Clerisvaldo B. Chagas, 20 de novembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.999
Faltando
apenas três cidades sertanejas, para encerrarmos a excursão pelo Médio Sertão,
Alto Sertão e Sertão do São Francisco: Cacimbinhas, Dois Riachos e Santana do
Ipanema.
Cacimbinhas –
Cidade situada às margens da BR-316, entre Dois Riachos e Palmeira dos Índios,
foi emancipada desta última em 19 de setembro de 1958. É um núcleo ensolarado,
topografia plana que se estende ao longo da rodovia ou em direção Norte.
Cacimbinhas tem um pouco mais de 10.000 habitantes que recebem o gentílico de
cacimbiense. Antigo sítio Choen onde caçadores pernambucanos costumavam
descansar perto de uma cacimba e que depois surgiram mais outras escavadas por
viajantes, deram origem ao título da futura cidade.
Seu clima é
semiárido e sua vegetação é de caatinga. É terra de gado, fazendeiros e
vaquejadas. Possui dois antigos açudes vistos da BR que ficaram famosos ali
perto da cidade para enfrentarem as épocas de secas prolongadas. Cacimbinhas já
foi ponto obrigatório de parada, refrigério para passageiros de ônibus
Sertão/Maceió, para abastecimento de combustíveis, água de coco e churrascos,
tal qual a da churrascaria do Josias. O posto de gasolina do Galego,
fez história como um dos isolados e raros do mundo sertanejo. Entra-se agora em
Cacimbinhas por novo acesso asfaltado e arborizado direto para o Centro
Comercial, desde uma espécie de entroncamento na BR que também leva a sua
vizinhas, Major Izidoro.
Sua economia se baseia na agropecuária, no comércio, na feira semanal e nas prestações de serviços, além dos seus laticínios baseados na pecuária desenvolvida, pois também faz parte da Bacia Leiteira. Logo na entrada, em pleno Comércio, encontra-se a imponente Matriz de Nossa Senhora da Penha, um dos motivos de orgulho do cacimbiense. O movimento maior do seu intercambio é mais com Palmeira dos Índios de onde foi emancipada. Em direção à Maceió, vamos encontrar logo após Cacimbinhas, o seu povoado Minador do Lúcio, Minador ou Minadorzinho, cortado pela BR-316, cujo espaço dali para Palmeira dos índios, costumamos chamar de travessia. Agradável é a permanência pesquisadora na cidade e arredores, sempre provando um queijinho fresco ou ouvindo um aboio de vaqueiro.
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