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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CARIRI CANGAÇO 10 ANOS



O Brasil volta seus olhos para o Cariri do Ceará..
Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Barro e Lavras da Mangabeira: Uma verdadeira Festa da Alma Nordestina...

24 a 28 de Julho de 2019
Cariri Cangaço 10 Anos


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SILA FALANDO SOBRE A FUGA EM BUSCA DA VIDA... E A PERDA DA VIDA DE ENEDINA.


Por Sálvio Siqueira

A historiografia humana tem por concepção um emaranhado de fatos que só através de detalhes individuais, conseguimos desenrolar tal “novelo” histórico.

A história do Fenômeno Social Cangaço, fato ocorrido entre os anos de 1756 e 1940, não fugiu a regra. Jamais é uma exceção e, por isso mesmo, não foi, é ou será fácil contá-la pormenorizadamente.

Apesar de o fenômeno ser secular, os pesquisadores/escritores/historiadores se detiveram tão quase só, e exclusivamente, em seus derradeiros anos. A saga ou história do último grande chefe cangaceiro, Virgolino (Ferreira), o Lampião foi, é e acredito que será, a parte mais explorada.

Mesmo sendo a parte mais recente, historicamente falando, a história do cangaço lampiônico encontra-se retalhada em controvérsias entre as entre linhas de inúmeros livros, infelizmente. Além disso, de certo tempo para cá, ultimamente mesmo, estão fazendo da história de um povo uma verdadeira desmoralização mostrada em vídeos. Essa falta de respeito com a história torna-se mais grave, isso devido ao veículo de distribuição usado, redes sociais. O qual abrange uma quantidade enorme de pessoas que vão assimilando um conteúdo totalmente, ou mesmo em parte, fora do contexto histórico. O/ ou os produtores de tais vídeos não estão nem aí para com a responsabilidade histórica. Estão usando, literalmente, o “Cangaço Meio de Vida”, pois ganham em dólares pelas visualizações. Tão descarados são que ainda pedem, até de uma maneira cômica, que aqueles que assistem contribuam, doem o que quiserem. Produzem quadros, molduras, copiadas de registros históricos, porém, muitos que não fazem parte do Fenômeno Cangaço são, ou foram vendidos como tal. Um assalto ao leigo.

Pois bem, como nem todos tem essa mania de ser irresponsável, de ludibriar as pessoas em busca de um estrelato forçado e comprado, o pesquisador cearense Aderbal Nogueira vem a várias décadas construindo um acervo de entrevistas com remanescente da história. Basta vermos os vídeos produzidos, editados pelo pesquisador citado para notarmos que a principal meta é a história e aquela pessoa que fez parte dela. Quando muito escutamos sua voz fazendo perguntas, porém, jamais autopromove sua imagem. A seriedade do pesquisador nos leva a pararmos e, porque não dizer, repensarmos em muito daquilo que lemos e debatemos ao longo dos anos de estudos.

https://www.youtube.com/watch?v=LPsYUt4nVUI

Uma das cangaceiras que tombaram na manhã do fatídico dia de quinta-feira, 28 de julho de 1938, no ataque da Força Pública alagoana ao acampamento do bando de Lampião, na fazenda Forquilha, mais precisamente no leito e em volta do riacho Tamanduá, dito, escrito e divulgado “Riacho Angico”, chamava Enedina. Enedina foi vítima de um projétil de fuzil que dilacerou, propriamente, a parte posterior da sua cabeça. Deixando sua face intacta, seu crânio foi totalmente destruído. Quanto mais distante se encontrar o alvo, mais a bala do fuzil aumenta seu estragado devido a velocidade que pega. Ao penetrar no alvo, o projétil fica contrário a trajetória e, ao sair do lado contrário ao que penetrou, faz um rombo disforme e bastante grande. Como a formação óssea do crânio é constituída, em sua maior parte, por ossos denominados de “chatos”, aonde são interligados por ‘suturas’, isso para que a caixa craniana em seu interior conserve, preserve e acomodo o cérebro, é oca. Nada tem de obstáculo como impedimento para um projétil calibre 9mm.

A ex cangaceira Sila, em entrevista, referiu que “os miolos da cabeça de Enedina caíram em suas costas”. Essa declaração não quer dizer que as duas estavam bem próximas nem tão pouco na mesma linha de fogo. O terreno por onde a fuga se deu é íngreme, portanto, um alvo nunca está na mesma que outro, mesmo estando próximos.

Eu, particularmente, acredito na versão citada por Sila sobre os detalhes de resíduos do cérebro, e tecidos do crânio de Enedina tenham sido esparramados em suas costas.
Mais uma produção e edição com a marca Aderbal Nogueira

YOUTUBE.COM

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NO ANO DE 27 OS CORONÉIS EM PÉ DE GUERRA ASSOMBRARAM O SUL DO CEARÁ.

Por Jose Francisco Gomes De Lima e Bruno Yacub
 Eu junto com o pesquisador e amigo Bruno Yacub

Nomes como Coronel Santana, Antônio da Piçarra, Chico chicote, Horácio grande, Moreno e o próprio Virgulino fizeram atuações decisiva para o Cangaço e para o coronelismo na região.


Fizemos um trabalho de pesquisa e registramos em vídeo e fotos um pouco da trajetória das guaribas e o fim de Chico chicote no dia 1 de fevereiro de 1927.



Muito obrigado meu amigo Bruno.

Deus ti abençoe muito.

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/permalink/635356090268904/

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PALCO DE LUTAS

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.069

 Sob temperatura de moer gente vamos passando na Praça dos Martírios. Não tem como não lembrar as bravas e renhidas batalhas travadas naquele logradouro. Tempos duros, difíceis, perigosos onde tivemos que desaguar nas batalhas inesquecíveis do SINTEAL. Governadores desalmados pressionando a categoria através de políticas mesquinhas e escravocratas. SINTEAL, cabeça erguida com uma Alba Correia, um Milton Canuto, uma Jarede Viana... E nós, da Sede de Santana do Ipanema, engajado nas lutas ferozes com o trio da primeira diretoria, professores Clerisvaldo Braga das Chagas, José Maria Amorim e Tadéia Macedo. Praça lotada, carro de som bradando e uma categoria intimorata gritando slogan. Lutas e lutas empolgantes contra os tiranos da classe trabalhadora.

PRAÇA DOS MARTÍRIOS. (FOTO: B. CHAGAS).

          No interior também, muitas outras batalhas foram travadas contra os ambiciosos do poder. Não somente contras os senhores feudais, mas contra outra classe peste, os bajuladores do poder e amantes de carguinhos públicos. E lá mesmo, no interior, o professor José Maria Amorim, faleceu. A professora Tadéia foi embora e chegou a ser ameaçada, já depois de nossa gestão. Várias outras diretorias foram formadas na sede do SINTEAL, em Santana do Ipanema. Até hoje nem uma delas lembrou o trio pioneiro que nunca foi convidado para um “muito obrigado”. O que tiver de ser feito, façamos pelos nossos ideais, sem pensar em homenagem, reconhecimento... Troféus. Entretanto, fica seu orgulho para você mesmo e Deus, o único que não esquece os heróis da terra.
          E lá na Praça dos Martírios, mesmo com o abafado fazendo suco, passa rapidamente pela cabeça uma sucessão de rígidos episódios. Sol queimando e bandeirinhas a tremular. Palácio dos Martírios de tanta opressão e coisas escabrosas resolve expulsar seus ocupantes. Eles agora se abrigam por trás, no mesmo terreno, num tal Palácio República dos Palmares. Todo exterior envidraçado para ver sem visto as caras amarguradas dos que lutam pelo pão de cada dia. E a antiga e imponente sede feudal, vira museu, Museu Palácio Floriano Peixoto, onde as coisas invisíveis vagueiam. E o branco das paredes, dos muros, dos jardins, trazem lembranças das palavras de Jesus sobre os túmulos caiados.
          Sim, sertanejo é sábio: “andar para frente que atrás vem gente”.

Link para essa postagem

ANTÔNIO CONSELHEIRO EM SERGIPE

*Rangel Alves da Costa

Já estava na altura de seus 44 anos e 23 anos antes de sua morte no Arraial de Canudos, quando Antônio Vicente Mendes Maciel, o emblemático Antônio Conselheiro, passou pelas terras sergipanas, cruzando das Alagoas ao território baiano. Segundo Euclides da Cunha em seu “Os Sertões”, de Pernambuco ele passou ao sertão sergipano, mas certamente passando por território alagoano.
Ora, quando pisou em solo sergipano, lá pelos idos de 1874, foi exatamente às margens do São Francisco, em Curralinho, povoação ribeirinha em Poço Redondo, sertão sergipano. E no outro lado do rio está Alagoas. Acaso tivesse chegado pela região interior sergipana, atravessado os carrascais como depois fariam Lampião e seu bando, certamente que outras localidades teriam sido visitadas nos seus ofícios de pregação, de construção e reconstrução, de deixar marcos com feição religiosa na sua passagem.
O revoltado peregrino nasceu em 13 de março de 1830, na vila de Campo Maior, no município cearense de Quixeramobim, vindo a falecer a 22 de setembro de 1897. Inteligente, profundo conhecedor dos ensinamentos bíblicos, porém infortunado no amor, vez que sua jovem esposa o abandonou num gesto de traição, daí em diante procurou curar seus males interior e suas revoltas através de peregrinações, chegando a formar um séquito numeroso e de abnegada crença em seus poderes místicos e sagrados. Em Canudos, um arraial que chegou a ter mais de dez mil habitantes (falam em muito mais), e onde se findou sua  rebelde luta, restou plenamente demonstrada sua grandeza de líder.


Mas foi, pois, no ano de 1874, que o Conselheiro e seus fiéis seguidores marcaram passagem e presença no estado de Sergipe. Vindo de Pernambuco e passando pelas Alagoas, atravessou o Rio São Francisco, na divisa com Sergipe, e a partir do solo sergipano abriu caminho até a Bahia, onde passaria a atuar com mais veemência. Nas terras baianas, primeiro se fixam no norte, no Arraial do Bom Jesus (Vila de Itapicuru-de-Cima), em 1874, e depois no Arraial do Belo Monte, em Canudos. Também é dessa data, mais precisamente no mês de novembro, que o Jornal “O Rabudo”, editado em Estância, noticia a respeito do missionário nas terras sergipanas. Por aqui, sua alcunha era Antônio dos Mares. Diz o jornal:
“Há seis meses que por todo o centro desta Província e da Província da Bahia, chegado (diz ele) do Ceará, infesta um aventureiro santarrão que se apelida por Antonio dos Mares. O que, a vista dos aparentes e mentirosos milagres que dizem ter ele feito, tem dado lugar a que o povo o trate por S. Antônio dos Mares. Esse misterioso personagem, trajando uma enorme camisa azul que lhe serve de hábito a forma do de sacerdote, pessimamente suja, cabelos mui espessos e sebosos entre os quais se vê claramente uma espantosa multidão de bichos (piolhos). Distingue-se pelo ar misterioso, olhos baços, tez desbotada e de pés nus; o que tudo concorre para o tornar a figura mais degradante do mundo”.
No seu percurso, já acompanhado de fiéis, procurava estabelecer as diretrizes de um mundo nascido de sua imaginação, mas também reflexo da realidade encontrada na pobreza, nas injustiças e nas opressões nordestinas. Tendo como grande inspiração os feitos peregrinos do Padre Ibiapina, que realizava obras de caridade por onde passava, o Conselheiro se armou dessa força perante os humildes, sofridos e injustiçados sertanejos, para prosperar e cruzar caminhos com seu exército de fanáticos seguidores. Tarefa nem sempre fácil, pois perseguido, tratado pelas autoridades como um louco e até prometido para ser levado a hospício. Mas ele tinha um sonho, que era fundar uma comunidade solidária. Conseguiu, mas caro pagou pela sua afronta ao poder.
Nas suas andanças por Sergipe, o Conselheiro passou por Poço Redondo, Itabaiana, Riacho do Dantas e Cristinápolis, dentre outras localidades. Em artigo esclarecedor (“A Passagem de Antônio Conselheiro por Itabaiana”), o médico e escritor Antônio Samarone referencia Euclides da Cunha para dizer: “Dos sertões de Pernambuco passou aos de Sergipe, aparecendo na cidade de Itabaiana em 1874. Ali chegou, como em toda a parte, desconhecido e suspeito, impressionando pelos trajes esquisitos — camisolão azul, sem cintura; chapéu de abas largas derrubadas, e sandálias. Às costas um surrão de couro em que trazia papel, pena e tinta, a Missão Abreviada e as Horas Marianas”.


Noutras localidades sergipanas, também conhecida a passagem do revoltado cearense. Neste sentido a afirmação de José Calazans (“O Séquito de Antônio Conselheiro”, Revista FAEEBA, nº especial (Canudos), 2ª. ed.,jan / jun, 1995) de que em Sergipe o Conselheiro e seus fanáticos seguidores realizaram muitas obras, levantando muros de cemitérios, bem como construindo e levantando capelas. “Não foi bem sucedido em Simão Dias e Lagarto, onde os respectivos vigários José Joaquim Luduvice e João Batista de Carvalho Daltro (padre Data) proibiram suas prédicas”. Foi bem recebido, entretanto, na vila de Riachão do Dantas, onde pregou para uma multidão na Praça da Matriz. “Da Vila, seguiu para o povoado Samba, hoje Bonfim, também em Riachão, onde construiu a capelinha e o cemitério da localidade”. Diz ainda Calazans que foi de Riachão do Dantas que saiu o maior número de sergipanos que seguiram o Conselheiro.
Ainda que não tivesse se alongado por mais localidades, vilas e povoações de Sergipe, destas acorreram inúmeros seguidores às hostes conselheiristas. Conforme ainda afirma José Calazans, após a guerra de Canudos constataram que muitos enfermos eram oriundos de Itaporanga, Itabaianinha, Tobias Barreto (Campos), Geru, Cristinápolis (Vila Cristina). Somente os baianos superaram os sergipanos em número de seguidores. E tudo pela atração mítica, profética e até endeusada daquele Santo Imundo. Talvez um lunático, mas certamente um visionário.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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O RELATO DE UM COITEIRO DE CORISCO SOBRE A CHACINA DA FAMÍLIA DO VAQUEIRO DOMINGOS VENTURA


Por Sálvio Siqueira


OS PESQUISADORES SÉRGIO DANTAS E Geziel Moura LASCARAM OS PEITOS NA MATA BRANCA E FORAM VISITAR O COITEIRO "CADIM MACHADO" NO SERTÃO ALAGOANO. 

LÁ, CONSEGUIRAM ENTREVISTAR A PERSONAGEM HISTÓRICA, O EX COITEIRO DO CHEFE CANGACEIRO CORISCO, E FICARAM COM UMA RELÍQUIA GRAVADA PARA POSTERIDADE.

GENTILMENTE O AMIGO GEZIEL EDITOU PARTE DA GRAVAÇÃO E NOS PRESENTOU ATRAVÉS DO YUTUBE.COM

ESCUTEM O QUE DIZ UMA PESSOA QUE FEZ PARTE DO FENÔMENO SOCIAL SOBRE O QUE FEZ O COITEIRO JOCA BERNARDES AO MENTIR QUANTO A TRAIÇÃO QUE LEVOU A MORTE DE LAMPIÃO, E A CHACINA QUE CORISCO ORDENA FAZEREM COM UMA FAMÍLIA QUE NADA TINHAM A VER COM ELA, TRAIÇÃO.

O RELATO DO COITEIRO DEIXA BEM CLARO COMO TUDO ACONTECEU. ELE DETALHA O LOCAL EXATO, COMO FORAM MORTOS OS FAMILIARES, QUEM FOI DENTRE OS CABRAS QUEM CORISCO DETERMINOU A ‘MISSÃO’, COMO FORAM PEGOS E LEVADOS, OS NOMES E SEQUÊNCIA E MUITO MAIS. QUE NÃO OCORREU TIRO ALGUM, QUE FOI USADO UM PORRETE PARA DAR UMA PANCADA NA NUCA DOS CONDENADOS E DEPOIS SUAS CABEÇAS DESCEPADAS... ENQUANTO ERAM MORTOS POR TRÁS DA CERCA DE PEDRA DO CURRAL NO OITÃO DA CASA, CORISCO PERMANECEU NA CASA.

APÓS AS CABEÇAS SEREM DECEPADAS, "CADIM" CONTINUA SUA NARRAÇÃO SOBRE O QUE FORAM FEITAS COM AS CABEÇAS DOS FAMILIARES ASSASSINADOS. AONDE FORAM ENTERRADAS AS CABEÇAS E TAMBÉM AONDE FORAM ENTERRADOS OS CORPOS.

NÓS QUE ESTUDAMOS O TEMA, TEMOS ATÉ QUE POR OBRIGAÇÃO ESCUTARMOS E ESCUTARMOS VÁRIAS VEZES ESSE DEPOIMENTO DO AMIGO CLÁUDIO ALVES, CONHECIDO COMO “CADIM MACHADO”.

ENTREVISTA CADIM MACHADO, ÚLTIMO COITEIRO DE CORISCO




https://www.youtube.com/watch?v=Vs9kLhbDokU&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3McSzw3_7fiTAX1jf8OV8B3qEZqOtK8-iOLLgTSxV19g50YeWG0Ww9zb8

Uma produção Geziel Moura

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/?multi_permalinks=636706876800492%2C636641866806993%2C636951970109316%2C636985850105928%2C636638710140642&notif_id=1551310688024689&notif_t=group_activity

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POLICIAL VOLANTE...X...CANGACEIRO..!


Por Voltaseca

Fonte: Revista Momento, ano 3, 1997.
OBS: ambos, já morreram.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1030627120472595&set=gm.636641866806993&type=3&theater&ifg=1

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ROTA DO CANGAÇO NA BAHIA

Por Sandro Lee
João Velho e Sandro Lee

Tive a honra de entrevistar o senhor João Velho filho de um dos maiores coiteiros de Lampião na região do Raso da Catarina, e dono de uma fazenda no povoado Caraíbas, onde Lampião e seus adeptos foram acoitados por várias vezes e vários dias antes da força policial começar a importunar a fazenda.


Fotos Sandro lee Carlos Alexandre e senhor João velho filho do coiteiro João da Crus povoado Caraíbas e Brejo do Burgo

Dentre os mais famosos cangaceiros que se deu Registro de passagem por lá foram: Corisco Ângelo Roque, Virgínio e o próprio Lampião. O coiteiro senhor João da Crus teve várias experiências com esse povo, tanto do lado dos bandidos como do lado das forças policiais. Um arquivo dolente e muito importante para a história. O antigo casarão ainda está lá e pertence ainda a família do mesmo.



Outro fato ilustre é o parentesco do senhor João da Crus com o ex-cangaceiro Barreira, aquele que em setembro de 1938. matou seu companheiro para se entregar a polícia em Pão de Açúcar.

O filho do ex-coiteiro o senhor João Velho me concede vários fatos ainda não visto sobre esse episódio. São muitas histórias ainda por vim.
https://www.facebook.com/sandro.lee.9883/posts/253709372185678?comment_id=253752052181410&reply_comment_id=253752438848038

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LAMPIÃO PADRE CÍCERO E DOUTOR FRORO BARTOLOMEU DA COSTA


Por Magérbio de Lucena
Acima: Esquerda João de Sousa Lima, Honório de Medeiros e Magérbio de Lucena

No dia 2 de janeiro de 1926, o deputado federal Floro Bartolomeu, eleito com os votos do Padre Cícero, chegava de trem a Juazeiro do Norte, designado pelo presidente da República, Arthur Bernardes, para impedir que a Coluna Prestes invadisse o Sul do Ceará. Vinha acompanhado pelo major Polidoro Coelho que, no mesmo dia, partiu para Campos Sales à frente de 360 soldados do Exército. Floro ficou no Juazeiro para organizar os chamados Batalhões Patrióticos, exército particular com mais de mil jagunços. No dia 9 de janeiro de 1926, a tropa irregular partiu para Campos Sales. Chegando àquela cidade, muito cedo, Floro desentendeu-se com o major Polidoro que retirou-se com sua tropa para Fortaleza, deixando os patriotas sozinhos para lutarem contra os mais de 2.000 soldados invencíveis da Coluna. Foi nesse momento de apreensão que o coronel Pedro Silvino, chefe do Estado maior de Floro, trouxe à sua presença João Ferreira dos Santos e seu irmão Ezequiel Ferreira. 

Lampião

João era um dos contratados para transportar os carregamentos de munição, mas o que era mais interessante é que ele era irmão do mais célebre dentre todos os cangaceiros do sertão, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. Chegou-se à conclusão que o cangaceiro, cujo nome era uma legenda de valentia, deveria ser convocado. O posto seria de capitão comissionado e, se bem sucedido na campanha, receberia do presidente da República o indulto pelos seus crimes. O convite veio de Campos Sales para Juazeiro, em mãos do rábula José Ferreira de Menezes. Lampião era muito sagaz e se, além da assinatura de Floro, a carta não tivesse a do Padre Cícero, ele jamais atenderia ao convite. Um dos empregados de João Ferreira, por nome Zé Dandão, viajou então para a Fazenda Piçarra, em Macapá, hoje Jati, onde morava Sebastião Paulo, primo legítimo de Lampião e juntos, com o convite a tiracolo, foram para o Pernambuco à procura de Lampião. Ainda hoje, há quem afirme que foi o tenente Francisco das Chagas o encarregado de procurar Lampião, o que não é verdade. Esse senhor ficou em Campos Sales e no dia 22 de Janeiro de 1926, quando a Coluna Prestes invadiu o Ceará pela região dos Inhamuns, participou da perseguição aos revoltos através do Ceará, Paraíba e Pernambuco indo encontrar-se com o célebre cangaceiro somente em fins de fevereiro daquele ano, quando então falou com Lampião sobre o assunto. No dia seguinte, Floro telegrafou para o rábula José Ferreira em Juazeiro: “comunique ao nosso amigo, que não é preciso mais Lampião, povo já seguiu perseguição revoltosos”. 

Floro Bartolomeu

No mesmo dia, gravemente enfermo, empreendeu sua última viagem, de Campos Sales para o Rio de Janeiro, aonde viria a falecer às 5 horas da tarde do dia 8 de março de 1926, com 50 anos de idade. Lampião recebeu o convite ainda em Janeiro. Conversou sobre o assunto com o célebre coronel Manoel Pereira Lins, vulgo Né da Carnaúba, líder da família Pereira do Pajeú, seu amigo, que confirmou a autenticidade do documento. Por isso, quando se encontrou, por acaso, com o tenente Chagas, que voltava com seus homens para Juazeiro, resolveu acompanhá-lo. Seria mais seguro ir àquela cidade em companhia de uma das tropas do Batalhão Patriótico. Por essa época, a Coluna Prestes já estava atravessando o rio São Francisco em direção à Bahia. No dia 2 de março de 1926, Lampião, vindo de São José de Belmonte, entrou no Ceará pelo distrito de Macapá, hoje Jati, aonde confraternizou com um destacamento da polícia do Ceará, sob o comando de tenente Veríssimo, que o presenteou com um Smith & Weston “novinho em folha”. No dia seguinte, amanheceram na Fazenda Piçarra, de Antônio Teixeira Leite, onde almoçaram mais de 100 pessoas entre cangaceiros e soldados do Tenente Francisco Chagas. Daí rumaram para o Sítio Laranjeiras, de Antônio Pinheiro, onde todo o grupo pernoitou. 

No dia seguinte, uma quinta-feira, ainda escuro, a tropa mista prosseguiu viagem para a serra-do-mato, do coronel Antônio Joaquim de Santana, amigo e coiteiro de Lampião. Ainda em Barbalha Lampião recebeu uma carta de Juazeiro do Norte enviada por um certo Dr. Pedro de Albuquerque que dizia não ser mais necessária a sua presença naquela cidade. O cangaceiro ignorou a mensagem e, à tardinha, chegou aos arredores da Meca do Cariri ainda acompanhado do tenente Chagas, ao todo 23 cangaceiros e mais de 70 patriotas. Acomodou-se, então, com seus homens, na Fazenda Nova, pertencente a Floro. O delegado local, sargento José Antônio da Coan, começou a reunir homens armados para atacá-lo, mas foi, de imediato, repreendido pelo Padre Cícero que lhe disse que Lampião estava ali a convite do Dr. Floro para prestar seus serviços ao governo federal. Na verdade, já se havia preparado, com antecedência, um sobrado na rua da Boa Vista para acomodar o bando. 

Na calçada em frente ficava a casa do seu irmão João Ferreira, casado com dona Joaninha, quase vizinho às casas de dona Maria Ferreira, sua irmã, casada com Pedro Queiroz, onde moravam também Ezequiel e Anália, solteiros, e de Angélica Ferreira, casada com um rapaz do Rio Grande do Norte chamado Virgílio Fortunato. Já tarde da noite, o bando veio hospedar-se no hotel improvisado que pertencia ao poeta João Mendes. Na noite seguinte, o Padre Cícero foi ao seu encontro, em um automóvel dirigido por Mestre Luiz, em companhia do rábula José Ferreira e de José Gonçalves, chefe de sua segurança pessoal. Depois de muito conversarem, o Padre mandou convidar o funcionário do Ministério da Agricultura, Pedro de Albuquerque Uchoa, pessoa muito querida da sociedade local, muito culto era, quase que o orador oficial de todas as solenidades importantes da cidade, para participar da reunião. Em uma folha de papel almaço foi elaborado um documento que nomeava Virgulino Ferreira da Silva capitão comissionado dos Batalhões Patrióticos. 

Tal patente seria obviamente de caráter provisório e teria a duração da finalidade e da existência dos referidos Batalhões. Na verdade, a patente era semelhante as que haviam sido entregues aos demais oficiais comissionados na época assinadas por Floro, mas como o deputado não estava presente, a mesma teve que ser assinada por Pedro Uchoa, único funcionário federal presente. Redigida em 5 de março de 1926, foi datada de 12 de março do mesmo ano, assim só teria validade quando o agora defensor da legalidade estivesse com seus homens longe do Juazeiro cumprindo a missão assumida, eufórico, mostrando por onde passava o documento que, para bem da verdade, esteve nas mãos de muitos homens de bem que confirmariam depois a sua real existência. Louvável a atitude do Padre Cícero sob todos os aspectos, senão vejamos: Como político, o referido sacerdote foi prefeito do Juazeiro de 1911 a 1929, com breve período de ausência durante o Governo Franco Rabelo. 

Correligionário do presidente Arthur Bernardes, e maior líder político do Ceará, não poderia deixar de lançar mão de todo e qualquer recurso necessário ao combate eficiente ao avanço da Coluna Prestes. Como amigo não poderia deixar de colocar sua assinatura ao lado da de Floro, a pedido deste, nem na sua ausência deixar de substituí-lo na recepção a Lampião, nem na concessão da patente por ele prometida. Afinal Lampião nas estradas era uma ameaça constante para milhares de romeiros que lhe faziam doações de centenas de contos de réis todos os anos para suas obras de caridade cristã. Existem estudiosos, no entanto que afirmam que um santo como o Padre Cícero seria incapaz de tal atitude e afirmam que tudo foi uma brincadeira urdida por Benjamim Abraão, secretário do Padre Cícero, e Pedro Uchoa para enganar Lampião. 

Floro e Padre Cícero

Na verdade ninguém no Juazeiro, por medo de Floro, por respeito ao Padre Cícero, enfim por termos de uma reação futura do Rei do Cangaço teria coragem de fazer tal brincadeira de mau gosto. Mas, voltemos ao fio à meada, no dia seguinte Lampião recebeu dezenas de fuzis do Exército e farta quantidade de munição, além da indumentária necessária e demais equipamentos indispensáveis a sua tropa. A tarde concebeu uma demorada entrevista ao médico cratense, Dr. Otacílio Macedo, irmão do brigadeiro Macedo, e se deixou fotografar com seus familiares e com seu bando pelo senhores Lauro Cabral de Barbalha e Pedro Maia do Crato. 

No dia seguinte, um domingo, deixou a cidade do Padre Cícero rumo a Pernambuco, passou pelo Caldas em Barbalha, por Jardim e, enfim, entrou na sua terra natal pelo município de Serrita. Agora acompanhado por quase 100 homens armados. Em pouco tempo desistiu de perseguir a Coluna Prestes, quando foi informado que, por uma boca só, todos os oficiais da Polícia pernambucana afirmava que o atacariam aonde quer que o encontrassem. Inconformado com a situação, o capitão Virgulino Ferreira atravessou novamente a fronteira para o Ceará para pedir o apoio do Padre Cícero, às 8 horas da noite do dia 8 de abril, acompanhado por oito homens e, a cavalo, atravessou o município de Barbalha em direção a Juazeiro do Norte e só na tarde do dia 10 de abril de 1926 estava de volta. Para a imprensa, o Padre Cícero, que vinha sendo muito criticado pela recepção ao cangaceiro, afirmou que se recusara a recebê-lo embora admitisse seus bons propósitos. Para Antônio da Piçarra, 

Lampião afirmou que foi recebido pelo Padre Cícero na noite do dia 9 de março de 1926, noite de muita chuva em que a água dos pequenos riachos encostava na barriga dos cavalos. O padre que veio de automóvel dissera-lhe que não podia obrigar a polícia de Pernambuco a aceitar a sua patente e que não podia fazer mais nada; Floro morrera, os batalhões tinham sido desmobilizados e que a Coluna Prestes se encontrava em Goiás, que ele deveria dissolver o bando e ir embora para bem longe, recomeçar a vida e ser feliz e que, se assim não o fizesse, que pelo menos não mais bulisse com seus romeiros nem com o estado do Ceará. 

A imprensa da época noticiou que o bandido voltou furioso para o Pernambuco ameaçando atacar Barbalha na sua passagem por aquele município, o que não passou de alarme falso. Quando chegou à terra natal, já estava roubando e sequestrando por resgate. Voltara a ser o Rei do Cangaço no Sertão, embora durante o resto da sua vida tenha se autodenominado Capitão Virgulino Ferreira da Silva. Em toda sua carreira de cangaceiro, Lampião chegou ao Juazeiro com o Padre Cícero, ao ponto mais próximo de sua reabilitação: a regeneração do cangaceiro, que teria sido uma das estrelas mais brilhantes da coroa do venerado sacerdote.

Magérbio de Lucena
médico e escritor, autor do livro “Lampião e o Estado Maior do Cangaço”


https://www.facebook.com/groups/1995309800758536/2268198603469653/?comment_id=2268257276797119&notif_id=1551319338418082&notif_t=group_comment&ref=notif

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

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NÓS E OS RIACHOS

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.068

RIO IPANEMA. (FOTO: B. CHAGAS).
       Certa vez escrevemos sobre o isolamento das nossas paisagens, sobretudo dos nossos riachos. Pequenos, médios, alongados, tão humildes no verão, tão alegres no inverno. Esquecidos pela humanidade tornam-se invisíveis como pessoas idosas nos recantos da casa. Somente os fatos relevantes negativos ou positivos, fazem-nos brilhar nos noticiários e nos interesses dos que buscam. Veias de uma rede que alimenta os grandes rios que nutrem os bravos oceanos. Exemplificamos um desses riachos da nossa terra, conhecido como João Gomes. Quando não havia ponte sobre ele no trecho Santana do Ipanema – Olho d’Água das Flores, bem que o nosso riacho tinha prestígio. No período chuvoso descia violento interrompendo o trânsito por vários dias seguidos. Aí sim, todos falavam sobre ele com respeito danado e medo de afogamento.
        Foi às margens do João Gomes que nasceu o escritor Oscar Silva, tão bravo na sua sobrevivência quanto o riacho que o viu nascer. Mais tarde escreveria, em contexto, que nenhum geógrafo do Brasil o conheceria e nem iria conhecê-lo. Seu conterrâneo tornou-se geógrafo e o conheceu. Mas depois da ponte, de fato nunca mais houve manchete, assim como as eternas do riacho Ipiranga. Mas se o riacho João Gomes pensasse como gente, o que diria do colega de Minas Gerais, o córrego do Feijão? No Nordeste chamamos riacho, no Sudeste, córrego. Então, é melhor ser humilde e ter a honra de ter originado um filho escritor ou ter ganhado a fatalidade que ocorreu no Brumadinho? Tem a fama para cima, tem a fama para baixo. E, não podemos esquecer o poeta que disse: “Água corrente/água corrente/teu destino é igual/ ao destino da gente”.
       E o meu Sertão continua repleto de capilares, de veias, de artérias, alimentando os grandes, os famigerados, os mitológicos, pavões atrativos do mundo. Fiquemos assim com a modéstia incondicional do João Gomes, do Camoxinga, Bola, Tenente, Salobinho, Desumano, Farias, Tigre, Jacaré que nutrem o Capiá, o Traipu, o Ipanema, o Riacho Grande... Suportes missionários do “Velho Chico”, nutricionista do Atlântico.
       “Água corrente/água corrente...”.

“O BICHO” DE MANOEL BANDEIRA E A DITADURA DE MADURO


*Rangel Alves da Costa


Se vivo estivesse, certamente o poeta Manoel Bandeira teria sua obra escorraçada e proibida na Venezuela. Seu poema “O bicho” passaria a ser inimigo do regime bolivariano e a sua declamação seria motivo de pena de morte, de fuzilamento em paredão.
Ora, nada diferente do que ocorreu com o jornalista Jorge Ramos, da Univision. O jornalista foi mostrar ao ditador um vídeo onde a população estava comendo lixo e prontamente teve seu material confiscado e hoje o próprio foi deportado.
Quer dizer, o ditador se sentiu afrontado pelo fato de o jornalista mostrar que o seu povo estava passando fome e comendo lixo, nos mesmos moldes de bichos vasculhando lixões para se alimentar. E o poema de Bandeira trata exatamente disso:
“Vi ontem um bicho na imundície do pátio, catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa não examinava nem cheirava: engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”.
Na Venezuela, o bicho forçadamente gestado pelo desumano e insensível Maduro é também humano e tem que vasculhar restos, lixões e porcarias, para se alimentar. E sem a certeza de que conseguirá sobreviver em meio às atrocidades de uma tirania tão perversa quanto assassina.
Com efeito, o regime bolivariano imposto na Venezuela, aliado ao ditatorialismo tirânico de seu ainda mandatário maior, afeiçoa-se muito mais a um governo de extermínio populacional do que qualquer outra coisa.
Não seria errôneo dizer que só não está passando pelas agruras da fome, da falta de medicamentos e por todo tipo de sofrimento e aflição, aqueles que continuam sustentando o regime em troca de benesses.
A cúpula militar certamente se farta de carne de primeira e do bom e do melhor. A cúpula do judiciário se refestela com mesa farta e contas polpudas. A cúpula administrativa e da bajulação também não deixam de ser guarnecidos com o que há de melhor. O Palácio Miraflores continua esbanjando luxo, fartura e egocentrismos.
E o povo, o povo lá fora, desde o profissional liberal ao homem comum? Este está marcado para morrer. E morrer de fome, morrer por falta de mínima assistência, por falta de remédios, pela punhalada da desesperança e do medo. Crianças espalhadas em lixões, jovens e adultos brigando por sacolões de lixo, todos ávidos por algum alimento. E o que mais dói: sofrer calado e morrer calado!
Não há como fugir, não há como sair de debaixo das botas da tirania. Qualquer tentativa de salvação da própria vida, através de uma fuga desesperada, será motivo para a prisão e o esquecimento. Quer dizer, na Venezuela atual não há salvação. Para se manter no poder, o sofrimento do povo não tem qualquer importância. E o povo deve ser mantido prisioneiro no seu próprio país para que o tirano se regozije de continuar mantendo o poder e a ordem sobre tudo.
Daí que, se vivo estivesse e avistando as infames imagens da Venezuela e seus seres famintos e desesperados em meios aos restos e aos lixões, o poeta Manoel Bandeira certamente diria: “Meu Deus, aqueles bichos são homens!”.

Escritor
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A MORTE DE NENÉM E A FÚRIA DE LUIZ PEDRO


Por Aderbal Nogueira

A morte de Neném e a vingança brutal de Luís Pedro com simples sertanejos. Segundo relato de Sila quem ele encontrava no caminho ele matava. Depois postarei esse relato na integra onde Sila fala das barbaridades que ela presenciou nesse dia trágico. Sila vez por outra dizia algumas verdades, se bem que essa deve ser mentira também.

https://www.youtube.com/watch?v=uPnawtjXhNc&fbclid=IwAR3V8NGdaq01jwHsun8aO1ooE4G-tnyoUyPaDhYY-zxlelj3FTN_8MdE1xo


Publicado em 19 de fev de 2019

Primeiro tiroteio e morte de Neném - A revolta de Luis Pedro -
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