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sábado, 22 de julho de 2023

VAI FAZER FESTAS PARA "DEBUTANTE, ANIVERSÁRIO, CASAMENTO, BATIZADO, CHÁ DE PANELA, CHÁ DE PAPEIRO...", PROCURA COM URGÊNCIA CONTRATAR O CANTOR ALAN JONES E SUA GALERA.

  Por José Mendes Pereira


Se vai promover festas para debutante, casamento, batizado..., procura com urgência contratar o cantor Alan Jones e sua galera, para a realização que você deseja. Grupo que faz a sua festa do seu gosto. Um cantor … Alan Jones - Radiola Clube ... Um tecladista - Um saxofonista ... Num cenário ! O mar!! Música , mar , artistas…a vida , a inspiração que vem de Deus !!

 Como entrar em contato com o grupo para contratá-lo:

Basta chegar até ao Restaurante "O ATALAIA" em Mossoró, (que é propriedade do cantor Alan Jones e sua esposa Príscila),  localizado à Rua Raimundo Firmino de Oliveira, mesmo em frente à empresa TRANSBET, rua do IFRN, antigo CEFET. - Bairro Costa e Silva - comunidade Teimosos, ou ainda através do seu facebook com o título "Alan Jones Príscila".

Príscila e Alan Jones.

Um grupo artístico já consagrado por sua vasta experiência com festa para debutante, casamento, batizado, além outros eventos comemorativos.

Prestigie os artistas mossoroenses! São os nossos conterrâneos que devemos contratá-los para estes fins. Cuida  logo para localizá-lo, porque, às vezes, a agenda já está cheia.

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ENCONTRANDO POETAS E VIOLEIROS.

   Por José Mendes Pereira

Se você vai fazer uma brincadeira em sua casa, e está pensando em fazer uma cantoria com bons violeiros e poetas, procura o José Di Rosa Maria, que além dele, tem vários amigos profissionais na poesia e na viola, que animarão a sua festa.

Entre em contato com ele através deste número 9.9458-6607, ou pelo endereço eletrônico - ibamarpoeta@outlook.com

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BRIÓ E ANTÔNIO CANELA: QUANDO AS PALAVRAS E AS AMEAÇAS SÃO SENTENÇAS DE MORTE

*Rangel Alves da Costa

Muitos foram os acontecidos no solo sertanejo de Poço Redondo, no sertão sergipano, naqueles idos cangaceiros, principalmente a partir dos anos 30. Fato curioso é que a saga cangaceira na região não envolveu somente a ferrenha luta entre cangaceiros e volantes, mas também personagens que mesmo estando à margem das vinditas, ainda assim foram alcançados pela cruel sangria.

Mais curioso ainda é o fato de que dois destes importantes acontecidos, de consequências verdadeiramente trágicas, tiveram por motivação as palavras ditas e as ameaças impensadas. Ou mesmo de forma pensada, mas sem se imaginar no fatal desfecho depois de proferidas. Depois da análise do relatado abaixo, logo será fácil compreender que perante o cangaço - incluindo o mundo das volantes - a palavra e o gesto possuíam tamanha força, tamanha consequência, que exsurgiam até como sentença de morte para aquele que erroneamente se expressasse.

Assim aconteceu, por exemplo, com Brió e Antônio Canela. Este de trágico fim nas proximidades da Estrada de Curralinho (Estrada Histórica Antônio Conselheiro) e aquele ladeando a Estrada da Maranduba (região das Queimadas, nas beiradas do Riacho do Braz), bem próximo ao local onde, em 1937, Zé Joaquim (José Machado Feitosa), um rapaz de Poço Redondo foi torturado e morto pelo grupo de Juriti e Zé Sereno, sob a falsa acusação de ter dito a Zé Rufino que o bando de Lampião estava emboscado à sua espera na Lagoa da Cruz.

Como dito, Antônio Canela, um modesto vaqueiro vivente entre as beiradas alagoanas de Bonito e sergipanas de Curralinho, falou demais e, além disso, ameaçou demais, e acabou trucidado pelas próprias ações do passado. Segundo consta, nos idos de 1937, o vaqueiro se juntou com outros sertanejos e prometeu dar cabo a Lampião assim que este chegasse a Entremontes, nas barrancas das Alagoas. Pegou em armas, preparou a tocaia, mas nada de o bando aparecer. Contudo, a história ganhou o vento e foi parar aos ouvidos da cangaceirama.

Certamente que amedrontado com a irrealizada promessa e as juras de dar fim ao rei cangaceiro, Antônio Canela resolveu se bandear para o outro lado do rio, região sergipana do Curralinho. Oficiando como vaqueiro, um dia foi atrás de um jumento pelos arredores da fazenda Camarões e mais adiante avistou, na sede da propriedade, uma festança. Vai até lá e se junta à beberança. Não sabia, contudo, que logo a cangaceirama chegaria para cobrá-lo na dor e no sofrimento aquela emboscada feita pra Lampião.

E a cangaceirama que chega é a comandada por Mané Moreno. O líder do subgrupo já havia sido informado que o vaqueiro “metido a valente” poderia estar por ali. Tanto estava que logo o reconheceu. Identificou e logo deu início à cruel vingança. Sem dar o mínimo de atenção aos rogos dos sertanejos ali presentes, o cangaceiro logo sentencia o vaqueiro de morte. E de forma mais bestial ainda ante a confissão feita de que só não matou Lampião por que este não apareceu. Uma coragem que equivalia a pedir pra morrer.

A morte de Canela foi de indescritível perversidade. Picotado pelo canivete de Alecrim, tombado ante o açoite do mosquetão de Cravo Roxo, e depois disso amarrado a um animal e levado à morte certa. Foi Mané Moreno quem deu o tiro fatal. Mais um. E já morto é sangrado. E, segundo Alcino Alves Costa em seu Lampião Além da Versão (p. 196), o cangaceiro Cravo Roxo se acerca do corpo e bebe do sangue que borbulhava em seu pescoço.

Antes disso, nos idos de fevereiro de 1935, o sertanejo Brió (Benjamin, irmão do cangaceiro Demudado), um moço de Poço Redondo, igualmente falou demais e pagou no além da conta pela sua ousadia. Num meio onde a mera suspeita de ser alcoviteiro de volante já era correr perigo, que se imagine um cabra dizer - mesmo mentirosamente - que iria se juntar ao comando de Zé Rufino para perseguir aqueles que fossem amigos, coiteiros ou protetores de cangaceiros.

Num forró na fazenda de Julião do Nascimento, pai do mesmo Zé de Julião que mais tarde se tornaria no cangaceiro Cajazeira, Brió se desentendeu com a família dos Lameu e, raivoso, disse que todos pagariam bem pago assim que entrasse na força de Zé Rufino, o que já estava prestes a acontecer. Mentiu, contudo. E sua mentira teve uma trágica consequência. Sua verdadeira intenção era se juntar ao grupo de cangaceiros que estavam acoitados naquelas proximidades, nas Capoeiras. Iria servir ao subgrupo do perverso Mané Moreno, contando ainda com Zé Sereno e Juriti.

Sem saber que Brió se juntaria ao grupo, então Zé de Julião apareceu no coito para contar a novidade: Brió havia prometido ser cabra de Zé Rufino. Foi o fim de uma mentira. Não demorou muito, eis que Brió se apresenta àquele que seria o seu futuro grupo cangaceiro. Só não sabia o que lhe esperava. A sentença foi rápida: morte certa ao traidor. Tentou desfazer a todo custo o mal-entendido, mas não teve jeito. Os cangaceiros levam-no até o Riacho do Braz e o enforcam.

Indaga-se: por que enforcamento e não de outra forma? Apenas por que Brió, ante a certeza da morte, rogou para não ser nem enforcado nem afogado. Assim a vida cangaceira e daqueles que estavam ao seu redor, suas sagas e seus desatinos, seus tortuosos caminhos.

Escritor

blograngel-sertao.blosgpot.com

https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/6804483

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O IDOSO

Por José Di Rosa Maria 

https://www.youtube.com/watch?v=iHxcv0Lty2c&ab_channel=Jos%C3%A9DiRosaMaria

O IDOSO Autor: José Di Rosa Maria
1 Sem ajuda essencial Padeci como ninguém; Trabalhei comendo mal Pra vocês comerem bem, De recompensa me vem O que me deixa infeliz, Confesso que nunca quis Ser visto como um encosto, Sendo pago com desgosto Por tudo de bom que fiz. 2 Magoado e indefeso Recebo como prelúdio, De cada filho, desprezo, De toda nora repúdio; Sentindo a dor do tripúdio Desferir meu coração, Percebo a ingratidão Desfazer o que foi feito Pela falta de respeito, Amor e compreensão. 3 Não me botem no abrigo Com vocês quero ficar; Eu não mereço o castigo De ser expulso do lar, Sofri para sustentar Vocês, encarando a lida, De reputação ferida Vejo-me sem alegrias, Quero terminar meus dias Com quem convivi na vida. 4 A velhice cobra caro Os erros da juventude, Sonegação de amparo É falta de atitude; Eu quando jovem não pude Me divertir como tantos, Nas garras dos desencantos Narro meu próprio dilema, Na extensão do poema Feito da dor dos meus prantos. 5 Lamento ser um decano Sem o cuidado devido, Apesar de ser humano Ser pelos meus, esquecido; Com o meu peito ferido Pelo desprezo mesquinho, Padeço por ser velhinho, Sem um beijo ou um abraço, Despejado num espaço Para quem se vê sozinho. 6 O homem que se abdica Pela família que ama, Depois que idoso fica Sua vida vira um drama; Quando doente se acama Sente o prestígio fugir, O desespero surgir, A decepção doer E o receio bater... De que vai ter que partir. 7 Enquanto meus passos beiram O abismo do meu fim, Suponho que vocês queiram Ficarem livres de mim, Não era pra ser assim O que presencio agora; Triste de quem ignora O valor dos meus esforços, Vocês sentirão remorsos, Depois que eu for embora.

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