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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

ACONTECEU NA AVENIDA

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.769

Perto do Centro Comercial de Santana do Ipanema, foi aberta há muito, a Avenida Nossa Senhora de Fátima e inaugurada (ninguém sabe disso), pelo cidadão chamado Luís Fumeiro, o mesmo que fundou o time do Ipiranga, o bloco dos cangaceiros e a Avenida Pancrácio Rocha. Quando falamos em inauguração, queremos dizer que foi ele o construtor das primeiras casas de ambas as avenidas. A Nossa Senhora de Fátima, recebeu de Luís Fumeiro (entrevista no “Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”) as cinco primeiras casas da sua formação. E nesta mesma via foi construído um prédio especial com três compartimentos para receber a Empresa de Força e Luz, com força motriz. Depois que o prédio ficou ocioso, foi ocupado pelo Tribunal do Júri e depois pela atual Câmara de Vereadores.
Pois foi, então, no espaço da Câmara de Vereadores Tácio Chagas Duarte – cujo nome não consta na fachada do edifício – que aconteceu no sábado passado o lançamento do livro Antologia, pelas organizadoras Kélvia Vital e Lícia Maciel, através da União Sertaneja de Escritores. Com a elite de escritores dos sertões, alagoano, sergipano e baiano, presentes, o evento teve início às nove horas e se prolongou durante toda o tarde, cheio de atrações tão coruscantes tal qual o Astro Rei que brilhava nos céus da terra de Senhora Santa Ana. Foi um prazer enorme em estar representando o nosso torrão com a palestra “A Gênese de Santana do Ipanema”, no que se refere ao aspecto habitacional e sua expansão.
Em vista de compromissos assumidos anteriormente, não tive o prazer de conviver com tantos intelectuais durante o turno vespertino, mas bastou à manhã para constatar a organização, a grandeza dentro da simplicidade, o encontro da nata literária de dezenas de escritores e convidados ilustres que até as próprias letras foram ofuscadas. O que dizer diante de tão magnífica efeméride, se não parabenizar, encorajar e esquentar as mãos de tantos aplausos às duas jovens Kélvia Vital e Lícia Maciel? Agradecemos em público pela oportunidade da apresentação na orelha do livro “Antologia”, pelo espaço da crônica no compêndio: O Carro de Zé Limeira e pela palestra ministrada no início dos trabalhos.
Vida longa às fruteiras e aos frutos.


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ONTEM, 29 DE OUTUBRO DIA DO LIVRO

Por Adauto Silva

Hoje, 29 de outubro, dia nacional do livro, e na oportunidade indico o livro "LAMPIÃO EM 1926", onde o escritor Luiz Ruben F. A. Bonfim, trás o histórico depoimento do homem que escreveu a patente do "Rei" do cangaço... Acompanhem !

JORNAL A TARDE, DE 21 DE SETEMBRO DE 1933

O FUNCIONÁRIO QUE ASSINOU A PATENTE DE LAMPEÃO REVIVE A CENA PARA “A TARDE” – “LAVRARIA ATÉ A DEMISSÃO DO PRESIDENTE”
O tribunal eleitoral, por ser um lugar de trabalho, oferece sempre novidades para atrair a reportagem. E, ontem, quando o repórter lá chegou, farejando alguma nova, os funcionários faziam a “vaca” para o café. A coleta era feita por uma funcionária. E, assim, mesmo os mais “casquinhas”, não podiam furtar o seu concurso para a verba extra...

O café, porém, além do seu sabor, é pretexto para um minuto de folga e de prosa, justo descanso, entre horas de trabalho.

E como conversa puxa conversa, fomos até as proezas de Lampeão, quando um dos presentes lembrou:

- Olhe, o Uchoa foi quem lavrou a patente de capitão de Lampeão.

- O Uchoa?

- Sim. Quero ver pergunte-lhe?

E o repórter, como se nada quisesse, indagou ao Sr. Pedro de Albuquerque Uchoa, funcionário da secretaria do Tribunal, se era verdade ter sido ele o escrivão da patente do célebre bandido.

- Fui eu mesmo quando estava no Juazeiro, no Ceará.

- Mas isso deve ser interessante...

Magnífico assunto para uma reportagem.

O funcionário não se fez de rogado e contou:

- Imagine o senhor que eu era Ajudante de Inspetor Agrícola, no Juazeiro, e muito amigo do padre Cícero, que todo dia ia, ao meio dia, dar um cochilo em nossa casa, cujo terreiro ficava repleto de retirantes e romeiros à espera da benção do velho padre. Assim se passavam as coisas, quando um belo dia, uma noite, aliás, eis que batem à minha porta. Abro. Eram dois jagunços, armas a tiracolo, encourados, cheios de medalhas, que me intimaram: -“Meu padrinho está chamando o senhor com urgência”. Vesti-me e encaminhei-me para a casa do padre Cícero.

Lá chegando o padre me informou:

- Aqui está o capitão Virgolino Ferreira. Ele não é mais bandido. Veio com cinquenta e dois homens para combater os revoltosos e vai ser promovido a capitão. Fiquei perplexo, informa-nos o Sr. Uchoa.

- E então?

- Não sabia que tinha eu com o caso, quando o padre me ordenou:

- Olhe o Sr. Vai lavrar a patente de capitão do Sr Virgolino Ferreira e de tenente do seu irmão.

- Mas eu não posso, informei.

Nesse momento, o irmão de Lampeão interveio:

- Não. Se meu padrinho está mandando é que o senhor pode.

E padre Cícero, dirigindo-se para o nosso entrevistado, acrescentou:

- O senhor é a mais alta autoridade federal daqui e por isso é a pessoa competente para lavrar a patente. Pode escrever o que vou ditar. E ditou os termos em que, pelo governo federal era concedida a Virgolino Ferreira a patente de capitão do exército por serviços prestados à República! No fim ordenou: - agora assine.

Relutei um pouco, diz-nos o Sr. Pedro Uchoa, mas a situação não era de brinquedo e assinei a patente. Lampeão passava a ser capitão do exército! (N.A.: capitão do Batalhão Patriótico do Juazeiro).

O padre Cícero entregou-lhe, então, o documento. E o bandido, ajoelhado, beijou a batina do padre Cícero, comprometendo-se a proceder bem. Em seguida, recebeu armas e munições. Feito isso, ainda noite, retirou-se com os seus homens. Era o novo capitão do exército em perseguição aos revoltosos.

Aí está a história da patente de Lampeão...

E o Sr. Uchoa, passando a mão pelos cabelos pretos, concluiu:

- Depois o ministro da Agricultura perguntou-me porque eu fizera isso e eu respondi: - Naquele momento, eu lavraria até a demissão do Presidente da República.

PS: Esses e outros episódios interessantíssimos, você encontra no mais recente trabalho do escritor Luiz Ruben, “ LAMPIÃO NO ANO DE 1926”

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NA HORA DA FÉ MAIOR

*Rangel Alves da Costa

Sertão. O sol já arribou de vez. Sua última labareda avermelhada acabou de abrasar. O pôr do sol já se pôs com seu ninho e tudo. Os horizontes já não estão mais pincelados de fogo e vermelhidão. Agora tudo cinzas e sombras. Tudo amarronzado e nuvioso. É boca da noite.
Boca da noite que no sertão principia o verdadeiro anoitecer. É a partir da boca da noite que chega a escuridão, que faz toda a paisagem se alongar em cores negras, mas que logo serão tingidas pelo dourado da lua.
Um chamado à lua que já desponta faceira. Chega distante, pequenina, devagar, para logo engrandecer como as paisagens sertanejas ao silêncio do anoitecer. Lua imensa, brilhosa, bonita, uma festa lá em riba, uma festa por onde avança sua singela luminosidade.
Não há mais cacarejo de galinha, não há galo azucrinando a vida no poleiro. As festas de quintal e cantos de cerca já cessaram de acontecer. O cachorro repousa num canto. Pela janela aberta o frescor do instante vai ameaçando apagar o candeeiro.
Candeeiro de pouco gás, fumaça escurecida saindo do bico enferrujado, também pouca luz, por isso a porta aberta para a lua entrar com São Jorge e tudo. Mas não há lua maior, não há brilho maior, não há chama maior, que a luz da vela acesa.
Assim que o sino da igreja da memória ecoa - pois há na memória um relógio que nunca se esquece de badalar - eis o instante de Mariazinha caminhar em direção ao seu canto de parede e aí, aos pés do velho oratório, se ajoelhar para a oração de todo dia.
Canto de parede da sala de cipó e barro ou no cantinho do pequeno quarto de dormir, sempre um velho oratório por cima de mesinha rústica ou mesmo tronco de madeira já carcomido de tempo. Aí colocado o céu, a casa de Deus, o portal da salvação de um povo.
Oratórios ainda continuam de maior abnegação religiosa. Atualmente não, mas noutros idos não havia casa que se prezasse que não tivesse uma igrejinha de madeira, de portas e lados envidraçados, guarnecida de santos, fitas e lembranças religiosas, o oratório.
Entre aqueles de fé maior, o oratório constitui verdadeiro templo sagrado, uma moradia santa na vida terrena, um altar para santos e anjos em meio ao lar familiar, um pedestal de madeira onde Deus possui seu trono perante o frágil humano.
Assim, em determinados instantes do dia, principalmente ao alvorecer e ao anoitecer, mas também ao meio-dia, dirigir-se ao oratório e perante ele se ajoelhar é como estar numa igreja, é como estar ao portal do céu, é como estar perante os sagrados mistérios.
Mariazinha, de raiz fincada no beatismo, na devoção religiosa maior, também possuía o seu céu ali num cantinho do quarto pobre de sua humilde moradia. Oratório herdado de sua mãe, e a esta chegado desde sua avó. Naquele pequeno céu a sua relíquia maior.
Céu de madeira e antigas imagens sacras que todo santo dia recebia a visita de Mariazinha. Não saía do quarto ao alvorecer sem antes se ajoelhar aos seus pés, fazer as costumeiras orações, pedir por si mesma e pelos seus, agradecer os préstimos recebidos.
Mas nada igual à visita que fazia quando a boca da noite chegava, depois que o sino da memória anunciasse a hora sagrada, a Ave Maria sertaneja, o ponteiro das seis horas da noite. Era como se a partir desse instante seus passos já não soubessem ir a outro lugar senão perante o altar de seu oratório.
Mariazinha não arreda nunca deste encontro sagrado. Corre de onde estiver para não perder seu mistério de fé. Nada que estiver no fogo de lenha consegue impedir que aquele instante seja mais importante do que tudo na vida. Que queime o toucinho, não o desejo da sagrada presença.
Segue, vai, corre, mas de repente já está dentro do quarto, ajoelhada, contrita, com as mãos entrelaçadas junto ao peito, olhos fechados e boca sussurrando palavras de fé, de repente, ao abrir os olhos, diante de si a face de Deus. Sim, a face de Deus na luz da vela acesa.
Mistério maior dos maiores mistérios. Em toda vela acesa pode ser avistada a face de Deus. Não que o olhar humano assim consiga avistar, mas pelo que os corações humanos conseguem avistar. A face de Deus somente avistada pela inabalável fé através dos olhos do coração.
Mãos que seguram rosários, terços, relicários. Bocas que silenciam e que gritam em silêncio, que apenas sussurram ou dizem as rezas, as orações, os rogos, os pedidos. Mas somente o coração consegue avistar a face de Deus perante a vela chamejante da fé.
Uma face sagrada que é assim avistada por que a fé e a devoção chamam o Senhor para além do olhar, para bem juntinho do coração!

Escritor
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14 DE OUTUBRO DE 2017

Por Manoel Severo

O sábado, dia 14 de outubro de 2017 marcaria um dos momentos mais importantes de toda a trajetória do Cariri Cangaço. Durante todo o dia teríamos a oportunidade de nos unir às celebrações pelo Centenário de um dos cenários mais preciosos da historiografia do cangaço, no município de Floresta, o emblemático Distrito de Nazaré.

Desde a chegada da Caravana Cariri Cangaço pela manhã à Vila de Nazaré do Pico até os últimos raios de sol daquele dia inesquecível; quando a programação do Cariri Cangaço Floresta 2017 nos trouxe ao berço dos Nazarenos; tivemos a oportunidade de "mergulhar" na história e no extremo significado de toda luta travada por este povo guerreiro e destemido, reconhecido e respeitado por todos que pesquisam a saga do cangaço.

Eram cerca de dez horas da manhã quando a Caravana Cariri Cangaço composta por mais de 200 convidados chegou a Nazaré. A recepção extraordinária promovida pelo povo nazareno; representado ali por suas famílias mais proeminentes, pelos pequenos alunos das escolas Terezinha Lira e Domingos Soriano, pela banda de musica municipal; já nos davam o tom de como seria o a celebração de seu Centenário, dentro do Cariri Cangaço.

VEJA COMO FOI A RECEPÇÃO AO CARIRI CANGAÇO EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE NAZARÉ EM:


http://cariricangaco.blogspot.com.br/2017/10/cem-anos-de-nazare-cariri-cangaco.html

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PELA SAÚDE DA MULHER - POEMA: EVITE O CÂNCER DE MAMA

Por José Ribamar Alves

Tudo que Deus fez ficou
Perfeitamente perfeito!
Mas ao criar a mulher
Caprichou tanto dum jeito
Que depois atentamente,
Olhou, mas não viu defeito.

Ainda deu-lhe uma graça,
Mas uma graça sem par!
A de nascer pra ser mãe
E além de ser e amar
Eternamente seu filho,
Proteger e perdoar.

Mas pra ser mãe é preciso
Ser no mínimo responsável,
Cuidar da própria saúde
De uma forma louvável
Pra manter seu corpo bem
E o do bebê saudável.

Para não sofrer mais tarde
Evite o câncer de mama,
É muito bom prevenir-se.
Quem se previne, se ama,
Quem não se ama, se entrega
A esse mal que inflama.

Faça seu auto-cuidado
E o SUTIÃ ROSA, vista.
Se tem mais de 20 anos
Procure um mastologista.
Das portadoras de câncer
Não seja uma da lista.

Saiba que essa doença
Não costuma apresentar
Sintomas no seu início,
Por isso é bom se cuidar
Pra esse mal no futuro
Não lhe trazer mal-estar.

Evite perder um seio
Isso é bom, vê se acredita!
Se apalpe, vá ao médico;
Faça a ele uma visita,
Duas vezes todo ano;
Pra continuar bonita.

Não há nada mais bonito
Neste mundo pra se ver
Que uma mulher saudável,
Sem marcas de um padecer,
Capaz de fazer alguém
Lhe contemplar sem querer.

Ainda tem um detalhe,
O corpo que Deus nos deu
É o templo do espírito;
Cuide muito bem do seu,
Tente mantê-lo sadio
Do jeito que o recebeu.

Permita seu companheiro
De sonhos, lhe ajudar
A descobrir se tens nódulo,
Não faz vergonha deixar,
Se pelos dois procurado
É mais fácil de achar.

Com esse procedimento
Nada você encontrando,
Tem mil e tantos motivos
Para viver gargalhando
De tanta felicidade,
Sempre com Deus no comando.

Faça por sua saúde
Tudo que achar que é bom.
Ser amante de si mesma
Aqui na terra é um dom.
Mulher sem câncer de mama
É mais mulher do que com!

Mossoró-RN, 24-10-2017.


                                                (Foto 2016)
BIOGRAFIA

José Ribamar de Carvalho Alves, é cordelista, cantador, repentista, músico, poeta, e escritor de bancada.Nascido em 16 de março de 1962, na Fazenda Solidão, Caraúbas/RN. Filho de José Alves Sobrinho (In Memorian) e Rosa Maria de Carvalho, ambos conhecidos como Zé Alves e Dona Rosa, exemplos de seres humanos e cidadãos.

Antes de completar um ano de idade, José Ribamar, foi levado pelos pais para morar com eles no Sítio Boa Vista, município de Severiano Melo-RN. Foi lá onde recebeu as primeiras lições do alfabeto, de sua madrinha Ceci Ferreira, que ensinava em sua própria residência, isolada da comunidade Boa Vista. Quando fazia o primeiro ano primário em um grupo escolar do referido Sítio, foi afastado da escola para ajudar seu pai no trabalho da roça. E foi no Sítio Boa Vista, que o poeta viveu sua mocidade.

LIVROS:

Meia Dúzia de Cordéis (2006) Brinquedos do Pensamento (2007)
Espelho de Carne e Osso (2011) Chorando na Chuva (2012)
Pela Vida do Planeta (2014) Solidão Noturna (2015)
Viagem Sem Passos (2016)

ESTORINHAS INFANTIS:

01-O menino bonzinho e o Peixinho falante (Publicado-2016)
02-Sonhos de criança
03-A galinha castigada
04-O boi que dizia não
05-A conversa da Cabrinha com a amiga Vaquinha
06-Papagaio de papel

ALGUNS FOLHETOS DE LITERATURA DE CORDEL

Armadilha do destino, Confusão no cemitério,
Escolhas das mãos humanas, Mistérios de um transplante,
Debate do professor com o pai do estudante, A outra face da fé,
Escravidão de menores, Pela vida do planeta, Visões da vida,
Vozes do além, A trajetória cristã de João Paulo II, A mãe do filho do lixo,
Documentário da vida de Elizeu Ventania, Premiado pela sorte,
A resistência do povo de Mossoró ao cangaço, Deveres do cidadão,
A virgem de Siracusa e seu exemplo de fé, Prevenção da próstata,
Viva nossa caatinga.

CANÇÕES:

Alienação, Amor de costureira, Calúnia, Conclusão, Coração sem controle, Esperança de amor, Falta de chances,Grão de esperança, Ilusão de amor, Induzimento, Mentira e ciúme, Mulher carente, Na lama do pecado, Paraibana, Um ano de saudade e Viva o nordeste.

TRABALHOS DE SUA AUTORIA NO YOU TUBE

CANAL:Poeta José Ribamar-Poema e Canções
01-Servidão Comum: 27-01-2015
02-Saudade Ferina: 27-01-2015
03-Espelho de Carne e osso: 02-02-2015
04-Grão de Esperança: 05-02-2015
05-Induzimento: 05-03-2015
06-Paraibana: 07-03-2015
07-Falando do meu sertão: 13-03-2015
08-Viva o Nordeste: 28-03-2015
09-Conclusão: 10-04-2015
10-Na Lama do Pecado: 05-03-2016
11-Os Defeitos do Homem: 15-02-216
12-Mentira e Ciúme: 11-06-2016
13-Fama de Vaqueiro: 18-06-2016
14-Calúnia: 13-08-2016.
15-Coração Sem Controle: 27-08-2016
16-Milgres de Jesus: 08-10-2016
17-Desigualdade: 22-10-2016

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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JARARACA SANTO OU BANDIDO?

Por Junior Almeida

Lampião e seus cabras andaram centenas de quilômetros do Nordeste onde roubaram, queimaram propriedades, violaram donzelas, mataram inocentes, sequestraram... Enfim, aterrorizaram o povo.

Jararaca, um dos seus cabras mais cruéis, foi baleado e preso durante a tentativa de invasão a Mossoró, no Rio Grande do Norte,em 13 de junho de 1927.


Após ser preso Jararaca foi assassinado covardemente, e a história da heroica resistência de Mossoró foi de certa forma manchada.

O prefeito Rodolfo Fernandes foi o homem que não se curvou às ameaças do Rei do Cangaço, organizou a resistência e expulsou o temido bando, salvando a cidade.

Atualmente o Memorial da Resistência, naquela cidade, dispõe de um gigantesco painel com a imagem dos cangaceiros, dando a impressão à primeira vista que aqueles foram os heróis do sangrento conflito, e uma imagem bem menor do prefeito e sua resistência.

Para melhor formar a sua opinião assista os dois vídeos nos links abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=eaV-P5BeQr8 
Noventa anos depois daquele dia, no cemitério da cidade, o túmulo de José leite de Santana, o Jararaca, é visitado como se ele fosse um santo.

Devotos acreditam que o pernambucano de Buíque alcançou a santificação pelo seu martírio, e vêm de longe para pedir e agradecer as supostas graças a “São Jararaca”. No dia de finados existem filas e mais filas para visitação da catacumba do cangaceiro no campo santo de Mossoró.

Para melhor formar a sua opinião assista os dois vídeos nos links abaixo: - https://www.youtube.com/watch?v=Ge-wsMy2j5Q

Será que as pessoas têm razão e Jararaca é Santo por que foi martirizado? Ou deviam ser gratas mesmo ao prefeito Rodolfo Fernandes, esse para muitos o verdadeiro e grande herói de Mossoró?

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LAMPIÃO 100 ANOS DO PÉ DE UMBÚ CAJÁ PLANTADO

https://www.youtube.com/watch?v=5uARbfHunV8

Raul Meneleu Mascarenhas

Visita a propriedade Poço do Negro, segunda morada de Virgulino Ferreira, O Lampião. 

Descerramento da placa dos 100 anos do Umbu-cajá plantado pela família Ferreira. Link para o relato sobre Ezequiel https://www.youtube.com/watch?v=Rd8Qu...

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Postado por Cariri Cangaço

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PROFESSOR BENEDITO VASCONCELOS MENDES PARTICIPA DA SESSÃO MAGNA DA ACJUS

Por Benedito Vasconcelos Mendes

PROFESSOR BENEDITO VASCONCELOS MENDES PARTICIPA DA SESSÃO MAGNA DA ACJUS-Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró, realizada ontem (28-10-2017), no Requinte Buffet, onde fizeram os elogios aos seus Patronos os Acadêmicos Élder Heronildes da Silva e Zélia Macedo Heronildes. 


Após a Sessão Magna, a Acadêmica Zélia Macedo lançou o seu livro "A Crônica Social do meu Tempo". A apresentação protocolar de Élder Heronildes foi feita pelo Pres. da ACJUS José Wellington Barreto e a de Zélia Macêdo por Taniamá Vieira Barreto. 


O Patrono da Cadeira 12, ocupada por Élder é o Escritor João Batista Cascudo Rodrigues e o da Cadeira 31, onde foi empossada Zélia Macêdo é a poetisa Maria Sylvia de Vasconcelos Câmara. Um dos pontos altos da referida sessão foi a apresentação do Coral Incanto, do qual fazem parte três Acadêmicos da ACJUS: Paulo Fernandes, Welma Menezes e Jane Menezes.


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DEPOIMENTOS - LAMPIÃO E CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=ajdmpHiZKso

Depoimentos colhidos entre 1997 e 1998.
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RENASCIMENTO DO SERTÃO

Por Luiz Otavio Cavalcanti

O que é capaz de juntar Portinari, José Lins do Rego, Glauber Rocha e Ariano Suassuna? E mais o cinzento da caatinga e o colorido da cidade?

Ao longo do tempo, consolidou-se o cangaço, como insubmissão social. E praticou-se imprevisível aliança politica entre cangaço e setores da elite rural. Na pratica, aliança do arcaico contra o moderno, do mundo sertanejo contra o universo litorâneo. Da crendice do império contra a República anti religiosa.


O cangaço foi fato social e político que passou pelas páginas policiais. E, um século depois, virou moda, vestuário, passarela, comércio, tema. Símbolo e inspiração. Os insurgentes deixaram de ser bandidos para serem modelos temáticos de designers e estilistas de moda.

O temor a Lampião, Corisco, Jitirana, Mourão, Sereno, virou marca de roupa. O que era pipoco de arma virou faturamento. O binário tac tac do winchester transformou-se em dígito de calculadora. O quaternário prá prá prá prá da Mauser corporificou-se em nota fiscal. Há inimaginável precedente: Lampião usava perfume Fleurs d’Amour, de Roger Gallet. Tomava uísque White Horse. E vestia lenço de pura seda.

Os bordados dos embornais formavam profusão de cores: amarelo sobre azul, azul claro sobre azul escuro, vermelho sobre roxo, cromatismo vivo sobre o cáqui. Cores sobre o cinzento da caatingare. Floral sobre o mandacaru. Carnaval oculto nas dobras de tecidos. O embornal de Maria Bonita era um arco íris bordado cuidadosamente a duas linha, pelo próprio Lampião, tinha monograma e botões em casas embutidas.

E o punhal? Onipresente na cintura, na luta e nas fotografias?

João Cabral de Melo Neto o descreve muito bem:

“Esse punhal do Pajeú, faca de ponta só ponta, nada possui de peixeira, ela é esguia e lacônica. Se a peixeira corta e conta, o punhal do Pajeú, reto, quase mais bala que faca, fala em objeto direto”.

O cangaço tornou-se referência, mesmo arcaico. Mas foi além do meramente popular. Porque incorporou, na fonética do poder, o tom do fazendeiro. E mais: enraizou-se no inconsciente coletivo do nordestino. Virou marca, símbolo atemporal. Mostrou orgulho. E exibiu a estética própria da insurgência.

O cangaço nunca foi utopia. Não tinha doutrina política. Nem ideologia. Não bancava projeto de poder. Exercia certo naturalismo social. Não se ocupava do futuro, não tinha plano nem programa de ação.

E, não mais que de repente, no ocaso do século 20, na esquina do devir tecnológico, mais que lógico, ressurgem o cangaço, renasce o sertão. Vem macio como a roupa que vestimos. É completamente soft como o silente reino virtual. Está nas páginas das revistas, é fashion. O cangaço agora é roupa, moda, software, designe, estilo. Sem deixar de ser o que sempre foi. Marca de uma região, símbolo de insubmissão, signo de cultura, cor que ressalta, sal que tempera.

Ora viva ! O cangaço não é mais perseguido, é exaltado. Não é mais Proscrito, é declarado. Sua beleza não é mais oculta, avulta, cresce. Não é mais lua noturna, É sol, quente, forte, escol. Saiu da caatinga. Foi parar nas passarelas.

Fonte: Revista Algomais

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PROFESSORA SERGINA LEÃO DE MOURA PINTO

Por Lindomarcos Faustino

Sergina Leão de Moura Pinto – Nascida na cidade de Mossoró, no dia 07 de agosto de 1911; filha de Raimundo Leão de Moura e Francisca Leão de Moura. 

Faleceu no dia 28 de novembro de 1995, na Casa de Saúde São Lucas, em Natal-RN e foi sepultada no Cemitério do Alecrim, na capital potiguar.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Dona Sergina Leão foi uma das mais competentes professor da cidade de Mossoró. Tive o privilégio de ser seu aluno na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" e Mossoró nos 60, ela ensinava geografia, mas no curso ginasial, que apesar de ser uma escola técnica, ela mantinha o curso ginasial de 5ª a 8ª séries. 

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