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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A força do FESMUZA.

Escreveu: Francisco Alves Cardoso – 09/07/2013

Já estamos vivendo às vésperas do Festival de Músicas Gonzagueana, a maior festa nordestina em homenagem a Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”.

É uma promoção sem fins lucrativos, que já está vivendo o sexto ano, realizada na Comunidade São Francisco, a chamada Fazenda Cidade, encravada no município de São João do Rio do Peixe (PB).

A tradicional festividade acontecerá nos dias 23 e 24 de agosto próximo, promovida pelo Grupo União São Francisco, com apoio do “Caldeirão Político”, prefeitura de São João do Rio do Peixe e o FIC Augusto dos Anjos.

Toda a programação acontece no Parque Cultural “O Rei do Baião”, onde estão encravadas as seguintes obras em homenagem ao Gonzagão: Galeria “Azulão Santiago”, Gruta das Saudades “Helena Gonzaga”, Casa do Pensador, Casa dos Sanfoneiros “Seu Januário”, Jardim da Meditação, Quadra “Antônio Alcino”, Sala dos Colunistas, Sala dos Poetas e Repentistas, Recanto do TAS-FERCASA, Casa de Reboco, Praça do Gonzagão, Casa dos Amigos do “Rei do Baião” e a estátua do Cristo Redentor na entrada do Parque.

Durante as festividades do corrente ano, serão inaugurados: Os Caminhos dos Seguidores do “Rei do Baião”, Dormitório do Parque, Sala dos Jornalistas, Sala dos Sócios Beneméritos, Sala dos Escritores Amigos do “Caldeirão Político”, além da colocação de bustos que relembram grandes figuras que lutaram e ainda lutam pelo progresso da região, tais como: O Mito José de Moura, o Padre João Cartaxo Rolim, Lampião, Padre Cícero Romão Batista, José Nello Zerinho Rodrigues, Senhor Alexandre, Luiz Peixoto da Silva, Poeta Ronaldo Cunha Lima, Monsenhor Luiz Gualberto de Andrade, Professora Vilany Pereira. Recepcionando turistas e gonzagueanos encontra-se a imagem de São Francisco, bem em frente a entrada do Parque.

As inaugurações serão feitas no dia 23, com a presença de artistas de vários recantos do Nordeste. No dia 24 será realizado o VI FESMUZA, com a participação de inúmeros sanfoneiros de estados nordestinos, como acontece a cada ano. Serão distribuídos quinze mil reais em prêmios aos vencedores do FESMUZA, além de troféus alusivos à promoção.

Uma das grandes atrações da festa de Gonzaga é o CONPOZAGÃO – Concurso de Poesia em homenagem ao Gonzagão, com a participação de poetas do Brasil inteiro. Este ano teremos também a realização do VAQUEIZAGÃO, uma homenagem especial aos vaqueiros regionais.

Para 2013 estão sendo aguardadas milhares de pessoas dos estados da federação. Todos os preparativos já estão sendo organizados por uma comissão de alto nível. A segurança é um dos pontos altos do VI FESMUZA, para que todos se sintam à vontade no Parque Cultural.

FONTE: 
http://www.caldeiraodochico.com.br/a-forca-do-fesmuza

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
José Romero Araújo Cardoso

Moção Luiz Zanotti

Por: Wescley Rodrigues
Wescley Rodrigues

Caros(as),

Abaixo segue a moção de apoio do pesquisador Luiz Zanotti em prol do restauro da casa grande do sítio Jacu.

Cordialmente

Prof. Wescley Rodrigues


Paraná, 10 de julho de 2013.

Prezados senhores,

Os pesquisadores do fenômeno do Cangaço, que tive a enorme satisfação de conhecer durante o Cariri Cangaço, trazem para a sociedade brasileira um verdadeiro exemplo de como devemos tratar a cultura nacional: com carinho, mas sem perder a rigorosidade da ciência. Desta forma, esta pequena voz do Sul vem se unir a estes baluartes e guardiões de tão enorme tesouro no pleito pelo museu, pois assim como afirma José Marti, um dos pensadores da revolução cubana: Sem cultura, não há liberdade.

Prof. Dr. Luiz Zanotti
Unicentro-Paraná

Enviado pelo professor e pesquisador do canga: Wescley Rodrigues

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Primeiro Código de Postura de Mossoró - 07 de Julho de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 15 de março de 1852, através da Lei Provincial de nº 246, o povoado de Santa Luzia de Mossoró passou a categoria de Vila. Essa medida estabeleceu a criação da Câmara, emancipando-se politicamente da cidade de Açu. O primeiro governante a assumir a Intendência da Vila de Mossoró foi o Pe. Antônio Freire de Carvalho, cargo esse equivalente ao de Prefeito, para o período de 1853 a 1856. Entre as realizações desse período, destacamos: a criação de um distrito de paz na povoação de São Sebastião, atual Gov. Dix-sept Rosado, uma cadeira de primeiras letras para o sexo masculino, também na mesma povoação, criação de uma mesa de rendas provincial e a fundação, a 2 de fevereiro de 1855, da irmandade de Santa Luzia. Foi também nesse período, que através da Resolução nº 305, de 18 de julho de 1855, foram aprovadas as primeiras posturas da Câmara Municipal da Vila de Mossoró. Era um documento bastante rígido, que disciplinava a convivência dos moradores da vila, prevendo multa e prisão para quem deixasse de observar os seus artigos. 
               
Com relação a edificação de novos prédios, previa:

Artigo 1º - Pessoa alguma poderá levantar casas, ou qualquer edifício dentro do quadro da vila sem licença da Câmara, e assistência do fiscal, obtendo bilhete de aforamento do terreno, afim de ser este alinhado; os contraventores sofrerão a multa de 6$ rs., ou 8 dias de prisão. 
                
Artigo 2º - As casas, que se erigirem, terão as portas com 10 palmos de altura e 5 de largo; a frente com 14 de altura, e as calçadas com 6 de largura, sendo umas e outras de pedra ou tijolo; os contraventores sofrerão a multa de 10$000 rs., ou 4 dias de prisão. 

Artigo 3º - As ruas terão entre si a distância de 60 palmos, os becos e ruas travessas 30, e os quintais, além de serem de tijolo ou madeira, terão de comprimento até 80 palmos; os contraventores sofrerão a multa de 8$000 rs., ou 4 dias de prisão. 
                
Artigo 4º - Os proprietários e inquilinos desta vila, serão obrigados todos os anos no mês de agosto a mandar limpar o terreno das frentes e dos fundos dos quintais de suas casas. No espaço de 3 braças, deixando nesta limpa o capim, sob pena de 2$ rs. De multa ou 4 dias de prisão. 
                
Com relação a assuntos de ordem geral: 
               
Artigo 11º - Igualmente proíbe-se cães e porcos soltos dentro da vila, ficando o fiscal incumbido de matá-los em correição. 
                
Artigo 13º - Toda a pessoa que consentir em sua casa jogos proibidos, entrando neles filhos, fâmulos ou escravos, será multada em 4$ rs., ou sofrerão 8 dias de prisão, e os jogadores recolhidos à cadeia por 24 horas. 
                
Artigo 18º - Os lojistas, taberneiros, donos de açougues e lavradores, são obrigados a ter pesos e medidas aferidas na forma do padrão da Câmara, e verificada a falsidade deles, pagarão os donos das medidas ou pesos 4 $ rs., de multa, ou 2 dias de prisão. 
                
Artigo 19º - São pesos e medidas da Câmara; 
                
§ 1º - vara e côvado, segundo o padrão geral 
               
§ 2º - Terça na razão de cinco tigelas ordinárias e proporcionalmente meia quarta, quarta, etc. 
               
§ 3º - Meio quartilho, metade e contra-metade, segundo o padrão geral. 
               
§ 4º - Meia libra na razão de $360 rs., em dobrões: uma libra, 2 libras, proporcionalmente. 
                
Artigo 23º - É proibido lançar-se animais mortos, ou outra qualquer cousa de natureza corruptível, nas ruas desta vila, alagoas, poços e cacimbas, sob pena de 4 $ rs., de multa, ou dois dias de prisão. 
                
                
Nem a igreja estava fora do Código, pois no mesmo previa: 
                
Artigo 5º - O administrador dos bens patrimoniais de Santa Luzia desta vila mandará, no mês de agosto, limpar no espaço de três braças, os matos que estiverem em roda da igreja, sob pena de ser multado em 4$ rs., todas as vezes que faltar a sua obrigação. 
                
Artigo 24º - É igualmente proibido dar-se ritos a qualquer hora dentro da vila e povoações do município, salvo nas festividades da igreja, devendo em um e outro caso proceder licença da autoridade respectiva. Os contraventores sofrerão 4$ rs., de multa ou 2 dias de prisão. 
               
Foi esse, em resumo, o primeiro Código de Postura sancionado por Bernardo de Passos, presidente da Província do Rio Grande do Norte, por S.M. o Imperador a quem Deus guarde, etc., no Palácio do Governo do Rio Grande do Norte na cidade do Natal, com data de 18 de julho de 1855, trigésimo quarto da Independência e do Império.

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É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Moção Sabino Bassetti

Por: Wescley Rodrigues
 

Caros(as),

Abaixo segue a moção de apoio do pesquisador Sabino Bassetti em prol do restauro da casa grande do sítio Jacu.

Cordialmente
Prof. Wescley Rodrigues

Sabino Bassetti

Salto – SP, 10 de julho de 2013.

 Exmo. Prefeito do Município de Nazarezinho - PB, Sr. Salvan Mendes Pedrosa,

Eu, José Sabino Bassetti, pesquisador sobre o cangaço e amante da história nordestina, em apoio ao Grudo de Estudos do Cangaço do Ceará - GECC, a outros pesquisadores e entidades, venho pedir as autoridades competentes deste município, o empenho na restauração da casa de Chico Pereira localizada na Fazenda Jacu.

O imóvel acima referido faz parte da rica história nordestina, sendo protagonista de tão importante movimento social, destacadamente na região.

A restauração do imóvel acima citado, seria um marco positivo na sua gestão, e muito ajudaria a manter viva uma história de tanto valor histórico cultural.

Peço encarecidamente sua máxima atenção ao referido assunto, e antecipadamente agradeço em nome de todos.

José Sabino Bassetti
Escritor e Pesquisador

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

ZÉ OLÍMPIO, ZÉ DE JULIÃO, A PRÉ-ESTREIA NO CINEMA DO CABRA DE LAMPIÃO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

ZÉ OLÍMPIO, ZÉ DE JULIÃO, A PRÉ-ESTREIA NO CINEMA DO CABRA DE LAMPIÃO 

Aracaju, 10 de julho de 2013. Noite fria, chuvisquenta, já passava das seis e meia da noite quando cheguei pelos arredores do Cine Vitória, na Rua do Turista, centro da capital sergipana, para assistir à pré-estreia nacional do filme “Aos ventos que virão”, do premiado cineasta Hermano Penna. Amanhã a exibição será na Praça de Eventos da cidade de Poço Redondo, a partir das oito da noite. E justo que seja assim. Mais adiante direi por quê.

Desde muito que eu esperava por esse momento, ansiava para ver na tela a história baseada na saga de José Francisco de Nascimento, ou Zé de Julião, ou ainda Cajazeira, alcunha recebida quando, ao lado de sua esposa Enedina, integrou o bando de Lampião. Sua amada acabou sendo uma das vítimas da Chacina de Angico, a 28 de julho de 38. Ele conseguiu e escapar, mas daí em diante viveria outros martírios.

O cangaceiro Zé de Julião
P
or diversas razões esperava a estreia do filme do Penna. Em primeiro lugar, porque abordando a vida de um ex-cangaceiro e seu reencontro com um mundo não menos injusto daquele vivenciado no bando do Capitão; em segundo lugar porque quase totalmente filmado nas terras de meu berço de nascimento, minha querida Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, ou apenas Poço Redondo, como tantas vezes é citado na película. E contando com a participação de muitos conterrâneos.


Em terceiro lugar - e primordialmente - porque naquele filme e naquela trama estavam muito de meu pai Alcino Alves Costa. Ora, foi ele quem foi buscar nos escondidos da história a saga desse seu conterrâneo e a trouxe, nas letras de primorosa pesquisa, para o conhecimento da geração da desmemória e do esquecimento. Foi ele quem fez reviver Zé de Julião para o mundo e chegar ao conhecimento de Hermano Penna.

Ana Lúcia e Alcino Alves Costa

Com efeito, foi a partir de conversas entre Alcino e o cineasta que este tomou conhecimento da saga desse sertanejo de família abastada, sonhador, e que um dia resolveu entrar para a vida cangaceira como forma de mostrar sua insatisfação com as injustiças e perseguições policiais de então. Ao sobreviver à morte do líder cangaceiro, buscou na política dar voz aos seus anseios de transformação. E pagou com a própria vida o sonho de ser prefeito de seu recém criado município.

O cineasta, que em Poço Redondo filmou o documentário “A mulher no cangaço” (1976) e o premiadíssimo longa “Sargento Getúlio”, ouviu de Alcino aquela história e prometeu que se debruçaria num projeto para transformar em filme as desventuras desse jovem sertanejo. Assim surgia o renascimento, dessa vez cinematográfica, daquele que percorreu os caminhos do idealismo, da vida cangaceira e da política. Chegou a ser candidato a prefeito por duas vezes, e nas duas sendo perseguido e fraudado pelas forças políticas de então. Mas cuja persistência o levaria a ser covardemente assassinado.

Contudo, não é essa história, ao menos na sua inteireza e realidade, que é mostrada no filme “Aos ventos que virão”. É sabido que o cineasta encontrou diversos problemas para levar adiante seu projeto, e dificuldades criadas por alguns familiares do próprio Zé de Julião e também para evitar reacender rixas e suspeitas antigas, vez que as causas do assassinato ainda não foram totalmente reveladas. Todos conhecem a verdade, mas preferem não mexer em palheiro adormecido no silêncio das vinditas.

Os problemas encontrados para filmar fizeram com que Penna modificasse sensivelmente a história. Zé de Julião se transformou em Zé Olímpio; no filme, o seu casamento se dá após o fim do bando de Lampião, quando já estava acompanhado de sua esposa na vida cangaceira; o seu destino sulista é o Rio de Janeiro, mas a película opta por São Paulo; foi candidato a prefeito por duas vezes, quando apenas uma é considerada por Penna; não morreu assassinado na prisão, mas nas caatingas de Poço Redondo, enquanto retornava do sul do país para retomar sua vida política, vez que continuava sendo perseguido pela sua condição de ex-cangaceiro e, principalmente, como forte liderança partidária.

Os que se debruçam sobre a história na tela sem conhecer mais profundamente a verdadeira saga de Zé de Julião, certamente que encontram um filme perfeito, refletindo a maestria do cineasta. Contudo, quem já enveredou pela trama verdadeira sente um pouco de desapontamento. Principalmente porque a história verdadeira é mais bonita e intrigante.

(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.

Poeta e cronista
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