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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

TRINITY É O MEU NOME | TERENCE HILL & BUD SPENCER | MELHOR FILME DE FAROESTE EM PORTUGUÊS

https://www.youtube.com/watch?v=ZtrDIHDMc1A&ab_channel=Grjngo-FilmesdeFaroeste

Filme de Faroeste estrelado por Bud Spencer e Terence Hill: Trinity é o Meu Nome - Dois patetas que seriam pistoleiros (Terence Hill, Bud Spencer) ao lado de colonos mórmons contra bandidos mexicanos. Trinity é o Meu Nome (1970) Diretor: Enzo Barboni (como E.B. Clucher) Escritores: Enzo Barboni (história e roteiro) (como E.B. Clucher), Gene Luotto (diálogo) Estrelas: Terence Hill, Bud Spencer, Steffen Zacharias País: Itália Idioma: Português Data de lançamento: 22 de dezembro de 1970 (Itália) Também conhecido como: Chamam-me Trinity Locais de filmagem: Desierto de Tabernas, Almería, Andalucía, Espanha História: Um vagabundo chega à cidade onde seu irmão é xerife. Seu irmão é na verdade um ladrão que quebrou a perna do verdadeiro xerife e o deixou para morrer, e se tornou xerife para se esconder. Eles se unem contra o barão terrestre local que está tentando se livrar dos colonos mórmons em um vale que ele deseja possuir. Revisões: "Em 1970, o gênero spaghetti ocidental parecia cansado, até que Enzo Barboni fez esta brincadeira amigável. Terence Hill interpreta a 'Trindade' do título, um pistoleiro de olhos azuis tão descontraído a ponto de fazer com que 'O Homem Sem Nome' pareça o The Milky Bar Kid. Juntamente com seu irmão 'Bambino', um gigante barbado de um homem retratado por Bud Spencer, eles vêm em auxílio de uma comunidade mórmon sob a ameaça de um proprietário de terras ganancioso interpretado por Farley Granger. Hill e Spencer fazem um grande ato duplo. O filme consegue ser hilariante sem ser rude ou ofensivo. Entre os destaques estão Trinity filmando um homem morto sem que uma vez se vire, alguma cirurgia improvisada para remover uma bala ( usando uísque como anestésico ) e, é claro, o clímax no qual os mórmons normalmente passivos se envolvem na batalha com os homens do Major. Ótima música aqui! Sem surpresas, o filme bateu recordes de bilheteria na Itália e levou a uma seqüência 'Trinity Is Still My Name' que, infelizmente, não foi tão boa assim". - Escrito por "ShadeGrenade" no IMDb.com Também conhecido como (AKA): (título original) Lo chiamavano Trinità... Argentina Me llaman Trinity Austrália They Call Me Trinity Brasil Chamam-me Trinity(ortografia alternativa) Brazil Eles Me Chamam Trinity(Título alternativo) Brasil Trinity é o Meu Nome Bulgária Наричат ме Света Троица
Canada They Call Me Trinity (Inglês) Chile Mi nombre es Trinity República Tcheca Pravá a levá ruka d'ábla Tchecoslováquia Pravá a levá ruka d'ábla Dinamarca De kalder mig Trinity Finlândia Nimeni on Trinity(título da caixa de vídeo) Finlândia Nimeni on Trinity - paholaisen oikea käsi Finlândia Nimeni on Trinity -Paholaisen oikea käsi(título da caixa de vídeo) Finlândia Dom kallar mig Trinity - djävulens högra hand(sueco) França On l'appelle Trinita Alemanha Die rechte und die linke Hand des Teufels Grécia Ήταν σκληρός και τον έλεγαν Τρινιτά Τρινιτά Grécia Το όνομά μου είναι Τρινιτά(título da reemissão) Hong Kong Lo fu lat sou(Cantonês) Hong Kong Lao fu shuai xu(Mandarim) Hungria Az ördög jobb és bal keze Ireland They Call Me Trinity(Inglês) Israel They Call Me Trinity(Inglês) Itália Lo chiamavano Trinità... Japão Fûraibô/Hana a yûhi a raifuru a raifuru a... Japão 花と夕日とライフルと... 風来坊(japonês) Netherlands De linker- en de rechterhand van de duivel(título literal informal) Norway De kaller meg Trinity(TV Title) Noruega Trinity - Djevelens høyre hånd Peru Me llaman Trinity Filipinas Just Call Me Trinity(Inglês) Polônia Nazywam się Trinity Portugal Trinitá - Cowboy Insolente Romênia Mi se spune Trinity Eslováquia Pravá a l'avá ruka diabla Eslovênia Ime mi je Trinita Eslovênia Moz po imenu Trinita Slovenia Trojica(título da reemissão) Coréia do Sul 내 이름은 튜니티 União Soviética Меня зовут Троица(Russo) Espanha Le llamaban Trinidad Suécia Dom kallar mej Trinity - djävulens högra mão Suécia Trinity - Djävulens högra hand(TV Title) Ucrânia Його звали Трійця Reino Unido They Call Me Trinity Estados Unidos They Call Me Trinity Estados Unidos My Name Is Trinity Venezuela Me llaman Trinity Alemanha Ocidental Die rechte und die linke Hand des Teufels Mundo afora They Call Me Trinity(Inglês) Iugoslávia Covekot narecen Trinita(Macedônia) Iugoslávia Covjek zvani Trinita(Sérvio) ✘ Página web: https://www.grjngo.com NOS APÓIE! ✘ Filiação - https://bit.ly/36rWoAA MAIS FILMES! ► Filmes do velho oeste: https://bit.ly/2CrYhkc ► Spaghetti Western: https://bit.ly/3hitBka ► Todas as Playlists: https://bit.ly/39fiPby #western #filmes #faroeste COPYRIGHT: Todos os filmes publicados por nós são licenciados legalmente. Adquirimos os direitos (pelo menos para territórios específicos) dos titulares dos direitos por contrato. Se você tiver alguma dúvida, envie um e-mail para: info@amogo.de, Amogo Networx - The AVOD Channel Network, www.amogo-networx.com.

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CANGAÇO: GORGULHO ELIMINA BADU FEITOSA

 Por Fatos na História

https://www.youtube.com/watch?v=gYG5c_Hgn28&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

"...Badu agora era cangaceiro, como sempre deveria ter sido, e estava certo de que não havia sido reconhecido. Mané moreno não se conteve: foi correndo contar à companheira a grande novidade... No dia seguinte, depois de terem ido ao Travessado beber leite de vaca tirado na hora por Joãozinho Nicolau, todos os cabras animados, de estômago forrado, foram reunir-se na beira do riacho. Áurea também foi. Badu estava descontraído, sentia-se à vontade com os novos companheiros. De repente os cangaceiros fizeram um círculo, deixando o novato no centro. Áurea aproximou-se dele..."
Referências: "Lampião, a Raposa das Caatingas", de José Bezerra Lima Irmão Imagens: ."O CANGACEIRO" (1953) .Lampião Aceso .Caiçara dos Rios dos Ventos .Cariri Cangaço .Blog do Mendes e Mendes .Internet

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CANGAÇO: O VALENTE CABILA CONQUISTA O RESPEITO DE LAMPIÃO

 Por Fatos na História

https://www.youtube.com/watch?v=9QiDSj6Lcrc&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

"...Lampião, antes de seguir seu rumo, aconselhou Cabila a não comentar que ele havia passado por ali... Minutos depois, chegava à morada de Cabila uma numerosa volante..." Referências: "Lampião em Paulo Afonso", de João de Sousa Lima Imagens: .Pexels .iStock .Cariri Cangaço .Lampião Aceso .Benjamin Abrahão
.Mulher Nordestina .Internet

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ATI, PRESENTE NA HISTÓRIA DO CANGAÇO.

 Por Luís Bento



Foto, calçada da antiga Capela Senhora Santana do então distrito Macapá hoje Jati. Acervo Luis Bento.



Jati, corredor de Cangaceiros e Volantes,

caminho de Almocres, Padres e Romeiros.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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MANÉ NETO OBRIGA ANTÔNIO DA PIÇARRA A TRAIR LAMPIÃO

Por Cangaço Eterno
https://www.youtube.com/watch?v=KABasdOsRCk&ab_channel=Canga%C3%A7oEterno

Iniciamos hoje ( 13 ) nossos cortes das lives, afim de trazer momentos importantes relatados pelos pesquisadores nos programas.

Veja essa incrível história relatada por Wilson da Piçarra.

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ANTÔNIO MARROCOS DE CARVALHO, UMA VÍTIMA DO APOGEU CORONELISMO.

Por Luís Bento - Diretor de Cultura

Residência de Antônio Marrocos de Carvalho no distrito Macapá hoje Jati- CE - FOTO- LUIS BENTO.

Revirando os guardados encontrei uma preciosa fonte de: Josefa Nunes de Sá- In Memoriam , Zefinha de Ulisses. Prima legítima de Antônio Marrocos, cobrador de impostos do então distrito Macapá atual Jati- CE.

Comentava Dona Zefinha que, politicamente crescia Marrocos aos olhares da população distrital, isso gerava incômodo as lideranças políticas de jardim, sede do distrito. Marrocos mesmo sendo fiscal de arrecadação do distrito, muitas as vezes discordava pela quantia dos tributos encaminhado aos cofres públicos de Jardim, enquanto nada de benefício era distribuído ao distrito Macapá. Macapá era o maior distrito em população e arrecadação. Marrocos era defensor de um futuro desmembramento do distrito Macapá com a cidade sede. Tinha sonho que futuramente a emancipação política acontecesse e o distrito fosse elevado à categoria de cidade. " Esse era um sonho de Marrocos".

Foto - Antônio Marrocos de Carvalho - arquivo- Josefa Nunes de Sá.

As ideias de Marrocos, deixava os líderes situacionistas de Jardim de orelha em pé. Começaram a bolar planos estratégicos para parar Marrocos.

Planos:

- Marrocos, é denunciado como protetor de Virgulino Ferreira da Silva o cangaceiro Lampião.

- Marrocos, por duas vezes escapa de emboscada a caminho de Jardim, quando ia deixar os tributos da arrecadação do distrito.

Antigo Distrito Macapá - atual Jati-CE - Largo Luis Bezerra ( Calçadão ).

- Marrocos, em primeiro de fevereiro do ano de 1927, é covardemente assassinado com um tiro pelas costas na fazenda guaribas de chico chicote no município de Porteiras-CE.

" Marrocos, Morreu pela independência de sua terra, pela liberdade de seu povo. Nunca foi homenageado com uma rua em seu nome".

https://www.facebook.com/luis.bento.39142/posts/pfbid02oVHRoHNLhU3skDiQ6JHqFS96FcgynmASCPHsyU6iKiK5d92xrbigJ81QpBEoquQAl

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EPITÁCIO ANDRADE NO RASTRO DO "CANGACEIRO ROMÂNTICO"

Coroné Severo, curador do Cariri Cangaço e Dr. Epitácio Andrade na ocasião da última reunião extraordinária da SBEC em Fortaleza. Imagem ripada no Blog da Folha Patuense.

Se o cangaço Lampiônico tem essa notória infinidade de amantes faço saber aos amigos que está se revitalizando e conquistando novos adeptos o Movimento dos "Jesuinistas" através do empenho do Dr Epitácio Andrade.

Vamos conferir uma de suas entrevistas concedida a Gilberto Cardoso dos Santos. O pesquisador relata os detalhes dos seus projetos e sobre a produção literária, musical, teatral, e audiovisual a respeito do cangaceiro Potiguar.

Dr. Epitácio! Fale-nos sobre sua pessoa, profissão e trabalhos que tem desenvolvido.

- Sou médico psiquiatra por formação. Pertenço ao quadro de saúde da Polícia Militar e do Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado, em Natal, onde resido. Trabalho em várias cidades do estado. Nasci em Catolé do Rocha/PB, “a praça de guerra”, como chama o conterrâneo Chico César, e fui criado no Patu, no médio-oeste potiguar, terra natal de Jesuíno Brilhante.

Desde quando surgiu seu interesse pelo fenômeno do cangaço e o que o motivou a estudar o tema com tanto empenho?

- Herdei o meu nome do meu pai Epitácio Andrade, ex-prefeito de Patu, que foi aluno do Professor Raimundo Nonato, no Colégio Diocesano de Mossoró. Doutor Raimundo Nonato é o autor de “Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico”, sendo, portanto, o principal biógrafo de Jesuíno. Na minha infância, os meus pais recebiam e acolhiam o Professor Nonato em nossa residência em Patu, quando ele vinha pesquisar no acervo da casa paroquial. Talvez por meu nome significar “ofício de estado”, sentia-me na obrigação de acompanhá-lo em suas investigações. Posteriormente, passei a entender o resgate da nordestinidade como um ofício de Estado.

Fale-nos, em linhas gerais, sobre a figura do cangaceiro Jesuíno Brilhante e sobre o que mais chama sua atenção na pessoa dele. 

- Jesuíno Alves de Melo Calado, “Jesuíno Brilhante”, apelido para homenagear um tio, nasceu no Sítio Tuiuiú, na zona rural de Patu, no Oeste do Rio Grande do Norte, em 2 de janeiro de 1844, e morreu na Comunidade rural Santo Antônio, em São José de Brejo do Cruz, na fronteira paraibana, em dezembro de 1879. A sua capacidade de transformar a tragédia cotidiana sertaneja em questão política, acredito ser sua característica mais louvável.

Há alguma associação entre seus estudos na área da psiquiatria e o tema do cangaço? Do ponto de vista psiquiátrico, poder-se-ia dizer que Jesuíno Brilhante, mesmo tendo vivido uma vida tão fora do comum, fosse uma pessoa normal?

- A violência é o principal fator estressogênico na sociedade contemporânea. Estudar os seus determinantes sociais ajuda a compreender o sofrimento psíquico das pessoas. No “Banquete dos Signos”, o poeta de Brejo do Cruz diz assim: “Discutir o cangaço com liberdade é saber da viola, da violência...”, fazendo-nos acreditar que compreendendo conflitos familiares e outros determinantes do cangaço, poderemos elaborar mecanismos de superação da violência humana, com arte, com poesia, com música. Jesuíno era um sertanejo comum até ser vítima da violência, quando partiu para o cangaço. Neste caso é preciso parafrasear outro poeta: “De perto, ninguém é normal”.

Seus estudos são direcionados exclusivamente à saga de Jesuíno brilhante ou outros personagens e fatos relativos ao cangaço entram em pauta?

- Entrei para a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço a convite de Kydelmir Dantas, em 2005, quando apresentei a tese: “A Importância Histórico-social do Cangaço de Jesuíno Brilhante”, defendida numa sessão de estudiosos do cangaço, no museu Lauro da Escóssia, em Mossoró. Realizei pesquisa etnográfica sobre o cangaceiro Liberato Cavalcanti de Carvalho Nóbrega, contemporâneo de Jesuíno Brilhante, inspirando o Poeta Gil Hollanda a compor o cordel “O delegado que virou cangaceiro”. Produzi, em parceria com o Coronel PM/RN Ângelo Mário de Azevedo Dantas, o artigo: “O Fogo da Caiçara – Início da Resistência ao Bando de Lampião no Rio Grande do Norte”. No momento, estou empenhado na viabilização de lugares de memória do cangaço, uma consequência direta da aprovação da dissertação de mestrado da Professora Lúcia Souza, de quem fui coorientador.

Do ponto de vista psiquiátrico, como analisa o desejo de justiça e vingança inerente ao ser humano que busca fazer justiça com as próprias mãos?

- A prática da vingança é a realização da justiça com as próprias mãos, que consiste na persistência de impulsos heterocidas primitivos do animal humano. Do ponto de vista social, é a manutenção da lei do Talião: “Dente por dente, olho por olho”. É a contramão dos caminhos civilizatórios.

Trace um quadro comparativo entre Jesuíno Brilhante e Lampião.

- Estou formulando um projeto de pesquisa que procura contextualizar a história das principais lideranças do cangaço (Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino, Lampião e Corisco) com a evolução do diagnóstico da personalidade psicopática. Estou com 45 anos e acredito que levarei até o resto da vida pra concluí-lo, se chegar a concluir. Este projeto permitiria desenvolver, como técnica de investigação científica, uma espécie de “necrópsia psiquiátrica”. Como tenho consciência que esta não é uma tarefa para uma pessoa só, estou recebendo o suporte teórico de autoridades do campo psiquiátrico e contatando Psicólogos para ingressarem no projeto; e vou solicitar a colega Psiquiatra Suzana Brilhante, da descendência de Jesuíno, uma colaboração para esta formulação científica. Utilizo este comentário para justificar a dimensão da complexidade da resposta a sua pergunta. Se fosse realmente traçar um paralelo entre Jesuíno e Lampião, apresentaria inferências históricas, não conseguiria, no estado atual do conhecimento científico, descrever, fidedignamente, suas personalidades.

O que, de seu conhecimento, já se produziu em termos de literatura culta ou popular e arte cinematográfica sobre a pessoa de Jesuíno Brilhante? Que trabalhos destacaria?

- Podemos dividir a produção literária sobre o cangaço de Jesuíno Brilhante em autores memorialistas, como Raimundo Nonato, José Gregório, Alicio Barreto, Frederico Pernambucano de Mello e Luiz da Câmara Cascudo, que fica na transição com os ficcionistas, como Rodolfo Teófilo e Gustavo Barroso. O menestrel Ariano Suassuna dedicou seu romance “A Pedra do Reino” a Jesuíno Brilhante. A literatura de cordel é extremamente significativa para a memória do cangaço, sendo cordelistas importantes: Rodrigues de Carvalho, autor do “ABC de Jesuíno”, Gil Holanda, Luiz Antônio de Malta e Zé de Alzerina. O comunicador Miguel Câmara Rocha editou dois números da Revista “Roteiros de Patu”, que narra o conflito dos brilhantes com os limões, com base no livro “Solos de Avena” de Alício Barreto, editado em 1905. O filme “Jesuíno, o cangaceiro”, do Cineasta ipanguaçuense William Cobbet, produzido em 1972, reveste-se de importância cultural para o Rio Grande do Norte por ter sido o primeiro, integralmente, rodado no estado e o trânsito dos atores, durante as filmagens em Natal, ter originado o nome da “Praia dos Artistas”. Destacaria duas produções culturais sobre o cangaço de Jesuíno: O espetáculo teatral “O Auto de Jesuíno”, do Dramaturgo Ricardo Veriano, editado no período de 2001 a 2008, durante a feira da cultura de Patu, e “Jesuíno Brilhante em História de Quadrinhos”, de Emanoel Amaral e Alcides Sales.

Acha que se tem dado a devida importância à preservação da memória de Jesuíno ou o Rio Grande do Norte peca nesse aspecto?

- Não conheço iniciativas de governo voltadas para o desenvolvimento da memória do cangaço de Jesuíno Brilhante. Só conheço ações independentes, construídas com muitas dificuldades e, praticamente, sem apoio.

Qual a importância de se batalhar para manter viva a memória de uma pessoa com o perfil de Jesuíno Brilhante; seria apenas um hobby ou muito mais que isso?

- O desenvolvimento da memória do cangaço de Jesuíno permite o alargamento da compreensão de nossa história, da história do Sertão, do Brasil e dos fenômenos sociais, ampliando nossos horizontes culturais, favorecendo a criação de alternativas de desenvolvimento sustentável para uma das regiões mais pobres do mundo. Como também, possibilita a superação de ideias e comportamentos preconceituosos, melhorando a consciência política do povo, ajudando a formar massa crítica.

Que projetos tem em mente relativos à preservação da memória de Jesuíno Brilhante?
- Estou empenhado na viabilização de lugares de memória do cangaço, em dois epicentros principais: o município de Patu, lugar de nascimento de Jesuíno Brilhante, onde defendemos a criação de uma reserva ambiental que englobe o conjunto de serras do município, possibilitando a preservação das cavernas que o cangaceiro utilizava como esconderijo e desenvolvimento do turismo ecológico, adsorvendo-se ao turismo centrado no Santuário do Lima; e o outro epicentro é o município de São José de Brejo do Cruz, na Paraíba, lugar da morte do cangaceiro, onde defendemos a implantação de um parque temático do cangaço. Fora destas articulações políticas, estou ultimando a feitura do livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaceiro Jesuíno Brilhante”

O que se conseguiu resgatar dos objetos pessoais de Jesuíno e onde esse material pode ser visto?

- Recentemente, eu e Ricardo Veriano descobrimos uma relíquia que pode ter pertencido ao cangaceiro brilhante. No próximo dia 29 de abril de 2011, em Currais, numa pousada rural, estaremos apresentando o punhal de Jesuíno e estimulando um debate com estudiosos do cangaço para testar a autenticidade da descoberta. Na casa da cultura de Campo Grande/RN, encontram-se a moringa e a garrucha. No museu Lauro da Escóssia, em Mossoró/RN, está o bacamarte “Bargado”. E em Martins/RN, encontra-se o bacamarte de cano curto, pertencente ao acervo do autodidata Júnior Marcelino.

Fale-nos sobre o documentário que produziu sobre o local da morte do cangaceiro.

- Em 2005, produzi o Documentário: “O lugar da Morte de Jesuíno Brilhante”, que apesar das limitações técnicas subsidiou o projeto, que resultou na dissertação de mestrado da Professora Lúcia Souza. O roteiro da produção é centrado no depoimento do cidadão centenário Mário Valdemar Saraiva Leão, fundador da cidade de São José de Brejo do Cruz, que apontou em visita a localidade, chamada “Serrote da Tropa”, na comunidade rural Santo Antônio, como o lugar mais provável da morte de Jesuíno, ratificando as informações dos memorialistas. O documentário tem a participação do cancioneiro octogenário Chico Mota e do repentista Zé de Alzerina, conterrâneo do Sítio Tuiuiú. Uma dupla de descendentes de Jesuíno Brilhante entoa a música de domínio popular “Corujinha”, que era cantada por Jesuíno e seu bando. Ao som de grupos culturais do município, a benzedeira Francisca de Mica encenou um fechamento coletivo de corpos, tradição ritualística dos tempos do cangaço de Jesuíno Brilhante.

 Conte-nos fatos relativos à vida de Jesuíno que fazem parte do imaginário popular mas não têm qualquer base histórica.

- O Professor Raimundo Nonato procurava, insistentemente, alguma certidão de casamento que constasse o nome de Jesuíno Brilhante como padrinho. Nunca conseguiu encontrar. Porém, na história oral do cangaceiro romântico constam inúmeras referências que ele reparava a honra de moças pobres seviciadas pelos filhos dos ricos fazendeiros da região, no seu processo de iniciação sexual, forçando-lhes o casamento. Os apologistas de Jesuíno afirmam que isso ocorria por uma questão puramente ética, que estava relacionada a moral inabalável de Jesuíno. Nossos dados apontam para a determinação econômica da ação do cangaceiro, ou seja, forçando o casamento não-programado, Jesuíno introduzia novos atores sociais na divisão da terra.

Para o senhor Jesuíno deve figurar como herói ou bandido? Por quê?

- Tem-se que contextualizar, historicamente, as ações cangaceiras de Jesuíno. Não devemos fixá-lo num ponto dessa polaridade herói-bandido. A palavra, que julgo mais adequada para a resposta é do antropólogo Roberto da Mata, relativizar.

Como diferencia o fenômeno do cangaço das gangues que controlam certas regiões pobres do Brasil?

- O cangaço é um fenômeno geo-histórico, que ocorreu da segunda metade do século XIX ao início da década de 40 do século XX, principalmente nas áreas rurícolas do Sertão do Nordeste Brasileiro. A alta delinquência é um fenômeno da contemporaneidade, que se espalhar nas grandes cidades, sobretudo, no espaço suburbano. No cangaço não havia intenções de tomada do poder político, simplesmente porque o líder cangaceiro era a incorporação do poder absoluto. Na marginalidade organizada, não há intenções de tomada de poder pela total ausência de um referencial ideológico. Poderíamos pensar várias outras diferenças.

Qual o papel e importância da leitura em sua vida, como se deu sua entrada no mundo dos livros e que autores o influenciaram?

- Comecei a ler influenciado por minha mãe Lourdinha Holanda e pela Professora Raimunda Cleonice Dantas, Dona Nice. Na infância, recebi a influência de Monteiro Lobato. Na adolescência, do médico Ernesto Che Guevara. Para desenvolver os estudos sobre Jesuíno Brilhante, a principal influência, foi, sem dúvidas, do Professor Raimundo Nonato. Já na fase adulta, percebo a influência de Euclides da Cunha, Josué de Castro e do Escritor peruano Mário Vargas Llosa. Quanto ao papel e a importância da leitura, não consigo identificar outro caminho que possa mais contribuir com a busca pela plenitude humana, que não seja o caminho das letras. Por outro lado, Seu João de Artur, que comanda um grupo folclórico e afirma que “a diversão é necessária”, diz que o homem deve ser “ou bem lido, ou bem corrido”.

Cite algum pensamento, trecho de livro ou poesia que aprecia muito.

Gilberto Cardoso dos Santos – Professor, Cronista e Poeta – Um dos fundadores da Associação Potiguar de Escritores de Cordel.

Pescado em polapinto.blogspot.com

E eu repesquei no blog do Kiko Monteiro Lampião Aceso - http://lampiaoaceso.blogspot.com

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NOSSO MANO RAIMUNDO FELICIANO SE FOI PARA O REINO DE DEUS!

Por José Mendes Pereira

Raimundo Feliciano à esquerda e eu à direita

No dia 21 de fevereiro de 2019 eu escrevi: "Comunico aos manos da antiga Casa de Menores Mário Negócio Railton MeloJorge BrazJoao Augusto BrazFrancisco Mauricio Gurgel, Manoel Pereira da Silva, Antonio Mendes Sobrinho, Manoel Flor de Melo, Manoel Maia Néo, Antonio Galdino da Costa em Guarulhos - São Paulo, Francisco José Caldas da Silva em Recife, Sérgio Salém de Miranda e a cantora de Areia Branca Amanda Costa, que o nosso mano Raimundo Feliciano faleceu na madrugada deste dia. Ontem completaram 4 anos da sua partida para "CASA DO SENHOR DEUS".

Todos nós acima fomos internos com ele na Casa de Menores Mário Negócio durante alguns anos. O Raimundo era uma pessoa brincalhona e sempre estava a fazer suas graças sem prejudicar ninguém. Um mano de verdade!.

A semana que antecedeu a sua partida eu estive com ele na sua loja. Ele me falou:

-  Mano, vamos visitar o quanto antes Tetê lá na Abolição 2, se não acontece o que aconteceu com dona Caboclinha de Genildo de Miranda, que falamos de ir visitá-la, e findamos não indo, porque ela faleceu antes. 

- Vamos marcar o dia , Raimundo Feliciano. - Eu o disse.

Ele ainda me falou o seguinte:

- Lá no Abrigo Amantino Câmara tem um rapaz que foi lá da Casa de Menores Mário Negócio, só que ele me disse o nome e eu me esqueci. Vamos também marcar um dia para visitarmos e reconhecermos.

- Certo, Raimundo Feliciano.

Agora foi a sua vez de ir para a Casa do Senhor. 

Adeus, mano Raimundo Feliciano! Um dia iremos nos encontrar novamente, mas desta vez na casa do Senhor. A estrada poderá ser outra, mas o caminho é exatamente o mesmo que você seguiu.

"Assim escreveu Gilvan Rodrigues Leite:

FALECEU EM MOSSORÓ MEU AMIGO RAIMUNDO FELICIANO DA SILVA (RAIMUNDO DA AGROTEC). É com enorme sentimento de pesar que recebo através das redes sociais, a infausta notícia do falecimento do meu velho amigo e companheiro de trabalho RAIMUNDO FELICIANO DA SILVA (RAIMUNDO DA AGROTEC). Nasceu em Mossoró no dia 01/08/1950, era casado há 42 anos com a Senhora Ilza Feliciano, companheira de toda sua vida e pai de Simone e Ciro Eduardo. Na sua infância foi interno da Casa de Menores, nos tempos áureos da gestão de Dona Caboclinha Miranda. 

Iniciou sua carreira profissional na antiga Casa Negreiros, de propriedade do saudoso Manoel Negreiros. Com o fechamento da Casa Negreiros, passou a laborar na Agrotec - Agro Técnica Máquinas e Motores Ltda., de propriedade do Dr Gabriel Fernandes de Negreiros, onde tive a satisfação de conviver com ele durante dez anos, de 1981 à 1991. Tendo ele, permanecido na aludida empresa até sua aposentadoria, poucos anos atrás, e como trabalhador e vendedor nato, estabeleceu se no segmento de móveis, máquinas e equipamentos usados. É difícil falar de Raimundo Feliciano, sem ser com o sentimento de gratidão, respeito e amizade. Como colega de trabalho sempre foi um professor, um incentivador, um amigo solidário. Como amigo, era amigo na verdadeira acepção da palavra. Companheiro, afetuoso, espirituoso, simples, Alegre e constante nas horas de lazer e tb nos momentos difíceis. Deixa viúva uma grande mulher, Dona Ilza Feliciano, os filhos Simone e Ciro Eduardo e um neto. Neste momento de profundo pesar, faço chegar às família enlutada minhas condolências, pedindo à Deus que o receba no Reino Eterno".

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