regente com a batuta no ar.
Eis homenagem singela, que fizemos alcançar,
O pergaminho da glória e a batuta a atacar.
Jansen Leiros
JOÃO VITERBINO DE LEIROS
João Viterbino de Leiros era meu avô materno. Professor da Escola de Artífice de Natal, chefe da Funilaria, musicista. A Tuba como seu instrumento principal. Compositor de música sacra e autor de vários, dobrados, hinos e marchas, dedicou-se às valsas e à regência de corais. Além de sensível musicólogo, João Viterbino de Leiros era possuidor de dotes mediúnicos, promovendo administração de curas magnéticas em pacientes portadores de pequenos incômodos, comuns aos moradores da pequena cidade de Macaíba, onde morava e onde exercia suas faculdades transcendentais.
Mestre Joca, como era carinhosamente chamado pelo povo, tinha acesso a todas as camadas da comunidade. Era maçom, como todos os varões da família (do tronco Fagundes). O Vigário Bartolomeu Fagundes, irmão de sua avó, Duvina Renovata da Rocha Fagundes (nome de solteira) fora o responsável pela iniciação de quase todos os componentes daquela família.
Com os paramentos da maçonaria, ele incorporou os filhos, netos e colaterais aderentes, transmitindo-lhes os ensinamentos da Instituição e sua filosofia milenar.
Com esse perfil, João Viterbino de Leiros (neto do Pe. Antônio Gomes de Leiros) transformou-se em meu ídolo.
Professor nato e pedagogo por transferência genética, aproveitava todo e qualquer momento vago para repassar seus conhecimentos, parte adquirido nos bancos escolares, parte pelo aprendizado empírico que sedimentou seu acervo respeitável.
Sem dúvidas, João Viterbino de Leiros foi o responsável pela projeção da família, a partir de suas próprias qualidades e, líder desde rapazola, conquistou uma série de seguidores, principalmente no seio da família.
Possuidor de bela oratória, onde harmonizava o sacro e o maçônico era um metafórico por excelência e foi ele que me conduziu aos estudos dos textos sagrados, da filosofia maçônica e, principalmente, foi ele quem me iniciou nos conhecimentos da Doutrina dos Espíritos, a partir do pentatéutico kardequiano.
Minhas homenagens ao Mestre Joca Leiros que, dos caminhos e veredas de Macaíba, passou a caminhar sob as estrelas e pelas
Estradas do etéreo, onde caminham os anjos e arcanjos da Paz e do Amor de DEUS.
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