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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA

 


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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LIVE EXPEDIÇÃO FOGO DAS GUARIBAS 94 ANOS

A Prefeitura de Brejo Santo, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos em parceria com a Prefeitura de Porteiras, através do Departamento Municipal de Cultura, estará promovendo uma Live temática sobre os 94 anos do Fogo das Guaribas e a saga de Chico Chicote. O evento online acontecerá no dia 01 de fevereiro às 18h30, e será transmitido pelas redes sociais da Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos.

A Live terá a participação do Secretário de Cultura, Turismo e Eventos de Brejo Santo, David Júnior, do Diretor do Departamento Municipal de Cultura de Porteiras, Ticiano Linard, e dos debatedores e pesquisadores Bruno Yacub e Roberto Junior.

DEBATEDORES

Roberto Júnior – Acadêmico de História (URCA), foi secretário geral do Instituto Cultural do Cariri (ICC) e conselheiro de cultura do Crato. Fundou o Cariri das Antigas em 2014, e desenvolve pesquisas na área de História Política e Social.

Bruno Yacub– Secretário Executivo de Cultura, Turismo e Eventos de Brejo Santo – CE, Acadêmico de História (UECE) e co-fundador do coletivo cultural A Munganga Promoção Cultural. Suas pesquisas já foram publicadas, também, em revistas e periódicos da região do Cariri cearense.

SOBRE O FOGO DAS GUARIBAS:

O episódio do Fogo das Guaribas, foi um dos mais importantes fenômenos históricos do país, no período da República Velha, ocorrido no território de Porteiras-Ceará, em 01 de fevereiro de 1927, tendo como principais personagens as figuras dos brejo-santenses: Francisco Pereira de Lucena (Chico Chicote) e Antônio Gomes Granjeiro; e o jatiense Antônio Marrocos de Carvalho (Nego Marrocos).

Foto: Casa de Chico Chicote, Guaribas, foto do Jornalista Antônio Vicelmo.

Facebook da Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos de Brejo Santo:

https://www.facebook.com/scte.debrejosanto

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NOVO LIVRO DO CANGAÇO NA PRAÇA

Por Robério Santos

Tá chegando novo livro do cangaço do nobre irmão @rubensantoniodasilvafilho Nós do CNL apoiamos toda forma de cultura e se produz livro é pra vender sim, é fruto de anos e anos de trabalho. Quem não gostar, ignora. Já vi o conteúdo e em breve farei um programa analisando eles. Passem as fotos e guardem o contato pra ter o seu. Quase 1000 páginas de história.

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LAMPIÃO E A VIOLÊNCIA DO CANGAÇO

*Rangel Alves da Costa

Não há como negar que o cangaço foi um antro de perpetração de todos os tipos de violências e perversidades. Também não há como negar que suas ações violentas não se voltaram apenas para o revide, para a defesa perante as agressões, para atacar e se defender contra as forças volantes. Tais ações seriam justificadas no campo da guerra, dos combates ferozes, no custo para salvação de vidas e na superação dos desafetos. Outras ações violentas, contudo, jamais poderão ser justificadas, principalmente quando praticadas contra indefesos ou inocentes nordestinos.

Muito se fala da exacerbada violência das forças volantes, e fato incontestável. Igualmente ao cangaço, as forças de perseguição mataram inocentes, estupraram, extorquiram, amedrontaram e espalharam o terror pelos sertões. A mera aproximação dos “macacos” já era motivo suficiente para que o medo tomasse conta de todos. E não sem razão o temor, vez que a volante tinha o homem da terra na mesma conta do cangaceiro. Ou pela suposição de ser coiteiro ou protetor de bandoleiro.

Esta suposição de que todo homem da terra era coiteiro, amigo dos cangaceiros ou conivente com suas práticas, gestou dolorosas consequências. Muitos sertanejos foram retirados de seus casebres para serem forçados a dizer - mesmo sem saber - onde o bando estava acoitado. Sangrados, chicoteados, apunhalados, pendurados de cabeça pra baixo em pés de pau, levados amarrados para a morte certa. E assim a feroz covardia das volantes foi fazendo o festim do medo e do sangue pelos confins nordestinos.

Há de se observar, porém, que as volantes não tinham compromisso algum com o homem da terra, não defendiam seus interesses e sequer o protegia contra as investidas cangaceiras. Diferentemente ocorria com o cangaço, cuja bandeira justificando a luta sempre foi o enfrentamento das injustiças, da opressão e da violência dos poderes contra os desvalidos.

Quer dizer, o cangaço passou a violar a dignidade, a honradez e a integridade física de seu igual: o homem da terra, o pobre, o injustiçado. O cangaço investiu e espalhou violência dentro de seu próprio berço de gestação e contra o seu irmão de sofrimento. Ora, não raro que cangaceiros nascidos em determinada povoação, quando lá retornavam praticavam verdadeiras atrocidades. E nem sempre porque seus conterrâneos haviam se tornado delatores ou como ajustes de contas pelas intrigas passadas, mas tão somente pela força impulsiva da violência.

Em tal contexto de violência cangaceira, urge indagar: Qual o papel, a culpa ou a responsabilidade de Lampião? Antes de possíveis respostas, necessário a observância de alguns aspectos. Na seara do cangaço, e mesmo sob seu comando, Lampião era apenas mais um cangaceiro. No contexto de liderança sobre os demais, Lampião era o seu comandante. Já no contexto do cangaço como um todo, Lampião possuía reinado, era o governante, o mandatário maior. E sendo rei e governante, qual seria sua responsabilidade sobre as violências praticadas por seus comandados?

A resposta poderia chegar pela responsabilidade administrativa e criminal modernas. No mundo jurídico de hoje, o detentor de poder pode responder pelas condutas ilícitas de seus agentes, principalmente pelo poder de vigilância que detém. Já na seara criminal, o mandante também será responsabilizado pelo crime praticado pelo executor. Sob tais perspectivas, certamente que Lampião teria que carregar nas costas infindas responsabilidades pelas condutas de seus cangaceiros. Mas também pelas próprias condutas.

Há de se observar, contudo, que as responsabilidades de Lampião teriam que recair somente enquanto líder de grupo, daquela parte do bando sob seu comando, e não pelas ações violentas perpetradas pelos subgrupos, vez que estes possuíam suas próprias lideranças, a exemplo de Corisco e Zé Sereno. Na visão geral, a parte do bando que permanecia com Lampião não deixava de ser também um subgrupo no contexto maior do cangaço. E sobre seu subgrupo sua responsabilização recaía.

Mas também a responsabilização lhe seria imputada quando cangaceiros de outros subgrupos estavam sob sua liderança ou perante sua presença, enquanto comandante maior. Quando, por exemplo, em 32, Zé Baiano colocou ferro em brasa nas faces das mocinhas de Canindé, Lampião estava presente. Foi conivente, permitiu que acontecesse a barbaridade. A sua culpa foi inegável no episódio. Deveria impedir e não impediu. Foi igualmente violento e criminoso.

E mais ainda, quando, também em 32, ordenou que o cangaceiro Gato - acompanhado de Azulão, Medalha, Suspeita e Cajueiro - matasse quem encontrasse pela frente desde o Couro ao Santo Antônio, e a cangaceirama matou sete inocentes num só dia, e desde o Couro ao São Clemente, em Poço Redondo, restou induvidosa a culpa do mandante Lampião sobre as mortes. Gato havia recebido ordens para matar. Havia um mandante.

Apenas alguns exemplos da violência do cangaço e da culpa de Lampião por inúmeras atrocidades praticadas sertões adentro. Os cangaceiros eram violentos sim, mas muitos exacerbaram suas perversidades pela conivência, senão pelo mando, do líder maior. 

Escritor
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ELOGIO À OBRA DE TÍTULO "TROPEIRISMO NOSSO", DO AUTOR ANTÔNIO GONÇALO DE SOUZA.

 Por José Francisco Xavier de Queiroz

Em reconhecimento à fantástica obra “TROPEIRISMO NOSSO”, de autoria do escritor Sr. Antônio Gonçalo de Souza, o qual enaltece a história dessa bela e encantadora cidade, Várzea Alegre – CE.

É com imensa satisfação que passo a descrever a alegria e o privilégio de ter sido presenteado com uma bela obra, o livro “Tropeirismo Nosso”, linda obra do autor Antônio Gonçalo de Souza, o qual, além de enaltecer a história dessa maravilhosa cidade, retrata a importância de uma atividade tão importante, o tropeirismo, atividade essa que, embora extinta, deixou marcas e traços de sua tão relevante importância para o desenvolvimento dessa bela e encantadora cidade, Várzea Alegre - CE, contribuindo não só para o seu progresso e evolução, como também para o desenvolvimento socioeconômico de outras regiões circunvizinhas.

Em 19 de janeiro de 2018 tive a belíssima oportunidade de conhecer o Sr. Antônio Gonçalo de Souza, quando em visita à sua família em Fortaleza – CE, na ocasião conversamos bastante e fui surpreendido com esse belíssimo presente, o livro “Tropeirismo Nosso”, uma obra que retrata com riqueza de detalhes momentos e histórias diversas pelas quais a cidade de Várzea Alegre passou ao longo do século passado, e não poderia deixar de enaltecer aqui esta fantástica obra, a qual resgata valores, histórias, causos, fatos e acontecimentos que marcaram a história dessa cidade, e que sem dúvida representam um grande marco para a linda e encantadora cidade de Várzea Alegre.

Nessa obra o autor, Sr. Antônio Gonçalo de Souza, de forma especial, além de resgatar a importância de uma atividade tão nobre e edificadora, traz ainda uma linda história de sua vida no Sítio Sanharol, hoje bairro dessa encantadora cidade, relatando ainda a história de vida de seu avô Sr. Antônio Gonçalo Araripe, pioneiro no tropeirismo nessa região, bem como os valores herdados por seu pai, Sr. Raimundo Gonçalo Araripe, tios, irmãos e demais familiares, repassados por seu avô, homem que muito contribuiu para o progresso dessa maravilhosa cidade e, claro, para o sucesso e progresso de outras regiões.

Conhecer a evolução dessa belíssima e encantadora cidade, de seu comércio, seu povo, sua cultura, sua política, sua fé, contribuiu ainda mais para com o aumento do carinho e admiração que tenho por Várzea Alegre. Também filho de nordestinos, com praticamente toda a família no interior do Rio Grande do Norte, com a graça e a permissão de nosso maravilhoso Deus tenho visitado anualmente essa cidade, a qual amo tanto, e que me encantei logo na primeira visita.

Várzea Alegre, uma cidade onde a alegria do povo é visível em seus olhares, as encantadoras conversas de fim de tarde pelas calçadas, adornadas por cadeiras de balanço, retratam a calmaria e a tranquilidade do lugar; o comércio, com uma vasta variedade, encanta não só com produtos diversos, mas também com produtos típicos da cultura nordestina. Sua deliciosa culinária desperta o zelo e a dedicação com os quais é preparada; o sorriso, a alegria e a espontaneidade das pessoas ao nos receberem é marca presente; ruas, praças e monumentos embelezam ainda mais a cidade, tornando-a ainda mais prazerosa. Por tantos atributos, impossível não querer voltar a essa encantadora cidade, o que, enquanto vida e disposição tiver, com a graça do Deus Altíssimo, farei.

Agradeço a todos dessa linda e prazerosa cidade pelo acolhimento e pelas maravilhas que nos proporcionam, em especial ao autor do livro “Tropeirismo Nosso”, Sr. Antônio Gonçalo de Souza, por permitir que viajemos no tempo e tenhamos a oportunidade de vivenciar momentos tão marcantes e importantes da história dessa maravilhosa cidade, a qual certamente contou com a colaboração, com o trabalho, com o esforço, o exemplo e a dedicação de pessoas como o Sr. Antônio Gonçalo Araripe, que muito contribuíram para o progresso dessa linda e encantadora cidade, Várzea Alegre - CE.    

José Francisco Xavier de Queiroz

Servidor Público, Fiscal de Defesa do Consumidor, residente em Brasília – DF, filho de nordestinos do interior do Rio Grande do Norte – RN, lugar o qual também tenho enorme apreço e consideração. Saudades do meu Rio Grande, saudades também da minha amada e inesquecível Várzea Alegre – CE, terra dos familiares de minha esposa Elaine Ranielly Duarte Lourenço, filha de Rita de Cássia Duarte da Costa (tia Rita) e Expedito Davi Lourenço.

Enviado pelo o autor através de e-mail.

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JURITI: O FILME (VERSÃO COMPLETA) | 471

 Por Robério Santos

https://youtu.be/T9zvdqjjk-w

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SOU DO NORDESTE MESMO E COM ORGULHO

Vá a onde for mais não se esqueça de suas origens

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IMAGINANDO A MATRIZ DE SANTANA

 Clerisvaldo B. Chagas, 26 de janeiro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.458

Vendo a imponente Igreja Matriz de Senhora Santana, temos que seja originária da capela inicial, construída em 1787 pelo padre Francisco Correia. Na verdade, foi uma parceria feita entre o fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia e o padre Francisco. Martinho fornecendo mão de obra e material de construção, o padre, elaborando sua arquitetura, seus desenhos, seus altares. Imaginamos a esposa do fazendeiro, primeira devota de Senhora Santa Ana, acompanhando e encorajando os trabalhos da capela, cujo santos ela encomendara ao padre que os trouxe da Bahia. O padre só inaugurou a igreja após esculpir o Cristo Crucificado com suas próprias mãos.

Podemos conferir que foi seguida a sua arquitetura na reforma que sofreu em 1900, pelo padre Manoel Capitulino de Carvalho, futuro intendente de Santana e também governador de Alagoas. Basta examinar uma foto antiga e de domínio público mostrando a reforma da igreja ainda em preto e rodeada de andaimes. É comparar com o desenho da igreja original e notar a sua semelhança. Nada mais sabemos fora a data de inauguração da reforma e do mestre de obras denominado: Francisco José Bias. A igreja de Senhora Santana só vai aparecer na história com a significativa reforma já inserida em Santana/cidade, na segunda metade da década de 1940. Mas, dessa vez temos apenas os nomes do padre Bulhões, como seu reformador e seu auxiliar, padre Medeiros, após os problemas de saúde de Bulhões.

No caso dessa grande reforma que externamente até hoje perdura, não temos conhecimento de quem teria sido, mestre de obras, engenheiro ou trabalhadores. Também não sabemos com exatidão o material empregado fora o tijolo: argamassa, ferro, cal, tipos de areia... Temos a ideia, porém, e a realidade da beleza única da sua arquitetura, sem fugir aos desenhos originais do padre Francisco Correia. A Igreja Matriz de Senhora Santana foge de todos os padrões dos templos católicos ao longo do rio São Francisco, em Alagoas, a maioria com duas torres. Atualmente a beleza e a pujança do edifício, destaca-se como o mais atraente cartão de visitas do Sertão alagoano e um dos mais chamativos de Alagoas, senão o maior de todos.

E se o relógio quatro faces já não funciona, se os abençoados sinos não dobram como antes, mas seu campanário não perdeu a sua mística e nem sua torre o magnetismo dimensional entre Deus e os homens. Amém, amém...

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DISSERAM A ANANIAS QUE ELE ERA FILHO DE MARIA BONITA E SEM QUERER QUERENDO, ELE ACREDITOU.

 Por José Mendes Pereira


Criar fatos inexistentes é bem mais fácil do que fazer a ditadura no Brasil, como disse o Bolsonaro alguns meses que se passaram, que para voltar a ditadura: "- é bem "facim", mas eu não quero...", assim afirmou ele em uma entrevista a um canal de televisão.

Um acontecimento do cangaço que me deixa sem rumo é sobre a paternidade do  Ananias Gomes de Oliveira, que era irmão da Maria Bonita do capitão, e alguns familiares colocaram na sua mente, que ele não era irmão de Maria e sim, filho. E o Ananias que era irmão mesmo da rainha do cangaço, infelizmente, sem querer querendo, acreditou na conversa. Impossível! Por que só depois de algumas décadas passadas é que foi descoberto que ele era filho da Maria? E a vizinhança não viu ele nascer do ventre de Maria filha ou de Maria mãe?

Não aparece quem a coloriu.

Na história do cangaço o velho guerreiro Lampião só tem uma única filha reconhecida historicamente, que é dona Expedita Ferreira Nunes, e que mora em Aracaju, no Estado de Sergipe. Ela nasceu em Porto da Folha sob a proteção de um umbuzeiro no ano de 1932,  e com 21 dias de nascida foi entregue pelos pais a um casal de vaqueiros, os quais eram Manoel Severo e sua esposa Aurora, que já eram pais de 11 filhos, e segundo dona Expedita Ferreira, foi bem criada com muito carinho por todos eles. O casal sempre dizia que ela não era filha deles, e sim, dos cangaceiros Lampião e Maria Bonita.
 
Sabemos que a rainha do cangaço Maria Bonita durante o tempo em que viveu com o capitão Lampião teve três abortos, fazendo um total de quatro filhos gerados em seu útero, contando com dona Expedita. Mas o capitão Lampião mesmo sem saber, poderá ter deixado alguma ou algumas namoradas grávidas pelos sertões que passou. Não se tem conhecimento disso, mas não é difícil, porque homem que não obedece as leis é poderoso e domina fácil uma mulher, principalmente quando ela não tem nenhum compromisso amoroso. Dois que apareceram por aí dizendo que eram filhos do rei, foram invenções. 

João Peitudo suposto filho de Lampião e Maria Bonita

O João Ferreira (João Peitudo) que era lutador de box e se dizia ser filho do casal de cangaceiros, que segundo ele, nasceu no ano de 1938, Vera Ferreira que é neta de Lampião diz que não há nenhuma possibilidade do João ser filho dos seus avós, porque ele nasceu em 1942, e os seus avós já estavam mortos há quatro anos. João Peitudo morreu tentando provar que era filho do Lampião.

Vera Ferreira neta de Lampião e Maria Bonita

Em 2005, surgiu o mais recente caso e com grande possibilidade de ser real, segundo alguns especialistas, um dos onze filhos de Maria Joaquina da Conceição, conhecida como "Dona Déa" e José Gomes de Oliveira, o "Zé Filipe" o Ananias (foto no início da página) seria filho de Maria Bonita com Lampião. Acontece que Dona Déa e Zé Filipe são pais da Maria Bonita.

Dr. Antonio Amaury e Manoel Severo.

Li que uma descoberta do Dr. Antônio Amaury Correia teria ouvido de um major reformado do exército de nome José Mutti, um ex-volante da polícia, e que este foi  genro dos pais de Maria Bonita, que ele foi esposo de Antonia Gomes de Oliveira, a sogra segredou-lhe que o Ananias era filho do "homem", ela quis dizer referindo-se ao capitão Lampião.

Antonia Gomes de Oliveira irmã de Maria Bonita a esposa do José Mutti

Quem ler sobre cangaço e assim como eu que não tem muita segurança sobre o tema, opino sem atrapalhar os pesquisadores e escritores, e com essa informação de dona Déia, fico meio assustado e me perguntando: Mas quem seria a mãe, Maria Bonita com o Lampião ou a dona Maria Joaquina com o “homem” que seria o Lampião?

O mais interessante é que Ananias nasceu no ano de 1929 e Maria Bonita entrou para o cangaço em meados do ano de 1930. E quem viu Maria Bonita grávida neste período de 1929 a 1930? Ninguém fala que a viu gestante durante este tempo em que ela estava tentando se aconchegar a Lampião.

Volta Seca com a sua esposa

O cangaceiro Volta Seca que ainda era menino na época e que entrou para a "Empresa de cangaceiros Lampiônica & Cia" em 1929, falou ao Jornal “O Pasquim” que viu Maria Bonita grávida, mas de Expedita Ferreira que nasceu no ano de 1932, e quem cuidou dela foi a sua própria mãe Maria Joaquina de Oliveira.

Expedita Ferreira filha de lampião e Maria Bonita

A verdade não aparece em nenhum caso deste. Ananias que foi considerado neto e ao mesmo tempo filho de criação de dona Maria Joaquina é também uma criação dela, para que ele se tornasse filho de Lampião e Maria Bonita. Com certeza, grávida ela não foi para o cangaço, porque nenhum remanescente de Lampião falou nessa possibilidade entre 1929 a 1930, principalmente o Volta Seca que entrou para o cangaço no ano de 1929. 

https://www.youtube.com/watch?v=jsiQIMKnxec&ab_channel=Hist%C3%B3riasDoNordeste  
Clique no link abaixo para conferir.
 https://blogdomendesemendes.blogspot.com/2021/01/lampiao-era-traido-por-maria-sera-que.html

E se Maria Bonita teve o Ananias, não era filho de Lampião e sim, do seu primeiro esposo Zé de Neném, ou supostamente do João Maria de Carvalho como acusa este senhor neste vídeo acima, fato que eu não acredito na sua informação. Esta é a minha opinião. Nada real sobre isso.

Maria Bonita e seu primeiro esposo José de Neném.

O mais interessante é que dona Maria Joaquina segredou ao seu genro a paternidade do Ananias sendo Lampião e Maria Bonita. E qual seria a sua intenção de falar isto em boca de cumbuca, já que a vizinhança sabia muito bem quem seria o pai e mãe do Ananias? 

Informação: 

O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. São apenas as minhas inquietações. Não prejudica de forma alguma e não contraria os trabalhos dos escritores, pesquisadores e cineastas. Não tenho projéteis para enfrentar estes grandes estudiosos do cangaço. Afinal, tudo que eles escrevem eu me aproveito e muito os agradeço, porque é com eles que eu tento conhecer e viajar com os reis do cangaço nas caatingas nordestinas. Um tema apaixonante que é cangaço.

Leia este trabalho no Lampião aceso: 


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MARIA BONITA RESTAURADA

Por José Mendes Pereira


Esta foto é Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita quando ainda muito jovem e pertence ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima. Ele a recebeu das mãos de familiares da rainha do cangaço.

Solicitei ao amigo Gabriel Ferreira amigo do pesquisador Antonio José de Oliveira ambos lá da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia, para que fizesse uma restauração na foto, e ele atendeu a minha solicitação e fez um excelente trabalho. 

Nesta foto ela nem sonhava em ser um dia Maria Bonita. Ainda era Maria Gomes de Oliveira ou simplesmente Maria de Déa, que era o apelido de sua mãe Maria Joaquina da Conceição.  

Os pais de Maria Bonita

Segundo alguns cangaceiros que deram entrevistas aos jornalistas, escritores e pesquisadores, este apelido de Maria Bonita quem deu foi a polícia, por ela ser bonita. Afirmaram também que jamais ela foi chamada de Santinha por Lampião "foi criação", e os cangaceiros a chamavam de dona Maria, e quando se referiam a ela, chamavam-na de Dona Maria do capitão.  

Você que gosta de estudar cangaço e que começou agora não acredite em tudo que as pessoas dizem or aí. Procura adquirir bons livros através dos escritores e para isto, existe a Livraria do professor Francisco Pereira Lima, lá em Cajazeiras, no Estado da Paraíba, e seu e-mail é: 

franpelima@bol.com.br.

Clique neste link para você ver uma porção de livros da Livraria do Professor Pereira

http://sednemmendes.blogspot.com.br/2015/08/relacao-de-livros-venda-professor.html

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