Seguidores

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

HÁ COISAS QUE A GENTE PRECISA COMPARTILHAR COM OS AMIGOS.

Por José Bezerra Lima Irmão

Acabo de ser comunicado que fui escolhido representante da Bahia junto à Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), uma entidade sediada no Rio Grande do Norte.

Já agradeci a honrosa distinção. Farei o possível para corresponder à responsabilidade que tal escolha implica, pois sei da importância daquela atuante agremiação cultural no estudo do fenômeno do cangaço.


O raposa das caatingas continua fazendo sucesso. 

Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão, só restam poucos livros. Então procura adquiri-lo o quanto antes, pois os colecionadores poderão comprar os poucos que restam. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas". 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

XI FEIRA DO LIVRO EM MOSSORÓ


XI FEIRA DO LIVRO
Dia 6 de Novembro , às 20 horas 
Na Expocenter - Palco "Estação das Letras"
Av. Jorge Coelho de Andrade, nº 2
Mossoró - RN 

 MESA-REDONDA
Honório de Medeiros e Geraldo Maia
Coordenação Kydelmir Dantas
"AS HISTÓRIAS DO CANGAÇO QUE AINDA NÃO FORAM CONTADAS".
Em seguida; a partir das 21 horas 

Lançamentos:

HONÓRIO DE MEDEIROS LANÇA SEU LIVRO 
"HISTÓRIAS DE CANGACEIROS E CORONÉIS"

GERALDO MAIA LANÇA SEU LIVRO
"AMANTES GUERREIRAS - A PRESENÇA DA MULHER NO CANGAÇO"

MAIORES INFORMAÇÕES EM

  http://www.feiradolivrodemossoro.com.br/
http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CARTAS DE LAMPIÃO AO PREFEITO RODOLFO FERNANDES DE MOSSORÓ


Cartas que Lampião escrevia a coronéis, autoridades políticas e policiais. As duas cartas abaixo são endereçadas ao prefeito de Mossoró em 1927. 


Na época Lampião queria invadir Mossoró, mas pretendia com o medo e algumas ameaças receber 400 contos para não se dar o trabalho de ter que invadi lá. Porém, o prefeito Rodolfo Fernandes não se intimidou, e disse que ele podia vir e que ele junto à população iriam recebê-lo à bala. Lampião se enfureceu com a resposta é resolveu invadir. 


Ele achou que seria fácil, pois seu grupo que já era numeroso, estava acrescido com o bando de Massilon. Ele se enganou feio. Foi sua pior derrota. Foi escorraçado junto com seu bando, e ainda perdeu alguns cangaceiros, sendo o mais importante. JARARACA que foi ferido e depois enterrado VIVO.

Fonte: facebook


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CANGACEIRO CAJUEIRO


José Pereira da Silva Terto Brasil era o nome de batismo do celebre cangaceiro “Cajueiro”. Filho de Antônia Pereira da Silva e Manoel Terto Alves Brasil foi o homem da mais elevada confiança de seus primos Sinhô Pereira e Luiz Padre. 


Foi ainda de fundamental importância no estratagema de Sinhô Pereira e Luiz Padre que culminou na morte do comerciante Luiz Gonzaga Gomes Ferraz no dia 20 de outubro de 1922.

Fonte: facebook
Página: Sousa Neto

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PAJEÚ e a GUERRA DE CANUDOS..

Por Romero Cardoso

"Como ficou conhecido nas lutas de Canudos, Pajeú era pernambucano do famoso vale imortalizado por Luiz Gonzaga décadas depois do massacre abominável que manchou indelevelmente a história do Brasil.

Escravo liberto que rumou para Canudos apostando nas promessas do Bom Jesus Conselheiro tendo achado por lá, às margens do rio Vaza-Barris, a tão sonhada liberdade que a sociedade negou, e ainda nega de forma inadmissível e desumana, aos excluídos.

Quando da desastrosa campanha comandada pelo famigerado Coronel Moreira César, Pajeú se destacou pela impecável forma como conduziu a guerrilha da guarda católica do Conselheiro. Dizem que foi ele quem pôs fim à arrogância de Moreira César, acertando certeiro tiro de bacamarte boca-de-sino, municiado com chifre de novilho, no sanguinário corta-cabeças. Não obstante usar colete de aço, Moreira César foi milimetricamente varado pelo disparo em local desprotegido.

O oficial responsável pela substituição do Coronel Moreira César no comando da tropa também não agüentou as táticas de guerrilha implementada por Pajeú. Uma ordem do Coronel Tamarindo ficou famosa: “Em tempo de murici, cada um cuida de si”. O que restou da tropa de Moreira César foi fustigada pelos guerrilheiros comandados por Pajeú. Verdadeira carnificina foi feita pelos bravos combatentes para pagar a profanação do arraial sagrado do belo Monte, pois inadvertidamente Moreira César desprezou todas instruções do regimento do Exército Brasileiro e ordenou ataque de cavalaria a Canudos, cuja característica era a topografia extremamente íngreme, impossível de ter sucesso por parte de Moreira César através de investida com esse tipo de estratégia militar.

Para tentar coibir e amedrontar outras expedições que vieram em direção a Canudos, Pajeú ordenou que os cadáveres dos soldados e oficiais ficassem insepultos, pendurados em árvores como exposição macabra do ódio devotado pelos conselheiristas às tropas do governo federal.

38º Batalhão

Quando a quarta expedição foi enviada para destruir canudos, cujo comando ficou a cargo do General Arthur Oscar de Andrade Guimarães, foi com terror e suspense que a soldadesca encontrou o aviso dos guerrilheiros da guarda católica, na forma de corpos ressequidos pelo sol esturricante do sertão nordestino. Com certeza, aumentou o ódio do corpo militar do Exército Brasileiro contra os membros da comunidade mística de Antônio Conselheiro.

Pajeú foi responsável pelas mais significativas baixas contra as tropas federais. Acostumados a caçar para sobreviver, os guerrilheiros usaram a experiência adquirida e se tornaram franco-atiradores, pois quando algum soldado desavisado, principalmente em noite sem lua, acendia um cigarro, certeiro tiro o prostrava imediatamente. Usavam os “presentes” que Moreira César lhes deixou, ou seja, fuzis mausers de fabricação alemã do Exército Brasileiro.

Não obstante terem conseguido canhões e metralhadoras, esses não foram usados, pois os guerrilheiros do Conselheiro não souberam como manusear as mortíferas armas tomadas da expedição de Moreira César, destroçada pela genialidade incontestável das táticas do maior guerrilheiro de Canudos. Quando a guerra de Canudos tornou-se insustentável, com sucessivas baixas e derrotas das tropas federais, o governo enviou verdadeiras máquinas de matar. Entre essas estava um canhão Withworth 32, a famosa “matadeira”, como ficou conhecido entre os habitantes de Canudos. Foi a única forma que conseguiram para pôr a baixo as torres da igreja nova do belo Monte.

Cada tiro da “matadeira” era verdadeiro massacre que a mesma proporcionava. O famoso canhão tornou-se o terror dos canudenses, razão pela qual Pajeú organizou grupo de assalto intuindo destruir a máquina destrutiva. Onze guerrilheiros chegaram de surpresa a bem guardada arma. Nesse ataque, o bravo comandante conselheirista perdeu a vida, bem como nove companheiros, sendo que apenas um conseguiu escapar.

Conselheiro Morto

Com a morte de Pajeú, a guarda católica do Conselheiro ficou desfalcada do principal estrategista, abalando sensivelmente a estrutura das estratégias da guerra de guerrilha que até então vinha obtendo sucesso indiscutível. Pajeú, o famoso negro ex-escravo que marcou de forma impressionante a guerra de guerrilhas nas batalhas em canudos, foi imortalizado por Euclides da Cunha, que não obstante racismo e estereótipos, dedicou-lhe páginas de reconhecido mérito pela bravura indômita em “Os Sertões: Campanha de Canudos”.

http://cariricangaco.blogspot.com.br/…/pajeu-o-maior-estrat…

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MUSEU DO SERTÃO - PILÕES

Por Benedito Vasconcelos Mendes

PILÕES - A grande variedade de pilões que compõem a numerosa e curiosa coleção destes utensílios domésticos do Museu do Sertão, da Fazenda Rancho Verde, em Mossoró-RN, chama a atenção dos que visitam este museu. 


O pilão era conhecido pelas três etnias que se miscigenaram na época da colonização brasileira. Os tapuias nativos do Nordeste utilizavam o almofariz de pedra, que nada mais era do que uma pedra toscamente escavada que, com o auxílio da mão de pilão, também de rocha, triturava alimentos. O Pilão de madeira deitado ou horizontal foi idealizado pelos indígenas, enquanto o pilão em pé ou vertical foi introduzido pelos escravos africanos, que vieram para o Brasil na época da colonização. Os colonizadores portugueses também conheciam o pilão, de modo que os africanos, os indígenas e os brancos portugueses utilizavam pilões. O pilão de pedra quadrado (feito de granito trabalhado) era produzido pelos artesãos luso-brasileiros e foi muito usado nas fazendas das regiões cristalinas nordestinas, pois, com o escopro ou cinzel de aço e com a marreta, os mestres de ofício confeccionavam este tipo de pilão. Os índios brasileiros não conheciam a siderurgia (fundição e preparação do ferro e do aço), pois não utilizavam apetrechos de trabalho metálicos. Os almofarizes indígenas eram pedras já encontradas na natureza ou escavadas com outra rocha de dureza maior, como o quartzo. 


O pilão para tempero pode ser de madeira, ferro, bronze, mármore, granito, vidro, porcelana e de outros materiais e já no período da colonização brasileira era muito usado na culinária portuguesa. Na Civilização da Seca, o pilão era um utensílio doméstico encontrado, praticamente, em todas as casas, fossem elas urbanas ou rurais, para pilar a paçoca (carne de sol torrada, pilada com farinha de mandioca), milho para fazer xerém ou massa de milho para cuscuz, bolos e outros alimentos. O arroz era também pilado, para tirar a casca, e o café, torrado no caco de barro com rapadura, era triturado no pilão. O pilão de tempero (pilãozinho de cozinha) não podia faltar na cozinha sertaneja, para esmagar pimenta do Reino, alho, cebola e outros condimentos.

Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com:

O Museu do Sertão na "Fazenda Rancho Verde" em Mossoró não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS


O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa:
30,00 reais, com frete incluso.

Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho
Agência: 4775-9
Conta corrente do Banco do Brasil:
N°. 13.780-4

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

TRAGO AOS AMIGOS A MATÉRIA ABAIXO, DO “O ESTADO DE SÃO PAULO”, EDIÇÃO DE 10/11/1911

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Trago aos amigos a matéria abaixo, do “O Estado de São Paulo”, edição de 10/11/1911, primórdio do século XX, primeiros tempos da República, para apreciação de dois telegramas enviados ao presidente da República, Hermes da Fonseca, pelo presidente do estado da Paraíba, João Lopes Machado, versando sobre o conflito do governo com doutor Augusto de Santa Cruz, com destaque à relação deste com o Padre Cícero Romão Batista.

Texto que diz um pouco do funcionamento do banditismo nordestino pela ótica dos detentores do poder.

O BANDITISMO NA PARAÍBA

O bacharel Santa Cruz novamente em cena – As suas últimas proezas – Dois telegramas do presidente da Paraíba ao senhor presidente da República.

Sobre as proezas do bacharel Santa Cruz na Paraíba do Norte, o doutor João Machado, presidente daquele Estado, enviou ao senhor presidente da República os seguintes telegramas:

“Paraíba, 7 – Em aditamento ao telegrama que ultimamente tive a honra de dirigir a V. Exa., cumpro o dever de dar novos informes em relação ao movimento anárquico que se prepara contra este Estado. Antes de tudo devo declarar que presentemente reina a paz e não há alteração da ordem pública em todo o Estado, estando os habitantes entregues aos seus quotidianos labores e confiantes nas garantias da lei e nos seus direitos, desde que o bacharel Augusto Santa Cruz, após o inaudito atentado que praticou na vila Alagoa do Monteiro, prendendo e sequestrando as autoridades e assassinando barbaramente o fazendeiro Zeferino Neves, cujos olhos foram vazados a punhal polos sicários do dito bacharel, refugiou-se em Juazeiro do Estado do Ceará, protegido ali pelo padre Cícero e outros chefes políticos da zona cearense conhecida por Cariris Novos, nenhuma perturbação ocorreu mais digna de sensação no interior deste Estado. Agora, porém, entrou novamente o bacharel Santa Cruz em cena, bafejado pelos seus protetores do Ceará, conforme verá V. Exa. da exposição seguinte: Por intervenção de um amigo no sentido de melhorar as condições de Santa Cruz, relativamente aos danos sofridos na sua propriedade do Areal, onde se havia entrincheirado para repelir as forças legais, resolvi adquirir por seu justo valor, a dita propriedade, autorizando um amigo a entender-se a respeito, com o padre Cícero para dizer a Santa Cruz que nomeasse um representante com poderes suficientes para entrar em acordo com o governo e ser arbitrado o preço da compra e venda da propriedade. Respondendo ao amigo intermediário o padre Cícero declarou que Santa Cruz exigia para si e seus parentes, proprietários em Monteiro, a importância de 529:000$000, o que foi recusado por absurdo. Então o padre dirigiu-se a mim, em longo telegrama, em tom já ameaçador, concluindo que não mais se envolveria em negócio com Santa Cruz, nem assumiria responsabilidades dos atos deste, e fazendo votos que pudesse meu governo salvar o interior do estado da Paraíba da conflagração e anarquia. Ao padre dei a seguinte resposta:

Padre Cícero Romão, Juazeiro: recebi hoje o vosso telegrama a respeito da situação do doutor Santa Cruz e respondo: O coronel Pedro Bezerra é incapaz de armar ciladas, máxime tratando como intermediário do governo, e não é responsável pelas consequências da loucura do doutor Santa Cruz. Se acedi à solicitação de Bezerra, de adquirir para o Estado a propriedade de Santa Cruz, não significa isto submeter-me à vontade do vendedor, que exigiu 529 contos como preço das propriedades do sertão, sem nenhuma benfeitoria de valor. Compreendeis que ante tamanho exagero só poderá haver negócio mediante arbitramento de pessoa da confiança de ambas as partes. Ele poderia delegar poderes ao irmão, doutor Artur Santa Cruz, que muito bem entender-se-ia comigo e amigos de Monteiro. Repito que pelo seu justo valor não me recusarei a comprar a propriedade do doutor Augusto, contra quem não tenho intuito de perseguição; tem sido ele o provocante, obrigando o governo a defender, contra seus atentados, a ordem pública. Agradeço a vossa solicitude por desviar o bacharel criminoso do caminho de novos crimes. Fico certo de que não concorrereis para perdição completa do mesmo, auxiliando de qualquer forma seus planos tenebrosos, pelos quais não podereis jamais ser também responsável consoante me afirmais. Saudações – Dr. João Machado.

Dois dias depois, novamente, recebi do mesmo padre o seguinte telegrama, que como verá V. Exa. é um verdadeiro ultimato:

Juazeiro, 31 de outubro de 1911. – Sr. Dr. João Machado: recebi o telegrama de V. Exa., datado de 28 do corrente. Respeitosamente pondero que a resolução de adquirir para o Estado as propriedades de Santa Cruz não significa, no momento atual, submissão do governo à vontade dele: ao contrário, V. Exa. cometeria um ato de patriotismo, salvando o Estado de irremediável conflagração e incalculável anarquia, adquirindo pelo menos as propriedades de Santa Cruz e seu cunhado Hugo, por trezentos e vinte e nove contos. Admito que não tenham tal valor, como se acham hoje, mas alega Santa Cruz prejuízos e gastos motivados pela questão, que, vendendo-as, perderia um capital que lhe daria juros suficientes, além do prejuízo de não poder voltar à sua terra pela obrigação do compromisso tomado. Ora, tais alegações parecem ter algum valor e só o fato de V. Exa., por uma quantia relativamente pequena, restituir a paz a esse Estado, evitando desgraças, teria valor. Assim me externo, porque conheço muito mais que V. Exa., que vive distante do que são capazes cangaceiros desenfreados, invadindo localidades. Consta, como certo, que Santa Cruz invadirá decididamente a Paraíba, o mais breve, se V. Exa. não resolver já tal negócio, e garanto que isto acontecendo não terá forças em elementos imediatos para evitar irremediáveis horrores. Penso assim pelo seguinte: chefes do Cariri, aqui reunidos no dia 4 de outubro, lavraram ata de perseguição aos cangaceiros; estes, perseguidos, procuraram Santa Cruz, e porque sabem que podem lucrar o acompanhando, acompanharão Santa Cruz sem interesse de retribuição dele, só visando o saque das localidades. Além disso, bem sabe V. Exa. que a situação em Pernambuco, relativa à candidatura de Dantas Barreto, é um elemento de recurso e garantia para Santa Cruz. Consta-me que, por intermédio da situação de Pernambuco, Santa Cruz contará grande elemento e é certo, pode crer, pondero ainda a V. Exa., que não acredite nem confie na garantia de localidades do sertão desse Estado por cangaceiros armados pelos chefes, por ordem do governo. É perder tempo, dinheiro e mais, facilitar a derrota; no momento mais preciso eles abandonam o posto e unem-se aos inimigos para saquearem. Sei que o governo terminará recuando Santa Cruz ou qualquer que anarquize o sertão; porém, só isto conseguirá depois de anarquizado e derrotado o Estado, e é no Estado que Santa Cruz, cioso da vingança, a tudo se expõe, até à morte. Não é justo, portanto, que V. Exa. se exponha a semelhante contingência, podendo evitar. O que digo não é para fazer terror, pode crer, e V. Exa. verá, se não puder evitar. Tomo a liberdade de pedir que aceite a proposta, enquanto podemos salvar o interior do Estado, peço como cidadão e sacerdote católico que salve seu posto de tamanha desgraça; salve a Paraíba da anarquia nunca vista entre nós; não é imposição, é aviso de prudência, queira desculpar a franqueza e peço que responda definitivamente. Respeitoso o saúdo. – Padre Cícero.

“Eis, Exmo. Sr. o estado de exaltação em que se acha o doutor Augusto Santa Cruz, presentemente encorajado pela proteção escandalosa que encontrou na zona do Cariri do Ceará há muitos anos; o que predomina na infeliz zona é o rifle. Ali não se respeita a lei, nem a justiça. Colhi a prova disso; o foragido bacharel ali penetrou e encontrou imediata acolhida, sendo público e notório em todo país ser um criminoso vulgar, pronunciado em dois processos por bárbaros crimes de morte, ferimentos graves, incêndio de casas em São Tomé e saque de tudo.

Então dei ciência ao governo do Ceará, a quem remeti pedido de extradição, que até hoje não teve deferimento, apesar de viver o criminoso bacharel publicamente transitando por toda aquela zona, tomando parte em festas e especialmente na que fizeram a chefes políticos, celebrada no dia 4 de outubro, da qual, estou informado, foi ele um dos oradores.

Não creio que esses chefes tenham dispersado os cangaceiros, com quem vivem há anos e essa história de perseguição é para aparentar a proteção e o auxílio que se dispuseram a prestar a Santa Cruz, a fim de, por tão indignante e revoltantes ameaças, tentar contra os cofres públicos ou contra a bolsa do cidadão laborioso e pacífico das nossas localidades. V. Exa. há de convir que está nos brios do meu governo, na altivez e dignidade do posto, manso, pacífico e laborioso do Estado, envidar todos os meios para repelir a prometida invasão, de que cangaceiros da pior espécie, capazes dos maiores atentados, como os reconhece o Padre Cícero, useiros e vezeiros no ofício de matar e roubar, que tendo por chefe um bacharel alucinado e perverso, como se sabe e tem provado ser o doutor Santa Cruz, nos ameaçam tão audazmente. Não devemos ficar impassíveis diante de tão graves emergências e sim havemos de resistir com toda a energia e dentro das nossas forças. Ordens estão dadas às forças paraibanas para vigiarem as fronteiras com a zona de Cariri, de onde nos partem as ameaças, e defenderem as localidades dali mais próximas, as primeiras que deverão ser assaltadas. É do que, por enquanto, me cumpre dar conhecimento a V. Exa., a quem trarei inteirado do desenrolar dos acontecimentos. Rogo a V. Exa. que se digne mandar dar publicidade ao presente despacho, para o devido conhecimento do público, na capital do país. Respeitosas saudações. – Dr. João Machado, presidente.

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A FAZENDA PATOS, PIRANHAS/AL


Nesse local aconteceu uma das maiores atrocidades do cangaço. Após ficar sabendo sobre o massacre que ocorreu na Grota do Angico que ocasionou a morte de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros, Corisco tomado pela cólera e o ódio, executou e degolou o vaqueiro (coiteiro) Domingos Ventura e outras cinco pessoas de sua família, ambos residentes na Fazenda Patos no estado de Alagoas. Após a execução da família do vaqueiro Domingos Ventura, Corisco enviou as cabeças de suas vítimas ao então Tenente João Bezerra, e em carta anexada às cabeças de suas vítimas, Corisco escreve que matou e decapitou a mulher e a filha do vaqueiro para vingar a morte de Maria Bonita e Enedina. 


Lembrando aos amigos(as) que o vaqueiro Domingos Ventura e sua família foram mortos inocentemente devido a uma mentira inventada por um antigo coiteiro do "Diabo Loiro" chamado JOCA BERNARDO (Joca Bernardes) que enciumado por estar perdendo as generosas quantias que lhe pagavam pela estadia e o prestígio perante os cangaceiros, que nos últimos tempos estavam procurando apoio e acolhida na casa de Domingos Ventura ao invés de sua casa. Devido à essa atitude de Joca Bernardo... Domingos Ventura e sua família pagou um alto preço... a própria vida.

Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo‎ CANGACEIROS

http://blogdomendesemendes.blogspot.com