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segunda-feira, 8 de julho de 2019

MORREU NO DIA 06 O CRIADOR DA BOSSA NOVA JOÃO GILBERTO


Morreu hoje 06/7 João Gilberto, baiano aos 88, lenda da música internacional que criou a bossa nova.Descanse em paz RIP. 

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A ENTRADA DE LAMPIÃO NO CANGAÇO


Do acervo do José João Souza

Virgulino Ferreira entrou para o cangaço em 1916, aos 19 anos de idade, não era, no entanto, um bandido profissional. Podia ser caracterizado como cangaceiro "manso", entrando nas lutas em função de demanda familiares. A causa imediata do seu ingresso no cangaço teria sido a desavença com Zé Saturnino. Saturnino pertencente à família Nogueira, tradicional aliada da poderosa família Carvalho, enquanto que a família Ferreira era aliada aos Pereira. Como disse Sinhô Pereira sobre o ingresso de Lampião no seu bando:

"Os inimigos de Lampião eram meus inimigos - os Saturninos e José Lucena. Este até eu não conheci, não. Mais sei que era um cabra muito perverso. Lampião era de uma família humilde, mas não era arrebentado não. José Ferreira, o pai, eu conheci muito. Conheci até o pai do pai dele, Pedro Ferreira. Nossas famílias até eram ligadas: a mãe dele era afilhada de meu pai. O pai dele era afilhado de batismo de tio Padre (Manoel Pereira Jacobina). Conheci Lampião desde menino. Ele e seus irmãos eram independentes e muito trabalhadores".

Destacamos a hipótese de que tenha sido Lampião quem praticou o último ato vingativo da familia Pereira em luta contra os Carvalhos, com o assassinato de Luís Gonzaga Ferraz, em 1922. Para isso teria sido designado por Sinhô Pereira. Depois desse acontecimento, ele rompeu as fronteiras estritas dessa modalidade de luta. Contudo, manteve e aperfeiçoou no cangaço a imprevisibilidade violenta que dirige a vingaça, com o requinte da crueldade. Dessa forma, aplicou sua ira não apenas aos agentes da ordem, mas aos civis, a camada de sertanejos pobres ou ricos, brancos ou negros, homens ou mulheres.

Fonte: O CANGAÇO - poder e cultura política no tempo de Lampião
De: Marcos Edílson de Araújo Clemente

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(Observação)


Por Fernanda Cecília

As filmagens de Benjamin Abrahão ocorrem entre 1936 e 1937 ou seja, 1 ano antes da morte de Lampião. e Benjamin Abrahão morreu no mesmo ano que Lampião em 1938! 

Um mês de diferença entre os dois, Benjamin Abrahão morreu em 7 de maio de 1938 com 42 facadas e os motivos acreditam que seja arquitetada e depois de um Mês Lampião morreu, os motivos? todo mundo já sabe. E tem mas, as filmagens foram proibidas de ir ao cinema. 

Se eu fosse louca diria que tem coisa ai. E tem mais! Acabei de pesquisar mais a fundo e E de acordo com o livro de Pernambuco: Benjamin Abrahão: Entre Anjos e Cangaceiros "No começo da noite do 7 de maio de 1938 Benjamim se detém no centro da vila para uma cerveja com alguns conhecidos sai do bar sozinho e caminha a pé no rumo da pensão, então ao dobrar a esquina acontece uma pane no gerador a óleo que ilumina as ruas principais mergulha o pau ferro na escuridão na noite sem lua" e ai Benjamim acabou sendo assassinado. 

E outra coisa Benjamim estava a procura de Lampião que o mesmo estava a 6 léguas de pau ferro talvez... eles tenha se encontrando de novo...Quem sabe que o governo tenha visto alguma ameaça ou algo que poderia mudar muita coisa e por isso mandou matar ele e Lampião?. 

E Todo mundo sabe que a ordem era de Getúlio Vagas para matar Lampião,. Eu adimito, não sou normal.


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ZÉ RUFINO - O MAIOR MATADOR DE CANGACEIROS DE TODOS OS TEMPOS.

Paulo Gil Soares (Esquerda) e Zé Rufino (Direita).

Temendo represálias da parte de Lampião por recusar acompanhá-lo, o então sanfoneiro José Osório de Farias o "Zé de Rufina", que entrou para a história do cangaço como Zé Rufino, decidiu abandonar a sanfona e a agricultura e se alistar na Policia Militar do estado da Bahia e a partir de então dar combate aos bandos cangaceiros. Zé Rufino nasceu no dia 20 de fevereiro de 1906 em Belmonte, atual São José do Belmonte no estado de Pernambuco. 

Comandou a Força Policial Volante que mais matou cangaceiros durante todo o ciclo do cangaço. Entre os cangaceiros mortos por Zé Rufino estão: 

- Azulão II 
- Barra Nova II 
- Canjica 
- Catingueira II (Cícero Garrincha) 
- Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto) 
- Maria Dórea (Maria Dora) 
- Meia-Noite (Possivelmente o quarto a usar a alcunha) 
- Mariano 
- Pai Velho 
- Pavão 
- Sabonete II 
- Zabelê II 
Zepellim 
- Entre outros. 

Foi um dos mais destacados militares na luta contra o banditismo/cangaceirismo do Nordeste. 

Faleceu no dia 20 de fevereiro de 1969, dia em que completava sessenta e três anos de vida, na cidade de Jeremoabo na Bahia, onde residia. 

Na fotografia registrada pelo fotógrafo Thomaz Farkas durante a gravação do documentário "Memória do cangaço" de Paulo Gil Soares (Esquerda), ocorrida no ano de 1964, aparece a direita o destemido e estrategista Tenente Zé Rufino, um dos volantes mais temidos e respeitados pelos cangaceiros e demais desordeiros daquela época. 

Geraldo Antônio De Souza Júnior


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RIBEIRA DO PANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.141

Em 1977, o grande escritor palmeirense deixava escrito como prefácio no primeiro romance de Clerisvaldo Braga das Chagas:
Os vários aspectos da vida nordestina, principalmente aqueles vividos pela população interiorana, formam um celeiro inesgotável de material para romancista e, sobretudo, de subsídios inestimáveis para estudiosos de sociologia. Embora muito já se tenha escrito a respeito, há lacunas a serem preenchidas. Muita coisa por escrever ainda.

(FOTO: B. CHAGAS).

Se é verdade que um Graciliano Ramos, um José Lins do Rego, ou mesmo um José Américo de Almeida, luminares da literatura nacional, publicaram vários livros sobre o assunto, isto, porém, não impedem que outros possam fazê-lo. Não se pode encerrar a vida sertaneja entre as capas de cinco ou seis livros apenas. Estar sobrando material ainda. Material inédito, capaz de encher muitos e muitos volumes, sem dúvida alguma. Aqueles escritores não esgotaram a fonte, ela está praticamente virgem e jorrando aos borbotões.
Não está saturada a temática sertaneja. Dizer o contrário é desconhecer a visão panorâmica de uma região que abriga cerca de trinta milhões de brasileiros. Uma cidade, um povoado, ou um lugarejo, podem ter pontos coincidentes, mas cada um possui uma particularidade inconfundível, com histórias próprias e facetas distintas.
Clerisvaldo Braga das Chagas, santanense de 29 anos, terceiranista de Estudos Sociais, está estreando com o romance Ribeira do Panema. Como Agente de Coleta do IBGE, profissão que o obriga a comunicar-se com pessoas e a inteirar-se de situações, armazenou boas estórias e tipos humanos, que agora os enfeixou num romance de grande estilo. Basta dizer que o li, do começo ao fim, sem largá-lo, fascinado pelo enredo atraente e empolgado pela fidelidade com que abordou aspectos sociais do sertão.
Há de tudo no seu livro: política, sexo, folclore, sangue, desmandos e traições. Há doçura e maldade. É agressivo e romântico. Quando cheguei à última página fiquei lamentando que o livro não se prolongasse mais. É muito bom por isso.  É preferível se deixar o leitor na ansiedade de desejar ler mais, do que se escrever demais.
Clerisvaldo Braga das Chagas atrairá muitos leitores para o seu romance de estreia. Santana do Ipanema e o Estado de Alagoas serão revolucionados. Muita gente irá pretender identificar, através de suas páginas, um ex-prefeito, um político, um coronel, um grandola enfim, personagens muito bem diluídos na urdidura, do romance.  Será motivo de assunto para os encontros nos bares, conversas de calçada e também da porta da igreja. É gostoso, por que a carapuça irá ajustar-se à cabeça de muita gente. Não há mal nenhum nisto. A vida dos homens públicos pertence à história. Seus atos refletem-se na vida inteira de uma comunidade.
Da próxima vez que eu visitar Santana do Ipanema, procurarei conhecer os lugares citados por Clerisvaldo. Será um roteiro turístico que gostarei de palmilhar, sob o embalo das coisas gostosas que ele escreveu: a casa da amante do prefeito Maximino, a Rua do Sebo, o Poço dos Homens, e os demais recantos apresentados na Ribeira do Panema. Sentar-me-ei nas areias do “Rio Manhoso”, sem água, no verão, mas “arrotando valentia” e aliciando todos os “riachos para o seu cordão”, durante o inverno.
RIBEIRA DO PANEMA é um livro fadado ao sucesso, e seu autor iniciou muito bem sua carreira literária.

Luiz B. Torres

Obs. Todos os livros do autor estão à disposição de pesquisas na Biblioteca da Escola Estadual profa. Helena Braga das Chagas, no Bairro São José, Santana do Ipanema.


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RIACHO JACARÉ OU AS ÁGUAS ENTRISTECIDAS DE UMA CIDADE

*Rangel Alves da Costa

O Jacaré é um curso d’água que um dia permitiu que o nome “Poço Redondo” houvesse surgido. E ladeando a cidade continua em fraquejantes suspiros.
Num tempo de seca grande e de falta de água nos açudes e tanques, era no leito do Jacaré que o bicho era levado para enganar a sede.
Apenas enganar a sede, pois a água salobra (ainda que chegasse límpida e pouco salgada das entranhas do rio) apenas minimizava, mas não resolvia a situação.
Então, quando o dono do pequeno e magro rebanho passava, o compadre adiante perguntava aonde ele ia.
E então a resposta: “Vou ali no poço redondo!”. E Poço Redondo ficou. Era um leito de muitos poços, bastando cavar um pouco para água logo brotar em meio ao areal grosso e limpo.
Contudo, um se sobressaía, que era maior, mais arredondado, com mais água jorrando, local ideal para que o bicho ao menos enganasse a sede.
Este mesmo Riacho Jacaré de tanta história e tanta memória, tão belo e grandioso nas grandes cheias, continua ladeando a cidade de Poço Redondo. Mas de forma muito diferente de outrora.
No passado, depois de três águas seguidas, as águas já estavam propícias ao banho. E uma multidão acorria às pedras grandes e aos poços famosos para o lazer debaixo do sol.
Ouvir a chegada das águas em correnteza era sensação de prazer indescritível. Nas noites molhadas, chuvosas, e ao lado da cidade aquela orquestra murmurante e atraente.
Era como a vida fosse renovada a partir de cada cheia do riacho. As águas velhas, os troncos apodrecidos e as ossadas, tudo levado adiante. E as águas novas fazendo renascer a vida e as esperanças sertanejas.


Mas tudo num tempo que é apenas de saudade. Hoje o Jacaré sofre a mesma dor humana em enfermidade. Uma dor visível em quase toda a sua extensão, principalmente nos arredores da cidade.
O rio está feio, doente, sujo, maltratado, abandonado e açoitado pela mão humana. Quando as águas escasseiam, apenas poças apodrecidas e doentias são avistadas ao redor dos quintais e dos cercados.
Como dito, uma doença causada pela ação humana que despeja esgotos, óleos e outros resíduos de posto de combustível, que vai fazendo do leito uma lixeira a céu aberto.
Por consequência, mesmo as cheias grandes já não conseguem limpar as águas, afastar as impurezas que são massivamente acumuladas. E por isso mesmo, as águas avistadas do alto da ponte chegam a ter uma cor escura, grossa, repleta de perigos à saúde humana.
Do alto da ponte, tanto de um lado como do outro, imagina-se a existência de água. Mas não. É apenas a líquida e doentia podridão que vai escorrendo em gemidos sem fim.
Eis o retrato de um rio triste, de um rio que passa pela minha aldeia. Entristecer junto a ele, apenas. Ou implorar aos céus que as forças da natureza, por si mesmas, retomem a pujança que o homem tanto insistiu em destruir.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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OS CANGACEIROS CANDEEIRO E VINTE E CINCO


Publicado a 01/11/2017

Foi um dos grandes encontros que tive o prazer de realizar. teve também Sila e Durval - Sila e Sargento Elias - Sila e Adília - Cazuza e João Gomes - Cazuza e Neco de Pautilha - Bulhões e Vinte e Cinco - entre outros.

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A MORTE DO CANGACEIRO QUE CONHECI

Por Rostand Medeiros
Junto a Seu Né, o antigo cangaceiro Candeeiro, em outubro de 1999

Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame.

Na semana passada, quando me encontrava no Sertão do Pajeú, na boa companhia dos amigos André Vasconcelos, de Triunfo, o poeta Alexandre Morais, de Afogado da Ingazeira e Álvaro Severo, de Serra Talhada, soubemos que ele estava bastante doente e fiz minha oração como cristão, desejando a sua melhora. Quando soube da notícia, na mesma hora me lembrei do encontro que tive com o cangaceiro Candeeiro.

Manoel Dantas Loiola, o Seu Né, o antigo cangaceiro Candeeiro e sua esposa, Dona Linda, na tranquilidade do seu lar

Foi no dia 23 de outubro de 1999, há quase quatorze anos, quando discretamente comecei a sair por este sertão afora em busca de sua história, de sua gente, de sua cultura e de sua gênese.

Naquele dia, em um distrito da cidade pernambucana de Buíque, eu conheci na verdade “Seu Né”. Foi através do depoimento de Manoel Dantas Loiola, o Seu Né, o antigo cangaceiro Candeeiro, que comecei a compreender que o entendimento do tema cangaço jamais se resume na tola pergunta “-Foram os cangaceiros heróis, ou bandidos?”, que muitos insistem em fazer e eu tolamente também me fazia.

Lembro-me quando chegamos ao seu comércio e ele me olhou de um jeito inquisitivo, até mesmo duro. Mas depois de um primeiro contato, percebi estar diante de uma pessoa muito tranquila e discreta. Não quis conversar sobre o cangaço na sua casa comercial, mas em sua residência, onde fomos magistralmente bem recebidos por ele e sua esposa, Dona Linda.

Com ele fiz a minha primeira entrevista com alguém envolvido em um fato histórico da minha região. A conversa fluiu franca e aberta e o rolo de fita K7 parecia pouco para tanto papo.

Muito bem recebido pelo antigo membro do bando de Lampião

Em um dado momento do nosso diálogo, sem maiores pretensões, sapequei a seguinte questão “-Mas Seu Né, o Senhor se considerava um bandido?”.

Nessa hora percebi que tinha passado uma linha meio complicada das memórias daquele homem. Deu para ver que sua mulher ficou nitidamente tensa. Primeiramente ele me olhou primeiramente de um jeito inquisitivo e depois relaxou. Vai ver que percebeu que a minha pergunta não tinha malícia. Mas foi a segurança de sua resposta, sem nenhuma grosseria, que eu jamais esqueci…

“-Eu nunca fui bandido, fui cangaceiro!”.

Aquela resposta criou em mim um desejo enorme de entender porque aquele homem tinha aquele pensamento, tinha aquela identidade. Desse dia em diante eu compreendi que, não apenas a história do cangaço, mas praticamente muitos aspectos ligados a história do Nordeste do Brasil é bem mais complexa do que podemos imaginar. E você só obtém respostas se cair em campo, elas não caem do céu e na vida real o “CRTL-C & CRTL-V” é uma piada.

As palavras de candeeiro conseguiram abrir em mim uma dimensão que não percebia. Até então a ideia que tinha era que os cangaceiros eram tão somente marginais, foras da lei. Para corroborar esta minha ideia, bastava olhar uma das antigas fotos dos grupos de cangaceiros e ver alguns crimes saltavam aos olhos; ali estava bem caracterizado o bando, ou formação de quadrilha e o uso de armas restritas as Forças Federais (como não sou da área de Direito posso errar na informação do crime).

Pois bem, depois de ouvir a firme diretiva do ex-cangaceiro Candeeiro, comecei a perceber que ali havia uma forte ideia de identidade. De uma identidade própria, estranha, exclusiva e dela o Seu Né, pelo menos naquela fase de sua vida, muito se orgulhava. Talvez seu orgulho fosse o mesmo que um militar sente de sua farda, de sua patente e de suas medalhas. Comecei a ver que se os tais “Guerreiros do Sol” eram só bandidos, porque a roupa tão marcante? A mesma roupa que alcançaria uma inigualável e única característica.

Segundo os jornais afirmam  o Seu Manoel Loiola ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.


Segundo o meu amigo José Mendes, de Mossoró, este é Cadeeiro nos tempos do cangaço- http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2011/04/porque-reuniao-no-coito-do-angico.html

Ele me comentou que entre o momento que entrou no cangaço, até a morte de Lampião, aqueles foram momentos inesquecíveis de sua vida.

Os jornais comentam que Candeeiro afirmou que nos quase dois anos que ficou no bando tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião, exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Estava na Grota do Angico, quando da morte de Lampião e Maria Bonita e figurou entre os que conseguiram escapar. No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. Candeeiro recebeu um balaço no braço, que deixou uma cicatriz e por esta razão sempre andava de camisa de manga longa. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipoia. 

Com ele estavam outros 16 cangaceiros e cumpriu dois anos na prisão.


Por este sertão afora em busca de sua história, de sua gente, de sua cultura e de sua gênese

Aquele encontro em outubro de 1999 foi extremamente estimulante para que eu continuasse saindo por aí, ao longo destes anos percorrendo os caminhos empoeirados atrás da história da minha região. Lembro-me que depois daquele encontro eu já estive em locais como Canudos, locais da passagem da Coluna Prestes, combate do Rio Formoso, Juazeiro do Padim Cícero, Pau da Colher, Caldeirão, os fanáticos da Serra do João do Vale, Missa do Vaqueiro, palmilhando o caminho de Lampião no Rio Grande do Norte, o cangaço e a guerra na região de Princesa, as fortalezas do nosso litoral nordestino e até o tema da Segunda Guerra Mundial, que é tão importante na história da minha amada cidade Natal.

Nessa ideia de conhecer a história da minha região, da qual tenho enorme orgulho de ser natural, o meu desejo é sempre buscar algo mais. E tudo começou com Seu Né.

Requiescant in pace cangaceiro…

P.S. – Bem, sei que alguns poucos daqueles que pesquisam sobre este tema podem até considerar ridículo tantas linhas para falar de um único encontro com este cangaceiro, que não era uma pessoa de ponta dentro do processo estratégico do bando de Lampião e por alguém que não esteve com tantos protagonistas que vararam as caatingas de chapéu de couro de aba quebrada e arma na mão. Tudo bem, mas pelo menos eu consegui extrair do contato com este ser humano algo que se tornou não apenas uma notinha de rodapé em algum trabalho inútil.

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ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES–ASCRIM



CONVITE

EDITAL ASCRIM AGE-014/2019, DE 30.05.2019

A ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES–ASCRIM, TEM A HONRA DE CONVIDAR VOSSA SENHORIA E EXMA. FAMÍLIA PARA OS “ATOS SOLENES” ASCRIM DA AGE-014/2019”, NO DIA 09.07.2019, INÍCIO 08H00MIN(TERÇA-FEIRA) NAS SEGUINTES ORDENS DO DIA:

I-SESSÃO CULTURA HISTÓRICA: I FORUM PERMANENTE HISTORIOGRAFIA DA ORIGEM E CONTINUIDADE DO POVOAMENTO DE MOSSORÓ -FOPHPM-(2ª ETAPA CONCLUSIVA DEFINIÇÃO MARCO ZERO DE MOSSORÓ. TESES DOS EXPOSITORES -DAVID DE MEDEIROS LEITE. PRIMEIRO SUBTEMA:” OS CARMELITAS NA RIBEIRA DO RIO DO CARMO (VISÃO ANTROPOLÓGICA), -MARIA DA CONCEIÇÃO MACIEL FILGUEIRA.SEGUNDO TEMA: “OS PRIMEIROS POVOADORES DE MOSSORÓ” (VISÃO SOCIOLÓGICA E HISTÓRICA.

II-SESSÃO INSTITUCIONAL ASCRIM: “LAUREADAS HOMENAGENS, “IN MEMORIAN”, AO DR. MILTON MARQUES DE MEDEIROS, “INSTITUÍDO PATRONO DA ASCRIM”. OUTORGA DE MEDALHAS “ASCRIM/TCM TRIBUTO CULTURA E TELEVISAO DR. MILTON MARQUES DE MEDEIROS”, CHANCELA DA EXMA. PRESIDENTE DA TCM DRA ZILENE CONCEIÇÃO CABRAL FREIRE DE MEDEIROS. PUBLICAÇÃO OFICIAL IMPRESSA DO EDITAL DE FUNDAÇÃO E INSTALAÇÃO DA ACADEMIA DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ACADEM, CHANCELADO NAS TÉLICASRESOLUÇÕES DA ASCRIM.

III-SESSÃO QUADRO DE HONRA DA INTELECTUALIDADE: LANÇAMENTO“MEMORIAL DO CENTENÁRIO DOS IMORTAIS”, 1º TITULAR RAIMUNDO NONATO CAVALCANTI NUNES/GUARDIÃO DO TÍTULO, Pe. SÁTIRO CAVALCANTI DANTAS.INDICAÇÃO DR. ELDER HERONILDES DA SILVA-PRESIDENTE DA AMOL.“II SEMANA TRIBUTO CULTURA DR. MILTON MARQUES DE MEDEIROS” E II FESTIVAL DIVERSIDADE CULTURAL ASCRIM-II FDCAABERTO PARA EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS AUTORAIS, DE 09 A 13.07.2019. 09H40MIN AS 14H00MIN.“OUTORGA COMENDA ESTRELA ASCRIM TRIBUTO DA PRIMEIRA ORDEM PRESIDENCIÁVEL”.

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-Presidente da ASCRIM-

EVENTO: 09.07.2019=INÍCIO:08:00HS, no Auditório da Biblioteca Municipal Ney P. Duarte. PRAÇA DA REDENÇÃO JORNALISTA DORIAN JORGE FREIRE–CENTRO, MOSSORÓ(RN).
CONTATOS 84-99150-8664 ou email asescritm@hotmail.com
P.S.: DETALHES NO EDITAL AGE-014/2019.

Enviado pela ASCRIM

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