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quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Pobre e o Rico - Caju & Castanha

Programa Eli Correa na Rede TV apresenta a divertida embolada de Caju & Castanha

O Pobre e o Rico

O rico é quem come tudo, tudo que quer ele come
Mas o pobre que trabalha, ganha pouco e passa fome

Rico come caviar, come picanha, filé
Na vida o rico tem tudo e come tudo o que quer
Onde o rico bota o dedo o pobre não bota o pé


O pobre come bolacha, tripa de porco e sardinha
Farofa de girimum, bucho de boi com farinha
Come cuscus com manteiga e batata com passarinha

O rico leva a família para o salão de beleza
Manda cortar o cabelo e na pele faz limpeza
E a filha volta tão linda que parece uma princesa


O pobre leva a família num salão barato e fraco
Manda raspar a cabeça e o cabelo do sovaco
E o filho fica igualmente a um filhote de macaco

O rico quando adoece vai pro melhor hospital
No outro dia seu nome sai na página do jornal
Dizendo que o danado já não tá passando mal


E o pobre quando adoece é feliz quando ele escapa
E quando tá internado, a comida é pão e papa
Se gemer muito de noite o café que vem é tapa

O filho do homem rico tem uma vida bacana 
 Seu papai paga os estudos e no final de semana
Ele sai com sua gata pra passear de Santana


O filho do homem pobre vai passear de jumento
Bota a nêga na garupa, sai correndo contra o vento
Quando o jegue dá um pulo, mete a bunda no cimento

A mulher do homem rico, se vai pra maternidade
Dar a luz a um menino, falam com sinceridade
Ganha milhões de presente da alta sociedade


A mulher do homem pobre, quando ela vai descansar
O presente que ela ganha é bolacha e guaraná
E um bala de chupeta que é pro guri chupar

A mulher do rico sai num sapato bom, de couro 
 Cabelo bem penteado, brinco que vale um tesouro
Pulseira e colar de prata, relógio e cordão de ouro


A mulher do pobrezinho só anda sem gabarito
O cabelo é assanhado, o casaco é esquisito
E a saia tem mais buraco que tábua de pirulito

Filha de rico se forma pra trabalhar em cartório
Gabinete especial, telefone, escritório
Engenheira, medicina, exame, laboratório


A filha do pobrezinho fica velha sem leitura
Quando aparece um emprego é na rua da amargura
Pra jogar tambor de lixo no carro da prefeitura

O filho do homem rico só toma banho no chuveiro
Uma caixa de sabonete, dois, três perfumes estrangeiros
Cada banho é um roupa, cada perfume é um cheiro


O filho do pobrezinho só se molha no açude
Não pode ver empregada que ele fé que nem lhe ajude
E o pescoço e as costela tem quase um baú de grude

A filha do homem rico, se arranja um namorado
Ele vai pra casa dela num carro novo, zerado
Pois é filha de doutor, de prefeito ou deputado


A filha do pobrezinho quando arranja um mané
Ela diz: "Meu pai é rico", e o povo sabe quem é
É o que vende pipoca na porta do cabaré

A filha do rico vai fazer curso no Japão
Na Grécia, na Argentina, até Afeganistão
Porque a filha de rico só viaja de avião


A filha do pobrezinho, no interior grosseiro
Passa quatro, cinco dias olhando o livro primeiro
Engasgada na fumaça do farol do candeeiro


Fonte:

Youtube

Vai um filminho aí? - Baile Perfumado (COMPLETO)

Ficheiro:Virgínio Fortunato e bando NH.jpg

Um filme de 1997, com direção conjunta de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Homem de confiança de Padre Cícero, o fotógrafo árabe Benjamin Abrahão, parte de Juazeiro, no Ceará, nos anos 30, para levantar recursos e filmar Lampião e seu bando. Graças à sua habilidade para estabelecer contatos, Benjamim localiza o cangaceiro e registra o cotidiano do grupo.

O filme, no entanto, é proibido pela ditadura do governo de Getúlio Vargas, durante o Estado Novo e só foram recuperadas no início dos anos 60 pelo cineasta Paulo Gil Soares e seu produtor, Thomas Farkas.

Em 1965, eles realizaram o curta-metragem "Memória do Cangaço" que, ao lado de "A Musa do Cangaço" (1981), de Humberto Mauro, ajudou a popularizar a figura de Benjamim
entre os estudantes nordestinos.

A história é pontuada pelas imagens originais do protagonista, e apenas onze minutos do filme exibem um Lampião
bem diferente do herói dos pobres: Aburguesado, maravilhado com modernidades como a máquina fotográfica e a garrafa térmica, tomando *"uísque" e banhando-se em *"perfume francês", além do bando que também promovia bailes no meio do sertão, daí a origem do título do filme.

De acordo com a maioria de nossos entrevistados e confrades esta é a película que mais lhes agradou dentre os trabalhos voltados para o tema. E você, o que achou?
Fontes:
lampiaoaceso.blogspot.com

Reliquías que pertenceram ao cangaceiro José Baiano

Por: Guilherme Machado
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Pertences encontrados na Lagoa Nova, povoado Alagadiços, município  de Poço Redondo - Estado de Sergipe. Tralhas encontradas, após sua morte, terrivelmente esquartejado.


Fotografia do bandido Zé Baiano na Fazenda Jaramataia, de propriedade do governador de Sergipe, Eronildes de Carvalho, no município de Canhoba - Sergipe,  no ano de 1929.


Pistola automática Lugger:  modelo: Parabellum do ano de 1906 (Alemanha), achada entre os pertences  do bandido Zé Baiano, na Lagoa Nova, no povoado de Alagadiços -  Poço Redondo – Sergipe,  lugar onde mataram e  esquartejaram  o bandido.


Punhal Longarina com  cabo de fundo arredondados,  tipo facão, cravejado em ouro e folha em aço,  enferrujado; foi encontrado juntamente com o parabellum do bandido,  Zé baiano.

 

Ferro de ferrar animais, com as iniciais "jb" José Baiano; com este ferro o terrível cangaceiro ferrou várias mulheres nas faces, nádegas, tábua do queixo e virilhas; também achado juntamente com a pistola e o punhal.


Nesta gruta que fica em Poço Redondo, o cangaceiro ferrador gostava de passar noites e noites. um belo esconderijo para se livrar das forças volantes.

(Observação):  As fotografias foram cortesia  do pesquisador:  Sílvio Filho:  da cidade de Nossa Senhora da Glória - Sergipe, exceto foto de "jb" na fazenda Jaramataia em 1929!. Esta faz parte do acervo do Portal do Cangaço da Bahia.

Extraído do blog: 

Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia

http://portaldocangaco.blogspot.com.br/2012/06/reliquias-que-pertenceu-ao-cangaceiro.html

Encontro de filhos de cangaceiros: No Sertão Alagoano seguimos as trilhas de Lampião

Por: João de Sousa Lima

Desde a última vez em que estive com o cangaceiro Moreno que prometi a ele encontrar familiares do seu irmão Jacaré.

Jacaré foi um dos acusados da morte de Delmiro Gouveia e por isso foi preso e assassinado.

Conversando com Nely (filha de Moreno e Durvinha) reafirmei a promessa que havia feito ao pai dela.

Certo dia recebi um telefonema do sr. Aldiro, residente do povoado Alto dos Coelhos, Água Branca, Alagoas. Aldiro queria me conhecer pessoalmente e me apresentar seu tio João Maurício, filho do cangaceiro Barra Nova. Segui para o Alto dos Coelhos e depois de conversarmos um pouco e travar alguns contatos conheci enfim João Maurício. alguns dias depois desse encontro retornei ao Alto dos Coelhos e Aldiro me falou sobre umas sobrinhas de Jacaré que residiam nas proximidades, de imediato liguei pra Nely, minha promessa estava caminhando para ser paga.

Agora no mês de junho Nely chegou em Paulo Afonso e de imediato seguimos para o Alto dos Coelhos e de lá seguimos com Aldiro e seu Filho para o povoado   Tabuleiro. Lá reside Alexandrina, uma neta de Jacaré. O encontro foi marcado por uma forte emoção.

Do Tabuleiro seguimos para o Km 35 onde reside mais duas filhas de Bianor (filho único de Jacaré): Maria e Edilene.


Deivid, Aldiro, Maria, Nely, Irene e sua filha Andrea.


Do Tabuleiro seguimos até o povoado Tinguí onde fomos conhecer Gonçalo Joaquim de Oliveira, que teve seu pai, o sr. Joaquim Soares de Oliveira, assassinado por Lampião.

No Tinguí encontramos Gonçalo sentado, curtindo a sombra da igreja, frente a sua casa.

Gonçalo não gosta de relembrar a morte do pai, que era proprietário da fazenda Craunã.

Lampião mandou pedir dinheiro e mesmo Joaquim enviando o montante e alguns maços de cigarros desabafou com o vaqueiro Antonio Zezé, encarregado de levar o dinheiro, que era duro trabalhar e mandar o dinheiro para quem não trabalhava. Lampião enfurecido seguiu ao encontro do velho sertanejo e lá chegando, mesmo tendo Joaquim oferecido café e sua esposa estando em adiantado estado de gravidez, Lampião matou o o pai e os filhos Zequinha  e Luquinha.

Gonçalo se resigna na sua dor eterna e mesmo assim conseguimos extrair alguns sorrisos de sua face sofrida.


No Alto dos Coelhos um encontro marcante entre Nely e o filho de Barra Nova.


Nely e João Maurício, filho de Barra Nova: Um Encontro repleto de emoções.


João Maurício, Nely e João Lima.


Retornando a Paulo Afonso, uma passada para rever Damarys e Pedro Soares (Nora e filho da cangaceira ARISTEIA)


(Entre o Tabuleiro e o Tingui, a casa de Lúcio Braga de Lima, um dos homens que acusou Jacaré de ser um dos participantes da morte de Delmiro Gouveia)


No Tinguí, a igrejinha é um marco daquela época do cangaço.


Bianor: filho de Jacaré e o sobrinho que por tantos anos Moreno procurou encontrar.


Nely, Alexandrina e sua filha.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

XIV FÓRUM DO CANGAÇO

Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
SBEC

CONVIDA