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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

"LAMPEÃO DE A a Z"

O mais novo trabalho de Paulo Gastão

O mais novo trabalho do professor, escritor, pesquisador e fundador da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Paulo Medeiros Gastão.


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NOTAS POLICIAES - ASA BRANCA


Este material pertence ao acervo do historiógrafo e pesquisador do cangaço, 

 
Rostand Medeiros

(Lembrando ao leitor que a grafia é da época deste artigo, do dia 26 de julho de 1928, do jornal "A Republica", de Natal).



Com officio datado de 1º. do corrente, do dr. Secretário de Segurança Publica do Estado do Ceará, foram apresentados ao dr. Director Geral do Departamento da Segurança Publica deste Estado, criminosos da comarca do Apody, Antonio Luiz Tavares, vulgo “Asa Branca”, Júlio Santanna de Mello por Alcunha “Julio Porto”, e Antonio Joaquim da Costa, por autonomazia  “Rouxinol”, capturados ultimamente naquelle Estado, os quaes, depois de identificados, foram recolhidos a Casa de Detenção.
Esses criminosos fizeram parte do grupo de cangaceiros chefiados por



Massilon Leite, que invadiram, em 1926 a cidade de Apody.

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ELIANE BANDEIRA


UM REGISTRO ESPECIAL

Nesta quarta-feira (8), o Site do Pôla Pinto presta uma justa homenagem a Professora e amiga Eliane Bandeira que está aniversariando neste dia.
Eliane realizou um excelente trabalho quando esteve na coordenação do Projeto Mova Brasil no Estado do Rio Grande do Norte.

Ela que é muito talentosa também tem participado ativamente do processo de organização da
FETRAFRN em nossa região.

Como militante política do Partido dos Trabalhadores
(PT), tem contribuindo para o crescimento e fortalecimento do PT no estado, de forma ativa em todos os espaços de debates.

Parabéns, amiga.


 UMA GRANDE PROFESSORA

Trabalhei com Eliane Bandeira na Escola Estadual José Martins de Vasconcelos, quando, nós, juntos, fazíamos aquela escola caminhar, mesmo com dificuldades de materiais: cadeira, papel, giz...  Formada também em letras; uma das mais capacitadas professoras de Português e Inglês de Mossoró. Não por inveja, mas eu bem queria saber a gramática inglesa como ela sabe.

Eliane Bandeira tem um bondoso coração para apoiar as pessoas, informar, ajudar a caminhar,  proteger quando for preciso.
Tem um sorriso de criança, ingênua, que evita qualquer tipo de discussão.
Parabém Eliane, você é merecedora de elogios.

Do amigo 
José Mendes Pereira

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Depois da morte do cantor, família de Wando agradece carinho e atenção

Foto: Daniel Delmiro/AgNews
Wando com a mulher e a filha passeando no shopping

Hospital também informou que o cantor morreu às 8h, na presença da mulher, que estava ao seu lado

A família de Wando agradeceu as manifestações de carinho recebidas dos fãs do cantor através de um comunicado enviado à imprensa pelo hospital onde ele estava internado, nesta quarta-feira, 8.

"Agradecemos o carinho e a atenção de todos, especialmente ao Sr. Wanderley Alves dos Reis – Wando -, sua esposa e filhos, a sociedade, a imprensa, os médicos do Corpo Clínico, os profissionais de saúde e demais colaboradores que, com dedicação e respeito, atuaram de forma intensiva e completa, aplicando todos os recursos e técnicas disponíveis, nada faltando ao paciente durante todo o tratamento", diz o comunicado.

A mensagem ainda explica que Wando teve um súbito agravamento em seu quadro e que morreu às 8h, com sua mulher, Renata Costa Lana e Souza, ao lado: "Houve um súbito agravamento do grave quadro do Sr. Wanderley Alves dos Reis, a partir das 05:40 horas desta quarta-feira, dia 8 de fevereiro de 2012, com o óbito às 08 horas da manhã, na presença da esposa." As informações são do Ego.

Fonte:

Revendo - A cangaceira Sila e o seu afiliado macaco

Por: Alfredo Bonessi

Quando vi Sila pela primeira fez, fiquei um bom tempo olhando para ela. Ela me mostrou uma foto quando ainda era jovem, no tempo do Cangaço. Olhei atentamente a fotografia e disse a ela: a senhora era muito bonita, se eu estivesse por lá roubava a senhora do 


Zé Sereno. Ela se virou de lado e respondeu: óooooooooooóh.
Depois mostrei a ela algumas fotos do bando de Lampião: ela não soube me dizer quem eram os cangaceiros da fotografia. A impressão que me causou era que escondia algo. Notei um certo nervosismo em seu comportamento. Aparentando calma e muito desconfiada, falava pouco e não respondia a quem se dirigia a ela. Em um jantar em uma churrascaria de Fortaleza, quando o GECC a recepcionou, estava na mesa mais de 25 pessoas e mais de duzentos ouvintes ao redor de nós, ela ficou todo tempo perto de mim e da


 minha esposa e após a janta, quando roncou o fole de uma sanfona, falei:
-Vamos dançar madrinha!
Ela me respondeu na bucha e secamente:
-Vá dançar com a tua mulher!
Foi o que eu fiz.
Outros encontros se sucederam na mesma semana. Quando eu chegava e pedia a benção a ela:
- Benção, madrinha!
Ela respondia:
-Jamais pensei que fosse ter um afiliado macaco.

Em uma viagem cultural à cidade de Maranguape-Ceará, quando ela foi recepcionada pela população em um ginásio de esportes, onde havia mais de trezentos espectadores, ela queria falar e não podia, a platéia não fazia silêncio, ela perdeu a calma e falou diretamente a população comprimida e inquieta que olhava para ela:

-Que povo mal educado, eu nunca vi um povo tão mal educado que nesse esse!
As palavras dela soaram como um raio - foi como se dessem uma chicotada na multidão. Um estrondo e um vozerio tomou conta da platéia. Tomei o microfone da mão da Sila e gritei para ela:
-Madrinha! cuidado! - eles matam a gente aqui!
Pegando da palavra, agradeci a presença de todos, elogiei a população do Ceará e principalmente a de Maranguape, dei uma ensaboada e passei a palavra para a Sila. 


A Secretaria de Educação do Município se levantou da platéia e veio em minha direção, pouco menos de 3 metros de distância, e cochichou para mim:
- O senhor falou em boa hora, se não as coisas iam se complicar aqui, ia ser uma brigaiada na certa.
Todas às vezes que eu estive com a Sila foi o mesmo silêncio por parte dela com relação ao cangaço e eu sabendo do sofrimento que ela tinha passado não perguntei mais nada, mas guardei bem as queixas que ela sempre fazia do marido Zé Sereno, dando a impressão que ela nunca gostou dele. Também pudera, a menina fora levada de casa com 14 anos de idade, na marra, segundo ela, mas às vezes a gente tinha a impressão que ela foi a convite dele mesmo, porque no cangaço se encontravam três irmãos. Ela alega que se não fosse, o Zé Sereno podia matá-la, ou tomar uma represália contra a sua família, coisa que eu não acredito. Sila entrou no cangaço porque quis, embarcou na vida cangaceira para uma aventura que nem as outras mocinhas sertanejas de sua época, movidas pela curiosidade em ver aquela gente armada, com dinheiro no bolso, alegres, festeiro e prepotentes. Após ser levada por Zé Sereno, já no dia seguinte, foi estuprada por ele em cima de uma pedreira - começava aí o seu sofrimento. A mulher foi feita para ser amada, acariciada, e não para ser violentada, possuída como um objeto de prazer – essa foi a vida de Sila ao lado de Zé Sereno, até a morte desse. Daí as suas mágoas e queixas pelo comportamento bruto e violento da parte dele.
Em dois anos de cangaço Sila presenciou umas quatro brigadas com a policia, e nesse período por quatro vezes esteve na presença de 


Lampião e de Maria – é muito pouco de quem se exige muito para contar. Nem mesmo Zé Sereno revelou a ela os segredos do cangaço, os coitos, os coiteros, os fazendeiros amigos, os vaqueiros em que se podia confiar, mesmo os paradeiros de outros cangaceiros, mesmo porque Zé Sereno sabia somente aquilo que era para saber, mas o grande segredo de tudo estava com Lampião e os cangaceiros mais velhos como


Juriti e Luiz Pedro.

Nos encontros com o bando de Lampião Sila ficava na tolda dela à espera pelo marido, algumas vezes Maria do Capitão a chamava para comer na mesma barraca do chefe e saiam às vezes ali por perto para fumar um cigarro. Maria já era veterana no cangaço, fazia mais de seis anos que acompanhava o capitão, era agarrada com ele, obedecia a ele e dependia dele para sobreviver no cangaço, bem diferente de 


Dada, a outra cangaceira, que contrariava as ordens de Corisco, alterava os planos feitos pelo marido, mudava o rumo do deslocamento do grupo, e tomava a frente na luta quando era necessário. Sila era uma criança quieta, educada, tristonha, não sabia nada e o que mais gostava era quando os grupos de cangaceiros se reuniam ao redor das fogueiras para comerem carne assada, tomarem café e baterem uma prosa alegre e divertida.
Em Angico Sila ficava em sua barraca como tantas vezes ficara em outros lugares. Conversava com alguma mulher de vez em quando e na maioria das vezes esperava pelo marido. Não tomava parte nos planos dos cangaceiros, não falava nada a esse respeito, não sabia nada e assim não podia opinar sobre esse ou aquele assunto ligado ao bando.
Via algum cangaceiro não muito perto, de alguns sabia o nome, de outros apenas via sem saber quem era e o que fazia, nem para onde ia.
Iniciado o tiroteio na manhã de 28 de julho de 1938, sonolenta se levantou e custou a entender o que estava ocorrendo. Daí saiu correndo em uma direção. Outros vieram atrás dela. Alguns caíram pelo caminho. Ela por fim saiu do cerco e se encontrou com alguns cangaceiros fugitivos. Não sentia as dores dos lanhos que a caatinga impiedosa rascou em suas pernas e braços. Estava apavorada, horrorizada e por fim chorou muito as mortes acontecidas daquele dia, como um desabafo de quem passara por momentos de muita angústia e aflição.
Veio as entregas para as autoridades, seguiu destino incerto com o companheiro, e por fim rumou para a cidade grande, onde começaria nova vida, nova vida de sofrimento e de dor, de noites mal dormidas, trabalho com cansaço, a criação dos filhos, as brutalidades por parte do marido- quase um selvagem, a labuta diária em uma capital enorme, o custo de vida caro e cada vez mais exigente movido pela ganância do ser humano em ganhar dinheiro custe o que custar, doa em que doer, em cima de quem for. Sila acabara de vir de um meio hostil, onde a sede e a fome assolava a natureza de uma maneira geral. No cangaço o maior perigo era cair nas garras das volantes- ela mesma sabia se defender das balas da policia que derrubavam paus a sua frente, mas vivendo na cidade grande pouca coisa podia fazer. As noites aflitivas e mal dormidas eram as mesmas, a doença dos filhos, o compromisso de chegar no horário no emprego, bandidos de toda sorte, sem identificação, desconhecidos, sem uniformes, estavam por todos os lados, perigos no transito, nos deslocamentos para o trabalho. Mesmo assim, essa vida louca das grandes cidades era bem melhor que a vida do cangaço, pelo menos se podia recorrer a algum médico para tratamento, podia se viver com higiene e banhos diários, podia se comer sossegado, podia se receber o calor e o carinho da família, tinha-se um lugar para viver e para morrer e havia um cemitério para descanso do corpo morto, coisa que na caatinga, quando muito, poucos felizardos tinham o direito de receber uma tosca cruz como indicativo de sua sepultura.
A maioria das respostas dadas por Sila era o silêncio ou então não sei. Bem diferente de não conheço, não vi, não vou dizer.
Depois de sessenta anos passados, não se pode exigir que uma senhora idosa e em avançada idade, se lembre daquilo que nunca viu, que fale o que não saiba, pois na época de meninice não entendia como se passavam aquelas coisas, como funcionava a sistemática do bando, que rumo tomar e como sobreviver naquela vida desgraçada.
Escreveu três livros revolvendo o seu passado agitado e tenebroso cada um diferente do outro. Sila era uma linda flor do nosso sertão, que mal amada e incompreendida, como tantas outras mulheres sertanejas na época, veio fazer parte dessa vida atribulada do cangaço, mas sem perder a beleza e a sensualidade, coisa que para cangaceiro isso pouca importância tinha - morreu de velha, na cama, quando muitas de suas amigas cangaceiras foram mortas a tiros, apunhaladas, mortas a pauladas, executadas na maioria das vezes pelos próprios cangaceiros.
Quando se lembrarem da Sila, por favor se lembre dela com muito amor, com muito carinho, como muitas alegrias - pois ela em vida passou bem longe da felicidade.


A Benção Eterna Minha Querida Madrinha...
Do seu afiliado macaco...
Alfredo Bonessi Capitão do Exército Reformado - SBEC - GECC
Autor:   Cap. Alfredo Bonessi

Fonte:

Filme "Os Últimos Cangaceiros" concorre a premiação internacional


Os Últimos Cangaceiros, mais recente longa-metragem do cineasta cearense 



Wolney Oliveira, foi selecionado para mais duas mostras internacionais: o 27º Festival Internacional de Cinema em Guadalajara, México, que acontece de 2 a 10 de março e para a Mostra Panorama do 24º Cinélatino, do 24º Festival de Cinema Latino-americano de Toulouse, na França. O evento se realiza de 23 de março a 1º de abril.

O filme já conta com três prêmios, entre eles o Terceiro Coral de Melhor Documentário do 33º Festival Internacional do Cinema Latino-americano, de Havana, e já tem distribuição garantida pela empresa Imovision, de São Paulo. Será lançado nacionalmente em outubro de 2012.


FONTE:

 Coluna de Sonia Pinheiro do Jornal O Povo de 06/02/2012.
Adquiri no blog: Luz de Fifó

O cangaceiro Antonio Silvino

Antonio Silvino, em pé 2º. à esquerda

Antônio Silvino (ou Manoel Baptista de Morais, IngazeiraPE2 de novembro de 1875 — Campina GrandePB30 de julho de 1944) foi um cangaceiro, filho de Francisco Batista de Morais e Balbina Pereira de Morais. Faleceu em Campina Grande, em casa de uma prima, no dia 30 de julho de 1944.
Biografia

Apelidado de Batistinha ou Nezinho, inicia-se no cangaço em 1896, juntamente com o irmão Zeferino, após a morte do pai, o bandoleiro "Batistão do Pajeú".

Adota o nome de guerra de Antônio Silvino em homenagem a um tio, Silvino Aires Cavalcanti de Albuquerque, também bandoleiro. Por outros, é apelidado de o "Rifle de Ouro". Conforme a pesquisadora da Fundaj, Semira Adler Vainsencher, ele representou, um pouco antes de 


Lampião, o mais famoso chefe de cangaço, substituindo cangaceiros célebres tais como Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Preto, Moita Brava, o tio - Silvino Aires - e o próprio pai.

Entre suas façanhas, arrancou os trilhos, prendeu funcionários, e sequestrou engenheiros da Great Western, que implantava o sistema ferroviário na Paraíba.

Nesse estado, um dos seus maiores perseguidores, nos primeiros anos do Séc. XX, foi o Alferes Joaquim Henriques de Araújo, que mais tarde viria a ser Comandante da Polícia Militar paraibana (Major Joaquim Henriques). 


Em Pernambuco, uma década depois, foi perseguido pelo Alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado do município de Taquaritinga, que finalmente o prendeu em 1914, no governo do Gal. Dantas Barreto.

Tornando-se o prisioneiro número 1122, da cela 35, do Raio Leste da antiga Casa de Detenção do Recife, teve comportamento exemplar. Em 1937, recebe um indulto do presidente Getúlio Vargas, pondo-o em liberdade.

Fonte: 

A História do cangaço e seus personagens:

Por: Guilherme Machado
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Pioneirismo e o começo da história do banditismo no Nordeste do Brasil. Com a saga dos primeiros algoz, a exemplo do Cabeleira, de 1776 a 1850. Lampião de1898 a 1938. Corisco de 1912 a 1940 o último...


Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes. Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana. Ele aterrorizou sua região, incluindo Recife, mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com Antônio Silvino, Lampião e Corisco.

Entre meados do século XIX e início do século XX, o nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam o terror por onde andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos.

Um famoso cangaceiro foi Lampião. Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, porque eram protegidos de coronéis, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas, entre outros serviços "sujos".

Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por outros. No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros.

A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender (de armas na mão) os interesses do patrão.

Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias. E estas famílias se cercavam de jagunços com o intuito de se defender, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros.

Os coronéis não tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros. O cangaceiro - um deles, em especial, Lampião - tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região.

Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão brasileiro, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.
O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os "políticos", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.
Os cangaceiros conheciam bem o Cerrado, e por isso, era tão fácil fugir das autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870, embora alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo característico de cangaço,[1] nos arredores de Feira de Santana (em 1828), sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de Janeiro de 1848 por provocar durante vinte anos assaltos contra a população de Feira.[2]O último grupo cangaceiro famoso porém foi o de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também denominado o "Senhor do Sertão" e "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do nordeste brasileiro.
Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão, ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra (semelhante ao que acontecia com o mexicanoPancho Villa).[3]
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.
No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angicos, no estado deSergipe, Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros.
Esta data veio a marcar o final do cangaço, pois, a partir da repercussão da morte de Lampião, os chefes dos outros bandos existentes no nordeste brasileiro vieram a se entregar às autoridades policiais para não serem mortos. Oservação: Os  Cangaceiro Que Aparece na Foto  Acima:  É Guilherme Machado e o Produtor  Cultural,  Manoel Messias de Oliveira (Galeguinho do Subaé.

Extraído do blog: "Portal do Cangaço se Serrinha - Bahia, do amigo Guilherme Machado.

Conhecedores da Nossa História

Por: Aderbal Nogueira
Aderbal Nogueira e Manoel Severo

Amigos, há algum tempo vinha pensando em como perpetuar também a opinião dos colegas que cuidam da nossa história, seja a história do Cangaço, seja a história da música, do cinema, da televisão, enfim, de toda e qualquer história relacionada ao nosso passado. Com esse projeto "CONHECEDORES DA NOSSA HISTÓRIA" pretendo, todo mês, colocar na rede via Blog Cariri Cangaço e os demais blogs que tenham interesse em ouvir um pouco do conhecimento de pessoas que dão boa parte de sua vida à pesquisa e estudo do nosso passado. 

Para o primeiro assunto, colocarei várias opiniões sobre um tema bem interessante - 


"Padre Cícero e Lampião: Qual a verdadeira História?" Acredito que muitas dúvidas serão sanadas, bem como muitas outras dúvidas deverão surgir. Essa é a forma que encontrei, também, de homenagear pessoas que muito estimo e respeito, indiferente das opiniões apresentadas por cada um. Espero que os amigos gostem e divulguem para todos que puderem, pois como disse, vários temas serão abordados.

Desde já, obrigado a Severo pelo canal de exibição e, no início do próximo mês, não percam. "CONHECEDORES DA NOSSA HISTÓRIA".

Acompanhem o vídeo
 abaixo...

Aderbal Nogueira
Diretor do GECC
Conselheiro Cariri Cangaço

Conhecedores da Nossa História: 
Padre Cícero e Lampião...


Conhecedores da Nossa História
Padre Cícero e Lampião
Por: Aderbal Nogueira
Laser Vídeo

Extraído do Cariri Cangaço

Começa hoje


2ª Arena de Arte e Cultura – 08 a 12 de fevereiro – N. Srª Glória, SE

Com o tema “O Cordel e o Cangaço”, a “Arena” acontecerá de 08 a 12 de fevereiro, novamente, na “Capital do Sertão”. Farão parte dele diversos artistas e grupos folclóricos dos municípios que compõem a Rota do Sertão Sergipano: Ribeiropólis, Nossa Sra. Aparecida, São Miguel do Aleixo, Nossa Sra. da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. Ela tem como intuito principal divulgar a cultura sertaneja, para os turistas que trafegam diariamente pela rota. Segundo o secretário Robérinho, “a telenovela da Rede Globo ‘Cordel Encantado’, que teve cenas gravadas no Sertão de Sergipe, foi de fundamental importância na escolha do homenageado desta edição: Alcino Alves, historiador e escritor poço redondense”.

Pesquei em Sou de Glória

Repesquei no blog do Kiko Monteiro

UM DANÚBIO TODO AZUL (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

UM DANÚBIO TODO AZUL

Nunca fui à Áustria, não conheço sua capital vienense e muito menos passeei às margens do Rio Danúbio. Em sonho, certa vez cheguei até sua nascente na Floresta Negra alemã, indo até onde deságua no Delta do Danúbio, na Romênia. E que viagem maravilhosa atravessando belíssimos vales, rochedos escarpados, paisagens verdadeiramente deslumbrantes.

Mas talvez porque antes de deitar tivesse me deliciado ouvindo as valsas vienenses de Johann Strauss II - filho do outro genial artista do mesmo nome -, sendo o Danúbio Azul (“Sobre o Belo Danúbio Azul”, na tradução alemã) incontestavelmente uma das mais belas. As valsas de Strauss são reconhecidamente belíssimas.

Diz a letra: “Danúbio tão azul, tão brilhante e azul, através de vales e campos, você flui tão calmo, nossa Viena cumprimenta, sua corrente de prata, através de todas as terras você alegra o coração com suas belas praias. Longe da Floresta Negra você se apressa para o mar dá a sua bênção para tudo. A leste de fluxo, acolhe seus irmãos, uma imagem de paz de todos os tempos! Os antigos castelos são visíveis de baixo para o alto, agradecendo seus sorrisos de suas íngremes colinas escarpadas, e vistas das montanhas espelham em suas ondas dançantes...”. E prossegue belamente a composição.

Mas logicamente o que ouvi repetidamente vinha sinfonicamente orquestrado, como sempre acontece para o deleite da melhor música clássica. Os sons nos chegam como voos, viagens, delírios fascinantes, segurando na asa do vento e valsando naqueles nobres salões, de requinte espelhado e brilhos por todos os lados. A nobreza europeia, com seus adornos luxuosos, para o passo, silencia e olha o estranho visitante chegando.

Quem estranhamente chega sou eu, com minha roupa de todo dia, calça jeans e camiseta, usando uma sandália qualquer, e melhor se for havaiana já desgastada. Pois é, quem chega sou eu, porém poderia ser qualquer um, desde que soubesse sonhar o meu sonho. Aliás, noutros salões menos luxuosos já se tocou a mesma valsa para o sorriso e a lágrima da bela debutante.

Não há festa de quinze anos que não haja valsa, e não há valsa se não for Danúbio Azul. A linda mocinha, com seu vestido comprido e todo adornado de pequenos sonhos, de tão encantada com esse momento maior e só dela, nem sabe ao certo se está dançando, rodando lindamente pelo salão, com seu pai, seu irmão ou seu namorado. E em seguida chegam as amigas acompanhadas e a noite valseia como barco encantado singrando as águas do Danúbio, nessa noite tão rosamente azul.

Não muito longe dali, não propriamente num salão mas numa sala, imensa e melancólica, a senhora solitária abre mais o cortinado da janela para entrar com mais vigor o ar fresco da noite e depois se encaminha em direção ao toca-discos, relíquia de instantes de compartilhamento amorosamente familiar. Que saudade dele, com seu passo tímido e seu rodopio que acabava tocando no seu lábio.

Calmamente coloca o vinil de uma coleção primorosa que possui, e dá passos leves em direção ao meio da sala. É noite, com pouca luz iluminando, apenas duas ou três velas acesas no candelabro, o vento em aragem entrando e valsando com ela. E que bela senhora tornando mágica a sua solidão, bailando leve sobre as águas do Danúbio, talvez recordando chorosa um tempo de grandes felicidades.

Mas eu entrei no nobre salão da monarquia europeia sem nenhuma intenção de chegar até lá. Não gosto dessa nobreza requintada demais, cheia de não-me-toques e leques de fina seda, moderando em tudo, talvez sem saber o quanto valha o despojamento festeiro. Vi quase máquinas vestidas com roupas estranhas, agindo mecanicamente, sempre no compasso dos exageros da etiqueta. Mas por outro lado, um povo imensamente feliz pela escolha musical que fazia, pois naqueles grandes salões não se ouvia senão os grandes compositores, a nata da genialidade musical.

E naquele momento que entrei bailava-se exatamente no compasso de Strauss e seu Danúbio Azul. E foi como não me importasse mais com nada, vez que não estava mais ali, não estava mais em meio a monarcas, rainhas, condes e condessas, cardeais e toda a nobreza, mas sim viajando pelas nuvens, me deliciando nos salões etéreos, e logo pousando no alto de uma montanha bem defronte ao corpo ondulado e azul do Danúbio. As águas calmas e serenas, o azul suavemente sublime, seguindo viagem, seguindo em frente, mas chorando por dentro por ter de deixar para trás tantas paisagens maravilhosas.

Mas ele sabia que adiante tudo era mais deslumbrante ainda, pois logo se ouviria o som daquela valsa maravilhosa em sua homenagem. E eu observando tudo com medo de acordar.


Rangel Alves da Costa*
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Gostosa (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa

Gostosa


Não tenho
sede nem fome
mas olhar
esse pomar
é apetite chegar
olho brilhar
boca molhar
fruta saborosa
carne deliciosa
gula gostosa
um olhar
no pomar
um corpo
no pomar
um sabor
no pomar
você no pomar
você o pomar
tenho fome
tenho sede
o amor
e seu deliciar
um beijo
na fruta
um abraço
na fruta
uma mordida
no pomar
quanto sabor
meu amor
quero mais
mais amar.



 Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com


"OBRIGADA POR TER TI ENCONTRADO, JESUS !!!"

Por: Kátia Regina Corrêa Santos 
Minha foto

“OBRIGADA POR TER TI ENCONTRADO, JESUS !!!”

Obs: Imagem extraída do site: fjblogger.com


Toda plenitude de paz que procurava,
em meio as minhas guerras interiores,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Todo o verdadeiro amor que aspirava,
preencher o vazio do meu coração,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Todo sentido existencial que buscava,
em meio as minhas crises e angústias,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Toda alegria extasiante que desejava,
em meio a uma profunda melancolia,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Toda a bela sabedoria que almejava,
em meio aos livros e as vãs ideologias,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Toda a sede de justiça que ambicionava,
em meio as revoltas contra as injustiças,
encontrei somente em Ti, Jesus!!!

Toda a luz interior e exterior que anelava,
em meio a aterrorizante e terrível trevas,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Toda a motivação pra viver que desejava,
em meio as duras lágrimas e desespero,
encontrei somente em Ti, Jesus !!!

Encontrei todos os bens que procurava,
então plena de Tua graça posso agradecer:
Obrigada por ter Ti encontrado, Jesus !!!

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos 
 Escrito em: 03.01.2012