Seguidores

domingo, 12 de maio de 2013

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FIGURA DO CANGACEIRO

Por: Honório de Medeiros

Dia 15 DE JUNHO estarei em Sousa, Paraíba, participando de uma Mesa-Redonda (que não será mesa, tampouco redonda) acerca do seguinte tema: HOMEM, TERRA, RELIGIOSIDADE, SERTÃO E CANGAÇO: A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FIGURA DO CANGACEIRO.

* Arte da ARTEROCHA.BLOGSPOT.COM

O evento começará às 14h20m e acontecerá no CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE.

Lemuel Rodrigues

Os outros debatedores serão Lemuel Rodrigues e Múcio Procópio, enquanto a coordenação caberá a César Nóbrega.

Múcio Procópio

Quanto ao tema, penso que a construção histórica da figura do cangaceiro, a partir do homem, da terra, da religiosidade, do Sertão e do cangaço, passa por um obstáculo de natureza metodológica sempre tangenciada pelos pesquisadores que se debruçam sobre o tema: como utilizar o método científico para construir e criticar as hipóteses possíveis acerca do objeto a ser conhecido, do ponto de vista prático.

Esse obstáculo é um dos fatores preponderantes para não termos superado, ainda, com raras e honrosas exceções, no universo da produção literária acerca do cangaço, a narrativa.

Como ainda não houve essa superação, a literatura acerca do cangaço ainda não tomou expressivamente o rumo da interpretação e contribui, de forma significativa, para sua folclorização, no sentido negativo do termo, e, também, para um certo "olhar de esguelha" que lhe é dirigido pela Academia.

Obviamente cada interpretação é sempre uma proposta que se alicerça no raciocínio dedutivo. Isso pressupõe uma base de conhecimento, de caráter ingênuo ou crítico, que antecede a construção da hipótese a ser construída ou investigada.

Entretanto é possível trabalhar, como ponto-de-partida, com o postulado básico de quê podemos não conseguir dizer o que algo é; mas com certeza podemos dizer o que esse algo não é, evitando as areias movediças das discussões bizantinas de caráter epistemológico.

* Arte da ARTEROCHA.BLOGSPOT.COM
Postado por Honório de Medeiros

http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Luiz Gonzaga


Por: Guilherme Machado
Rubinho Lima e Guilherme Machado

Um raro documento musical na voz de Luiz Gonzaga o rei do baião; em uma grande homenagem aos vaqueiros e aboiadores, no LP aboios e vaquejadas de 1956.


Há um detalhe interessante que não foi certamente percebido a respeito desse LP de dez polegadas do Gonzagão: ele foi gravado numa ÚNICA sessão de estúdio, ou seja, no dia 17 de maio de 1956. Portanto, “Aboios e vaquejadas” foi o primeiro LP que Luiz Gonzaga de fato gravou, e o único em 10 polegadas porque o anterior (“A história do Nordeste na voz de Luiz Gonzaga) e os posteriores (“São João na roça” e “O reino do baião”) eram apenas coletâneas de registros já lançados em 78 rpm. Aliás, as músicas de “Aboios e vaquejadas” também saíram nesses quebradiços discos de cera, pois na época o LP estava em fase de implantação e poucas pessoas tinham dinheiro para comprar o toca-discos adequado para reprodução de LPs. Outro detalhe: as faixas do disco estão na mesmíssima ordem em que foram gravadas. Aí vão os 78 rpm que continham essas músicas e os meses de lançamento nesse formato: “O chêro da Carolina”/Aboio apaixonado” (80-1645, agosto 56); “Vassouras”/”Derramaro o gái” (80-1656, setembro 56); “Tacacá”/”Chorão” (80-1671, outubro 56); e “Braia dengosa”/Tesouro e meio” (80-1689, novembro 56). Ressaltando ainda que o primeiro LP de doze polegadas gravado por Gonzagão foi “Xamego”, em 1958, com lançamento no início de 59. É só!

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Benedito Vasconcelos Mendes - Novo imortal da Academia Norte-riograndense de Letras

Novo imortal
Novo imortal Benedito Vasconcelos com a governadora Rosalba Ciarlini (Foto: Ivanizio Ramos)

A governadora Rosalba Ciarlini prestigiou, na noite desta sexta-feira (10), a Sessão Solene de Posse de Benedito Vasconcelos Mendes na Academia Norte-riograndense de Letras.

A solenidade que empossou o escritor e pesquisador na cadeira de número 38 foi realizada na sede da Academia, no bairro de Petrópolis.

O novo imortal é professor universitário, doutor em ciências agronômicas, pesquisador e escritor, além de um estudioso do semiárido. Presidiu a Emparn e foi o criador da Estação Experimental de Terras Secas, em Pedro Avelino.

Benedito Vasconcelos Mendes vai ocupar a cadeira 38, cujo patrono é o doutor Luís Antonio Ferreira Souto dos Santos Lima e sucede à acadêmica América Fernandes Rosado Maia que, por sua vez, sucedeu o esposo, Vingt-Um Rosado.

Na posse, o acadêmico foi saudado pelo acadêmico Ernani Rosado Soares.


Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
José Romero Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://sednemmendes.blogspot.com

Prefácio do livro “Notas para a história do Nordeste”.

Por: Francisco Pereira Lima

Recebi, com grande satisfação, o convite do amigo, professor e escritor, José Romero Araújo Cardoso, para editar e prefaciar este seu, mais recente, trabalho, “Notas para a história do Nordeste”. Cumpri essa incumbência honrosa, com grande prazer, apenas reconhecendo as minhas limitações, no cumprimento de tão importante missão.
                    
Escrever sobre a história e a cultura nordestina é dissertar a complexidade, os meandros de milhares de fatos, personagens, fenômenos e manifestações artísticas e literárias, que abrangem os fatores políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, que marcaram profundamente a  nossa região.
                    
O grande desafio é levar a nossa história às mesas de leitura, estudos e debates, tornando-a conhecida pela maioria dos nordestinos, especialmente, os estudantes. A missão não é fácil, mas é nosso dever lutar por este objetivo.
                    
Dando a sua contribuição, nesse sentido,  o professor e escritor  Romero  Cardoso, um amante da história regional, abnegado estudioso e exímio escritor das nordestinidades, escreveu uma série de artigos relacionados ao Cangaço, Coronelismo, Coiteiros, Canudos, Lampião, Revolta de Princesa, personagens e tradições regionais, como Luiz Gonzaga, os Almocreves, os  Vaqueiros, as Parteiras, o fenômeno das secas, entre outros e publicou em sites, blogs, jornais e revistas. Agora, resolveu nos presentear, reunindo parte deste material e outros artigos inéditos, num livro (Coletânea) com o título: “Notas Para a História do Nordeste”.
                   
O objetivo deste trabalho fica bem claro, que é contribuir com o estudo da nossa História, evitando que a ferrugem do tempo apague essas memórias, tão bem elaboradas por meio desses excelentes artigos.
                   
Em alguns artigos, o autor fez uma análise mais aprofundada, fundamentada teoricamente; em outros, a dissertação foi mais superficial, sem o aprofundamento merecido, mas sem prejudicar a mensagem do autor referente ao tema tratado.
                    
A clarividência e objetividade com os seus escritos é uma característica marcante deste escritor paraibano de Pombal, adotado por Mossoró.


A obra de José Romero inicia falando da Civilização do Couro nos séculos XVIII, XIX e início do séc. XX; continua falando das nossas parteiras e dos Almocreves. Defende que o Aboio dos vaqueiros deve ser considerado patrimônio do Nordeste. Trata da grade seca de 1877-1879, uma catástrofe.  Em seguida, descreve a saga do famigerado Rio Preto, que agiu na região de Pombal-PB. Comenta os possíveis motivos da sua personalidade perversa e cruel. Seus crimes e seu fim.  Na sequência, vem a Guerra de Canudos, um massacre injustificável, onde foram dizimadas milhares de vida de conselheiristas e de militares. Trata também do estrategista de guerra, “Pajeú”.  Passeia pela história de um dos grandes visionários e progressistas do Nordeste, o industrial Delmiro Gouveia. Entra na História do Cangaço, com o Ataque a Sousa-PB, em 1924, reação do Cel. Zé Pereira, o assassinato de Meia-Noite e a vingança de Lampião. Fala da Coluna Prestes, em Piancó, e o caso Padre Aristides, em 1926. Vem a Revolta de Princesa, o assassinato do presidente João Pessoa e a Revolução de 30. É um verdadeiro passeio nas veias, veredas e recantos da terra do sol. Mostra-se emocionado ao descrever a experiência de assistir ao show do Rei do Baião, quando ainda pequeno, em praça pública, na sua querida cidade de Pombal-PB, no ombro do seu pai, que era fã de Luiz Gonzaga e finaliza, fazendo uma referência especial ao seu grande amigo Dr. Benedito Vasconcelos e seu Museu do Sertão, na fazenda Rancho Verde, em Mossoró.
                       
Recomendo a todos, a leitura desta coletânea e desejo muito sucesso ao autor no lançamento deste seu trabalho. 

Francisco Pereira Lima
Professor, membro da SBEC e Conselheiro do Cariri Cangaço

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
José Romero Araújo Cardoso
 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Adauto da Câmara - Final



Tudo começou quando o Dr. ADAUTO MIRANDA RAPOSO DA CÂMARA, vindo de Natal, Rio Grande do Norte, encontrou um velho casarão no Méier, encimado pelo título CURSO DE LETRAS e lançou-se à tarefa de transformá-lo em um Ginásio.

A vocação de mestre, aliada à vontade de construir alguma coisa sólida para o futuro, levou o professor ADAUTO historiador, escritor, intelectual, mas sobretudo educador a investir naquele esforço de criar um colégio a partir, praticamente, do nada.

Já no ano de 1934, o agora "Gymnasio Metropolitano", que tinha 20 alunos em 1932, passou a ter 61 e, no final do período letivo do mesmo ano, chegou a registrar a presença de 192. Era um início favorável de que o caminho estava correto.

A associação do Dr. ALEXANDRE DIJESU DO COUTO e de VITOLDO ZAREMBA permitiu que o professor ADAUTO buscasse vôos mais altos. 

Assim, através do decreto nº 774 de 27 de abril de 1936, assinado pelo então Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, e pelo seu Ministro da Educação Dr. Gustavo Capanema, o Metropolitano adquiria todos os requisitos legais para seu pleno funcionamento a inspeção permanente.

Em 1940, o Colégio Metropolitano expandiu-se. Construíram-se novos prédios, consolidaram-se posições mas, principalmente, foi possível obter, em 1942, no dia 12 de novembro a maioridade da Instituição. É que, por decreto do Exmo Sr. Presidente da República, o Gymnasio Metropolitano pôde passar à categoria de COLÉGIO, o que significava, na legislação da época, absoluta autonomia para decidir seus próprios destinos, sem a interferência direta do Estado.

No décimo ano de sua fundação (1942), o COLÉGIO METROPOLITANO já desempenhava uma considerável liderança entre as instituições de ensino do bairro.

Várias vezes seu Diretor Dr. Adauto tinha sido convidado a intervir em congressos, conferências, cerimônias oficiais, na qualidade de educador dos mais respeitados no Rio de Janeiro, como provam as publicações da época.

Não se pode deixar de mencionar, uma vez mais, os nomes de Vitoldo Zaremba e de Dijesu do Couto, que, com o professor Adauto, batalhavam na incessante tarefa de erguer o nome do METROPOLITANO ao lugar que ele fazia por merecer. Os anos futuros revelariam a figura do professor JAIRO BEZERRA, que viria a ser um símbolo de eficiência e talento na gestão do Colégio.

Em 1952, o Colégio já registrava em seus arquivos 1615 alunos. Havia tudo a festejar, exceto pela presença inexorável da mão do destino...
Em 17 de outubro de 1952, morria o professor Adauto.

Na letra fria dos relatos, isto se torna distante. Mas para os alunos, para comunidade, para as famílias, para a memória da Instituição, a perda de seu Diretor, idealizador e principal incentivador constituiu uma perda dolorosa, superada com emoção e muito trabalho, como ele sempre desejara.

Em 27 de dezembro de 1954, a Instituição teve de conviver com outra perda: o professor DIJESU falecia.

Em que pesem todas essas circunstâncias negativas, o Colégio Metropolitano tinha já 22 anos de vida, consolidado e pronto a enfrentar quaisquer desafios, mesmo os mais profundamente emocionais; pronto estava para cumprir o que sonharam seus FUNDADORES.

Em 1964, inaugura-se a nova sede onde até hoje funciona parte do Colégio.

Dirigia o Colégio, nesta fase, o professor WALTER SCOTT DO CARMO que iniciara sua carreira docente nesta casa, em 1º de julho de 1936 e que culminava sua presença no Colégio como Diretor Geral.

Em 1963, morria o último dos fundadores, Vitoldo Zaremba.

Fechou-se um ciclo importante, porque o Colégio agora viveria sem a presença física de seus fundadores, mas teria a influência moral e espiritual deles, além da cotidiana presença de Dona WANDA, até hoje presente, desde 1932...

Em 1968, assume a Direção o professor HENRIQUE ZAREMBA DA CAMARA que imediatamente procurou modernizar a Instituição no sentido de prepará-la para as novas exigências que os anos vindouros mostrariam ser fundamentais.

Em 1977, inaugurou-se o GINÁSIO DE ESPORTES que viria a dar mais mobilidade e facilidade às atividades do Colégio.

Em 1979, foi a vez do prédio em que funcionam as séries iniciais de 1º grau. Crescia a escola, cresciam as exigências, crescia a qualidade.

Sob a Direção do professor Henrique Zaremba da Camara, desde 1968, o Colégio Metropolitano investe cada vez mais, não apenas na qualidade de seus professores, mas na aquisição de equipamentos modernos que viabilizem as novas técnicas de ensino-aprendizagem.

Assim, no ano de 1984, inaugurou-se o prédio onde funciona a Educação Infantil do Colégio Metropolitano.

Sabemos, entretanto, que uma Instituição com 75 anos tem uma tradição a viver. Fazemos parte de um vasto mecanismo de valorização da pessoa, desde que aqui chega, no Maternal, até as portas da Universidade. Temos de ensinar-lhes, sobretudo, o caminho da ética do dever e da responsabilidade, do amor a Pátria e do respeito ao outro.

Temos, como sagrada missão, desde 1932 acalentar sonhos, porque é de sonhos a substância intima de uma nação. Porque também é da luta para transformar sonhos em realidades que um país se torna verdadeiramente livre, grande e justo.

OBS: Virtoldo Zaremba, polônes sogro de Adauto Câmara e do também mossoroense Alexandre Dijesu do Couto (Informações obtidas no Livro Uma Viagem pelo Arquivo Epistolar de Adauto da Câmara, 2001, segunda edição de Raimundo Soares de Brito)
Henrique Zaremba da Câmara, provavelmente filho de Adauto Câmara

Fonte:
O Colégio - Nossa história
http://www.metropolitano.g12.br/NossaHistori


Enviado pelo pesquisador:
José Edilson Albuquerque Guimarães Segundo

http://blogdomendesemendes.blogspot.com